Always by your side

By sidneymiills

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Emma Swan e Regina Mills trabalham no Departamento de Polícia de Chicago há quatro anos e são amigas e parcei... More

California king bed
Sing
Every breath you take
Straight from the heart
Stuck on you
Carrie
Baby, I love your way
Don't go breaking my heart
All out of love
It's a Heartache
Always
Oceans
I can hold you tonight
Can't fight this feeling
Wind of change
Satellite of love
All by myself
Livin' on a prayer
Smoke on the water
There was no music
Feeling good
Addicted to Love
Is this love
Waiting for a girl like you
Just friends
When you got a good thing
Right here waiting for you
Listen to your heart
See you again
Love Hurts
Memories
Against All Odds
R U Mine?
Making love out of nothing at all
The final battle
I'll stand by you
Please forgive me
I swear
On The Wings Of Love
Here comes the sun
Always by your side
Breathe
Cocaine
I want to know what love is

Kiss me

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By sidneymiills


Regina foi a primeira a acordar na manhã seguinte. Abriu os olhos, espreguiçou-se, olhou para o lado e sorriu ao ver o rosto sereno de Emma, próximo ao seu. Suas pernas estavam entrelaçadas, e a mão de Emma estava em cima de sua barriga.

Lentamente, levou sua mão até o rosto da amiga e começou a acaricia-lo, até que Emma abriu os olhos também.

— Bom dia. — Murmurou com a voz rouca de sono. — Que horas são? — Regina fez um bico indicando que não sabia. Seus dedos continuavam com as carícias.

— Bom dia. — Aproximou-se mais do rosto da loira e a encarou. — Dormiu bem?

— Maravilhosamente bem. — Sorriu e fechou os olhos para aproveitar o carinho que estava recebendo.

— Claro... Você dormiu comigo. Tem que ser no mínimo, maravilhoso mesmo.

— Convencida... — Abriu os olhos e encarou a amiga. — Ou é porque o colchão é muito bom. — Regina mostrou-lhe a língua.

— Você é linda quando acorda, sabia? — Sussurrou e Emma negou com um sorrisinho. — E essa sua boca é bem convidativa também. — Acrescentou, olhando para os lábios da amiga.

— É mesmo? — Sussurrou com a respiração ficando irregular e o coração começando a bater acelerado devido a aproximação e a direção do olhar da morena.

— Uhuh. — Ronronou.

O momento foi interrompido por Cora batendo na porta do quarto, fazendo as duas se afastarem um pouco.

— Meninas, o café já está na mesa. — Avisou. — Não demorem. — Ouviu Regina gritar um "Ok" e então foi embora.

— Acho melhor levantarmos, pois ainda temos que ir a outro lugar antes de irmos até a casa da minha mãe. — Emma afastou-se delicadamente da amiga e se sentou na cama. Espreguiçou-se e colocou os pés para fora da mesma, enquanto criavam coragem para se levantar.

Regina acompanhou os movimentos da loira e se levantou logo em seguida. Sentou-se atrás dela, e colocou suas pernas ao seu redor, abraçando-a em seguida.

— Além de linda é bastante cheirosa, quando acorda. Mesmo sem ter tomado um banho ontem à noite. — Beijou delicadamente o ombro da loira e foi subindo pelo pescoço.

— Regina... — Sua pele já estava arrepiada, e seus olhos fechados. — Vamos acabar... — Respirou fundo. — Atrasando-nos... — Falou com dificuldade, e virou o pescoço para o lado, para facilitar o acesso.

— Eu não ligo... — Passou de um lado do pescoço, para o outro.

— Regina... — Com dificuldade, Emma conseguiu se afastar de Regina e se levantar. — Eu vou tomar um banho rápido. — Falou com dificuldade. Apontou para o banheiro e entrou.

— Ok... — Resmungou levantando-se da cama e depois sorrindo. — Aí tem tudo que você precisa... Vou tomar banho no da minha mãe.

•§•

— Regina, nada de comemorar seu aniversário em outro lugar... Será aqui, ouviu bem? — Disse Cora da porta, ao lado do marido.

— Mãe, meu aniversário é só ano que vem. — Respondeu enquanto andava com Emma até o carro.

— Mas estou avisando antecipadamente para você não inventar de marcar em outro lugar, como foi nesse ano. — Rebateu, arrancando sorrisos da filha.

— Tudo bem... — Bateu continência e entrou no carro. Em sua mão continha flores que foram arrancadas do quintal da vizinha de Cora e Henry.

— Mês que vem estaremos lá. — Avisou o senhor Henry. Regina levantou o dedo positivo, e assentiu com um largo sorriso.

— Tchau mãe e pai. Amo vocês... — Acenou para os dois e colocou seu cinto de segurança.

— Tchau Cora e Henry... — Emma despediu-se também, já entrando no carro, também com flores em mãos.

— Vão com cuidado pelo amor de Deus. — As meninas assentiram e logo Regina deu partida, indo embora.

— Eu não acredito que você me fez roubar flores. — Apontou para as mesmas que estavam em seus pés.

— Não roubamos. — Emma a encarou arqueando a sobrancelha. — A dona Nanci viu quando nós estávamos pegando, ela até acenou para mim e levantou o dedo positivo. — Soltou um beijo para a loira.

— Eu não vi isso. — Cruzou os braços.

— Você estava abaixada pegando as flores. — Emma estreitou os olhos sem acreditar. — É sério... Foi no momento que você sujou sua unha de terra e ficou reclamando.

Emma deu-se por vencida enquanto Regina sorria satisfeita por ter conseguido impor seu ponto de vista, ligou o som, como sempre faziam quando entravam no carro, e pegou seu celular para jogar.

•§•

— Chegamos. — Anunciou a morena já com pesar na voz. Olhou para Emma e viu seus lindos olhos já marejados.

Emma pegou as flores que estavam em seus pés, pegou também as de Regina, e saiu do carro. Mills estacionou o carro em um lugar próximo à entrada do Green-Wood, trancou o veículo e se juntou a loira que a esperava numa das entradas do cemitério.

— Preparada? — Emma a olhou para responder, porém não conseguiu. Apenas fechou os olhos e deixou que suas lágrimas escorressem por seu rosto.

Em silêncio as duas entraram no local. Regina virou para o lado esquerdo e Emma continuou seguindo até finalmente encontrar os túmulos de seu pai e seu avô.

Regina ainda andou mais alguns metros até encontrar o túmulo do amigo. Quando chegou em frente ao mesmo, se ajoelhou ao lado, e passou a encarar o nome de Daniel. Depois de muito encarar, leu a frase que ela escolhera para ser colocada.

"Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós. "

Lágrimas vieram aos seus olhos com força ao ver a imagem sorridente de Daniel, abaixo da frase.

Lentamente colocou as flores perto da lápide e passou os dedos na foto do amigo. Seu rosto estava molhado pelas lágrimas.

— Eu sinto tanto a tua falta! — Sussurrou. — Eu amo você. — Sorriu limpando as lágrimas. — Um dia nos encontraremos meu amigo. — Respirou fundo e prosseguiu: — Eu ainda vou encontrar quem te tirou de mim e de todos que te amavam... Sei que falo isso todo ano desde que você me deixou, mas dessa vez eu estou mais perto... Eu o vi. — Sorriu ao final. Sentiu um frio repentino, o mesmo que sempre sentia quando estava ali conversando com o amigo, e olhou para o céu sorrindo novamente, ainda com o rosto cheio de lágrimas.

Depois de alguns minutos olhando para o alto, levantou-se de supetão e olhou ao redor, limpou o restante de lágrimas, olhou novamente para o túmulo de Daniel e decidiu ir embora. Iria atrás de Emma. Com certeza ela estava precisando de seu abraço.

•§•

Andando distraidamente, viu Emma ajoelhada em frente aos túmulos do pai e avô. Percebeu que a amiga também chorava enquanto falava algumas palavras.

Ficou alguns minutos de longe apenas observando-a e então, lentamente se aproximou da loira e sem dar uma palavra, a puxou para cima e a envolveu em um abraço apertado, assim como aconteceu nas três vezes anteriores que Emma fora ali visitar os túmulos.

O abraço de Regina era como um calmante para Emma que sempre se sentia melhor depois de recebê-lo.

Ficaram abraçadas durante algum tempo. Emma estava com a cabeça na curva do pescoço de Regina, e a morena por sua vez, fazia carinho nos cabelos loiros com uma mão e com a outra a rodeava pela cintura.

— Vamos? — Sussurro Regina. As duas já estavam visivelmente melhores. Emma se afastou do pescoço da amiga para fitá-la e assentiu. Mills limpou as lágrimas do rosto da amiga e logo as duas começaram a andar lentamente, abraçadas de lado e em silêncio.

No meio do caminho, Regina enxerga algo brilhoso no chão e se abaixa para pegar.

— Uma aliança de ouro. — Comenta, analisando o objeto. — Emma, compara uma garrafinha de água, por favor. — Puxou a carteira do bolso, retirou uma nota de 10 dólares e entregou a loira. — Da mais barata que tiver. — Emma assentiu e saiu andando procurando por alguma banca para comparar a tal água. Minutos depois aparece com o pedido da morena.

— Aqui. — Estendeu a garrafa na direção da morena que logo pegou.

— Obrigada, minha loira. — Piscou para amiga e em seguida, abriu a tampa, e derramou a água no objeto achado. Depois de ter lavado a aliança, tomou um pouco da água e ofereceu a Emma que aceitou e bebeu também. — Agora sim... - Comentou levantando a aliança no ar e olhando-a bem.

— Você vai usar? — Regina negou sorrindo.

— Você que vai. — Emma arqueou a sobrancelha. — A mão, por favor. — Pediu.

— Não... — Colocou as mãos para trás como se fosse uma criança. — Isso deve ter sido provavelmente de alguém que está enterrado aqui. — Regina gargalhou. — Você a encontrou perto de um túmulo... Não vou usar a aliança de algum morto.

— Emma... É claro que isso não é de alguém que está enterrado aqui. — Aproximou-se da amiga e puxou o seu braço para frente. — Isso deve ter sido de alguém que trabalha ou vem aqui.

— Então vamos deixar na recepção. — Tentou puxar o braço, mas Regina impediu.

— Que deixar na recepção... — Balançou a cabeça negativamente. — Pelo estado que a encontrei, está aqui faz tempo. A pessoa nem deve saber que perdeu por aqui... Agora, a mãozinha. — Pegou a mão esquerda da amiga, olhou em seus olhos, sorriu e colocou a aliança em seu dedo anelar. Ao final do ato, beijou delicadamente em cima da aliança. — Agora, você será minha esposa. — Piscou para a loira e soltou um beijo. Emma arqueou a sobrancelha. — Nada de me trair, hein, esposa? — Emma gargalhou e balançou a cabeça negativamente.

— Vamos logo que já estou ficando com fome.

•§•

Depois de passarem o resto da manhã, almoçarem, e o início da tarde, na casa da mãe de Emma, as duas voltaram para o Departamento. Antes, passaram no hotel, tomaram um banho e então seguiram para o Departamento.

Assim que entraram no local, foram logo abordadas por Michael.

— Que bom que vocês chegaram... — Fez uma pausa e sorriu para Emma. Regina revirou os olhos. — Estamos precisando de vocês. — Informou.

— Alguma novidade?

— Os rapazes abriram a boca agora pouco e revelaram um dos lugares onde escondem corpos, dinheiro e drogas... Quero vocês nessa. — As meninas assentiram. — Aqui o endereço do local. — Entregou uma folha para Emma. — Alguns oficiais estão acompanhando vocês. — As duas assentiram novamente.

Enquanto elas conversavam com o rapaz, Jonny aparece com algumas fotos nas mãos e entrega a Michael.

— Essas são as pessoas que faltam ser presas. — Estendeu as imagens para Emma, porém Regina as puxou para ver. Foi passando as fotos dos suspeitos e quando chegou a última, seu coração disparou e suas mãos gelaram. — Esse é o chefe. — Michael apontou para a foto que a morena analisava. Emma se aproximou para ver quem era e abriu a boca surpresa ao ver de quem se tratava.

— É ele... — Regina sussurrou.

— Ele? — Michael perguntou sem entender. — Você o conhece? — Quis saber.

— Infelizmente sim. — Suspirou pesadamente. Entregou as fotos à Emma para que ela pudesse ver o resto. Mais duas mulheres e três homens. — É alguém que deveria estar preso há anos. — Acrescentou entredentes. — Qual o nome dele?

— Keith Thompson.

— Há chances de essas pessoas estarem aonde iremos agora? — Emma perguntou, levantando as fotos.

— Acredito que não, mas nunca se sabe.

— Certo, estamos indo. — O homem assentiu pegando de volta as fotos que estavam nas mãos de Emma e em seguida voltaram para o estacionamento do Departamento, pegaram a viatura, onde Emma quem foi dirigindo e logo seguiram para o local.

Enquanto estavam a caminho do local indicado, como sempre, escutavam música e conversavam. "Here I go again – Whitesnake" era a da vez e sempre que chegava no refrão, as duas não se seguravam e começavam a cantar feito loucas, não se importando com quem estivesse fora vendo.

And here I go again on my own — E aqui vou eu de novo, sozinho

Going down the only road I've ever known — Seguindo pela única estrada que conheçoLike a drifter I was born to walk alone — Como um andarilho, eu nasci para caminhar sozinhoBut I've made up my mind — Mas eu me decidi

I ain't wasting no more time. — Eu não vou perder mais tempo

Emma fingia tocar baterias invisíveis, e às vezes uma guitarra, Regina sempre que podia batia no volante, e ao fim do refrão, começavam a gargalhar. Nem parecia que mais cedo, as duas estavam tristes e chorando ao visitar entes queridos.

Vinte minutos depois estacionaram em frente a uma casa que parecia abandonada. Ficava em um lugar escondido e pouco movimentado, e ela parecia cair aos pedaços. Colocaram seus coletes, carregaram as armas, e junto com os oficiais que as acompanhavam, rodearam a residência, e invadiram.

Logo na entrada, era possível sentir a catinga de maconha, crack, bebidas alcoólicas e algo podre. Algumas pessoas bebiam, outras fumavam e outras até transavam.

Todos foram surpreendidos e rendidos. Alguns tentaram reagir, mas alguns policiais foram mais rápidos e os renderam antes. Infelizmente, nenhum dos rostos que estampavam as imagens que Swan e Mills receberam, estavam por ali.

Então, enquanto os policiais faziam seu trabalho com as pessoas que ali estavam, Emma e Regina vasculhavam alguns cômodos que os oficiais que as acompanhavam, não foram.

Olhando de quarto em quarto, encontraram uma porta. Com um pouco de dificuldade, abriram-na e adentraram. No mesmo instante, prenderam a respiração ao sentir o mau cheiro que ali estava. Além do mau cheiro, estava escuro e por isso nenhuma das duas conseguia enxergar.

Enquanto Regina procurava algum interruptor na parede, Emma continuou explorando o local, mesmo que não estivesse vendo bem.

De repente a mão bateu em algo frio. Começou a tatear para entender melhor do que se tratava. Não conseguiu identificar, então pegou o celular no bolso e ligou a lanterna.

Quando apontou para onde queria e identificou do que se tratava deu um grito tão alto que Regina se assustou e até caiu no chão.

— Puta que pariu, Emma! — Gritou Regina levantando-se nas pressas. — O que foi? — Aproximou-se rápido da amiga que estava caída ao chão e trêmula.

A loira não conseguiu dizer uma palavra, apenas apontou para onde estava e entregou o celular para amiga que não hesitou em pegá-lo. De onde estava apontou para o local e viu o que assustou a amiga. No mesmo instante deu alguns passos para trás e olhou ao redor, pensando se teria mais corpos pendurados por onde elas estavam.

Seu coração batia acelerado com o susto que teve tanto do grito de Emma como de ver o que viu.

Levantou a amiga do chão e a arrastou para fora dali. Emma estava pálida, trêmula e com ânsia de vomito.

— Ei. — Regina tocou no rosto da amiga para tentar acalmá-la. — Já passou... Calma. — Sussurrou com a voz mansa.

— Eu vou vomitar. — Balbuciou e na sequência, afastou-se de Regina e abaixou-se logo botando tudo para fora. Mills se aproximou e segurou seus cabelos para que não sujasse. — Eu quero sair daqui. — Regina assentiu e levantou-se junto com ela. Abraçou-a apertado e foram abraçadas até a saída da casa.

Regina informou o que encontrou, entrou para mostrar o local e avisou que iria embora com Emma, já que ela estava passando mal.

No meio do caminho Graham ligou para as duas e Regina contou o andamento da operação e o recente acontecimento.

Você a engravidou, Mills. Agora terá que trabalhar muito para comprar leite e fralda. — Foi o comentário do rapaz.

— Dá próxima vez eu coloco camisinhas nos dedos para não correr o risco de vir outro. — Foi a resposta que ela deu.

Quando Regina chegou ao Departamento, ainda conversando com Graham por telefone, pediu ao Capitão, que prontamente permitiu, o restante do dia para cuidar da amiga que ainda estava mal.

Antes de irem para o hotel, Regina passou na farmácia e comprou uns remédios para a doente, e em seguida foi para o hotel. Quando entraram no quarto, Regina colocou a ligação no alto-falante novamente e enquanto preparava algo para as duas comerem, ambas conversavam com Graham que, a todo momento fazia uma piadinha quando Emma voltava do banheiro depois de der vomitado.

•§•

Passava das sete da noite e Regina estava entediada assistindo TV, comendo um hambúrguer e com a mão livre, fazendo carinho nos cabelos da amiga, que dormia tranquilamente depois de ter tomado um remédio para enjoo.

Depois de terminar seu delicioso lanche, levantou-se, jogou a lata de guaraná fora, foi ao banheiro, lavou as mãos, desligou a TV e voltou para a cama. Delicadamente deitou de lado e atrás da amiga, com um dos braços na cintura dela, formando uma conchinha.

— Minha loira. — Sussurrou em seu ouvido dando um beijo em seu ombro. — Gostosa. — Sussurrou de novo e deu um beijo na bochecha rosada. Emma começou a se mexer e ronronar baixinho. — Acorda, delicia. — Swan sorriu e abriu os olhos, virando-se minimamente e enxergando a morena por sua visão periférica. — Melhorou? — Perguntou carinhosa e Emma balançou a cabeça confirmando enquanto esticava os pés. — Vamos sair?

— Eu estou com preguiça. — Resmungou enfiando a cara no travesseiro.

— Por favor? — Implorou a morena, apertando-a mais em seus braços e beijando suas costas por cima da blusa. — Deixa de preguiça... — Fez voz de choro e Emma sorriu. — Vai...

— Ok... — Rendeu-se. Sua voz saindo abafada devido ao travesseiro.

— Aê... — Regina comemorou. Deu mais um beijinho na bochecha da loira e se levantou. — Vou tomar um banho. Fiz um lanche para quando você acordar. Está no balcão. — Emma levantou apenas o dedo positivo como resposta. Ainda estava deitada, criando coragem para se levantar.

•§•

— Vai levar alguma arma? — Perguntou Regina quando saíram do carro.

— Vamos levar as pequenas. — Sugeriu Emma. — Nunca se sabe o que pode acontecer. Temos que andar prevenidas.

— Verdade. — Concordou a morena.

Depois de colocarem as armas em lugares escondidos no corpo, trancaram o carro que estava numa rua ao lado da boate que estavam e seguiram para a entrada.

Na entrada do local as duas foram revistadas pelos seguranças, e depois de provarem que eram da Polícia, finalmente entraram.

— Argh... Odeio essas luzes. — Reclamou Emma dos jogos de luzes de cor branca. — Eu não consigo ver um palmo a minha frente e ainda fico tonta. — Balançou a cabeça negativamente. — Prefiro as coloridas. — Acrescentou abrindo e fechando os olhos. Regina que ia mais atrás começou a rir ao ver Emma andando como uma cega.

— Vem, eu te ajudo. — Passou na frente da amiga e puxou seus braços, colocando-os ao redor de sua cintura e juntando o corpo da amiga ao seu.

Enquanto andavam pelo meio da multidão, Regina ia dançando, pulando e gritando, toda animada, acompanhando o ritmo da música e das pessoas que dançavam, parecia até que estava num show, enquanto Emma só fazia tropeçar, pois devido ao modo como estava agarrada na morena, seus movimentos dificultava um pouco para andar, e também por conta de algumas pessoas que a empurrava, vez ou outra.

Depois de atravessar um mar de pessoas, pararam num local mais calmo onde o jogo de luz não alcançava muito. Emma se encostou a uma pilastra, enquanto Regina foi buscar um guaraná para ela e uma latinha de cerveja para si. Emma não queria beber, sem falar que alguém sóbrio teria que dirigir o carro de volta ao hotel.

•§•

— Acho que voltamos para casa ainda essa semana. — Comentou Regina. Ao fundo tocava algumas músicas lentas e ela acompanhava as batidas da música, dançando de um lado para o outro. Emma continuava encostada a pilastra, bebendo sua terceira latinha de guaraná. — O que você acha?

— Também acho. — Concordou. — Estamos nos saímos muito bem e se continuarmos assim não vamos precisar ficar por mais dias aqui, só o necessário. — Regina concordou.

— Graças a Deus. — Emma gargalhou. — Não vejo a hora de voltar para minha casa, para minha cidade...

— Eu também. — Emma concordou. Deu um último gole em sua bebida, pegou a latinha também vazia da amiga e foi ao banheiro.

Quando voltou, Regina estava encostada na pilastra em que ela estava antes, encarando duas mulheres que se beijavam na pista, ao som de Kiss me – Ed Sheeran.

— Voltou no momento certo. — Comentou a morena com um sorriso maroto nos lábios. Desencostou-se de onde estava e Emma encostou-se novamente, em seguida olhou para onde Regina olhava, e sorriu disfarçadamente. — Música bastante interessante está tocando agora, não acha? — Indagou, ficando de frente para a loira. Emma arqueou a sobrancelha ao prestar atenção em qual era a música. — Bastante propícia para o momento... — Acrescentou sussurrante e um sorriso malicioso, escorando-se na pilastra que Emma estava há pouco, com as mãos, uma de cada lado da cabeça da amiga. Seus olhos estavam conectados e os rostos bastante próximos. As respirações ficando bastante alteradas, principalmente de Emma. — Kiss me like you wanna be loved. — Regina sussurrou na boca de Emma, junto com a música, e então os lábios se uniram lentamente.

Em primeiro momento, Swan ficou receosa, hesitante de se permitir se entregar para a amiga. Mas ao sentir Regina reivindicar passagem em seus lábios, querendo aprofundar mais o contato, e sentir sua respiração irregular em seu rosto, não aguentou se segurar mais, e libertou-se, levando ambas as mãos para a cintura de Mills, trazendo-a para mais perto, juntando os corpos. Regina tirou a mão esquerda da parede e levou até a nunca da loira, apertando levemente aquela região, e depois subindo com os dedos até chegar ao cabelo e emaranhá-los por ali, dando leves puxões. Emma gemeu baixinho ao sentir os dedos naquela região tão sensível e depois os puxões leves que recebia.

O beijo ficou mais intenso quando a língua de Regina pediu passagem na boca de Emma que foi logo cedido.

Porém, esse momento foi interrompido por alguns pipocos alto, bastante próximo delas, e gritos das pessoas que estavam por ali.

Ao reconheceram que o barulho se tratava de tiros, jogaram-se no chão, com Regina por cima, protegendo Emma. Mills sentiu algo queimando em seu braço direito, e ao olhar percebeu que fora atingida de raspão e seu braço sangrava.

— Você foi atingida? — Perguntou Emma preocupada tentando ver o braço da amiga.

— Foi apenas de raspão... — Respondeu rapidamente. — Como conseguiram entrar aqui, armados? — Saiu de cima da loira e procurou sua arma no cano da bota.

— Com certeza esses seguranças e quem sabe o dono daqui, estão... — Não terminou a frase, pois uma chuva de tiros em direção as duas a interrompeu. — Porra... Não estão para brincadeira, hein... — comentou Emma jogando-se no chão e procurando abrigo, seguida por Regina.

— Com certeza quem está fazendo isso nos conhece... — Comentou Regina. — Precisamos encontrar um local que dê para nos proteger, e para revidar.

Arrastando-se pelo chão, conseguiram encontrar algo para servir como escudo e terem uma boa visão do local.

Com apenas a mão com a arma e metade do rosto, ficaram de tocaia esperando os adversários atacar. Não demorou muito e eles botaram as cabeças para fora de onde estavam e começaram a atacar novamente, porém dessa vez as duas estavam preparadas e por isso revidarem também, e Regina logo tirou um da jogada.

Devido ao escuro do local, não conseguiram ver os rostos, viam apenas as sombras que conseguiram identificar, três homens contando com o que já fora atingido, e duas mulheres.

Com um atingido por Regina, ela sentiu-se mais confiante e saiu de onde estava, indo para outro local mais perto. Emma aproveitou o momento parado e ligou para o Departamento para pedir reforços, porém não conseguiu de primeira, então desistiu.

— Regina... — Sussurrou Emma ao ver Mills indo mais para perto do grupo. — Você não deveria ter saído daqui. — Reclamou, porém logo foi ao seu encontro. — Um está morto, mas ainda tem quatro.

— Eu sei, mas, quanto mais perto, melhor.

De repente, Regina viu as duas mulheres que estavam no grupo, se levantarem e saírem correndo. Sorriu ao vê-las dando sopa, e sem perder a oportunidade, mirou bem e acertou as duas.

— Três pontos para mim e nenhum para você. — Cantarolou para Emma. — Agora, restam dois.

— Agora é comigo. — Dito isso, Emma abriu fogo para onde eles estavam, fazendo-os revidar e com isso ela acertar um. — Isso está fácil demais.

— Nós que somos boas. — Piscou para a loira.

— Só mais um. — Sussurrou. — As munições estão acabando.

— Eu ainda tenho. — Disse Regina.

Andando para mais perto, agora que só faltava um, encontraram um refúgio de trás do balcão.

— Esse momento merecia uma música. — Comentou Regina sorrindo enquanto brechava para ver se via o que faltava.

— Qual música você acha que combinaria com esse momento? — Indagou curiosa enquanto preparava sua arma.

— Survivor – Eye of the Tiger. — Rebateu rapidamente.

— É uma boa escolha. — Comentou.

— Vamos fingir que está tocando então. — Assim que Regina terminou de falar, se levantou e começou a atirar na direção onde o inimigo estava escondido se protegendo, em seguida abaixou-se rápido.

O homem que até então estava só escondido esperando elas atacarem para poder fazer o mesmo, se levantou e começou a atirar. Mills tinha conseguido o que queria.

— Consegui fazer o otário se mostrar. — Sussurrou Mills para Swan, que sorriu ao ouvir tal informação. — Vamos atacar as duas.

Quando Mills voltou a olhar para o homem, este estava de lado, olhando e mirando para onde aparentemente não tinha ninguém. Ela viu ali a oportunidade de vencer a batalha, então sem pensar duas vezes levantou com a arma apontada para o mesmo. Nesse momento Emma viu do lado direito e um pouco mais atrás, aquele que Regina tanto procurava e que estavam ali naquela cidade, para prender. Keith Thompson, o assassino do amigo de Regina, Daniel, e o chefe da gangue de traficantes. O rapaz apontava para Regina que tinha se levantado para acabar com o não mais tão último assim.

Quando Keith colocou o dedo no gatilho, Swan se levantou rapidamente e atirou na mão do homem que ainda sim conseguiu atirar, porém, para sorte de Regina, o tiro bateu mais a cima da cabeça dela, que assim que atirou em seu alvo, jogou-se no chão com o susto.

Ao olhar para o lado, viu Keith sair correndo e sumindo na escuridão.

— O que ele está fazendo aqui? — Sussurrou. Emma veio correndo ao seu encontro.

— Você está bem? — Ajoelhou-se ao seu lado e a ajudou a se levantar.

— Estou... — Respondeu limpando a roupa. — Obrigada. — Sorriu levando a mão até o rosto da loira e acariciando. — Eu poderia estar sem cabeça agora. — Brincou.

— Não brinca com isso. — Repreendeu dando uma tapinha no braço da amiga que resmungou de dor. — Desculpe-me. — Pediu ao ver que tinha batido no machucado dela.

— Vamos ver o estrago que fizemos. — Levantou-se e puxou a amiga pelo braço. Ao chegar perto do último alvo morto, arregalou os olhos ao reconhecer que era um dos que estavam procurando. Olhou ao redor e viu que os outros também eram os suspeitos que procuravam. Entendeu então o que seu inimigo fazia ali. — Não acredito que estávamos trocando tiros contra quem mais queríamos pegar. — Comentou sorrindo. — É... Agora eu tenho mais certeza ainda que voltaremos logo para casa. Só falta aquele... Keith... — Disse entredentes, cerrando os punhos.

— Parabéns para nós. — Disse Emma sorridente dando um high five com a amiga.

— Que merda! — Regina resmungou, olhando para o corpo inerte no chão.

— O que foi? — Emma questionou, confusa.

— Errei o tiro. — Seu tom era de frustração. — Preciso voltar a ter aulas de tiro. — Swan olhou-a incrédula.

— Como assim, você errou o alvo? — Franziu a testa. — Você acertou na cabeça dele e ele morreu. — Apontou o óbvio.

—Eu queria ter acertado aqui. — Apontou um ponto na cabeça do homem, bem no meioda testa. — E não aqui. — Apontou o lugar onde acertara, em sua fronte. Swanrevirou os olhos. — Até parece que você não é assim também.    

— Nem tanto. — Rebateu rapidamente. — Vou informar a nossa conquista ao Michael. Ele vai adorar saber que matamos os subordinados do tal Keith. — Informou já pegando o celular e se afastando de Mills.

•§•

Depois que os policiais, junto com Michael e o Capitão, chegaram no local onde as duas estavam, Emma e Regina seguiram direto para o hospital, devido ao machucado do braço da morena.

Como Regina era da polícia, acabou sendo atendida rápido. Vantagens da profissão. Ganhou alguns pontos, tomou remédio para dor, fez um curativo no local e foi para o hotel com Emma.

Assim que chegaram no hotel, Regina correu para o banheiro, tomou um banho bastante demorado, colocou apenas uma calça folgada e um top, e jogou-se na cama. Assim que Emma a viu, procurou desviar o olhar da barrigada da morena, sempre que falava com ela. Depois de tomar um copo de leite, foi para o banheiro e também tomou um banho. Quando saiu, vestiu uma blusa social bastante folgada e grande que ficava no meio de suas pernas e jogou-se na cama também.

Quando Regina viu a vestimenta da amiga, rapidamente se levantou e desligou a TV.

— Por que...? — Indagou Emma. Regina nada respondeu, apenas sentou-se na cama, olhando descaradamente para suas pernas e depois a encarando, em seguida deitou-se pertinho da loira, olhando para sua boca e depois voltando a encará-la. Estavam deitadas de lado e por isso estavam bastante próximas.

— O que você achou? — Arqueou a sobrancelha. — Do beijo. — Acrescentou.

— É... — Emma corou com a pergunta e desviou o olhar da morena. Regina sorriu com a vergonha da amiga.

— Eu... — Decidiu falar. — Adorei provar esses lábios. — Passou os dedos pelos mesmos. — São macios... Doces... Deliciosos. — Passou a língua pelos lábios. — Eu quero prová-los de novo. — Sussurrou rouca. Emma já estava excitada só de ouvir o tom de voz da morena. — O que você acha de continuarmos o que começamos mais cedo? — Sem esperar resposta, juntou as bocas novamente e logo começaram a se beijar. Quando Regina levou sua mão até a perna da loira e começou a acariciá-la e apertá-la de leve, indo em direção a sua intimidade, Emma a parou, segurando em seu braço.

— Seu braço... — Disse rouca e com a respiração bastante irregular. — Pode machucar...

— Eu não ligo. — E então voltou a beijá-la, dessa vez empurrando-a no colchão, fazendo-a encostar as costas no mesmo, e indo para cima dela, colocando uma perna e um braço de cada lado.

O beijo era intenso, porém calmo. As línguas rapidamente se encontram dentro das bocas. Quando se encostavam uma a outra, fazia o centro de ambas vibrarem de tanta excitação e soltarem alguns gemidos.

O momento estava bom, estava ótimo, porém, devido ao esforço feito, o braço de Mills começou a sangrar e por isso as duas teve que parar.

— Estava tão bom. — Resmungou a morena. — Só parei por sua causa. — Emma sorriu.

Swan rapidamente se levantou e foi atrás do kit de primeiros socorros para tratar do braço da amiga.

Depois do incidente, trocaram mais alguns beijos bastante intensos e excitantes, todos iniciados por Regina, e logo se arrumaram para dormir, pois passava da meia noite e elas tinham que estar cedo no Departamento no dia seguinte.

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