Por Lya.
Naquele dia quando Lucas me deixou em casa eu estava tão feliz, tinha sido um dia tão maravilhoso, ele tinha sido perfeito. Mas a minha felicidade acabou quando eu cheguei em casa e Ruy estava lá, de novo. Ele dormiu lá naquele dia, assim como nos outros e assim a semana inteira, e nas outras que se seguiram. E não teve um dia em que dormi bem, toda noite eu acordava de madrugada com a sensação de que alguém estava ali, me observando, as vezes eram três da manhã e eu estava saindo de casa pra correr, por não conseguir dormir novamente.
Isso me atrapalhou um monte, eu andava dormindo nas aulas, o que me atrasava um monte, o pessoal já tinha reparado, Lucas sempre se preocupa, mas eu nunca digo a verdade, nem eu sei o que esta acontecendo. Mas eu sei de uma coisa eu sabia, Ruy não era boa pessoa, não mesmo.
-LYA!- a professora gritou.
Eu havia dormido de novo.
-É TERCEIRA VEZ ESSA SEMANA, JÁ CHEGA! JÁ PRA SALA DO DIRETOR!
Sala do diretor.
Não me lembro a ultima vez que estive lá.
Ah é, eu nunca estive lá.
Nosso diretor era um homem de meia idade, careca, e eu ia conhecer a sua sala. Eu sempre havia sido a boa garota, a que não incomodava, a que entregava os trabalhos no dia e agora eu estava indo pra sala do diretor por ter dormido na aula, era até cômico.
-Entre- ouvi assim que bati na porta.
Ele me olhava enquanto deslizava em sua mesa o bilhete que dizia o que eu tinha feito de errado para estar ali. Ele leu e me olhou serio.
-Sente-se- ele apontou para a cadeira- alguns dias atras a Professora McCloudy veio até mim e se queixou que a senhorita andava dormindo nas aulas dela- eu olhei para chão, eu estava com vergonha.
-Me desculpe, não é intencional, não ando dormindo bem ultimamente, mas não vai se repetir- ele me olhou desconfiado.
-Desta vez não vou ligar pra sua mãe, mas se acontecer de novo eu vou ter que tomar uma providencia- eu assenti e fui dispensada.
Uma providencia. Seria uma suspensão? Não queria saber, queria ir pra casa e dormir a tarde toda, mas não poderia por que eu teria que ir trabalhar. Sim, trabalhar, eu consegui um emprego faz uma três semanas, de recepcionista em um restaurante, era bom, porem cansativo e eu já estava cansada demais.
-Lya- alguém me chamou. Lucas.
-Oi- eu disse me virando.
-O que aconteceu lá?- ele perguntou apontada para a sala de onde eu havia saindo.
-Nada de mais, só uma advertência- eu suspirei e passei a mão no rosto e ele me olhou.
-O que aconteceu?- ele perguntou de novo, sera que ele não entendeu.
-Eu já disse, foi só uma advertência- ele balançou a cabeça.
-Não isso, o que ta acontecendo com você? Acha que ninguém percebe?- eu ri, mas o momento não era pra rir, talvez eu estivesse ficando louca.
-Eu só não to dormindo bem Luh, ta tudo bem- eu disse calmamente.
-Você sabe que pode contar comigo né?- eu assenti- Pra qualquer coisa?- eu assenti de novo.
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Meu turno no restaurante tinha acabado e eu estava chegando em casa, e para variar ele estava lá, de novo.
-Boa noite- eu disse educadamente, ia passar reto quando minha mãe me chamou- que mãe?
-Amanhã Ruy terá um jantar de negócios e eu vou com ele, gostaríamos que fosse conosco- ela disse sorrindo.
-Amanhã...- era sábado e eu preferiria mil vezes ficar em casa, mas a minha mãe tem estado tão feliz ultimamente e eu pudia até ver sua expressão mudar se eu dissesse não- ta bom eu vou.
-Vamos sair as oito- ela disse radiante.
Ruy me observava de longe, quase nunca conversamos, só o necessário, ou seja, nada. Algo nele me incomodava, muito.
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Era 19:45 quando me olhei pela ultima vez no espelho, era um jantar de negócios, ou seja, formal, eu estava simples porem elegante (look a abaixo)
Desci as escadas e encontrei os dois na sala.
-Vamos- eu disse enquanto descia.
-Claro- minha mãe se levantou e me olhou- você ta linda filha.
-Obrigada mãe- você também.
Vi de relance Ruy, ele me olhava de novo, o que me deixou deixou desconfortável. Nos saímos rapidamente e o caminho foi feito em silencio, paramos na frente de salão enorme e cheio de gente. Nos entramos e fomos cumprimentar quem eu diria ser o anfitrião, eles trocaram palavras e continuarão conversando, eu fui circular um pouco pelo lugar, estava tudo bem até eu esbarrar em alguém.
-Ai meu Deus- eu disse assim que senti minha roupa ficar molhada.
-Ah me desculpe senhora, eu posso limar isso já- ergui os olhos e reparei que era um garçom, provavelmente tinha a mesma idade que eu, tinha cabelos loiros e olhos azuis, não podia deixar de perceber que era muito gato.
-Não, tudo bem foi minha culpa, eu estava distraída- eu disse, ele tinha um olhar desesperador.
-Não, a culpa foi minha eu devia...- coloquei a mão em seu ante braço.
-Tudo bem, eu sou vou ficar com cheiro de champanhe o resto da festa- eu disse isso e ri, ele me acompanhou- deixa eu te ajudar- eu me abaixei, mas ele me impediu.
-Não, cap...- ele não pode terminar.
-Victor!! O que esta acontecendo?- o desconhecido perguntou furioso ao rapaz, quando ele ia abrir a boca eu me antecipei.
-Foi culpa minha, o rapaz não teve culpa, estava distraída e esbarrei sem querer, pode me culpar- o desconhecido olhava desconfiado quando disse por fim.
-Tudo bem, só limpe isso rapidamente- ele apontou para as taças quebradas e e foi embora.
-Deixa eu te ajudar- ele me olhou e suspirou.
-Adianta dizer que não precisa?- eu ri.
-Não- nos juntamos os cacos em silencio.
-Eu sou Victor, mas acho que já percebeu isso- nos rimos.
-É eu acho que já, eu sou Lya- estendi a mão e ele apertou.
-Acho melhor voltar ao trabalho, obrigado- ele disse isso e se foi.
Eu fui até o banheiro ver o que podia fazer pelo meu vestido, mas não tinha jeito, eu iria ficar fedendo a champanhe. Sai de lá e encontrei minha mãe conversando com uma mulher.
-Ah você esta aqui, venha aqui deixa eu lhe apresentar uma amiga- minha mãe me puxou- Alex, essa é minha filha, Lyandra- a mulher me olhou e sorriu.
-Prazer Lyandra- ela me cumprimentou com um beijo na bochecha.
-Apenas Lya, por favor- elas conversaram mais um pouco e Alex me olhava sempre, estava quase perguntando se eu estava cagada, até que ela falou.
-Você é modelo Lya?- eu até achei que não tinha entendido.
-Modelo?- ela assentiu e eu ri- não, nunca.
-Você tem um corpo incrível- então era isso que ela estava olhando- se interessaria?
Ta ai, eu me interessaria?
-Não sei, eu... nunca...
-Apareça na minha agencia segunda as 14 horas- ela tirou da bolsa um cartão e me entregou.
-Irei sim, obrigada- respondi e assim elas voltaram a conversar.
O restante da noite foi tranquila, encontrei Victor algumas vezes mas foi só, era quase uma da madrugada quando chegamos em casa.
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Obrigada as duas pessoas que não lembro o nome, por terem adicionado a minha historia, espero que gostem S2, não esqueçam de votar, até o próximo beijos.
PS.: O próximo vai ta fogo HUEHUEHUEHUEHUEHUE