Olhos cor de Mell® #freeyourb...

By ugh95s

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'''A história que conquistou o 2° Lugar na categoria ROMANCE do projeto UMA DOSE A MAIS''' É incrível como... More

Prólogo
Capitulo 1 «A mais louca de todas»
Capítulo 2 «Um belo defeito genético»
Capítulo 3 «Tomando sermão de uma maluca»
Capítulo 4 « Ajudas são o melhor incentivo »
Capítulo 5 «No poço do tédio»
Capítulo 6 «Mentiras as vezes são sempre descobertas»
Capítulo 7 « Um grande vazio »
Capítulo 8 «5 chances»
Capítulo 9 « Nem tudo é perda de tempo»
Capítulo 10 « O universo nos olhos »
Capítulo 11« Até que tudo se resolva»
Capítulo 13 «Uma boa companhia»
Capítulo 14 « I'm not done »
Capítulo 15 « Boneco torto »
Capítulo 16 « O que importava era sua felicidade»
Capítulo 17 « Não era um crime para haver penalidade»
Capítulo 18 « Uma boa lembrança»
Capítulo 19 « 50% »
Capítulo 20 « Ilegal »
Capítulo 21 « One »
Capítulo 22 « Two »
Capítulo 23 « Sweet »
Capítulo 24 « Perdido »
Capítulo 25 « Peça chave »
Capítulo 26 « Rain »
Capítulo 27 « Meu verdadeiro mundo »

Capítulo 12«Era errado, mas talvez fosse a coisa certa»

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By ugh95s


● OLAAA JÁ BATEMOS 6 k de views e  930 votos <3 

OBG <3 

●  TROQUEI A CAPAAAA. MELLANIE ESTÁ DO JEITO Q QUERO AGORA AHSDJAHSJKDGHAJSDGJAS

●  Provavelmente vou voltar a demorar pra postar pq meu telefone está meio estragado e costumo a escrever apenas com ele pq só consigo escrever pouco tempo antes de dormir... Mas farei o possível pra n demorar tanto <3 

※※※※※※※※※※※※※※※※  

 Já tinha quase 10 minutos que seguíamos em direção a praça. O sol estava um pouco forte. Talvez seja por isso que estávamos sem assunto.

— Posso fazer uma pergunta? Pode parecer um pouco invasiva. — Baby, que andava a meu lado, me olhou.

— Pode.

— Por que lhe chamam de Baby? — ele riu.

— Por que ele tem uma cara de neném tão fofa. — Mellanie cochichou no meu ouvido. Comecei a rir.

— Isso é mentira! — se defendeu.

— Aah pare, com esse seu cabelo colorido fica ainda mais fofo. — Keren disse a ele que riu corando as bochechas.

— Aaah que fofura essas bochechas vermelhas. — Margarida disse a ele que escondeu o rosto no braço do namorado.

— Me deixem em paz.

— Me desculpe, eu não queria causar isso. — pedi a ele que riu.

— Está tudo bem.

— Chegamos. — Mellanie disse animada largando minha cadeira e correndo por nós como uma louca.

Paramos onde estávamos e ficamos observando ela que corria em direção ao escorregador.

— Esse brinquedo deve estar fervendo. — Heitor disse e concordei.

— Vai queimar a raba toda. — Baby disse nos fazendo rir.

Segundos depois ela se sentou e no momento que começou a escorregar começou a gritar e antes mesmo de terminar de descer pulou do brinquedo esfregando a mão na bunda.

— Está muito quente! — reclamou vindo até nós.

— Claro né! Um calor desses. — Keren disse a ela.

Seguimos até um local com sombra onde havia um banco e fiquei junto a Mellanie já que os outros estavam nos brinquedos.

— Acho tão bonitinhos eles. — Mell disse apontando para Baby e Felipe e depois para Karen e Heitor.

— São sim. — olhei para ela. —Já gostou de algum garoto?

A mesma suspirou ainda encarando os outros.

— Sim, amei apenas dois. Meu ex que terminou comigo aquele dia e outro garoto que eu era loucamente apaixonada.

— E porque não ficaram juntos?

Ela riu e logo depois jogou as costas sobre o encosto do banco.

— Ele preferia as brancas. — me encarou. — Na verdade ele só queria as garotas brancas e eu não sou branca.

— Que otário! — ela riu.

— É o gosto dele. Mesmo que pareça ser algo bastante racista.

— Isso não significa que ele é racista. E se fosse ao contrário? E se ele não gostasse de garotas brancas e sim das negras.

— Também poderia ser considerado racismo. Estamos lidando com cores de pele. Qualquer tipo de discriminação por causa de cor de pele é racismo sim.

— Então por que pra você isso que ele fez pode ser algo racista?

— Brian, eu nunca o vi beijando uma garota como eu, eu nunca o vi dizer que tal garota que não era branca era bonita. Ele não preferia as brancas, ele simplesmente não gostava das garotas com tom de pele mais escuro. Tento aceitar isso como gosto, mas é meio difícil perante a esses comportamentos dele. E também, acha certo chegar em uma garota como eu, com descendência africana direta e dizer isso? " Ah... não podemos ficar juntos, eu prefiro as garotas brancas" — me olhou. — Independente se foi ou não na intenção de me magoar, foi ofensivo pra mim.

— E você sofreu por causa disso?

— Bom... durante dois anos sim, mas no terceiro eu tinha apenas algumas recaídas e como várias pessoas me ajudavam eu consegui me desapegar. Ele voltou com a ex que também o traia e talvez ele esteja feliz em algum lugar do mundo. A última vez que o vi, estava com uma garota, prima dele.

— Nunca mais voltou atrás dele?

— Por que eu voltaria?

— Não eram melhores amigos?

— Nunca fomos amigos Brian, foi algo passageiro, uma grande perda de tempo. Nosso relacionamento não passou de um grande interesse abusivo por parte dele. Eu era apenas a última opção, se todas o largassem ele teria a mim já que eu sempre estive ali ao seu lado. Eu era chamada de vitimista e mimizenta por falar sobre racismo. Para ele aquilo não passava de drama, talvez porque ele nunca passou por isso. "Racismo não existe." Realmente não existe se você fizer vista grossa.

— Caramba! E ele também não te procurou?

— Como se eu desapareci de sua vida? Troquei de número e tudo. Ele jamais irá me encontrar. — sorriu. — Espero que ele esteja em algum lugar, e pelo menos uma vez nesses quatro anos que nos separamos ele esteja se perguntando para onde eu tenho andado. Queria que ele também notasse a diferença de viver sem mim. — riu. — Eu o cuidava com tanto carinho. Se estivesse mal eu estava ao seu lado, mesmo com os meus compromissos. Se estivesse feliz eu fazia o máximo de esforços para não estragar o seu dia. Fazia de tudo para que ele notasse que eu poderia fazê-lo feliz, mas... não adiantou. Sua mente era pequena escolhia as pessoas por porte físico, cor, cabelo, olhos... Voltou com aquela garota mesmo ela sendo uma falsa, que não ligava para ele e o traía com vários. A única coisa bonita que ela possuía era seu exterior e por dentro não passava de um grande lixão com resíduos tóxicos. — suspirou. — Quando o vi com ela minha ficha começou a cair que não dariamos certo. Seria um perda de tempo continuar tentando algo com ele. Foi então que comecei a ver seus defeitos e ver que as coisas que ele dizia a mim eram mentiras, ele era uma pessoa ignorante, e eu não era a garota que ele queria, eu não era uma garota branca.

— Como conseguiu fazer amizade com esse tipo de pessoa?

— Como não se apegar a uma pessoa que te trata bem, manda bom dias, diz que precisava de você. Como você não se sente importante com uma pessoa assim?

— Verdade.

— Mas isso durou apenas alguns meses. Depois me tratou como lixo.

— Deve ter sido péssimo! — concordou. — E mesmo assim você continuou a tratá-lo bem?

— Claro! Se ele não soube me valorizar isso foi um defeito dele e não meu. Fiz o meu possível, se ele não soube retribuir... o que eu poderia fazer? Eu já estava bastante presa nele.

— Que relacionamento horrível! — ela riu. — Espero nunca passar por isso, ficar presa na mesma pessoa por 3 anos.

— Não desejo isso a ninguém, foram meus piores anos. Ele me detonou por dentro, virei uma pessoa depressiva e sofria de algumas quedas emocionais, bipolaridade, estresse psicológico...

— Meu Deus Mellanie!

— Tomara que ele tenha mudado. — sorriu. — Enquanto eu estava com ele eu tentei, falei a ele uma vez que eu gostaria de ver o que ele faria se os garotos tratassem a irmã dele da forma como ele tratava as garotas, como um objeto. Ele ficou calado, não tinha o que falar. Por anos ele foi meu pesadelo!

— Não faço ideia! Mas está bem agora não é? — concordou balançando as pernas no banco.

— Tenho as melhores pessoas ao meu redor e não preciso dele.

— Muito bem. — sorriu.

— Não vão vir? — Baby perguntou.

— Não posso. — respondi.

— Aaah pode sim. — Mellanie se levantou. —Heitor e Felipe. — os dois seguiram até ela. — O coloquem no balanço da sombra. — ambos concordaram.

— Mellanie.

— Shiii, você vai pro balanço comigo sim. — avisou.

Passei um braço pelo ombro de Heitor e o outro no de Felipe. Os dois rapidamente seguiram comigo até um dos balanços que estavam debaixo de uma árvore, onde Mellanie o aumentava de tamanho, talvez para minhas pernas não tocarem no chão e ambos me colocaram sentado no balanço, que estava um pouco alto.

—Obrigado. — agradeci a eles que sorriram.

— Não há de que!

— Por nada cara.

Os dois seguiram até o outro lado, onde havia uma casinha com escorregador.

Mellanie olhou para mim e puxou a tranca para que eu não escorregasse.

— Segure firme. — Concordei a Melanie que segurou na parte de trás do balanço que era de metal e me empurrou.

Fechei os olhos sentindo o vento. Era como estar liberto daquilo tudo.

[...]

Depois de ficarmos quase uma hora ali, acabamos voltando para a casa de baby.

— "I kissed a girl and i liked it." — neguei ouvindo sua voz desafinada.

— Não mesmo. — Baby pausou o jogo que estávamos jogando e a encarou. — Alguém toma o microfone dessa criatura.

Olhei para Mellanie que dançava em cima do balcão enquanto estava com um tutu rosa, um arquinho com um chifre de unicórnio e um saco de jujubas debaixo do braço.

— Isso tudo é felicidade porque tem um encontro hoje à noite? — olhei para Baby e depois para Mellanie que havia parado de cantar.

Todos olhamos para ela que se sentou no balcão e nos olhou. Ela tinha um encontro? Desde quando ela tinha um encontro.

— Mellanie... — Keren insistiu. — Tem um encontro?

— Não é beeem um encontro. É mais um jantar de amigos.

— É o Brian?

— Não que eu saiba. — falei a ela.

— Quem é Mell? — Heitor a perguntou.

— Ah... é o novo fisioterapeuta. Disse que estava sozinho na cidade e já que não farei nada hoje aceitei e... nós vamos ir.— explicou.

— Mellanie... o cara acabou de chegar, o conheça primeiro. — Ligia advertiu.

— Estamos almoçando todos os dias juntos e já tive uma boa primeira impressão. — nos contou. — Ah pessoal eu não quero nada demais com ele.

— E você não acha que ele quer algo? — Margarida a indagou.

— Comigo? — ela riu. — Claro que não. Se ele quisesse algo amoroso com alguém ele teria chamado outra garota. Deixei bem claro que não estou aberta para novos relacionamentos.

— Uhuuuum, e ele vai muito respeitar isso.

— Hey, parem de julgar as pessoas. Isso é uma das nossas principais regras. Não devemos julgar as pessoas antes de conhecê-las.

— Não estamos julgando, estamos criando hipóteses. — a corrigi.

— Está do lado deles? — indagou indignada.

Era claro que eu estava! Ela era uma maluca de sair com qualquer um.

— Quer saber... não se metam nisso. — pediu. — Sei muito bem me virar sozinha. — Tirou a tiara. — Vamos Brian, preciso ir pra casa. Vou levá-lo embora.

Se abaixou e destravou minha cadeira. Depois de nos despedimos de todos, que não disseram mais nada sobre aquilo, seguimos em direção ao carro. Mellanie pareceu procurar algo até que abriu a porta.

— Saí tão apressada que esqueci meus sapatos. — disse nervosa. — Já volto. — Jogou seu telefone no banco.

Olhei para ele que estava com a tela desbloqueada. Olhei para Mellanie que já havia entrado.Era errado... mas eu não poderia evitar.Peguei o telefone antes que bloqueasse a tela e entrei em seu Whatsapp. Lá rapidamente vasculhei suas últimas conversas e achei o bate papo com o tal de " George".

"Te pego as 7?"

"Tudo bem."

Subi a conversa até encontrar o nome do restaurante sugerido por Mellanie.

"Beneplácito"

Sai rapidamente da conversa, bloqueei a tela e o joguei no banco.

Segundos depois Mellanie apareceu calçando suas botas e entrou no carro.

— As esqueci no quarto do Baby, em tempo dele as roubar de mim. — comecei a rir junto a ela. — Desculpe por te trazer mais cedo, mas eu preciso

— Está tudo bem. — sorri. —Estamos aqui já faz horas.

— Não sei se está bem mesmo porque com essa sua cicatriz de Gangster... — comecei a rir. — Não se pode confiar.

[...]

— Mãe por favor. Vamos. — insisti mais uma vez.

— Brian, nós vamos ficar em casa. O que quer comer? Faço pra você querido.

Ela não entendia o quanto eu precisava sair de casa.

— Eu quero jantar fora. Estou cansado de ficar aqui.

— Brian... o que lhe deu? Odeia almoçar fora.

— Nunca fomos nesse restaurante mãe. Por favor vamos. — implorei.

— Não Brian, ningém está afimd e sair.

— Poxa mãe! Sempre acha ruim por eu nunca querer sair de casa e quando resolvo ir a ninguém quer. — cruzei os braços. — Tenho certeza que se meu irmão estivesse aqui ele me levaria.

Ela respirou fundo e jogou o avental em cima da mesa.

— Tudo bem. —olhei para ela. — Nós iremos. — sorri.

— Mãe se eu pudesse eu te daria um abraço muito apertado. — ela riu.

— Não seja por isso. — Se abaixou.

A enchi de beijos e abraços. Ela havia salvado minha vida mais uma vez.

— Se apronte. Saíremos em meia hora. — Concordei olhando para o relógio que ainda marcaria 18:30.

Segui apressado para meu quarto, para que não nos atrasássemos. Escolhi minhas roupas, mas não consegui vestir minhas calças, algo não muito difícil de acontecer.

— Mãe. — a chamei e rapidamente ela veio. — Não consigo. — me dei por vencido.

— Está tudo bem. — se abaixou e enfiou o pé da calça. Logo depois fez o mesmo com o outro. — Irá calçar o tênis? — concordei.

Ela veio até mim e calçou meu tênis que antes estava em cima da cama. Era completamente desanimador não conseguir vestir suas próprias roupas.

— Prontinho. — se levantou.

— Obrigado.

— Por nada querido. — Sorriu indo para trás da minha cadeira.

Saímos do meu quarto e seguimos até a cozinha onde minha irmã estava sentada ao lado do meu pai mexendo no telefone.

— Serião? Beneplácito? — ela perguntou a mim.

— Não encha o saco do seu irmão. — minha mãe pediu a ela.

— Mãe, esse restaurante tem praticamente tudo feito de peixe.

— Não quero saber, vamos conhecê-lo então. — passou comigo por ela.

— Brian odeia peixe. — continuou.

— Não odeio, só não é meu tipo de carne preferida. — a corrigi.

— Uhum. — passou por nós para abrir a porta.

Chegamos no restaurante as sete e quinze. E a primeira coisa que fiz foi procurar por Mellanie, mas ela não estava lá.

Será que eu havia ido para o local certo?

Acabamos pegando um local perto da janela. Minha mãe acabou pedindo um prato que era repleto de carne de peixe com um molho um pouco esquisito. Acabei experimentando e não era tão ruim. Olhei em meu telefone e já eram sete e meia. Pelo visto eles deveriam ter ido para outro lugar.

— Me passa o sal. — Minha irmã pediu.

Me virei para pegar o sal que estava do meu lado esquerdo e a vi entrando com um vestido solto estampado com etnia afro.Estava linda!

Ela havia vindo!

— Caramba! Aquela — dei um beliscão em minha irmã que me olhou. — Seu safado, por isso quis vir. — fechei a cara para ela.

— Olha! Aquela não é a Mellanie? — Meu pai apontou para a entrada.

Minha mãe me olhou desconfiada e depois desviei o olhar. Pelo visto ela já havia sacado o que estava acontecendo.

— Quem está com ela Brian? — minha mãe perguntou a mim.

— Eu não sei.

— Huuum. — olhou para minha irmã que também me olhava.

Olhei discretamente e ambos seguiam para uma mesa à dois do outro lado do restaurante.

— Brian. — olhei para minha mãe. — A comida vai esfriar.

Concordei comendo mais um pedaço do peixe. Não me contive e mais uma vez olhei para ela que conversava animadamente com ele. E foi assim que ficaram por praticamente uma hora, rindo como se estivessem se divertindo. O tempo todo ele segurava em sua mão, mesmo com ela a puxando na maioria das vezes.

— Brian. — olhei pra minha irmã. — Pode ir comigo do outro lado pra servirmos algum doce? Tem um brigadeiro que parece estar delicioso.

— Tudo bem. — a mesma tirou minha cadeira, a manobrou e seguimos por entre meio as pessoas.

Tentei fazer o máximo de esforços para não mostrar que eu estava ali, mas quando olhei para a mesa e vi que estava vazia senti um alívio por ela não notar que eu estava ali.

— Sei muito bem que veio por causa dela. — Minha irmã me avisou.

— Que bom! —respondi virando a cara.

— Ah meu Deus! — olhei assustado para minha irmã após a cadeira da um tranco de repente.

Olhei para frente e um cara acariciava a canela.

— Me desculpe. — pedi a ele.

— Brian? — olhei para o lado e Mellanie vinha com um doce na mão.

Congelei no mesmo instante. olhei para ela que estava parada ao meu lado comendo o doce que estava em um potinho rosa.

— Oi Mellanie. — minha irmã a saudou enquanto eu não esboçava nenhuma reação.

— Oi. — sorri para ela.

— Que coincidência. — concordei.

Pura coincidência...

— Suuuuuper. — dei um beliscão na minha irmã.

— Preciso me sentar. — George avisou a ela puxando uma cadeira que estava atrás de si.

— Se machucou? — perguntou a ele antes da minha irmã se enfiar entre os dois.

— Machucou nadaa. — se virou para Mellanie. — Foi só um esbarrão. —riu.

— Deveria ser mais atenta pestinha. — minha irmã se virou e o encarou.

— Hey, não fale assim com a minha irmã. — Esbravejei.

— É o que você vai fazer? — se levantou me encarando.

Era um imbecil! Puxei minha cadeira e dessa vez bati com mais força em seus pés o fazendo perder o equilíbrio. O mesmo se sentou novamente esfregando seus tornozelos.

— Seu filho da

— Calado. Ela é apenas uma criança! — Mell se intrometeu. — Foi sem querer, seja mais maduro. — o encarou nervosa. — Eu quero ir embora. — avisou a ele.

— Mas...

— Já cansei, quero ir pra casa. — insistiu.

— Tudo bem. — olhou para mim andando um pouco manco.

— Até mais Brian. — acenou para mim e fiz o mesmo. — Até mais querida. — minha irmã sorriu para ela.

Olhei para ela que seguia junto a ele para a saída. Pelo visto havia sido um fiasco.

— Fizeram bem. — olhei para o lado e fiquei surpreso por Susan que estava ao meu lado.— Olá Brian.

— Olá. Também veio para espionar?— concordou.

— A segui desde sua casa, mas fui mais discreta e ela não me viu. — riu. — Olá. — olhou para minha irmã.

— Olá. — ambas deram um aperto de mão.

— Tenho que ir e contar aos outros. — concordei. — Valeu pela ajuda. — se despediu de mim antes de sair do restaurante.

— Já podemos ir embora? —minha mãe questionou a mim e concordei. — Aonde está os doces que iriam pegar?

Nos encaramos.

—Ficamos conversando e...

— É eu vi. — ela me olhou. — Andem logo. — seguimos rapidamente para a mesa de doces e após nos servirmos e pagarmos a conta fomos embora.

Durante a viagem de volta pensei que levaria um sermão da minha mãe, mas ela acabou gostando de ter ido comer um local diferente. Havia gostado da comida e queria voltar em breve.

Assim que chegamos em casa segui direto para meu quarto e minha mãe foi logo atrás.

— Brian. — a olhei. — Quero que me responda uma coisa, sem medo. Quero que confie em mim.

— O que quer saber?

—Está gostando da Mellanie? — neguei. — Diga a verdade querido, pediu para ir no restaurante porque a Mellanie estava, seu sei disso. — se escorou na porta.

— Sim, estamos a vigiando. — não menti.

— Estamos? — me olhou confusa.

— Eu e os outros amigos de Mellanie. Estávamos preocupados com isso, aquele cara é novo na cidade. A Susan até estava lá.

— Então fez isso pelo bem dela nada sem nenhuma outra intenção?

— Exatamente.

— Ok... Tenha uma boa noite.

Saiu do quarto e apagou a luz. 

※※※※※※※※※※※※※※※※    

ESPERO QUE LEIAM 

● Sobre o que a Mellanie falou sobre " Eu prefiro as brancas" foi um fato que aconteceu comigo, ainda mantenho contato com o garoto sim, ele veio me pedir perdão já faz quase 2 meses)  depois que descobriu que ele me levou ao fundo do poço, acabou com a minha vida, me tornou uma pessoa insegura e me levou a tentar suicídio várias vezes. Hoje tenho acompanhamento com psicologa  e venho melhorando a cada dia. Ainda somos "amigos", ele está com a prima dele ainda, mas agora ele me quer pq sente minha falta. E eu? Não o quero! Nunca o amei, o que aconteceu foi outra coisa. Irei explica, ou melhor... a Mellanie irá explicar ao decorrer da história.Se sinto sua falta?Ás vezes sim! 

Espero que entendam essa parte de " foi ofensivo" foi o que muitos não compreenderam  em mim e me julgaram. A  garota da foto de perfil da conta sou eu sim. E não, n tenho a pele escura ( apesar que queria) , fato que leva muitas pessoas a dizerem " você é clara dms pra se ofender com esse tipo de coisa.

 Será? 

Pela primeira vez dps de 2 anos aqui no site, uso uma foto minha. Alguns podem achar que o que ele fez foi um ato racista, ou n, apesar que na nossa sociedade a maioria das pessoas( tanto homens quanto mulheres independente de cor, religião, etc ) querem que o parceiro ou a parceira seja branca(o). N adianta negar caso isso já tenha acontecido com você. Até meus 12 a 13 anos eu pensava assim. E sabe por que?  Criamos um modelo perfeito para que tenhamos ( na nossa cabeça) a família e a vida perfeita. Acham mesmo que escolher a pessoa por características físicas é o certo? Acham mesmo que escolher um pessoa por condições financeiras é  o certo? Acham mesmo que escolher uma pessoa  pelo  grau de popularidade é  o certo? Sei que muitos aqui vão dizer não. Afinal de contas... estão aqui até agora, até nesse exato capítulo, pq estavam procurando algo novo, cansados de todos aqueles padrãozinhos q lemos nas histórias q muitos escrevem e eu já escrevi também, que muitas das vezes  nos iludem e de forma inconsciente nos  deixamos iludir e desejar aquilo para nós mesmo. Se n suportassem escutar esse tipo de coisa já teriam abandonado a história nos primeiros capítulos. Pq muitos n aceita a verdade e  vcs são maduros o suficiente para lerem isso e consultarem seu subconsciente e refletir sobre isso. 

Essa é a finalidade da história! Mostrar a verdade, mostrar que todos somos iguais. E que você que nunca se encontrou em uma história, pode se encontrara aqui. Afinal de contas essa história sempre cabe mais uma característica ignorada pela sociedade, mais que aos olhos da Mell é apenas mais uma característica como as outras. 

Estou aberta a opiniões sobre o  que escrevo, se acham certo ou errado. Gosto de saber o que as pessoas acham, gosto de ver os diversos pontos de vista e quero que me ajudem com isso de forma crítica. 

"Maily eu n concordo com vc, acho que isso é isso e é isso"

"Maily concordo com você realmente isso é isso e  isso" 

Apenas digam o que acham, mas por vontade própria só se quiserem. 

Espero do fundo do meu coração que essa história ajude vcs e se caso já sofreram algum tipo de preconceito podem contar e se abrir comigo pela MP  do site. Se permitirem posso usar sua história, sem relevar seu nome user e etc. Estamos aqui para falar de preconceitos e coisas que a sociedade faz vista grossa, mas infelizmente n conseguirei abordar todas, mas farei o possível! 

Beijão pra vcs <3 

Temos grupo no Whatsapp <3 

Até mais <3 

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