Uma Vida Para Amar - Lia Jones

By MiauJones

20K 1.5K 313

Lauren Jauregui está prestes a realizar seu sonho de ser jogadora de futebol, porém um acidente muda toda a s... More

Uma Estranha Doutora
Profissionalidade a Parte
Aceitando a Cura
Temporais
Tudo Por Uma Família Unida
O Milagre
Não Será Hoje
Um Novo Lar Para se Isolar
Vizinhos
Vampira
O Intruso Do Natal
Peças Intímas
Noite De Mensagens
Professor
A Verdade Machuca
Pervertida
Ameaças
Uma Ajuda a Mais
(Não é Cap) Feliz Aniversário Amor
Judiar
Planos Românticos

De Volta á Pista

864 68 4
By MiauJones

  Para não dizer que sou malvada. Coloquem os coletes.
Não me responsabilizo pelos tiros a seguir. Culpem a crise.
Estou vendo que vocês amam de paixão essa tal de Camila Cabello que ainda nem existe na fic (Sarcasmo on) mas vou repetir que ela irá entrar em breve no natalzinho. Paciência é uma virtude S2

Amo vocês. Obrigada de coração pelos comentários do último capítulo e os favoritos.
Boa Leitura! A foto é da nossa Lauren em ação novamente.  

________________________________

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui

POV Lauren Jauregui

Acordei de um sono extremamente profundo. Tentei respirar e a cada vez que forçava meu pulmão, mais eu engasgava, só então percebi que estava em uma banheira, com algumas folhas dentro.

Algo me empurrava para baixo, diretamente no meu rosto, e eu me contorcia para sair. Quando imaginei que assim seria o meu fim, sendo afogada em um banheiro, sinto meu rosto livre e como se a minha vida dependesse disso – o que realmente dependia- me joguei para cima, esquecendo completamente da minha deficiência.

Fiquei em pé saindo da banheira o mais rápido possível. Olhei ao meu redor e encontrei todos da minha família me olhando.

Franzi meu cenho por não estar entendendo nada do que estava acontecendo e como flashes de memória, me lembrei o que eu estava fazendo antes de acordar na banheira de casa.

" – Cirurgia..." Sussurrei, abrindo a boca por não acreditar.

Olhei para baixo, me olhando em pé. Para muitos, isso pode ser algo normal, andar...mas em momento nenhum da minha vida, eu me senti tão feliz, tão...vitoriosa.

Nem mesmo ganhando todos os campeonatos, ficando com a menina mais linda da escola, sendo popular ou até mesmo rica...nada disso me fez dar o meu verdadeiro sorriso de agradecimento.

Me virei para ir até a minha mãe, mas me desiquilibrei. Por sorte Mike me segurou nos braços, impedindo que eu caísse no chão.

" – Lauren...você está em pé." Minha mãe não tinha palavras. " – Meu amor..." Ela segurou meu rosto, derramando lágrimas e eu não evitei as minhas.

Desabando em choro. Abracei seu corpo, ainda com ajuda dela para ficar em pé. Eu não sabia sequer o que falar, como agir, eu havia dado o meu primeiro passo desde tantos meses.

Tantos meses com esperança e eu finalmente poderia voltar a ser a Lauren que eu era. Voltar a sonhar com uma vida que desde pequena almejei.

" – Mãe...deu certo." Apertei o corpo de Clara, afundando meu rosto em seu ombro. " – Eu não sei como agradecer, se não fosse por sua luta para ir atrás de uma cura...eu..." Mordi meus lábios, fechando meus olhos por não saber dizer em como estava grata por ter uma mãe como ela.

" – Shhh, meu amor." Minha mãe afagava meus cabelos, me deixando calma. " – Você é tudo para mim, eu faço qualquer coisa para ver seu sorriso lindo, apenas prometa para mim que terá todo o cuidado possível a partir de agora, não arrisque sua vida por coisas materiais, ela sim é valiosa."

" – Sim mãe." Sorri olhando o rosto de Clara mais calmo. " – Eu amo vocês." Falei para todos no banheiro. " – Obrigada por estarem aqui desde meu acidente, Normani...Allyson...e até mesmo vocês, que depois de um tempo perceberam o erro e mudaram, talvez por mim, eu não sei." Apontei por fim para minha irmã e meu pai.

Sim, eu havia sentindo uma enorme diferença em Taylor. Por mais que ela não tenha falado muito comigo desde que mamãe a mandou para a escola militar.

Eu vejo em seus olhos, seus atos que ela se arrependeu. E assim como dei uma chance para o meu pai mudar, eu daria quantas fosse preciso para ter uma irmã que me amasse de verdade.

" – Que lindo." Allyson bateu palma, ficando na nossa frente. " – Uma obra prima." Ela tampou a boca olhando para mim e eu me analisei, ajeitando a folha que tampava minhas partes de baixo.

" – Você está bem?" Clara perguntou para Ally.

" – Sim...sim. Apenas um pouco emocionada, eu não estava tão confiante que daria certo, demorou mais que o normal." A doutora, arrumou seu jaleco, beijando sua cruz. " – Mas...Deus sabe o que faz não sabe?" Seu olho piscou para mim e eu preferia não ter recebido sua piscada.

" – Hm..." Engoli a seco vendo a banheira que agora parecia mais uma xícara com chá de tantas ervas. " – O que fazemos agora que deu certo?" Questionei para Ally.

" – Bom, eu recomendo você não pegar coisas mais pesadas que um livro durante um mês, e...nada de dormir muito encurvada na primeira semana. E o mais importante, você ficou um bom tempo sem andar, provavelmente terá dificuldades agora. Vamos fazer uma última terapia para você se acostumar novamente e então qualquer coisa que sentir diferente, tem meu telefone."

" – Seu telefone?" Franzi o cenho.

" – Mais quantas páginas tem o livro? Porque se for o do Harry Potter, então eu concordo." Normani me interrompeu e todos olharam para ela de forma negativa. " – Ah...não é do Harry Potter..." Ela se calou e eu sorri, antes de voltar minha atenção para a doutora novamente.

" – Como eu iria responder. Sim, eu tenho telefone, por mais estranho que isso possa parecer." Ally sorriu de forma encantadora, me segurando de lado para me fazer sentar na beirada da banheira.

" – Não mude de assunto." Pedi com pesar no coração. " – Você sabe o que eu quis dizer." Suspirei quando Ally abriu minha boca para ver algo em minha garganta.

" – Nenhuma escama de peixe...pelo visto não iremos ter uma mulher aranha." Ela riu porém eu continuava séria. " – Tudo bem...eu não queria chegar nessa parte, eu sou péssima com despedidas, mas eu sinceramente não posso ficar mais com vocês."

Tanto minha família quanto Normani, ficaram tristes por Allyson ter assumido que não iria fazer mais parte do nosso cotidiano.

Eu sinceramente já havia acostumado com seu senso de humor e sus brincadeiras, sem falar das loucuras. Seria muito chato ficar sem a ver todos os dias com Jesus em sua bolsa.

" – Porque Allyson? Você pode continuar conosco por mais alguns meses, com o dinheiro que estou lhe pagando, pode comprar até mesmo um apartamento aqui no Colorado." Clara perguntou tristemente.

" – Eu não gosto da América, eu nunca gostei. Nasci em Texas e quando meus pais viajaram para os Estados Unidos eu simplesmente me revoltei e fui para o lugar onde eles mais rejeitaram, a Jamaica." Ela sorriu lembrando dos velhos tempos. " – Eu sou uma mulher vivida, sei muito bem onde é o meu lugar, e por mais que com vocês eu tenha sentindo o que não sentia a muito tempo, nisso eu digo amor..." Ally olhou charmosamente para Normani, erguendo suas sobrancelhas. Rimos junto com a morena e a doutora continuou. " – E não só isso, como também me senti amada. Vocês acreditaram em mim, me depositaram esperanças e eu fico imensamente feliz em ter voltado com os movimentos da Lauren, e mais ainda por agora fazer parte da família linda que vocês fazem, mas hoje, eu me considero Jamaicana, e não há nada que me faça sair daquela terra." Allyson sorriu sem mostrar os dentes e a gente consentiu.

Eu adquiri um apego grande com a doutora. Mas pedir para ela morar conosco seria ilógico até para mim. Ela tem a sua vida, e não podemos fingir que não.

" – Isso tem a ver com a Perrie também não é?" Normani perguntou sorrindo de forma maliciosa.

" – Ah...isso é besteira, não estou presa a um país por causa de uma loirinha metida a princesa." Ally levantou esfregando seu rosto. " – Mudando de assunto, eu preciso que alguém limpe essa banheira enquanto eu levo a Lauren para fazer as últimas terapias. Tenho certeza que ela está ansiosa para andar."

" – Com certeza." Falei animada, sentindo meu pai e a doutora me segurarem de lado.

" – Vou ajudar a Maria a limpar." Ouvi o que eu diria ser a Taylor, mas não consegui ver pois já tinha saído do banheiro.

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui

POV Narrador

Lauren se afastou com a doutora e seu pai e logo Allan e Taylor ficaram sozinhos com Normani e Clara. Ambos se olharam antes de Mani dizer que havia esquecido de dar ração para o Luke.

" – Então..." Clara cruzou seus braços olhando para os dois. " – Que história é essa de viagem que seu pai me contou?"

Taylor suspirou indo até a banheira para puxar o empecilho que não deixava a banheira se esvaziar. Ela não queria falar disso, mas não tinha como evitar.

" – Mãe..." Ela pensou melhor antes de continuar. Não poderia simplesmente dizer que sabia que a sua própria mãe estava tendo sentimentos fortes por o ex marido, isso acabaria de vez com o resto de afeto que Allan tinha por Clara. " – Eu preciso descansar, por ser fim de ano a escola liberou os alunos para férias, então porque não viajar com o meu pai?"

" – Sim." Allan sorriu inocente.

" – Mas logo agora com a recuperação da Lauren? Não tem como esperar alguns meses, quem sabe até mesmo eu vou com vocês. Podemos recuperar aquela harmonia que tínhamos direto." Clara sugeriu, com o coração doendo por saber muito bem o que estava acontecendo. Taylor era muito esperta, havia puxado esse lado da mãe.

" – Não vamos sumir, vai ser alguns dias. Prometemos mandar cartões postais." Taylor falou, sentindo o abraço da mãe e os beijos em seu rosto. " – Vai ficar tudo bem mãe."

" – Eu vou sentir muita falta, não demorem a voltar, por favor." Clara olhou especialmente para Allan. Ela não queria o perder, por mais que Michael balançasse seus sentimentos, ela ainda devia muita coisa para seu atual marido, ele que sempre esteve ao seu lado.

" – Sabe que não consigo ficar muito tempo longe de você." O homem falou, sorrindo quando Clara o beijou.

" – Atrapalho alguma coisa?" Com a voz de Michael, os dois se afastaram. Apenas Clara estava envergonhada.

" – Não...estávamos apenas conversando sobre assuntos pessoais." Dona Jauregui, ajeitou sua roupa, arrumando seu cabelo que havia se exaltado.

" – A Lauren está na terapia com a Allyson, eu nunca vi aquele menina tão feliz. E olha que eu fui o primeiro homem a lhe dar um sorvete." Mike sorriu se lembrando.

" – Eu me lembro." Clara riu também recordando. " – Lauren sujou aquele seu bigode horrível com creme de baunilha."

" – Não era horrível, naquela época era moda, e você só se apaixonou por mim por causa dele." Michael sorriu mas não por muito tempo, pois Allan tossiu falsamente chamando a atenção deles,

" – Vou subir, preciso arrumar minhas malas." O mesmo avisou, dando as costas para sua mulher. Taylor suspirou e agradeceu mentalmente quando Maria chegou para limpar a banheira junto com ela.

Fazendo assim, Michael e Clara se afastarem do lugar, indo para o corredor. Apesar de estar receoso, o senhor Morgado falou.

" – Ele falou malas? Vocês vão se mudar?"

" – O que? Não, é apenas uma viagem." Dona Jauregui, colocou uma mecha do seu próprio cabelo atrás da orelha. " – E isso não é de seu interesse."

" – Começa a ser a partir do momento em que você vai deixar a nossa filha para se divertir com esse babaca." Falando sem pensar, Michael se assustou até mesmo com o que disse.

" – Você..." Clara franziu o cenho. " – Quer saber Mike, você não mudou nada, acha mesmo que apenas ter mais presença com a Lauren vai me fazer largar tudo que construí com aquele homem lindo para correr de mãos abertas para você? Tem certeza?" Sua voz estava firme mas seu coração tremia com cada palavra que dizia.

A realidade era que ela já estava mais que de braços abertos para Michael, ela só não deixaria o orgulho para assumir.

" – Eu tenho certeza."

Mike sorriu de lado, empurrando Dona Clara na parede do corredor para a beijar, mesmo incomodado por a ver fazendo o mesmo ato com Allan, ele não poderia deixar o último gosto de beijo na boca dela, ser outro sem que seja o dele.

Sem saber o que fazer se não, se derreter nos braços de Mike. Clara correspondeu o beijo, sabendo que não tinha ordens nenhuma com o seu corpo quando esse homem, de sorriso charmoso – cujo Lauren puxou – estava perto dela.

" – Ninguém nunca vai te amar como eu te amo, Clara...quando vai perceber isso?" A voz de Mike sussurra sobre os lábios em movimento.

" – Quando lutar de verdade por nós." Ela citou Lauren e por fim, segurando na camisa dele, se afastou pelo corredor com a boca inchada e as pernas levemente tremendo.

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui

POV Lauren Jauregui

Finalmente Allyson havia terminado a terapia. Eu não aguentava mais ouvir ela falando passinho para cá, passinho para lá. Me senti como um bebê engatinhando.

Eu poderia arriscar dizer que era tarde da noite. Mas queria fazer algo que há muito tempo prometi a mim mesmo que faria caso isso desse certo.

Minha moto, eu estava morrendo de saudade, dela. E vai ser hoje daqui a meia hora. Vou pegar ela e ir até onde a galera está, quem sabe eu consiga até mesmo chutar uma bola?

Sorrindo, caminhei devagar pelo corredor de casa. Eu ainda segurava nas paredes e de vez enquanto encontrava Normani me olhando de longe para conferir se eu estava bem, mas tudo era questão de tempo para eu me acostumar por completo.

" – Eu estou lhe vendo." Falei sorrindo.

" – Uma casa desse tamanho, e eu não consigo me esconder atrás desse vaso maior que os meus sobrinhos de vinte anos." Normani bufou, se aproximando de mim até o sofá, onde sentei, cruzando as pernas de forma não muito feminina.

" – Talvez pelo fato de o vaso ser transparente?" Sugeri rindo da sua feição entediada. " – E desde quando você tem irmã?"

" – Desde quando meus exemplos são verdadeiros?" Mani jogou seu cabelo para o lado, cruzando suas grossas coxas.

" – Bem lembrado." Tirei meu celular do bolso da minha calça, procurando o contado do Liam. Ele não sabia que eu estava fazendo terapias e tudo mais para me curar, e provavelmente me ver andando seria um baita susto nele.

" – Devo admitir que você fica ainda mais linda sem as cadeiras de roda." Mani fez o que eu diria que me cantar. Olhando para ela de forma sedutora, abri minha boca para rebater sua frase mas senti uma forte dor de cabeça, seguido com uma tosse.

" – Você está bem?" Mani se aproximou mais, segurando minhas costas.

Tossi mais algumas vezes, tampando minha boca com a mão. Me levantei de imediato, resmungando da dor repentina na minha cabeça.

" – Eu vou no banheiro, é só cansaço. Hoje tivemos muitas emoções." Falei mais para mim do que para ela.

Mesmo parecendo não querer, Mani me deixou ir e assim eu fiz, caminhando desastradamente até o banheiro, por pressa.

Encostei a palma da minha mão na pia, olhando meu reflexo no espelho. Eu estava pálida como sempre. Minha cabeça pulsava em um ritmo contínuo e isso me deixava irritada.

Liguei a torneira e deixei a água escorrer por minha mão, vendo então uma corrente de sangue se misturar. Assustada conferi aonde eu havia me machucado, mas só então senti o gosto metálico na boca, me gerando uma careta.

" – Merda Lauren." Falei comigo mesmo no espelho. " – O que está acontecendo com você?" Engoli a seco ainda sentindo o sangue rasgar minha garganta.

O ar que me rodeava parecia irritar todas minhas alergias. Desde irritação no nariz, a olho seco. Eu queria mergulhar em pomadas para ver se passava tudo isto.

" – Deve ser aquelas malditas plantas que Allyson acende dentro de casa, com certeza o cheiro está me dando alergia." Confirmei pensando.

Ouvi um toque de notificação em meu celular e peguei ele novamente, olhando a tela. Sorrindo, me ajeitei para responder a mensagem que recebi.

Elas Liam para depois repetir:

O que tanto digita há minutos? Se for textão de relacionamento, saiba que você não faz o meu tipo.

Lauren Jauregui

Li, sinto muito. Tive que correr com o celular na mão e ele acabou digitando sozinho.

Elas Liam para depois repetir:

Como assim correr? (Estou tentando não fazer piadinha)

Lauren Jauregui

Agradeço se não fizer. Foi apenas jeito de dizer.

Elas Liam para depois repetir:

Tudo bem? Você não tem costume de conversar comigo a essa hora.

Lauren Jauregui

Sim, está tudo bem. Eu só queria saber se estava seguro...sabe? Sem bebidas e essas coisas tarde da noite.

Elas Liam para depois repetir:

Ah Laur, perguntar isso para mim é a mesma coisa que perguntar para gato se ele bebe leite.

Lauren Jauregui

Ou seja?

Elas Liam para depois repetir:

Ou seja, ele não vai te responder porque é um gato...duuh

Lauren Jauregui

Que ótimo, você já está bêbado. Me diz aonde está.

Elas Liam para depois repetir:

Hoje foi a final do campeonato da faculdade, eles vão parar por um tempo por causa do natal. Estamos nos despedindo até voltar das férias.

Lauren Jauregui

Lugar Liam...

Elas Liam para depois repetir:

Naquele bar da faculdade minúsculo onde compramos salgados, esse lugar está cada dia mais falido em relação a estruturas.

Lauren Jauregui:

Toma cuidado, e não saia daí em menos de trinta minutos.

Elas Liam para depois repetir:

O que? Porque? O que vai fazer? Pelo amor de Deus Lauren, não saia de casa para descer os morros com essa sua cadeira.

Elas Liam chatice:

Lauren!

Elas Liam chatice:

Lauren! Não fica off-line!

Desligando meu celular. Lavei mais uma vez meu rosto. Aliviada pela dor de cabeça ter me liberado. Eu acredito que seja o estresse do dia de hoje, nada muito grave.

Se algo piorar, talvez Allyson possa ajudar. Pelo menos até hoje, afinal ela me contou que pretende ir embora antes do natal, uma pena mesmo.

Ajeitei meu cabelo da melhor forma que pude. Deixava a maioria dos cortes nele para Normani fazer e podendo ir até um espelho vejo o erro que cometi.

Demoraria meses para ter meu corte reto novamente, neste momento ele estava repicado, meio liso e meio enrolado, algo bem...

" – Sexy?" Sorri de lado, piscando para o meu próprio reflexo.

Sim, meninas. A Lauren Jauregui está de volta. E eu preciso pegar alguém hoje, não aguento mais me amar sozinha nas noites de sexta.

Saindo do banheiro. Olhei para os lados da sala, conferindo se Normani estava por perto. Andando devagar até o lugar onde colocávamos as roupas de frio, peguei minha jaqueta de couro que raramente vestia desde o acidente.

Coloquei com um sorriso enorme no rosto, a roupa e o capacete, não esquecendo das chaves da minha moto verde. Que por sinal quando Austin foi preso, a mesma voltou para a garagem de casa.

Em passos silenciosos, guardei as chaves no meu jeans e abri a porta da entrada, saindo de casa. Por mais que eu queria, não tinha condições de pular a janela, seria loucura e ingratidão demais até para mim.

Dei graças aos céus por Jonas estar na casa da família dele por muitos parentes de sua mulher ter chegado essa semana para comemorar com eles o feriado próximo.

Sendo assim, tinha o caminho livre até minha moto de um verde lindo combinando com meus olhos. Subi de forma lenta, com medo dessa sensação nova e velha ao mesmo tempo.

Passei minhas mãos pelo material metálico, sorrindo. Eu estava de volta, e agora faria tudo que estava morrendo de saudade em todos esses meses.

Tirei a chave, ligando para ouvir o motor ranger. Acelerei, sem nem mesmo ver pela velocidade incrível que ela tinha. E rapidamente, cruzei o caminho dos portões, que estavam abertos pelo controle cujo apertei.

Minhas mãos apertavam o couro do acelerador, indo cada vez mais rápido. As ruas passavam de um jeito veloz ao meu lado, ficando para trás.

E apesar da adrenalina me deixar excitada. A dor de cabeça voltou a me incomodar. E o cheiro de poluição na minha volta, me sufocava de um jeito assustador.

Conseguia ver o ar que saia da minha boca embaçar o vidro. Atrapalhando minha visão. Tentei abrir a viseira do capacete mas o cheiro ficou pior.

Estranhando o fato de que fumaça nunca me incomodou em momento nenhum da minha vida, acelerei mais para chegar mais rápido e sair do trânsito.

Tudo a minha volta me perturbava demais. Desde a mulher na esquina, acendendo um cigarro. Ao escapamento da minha própria moto liberando gases.

E sentindo o martelar de dor em meu cérebro. Me forcei a chegar na faculdade um tanto antes. E por sorte consegui. Descendo da moto para tirar meu capacete e respirar fundo.

" – Céus..." Suspirei, passando a mão na minha garganta. " – Que ar horrivelmente sufocante." Resmunguei comigo mesma, me arrependendo pela primeira vez de não morar em uma fazenda.

Do estacionamento onde estava, conseguia ouvir os fogos de artificio e até mesmo os ver, pelo céus estrelado da noite. Era exatamente meia noite e eu deveria me apressar se não quisesse perder o Liam de vista.

Guardando de forma segura a minha moto e meu capacete. Andei pelo longo caminho até as luzes claras daquele bar cujo tinha tanta histórias minhas e de meus amigos.

Uma nostalgia atingiu meu peito por estar novamente na faculdade onde metade do meu sonho aconteceu e antes mesmo de eu entrar naquele bar, senti meus movimentos travarem como se tivesse levado um choque.

Tremendo como se meu corpo estivesse dando convulsão. Ouvi gritos de algumas meninas justamente quando cai com tudo no chão, sem conseguir fechar meus olhos.

Eu não sabia o que estava acontecendo, eu parecia em pânico, atordoada, eu parecia qualquer coisa menos bem. E vendo várias pessoas correrem ao meu encontro, não consegui me mover, mesmo com elas tentando me levantar.

" – Chama uma ambulância." Uma loira gritou.

" – Alguém é médico?" Outro rapaz perguntou e eu só olhava para o céu, sem conseguir parar de tremer.

" – Eu sou! O que está acontecendo."

A minha pergunta era...dois milagres poderiam acontecer no mesmo dia? Ou com certeza era mais de meia noite e tive a sorte de ter um outro milagre no dia seguinte?

" – Lauren?" Allyson perguntou assustada por me ver no chão naquele estado. " – Meu Deus, eu não posso nem sair de noite para me divertir que você me segue?"

" – Moça...você é médica ou não é? A menina está dando convulsão." A loira brigou com a minha doutora e eu queria rir, mas tinha o perigo de eu engasgar com a minha língua."

" – Claro que eu sou!" Ally se virou gritando. " – Alguém traga a minha bolsa!"

Continue Reading

You'll Also Like

242K 16.5K 47
Richard Rios, um homem de vinte e três anos que atualmente atua no futebol brasileiro na equipe alviverde, também conhecida como Palmeiras. Vive sua...
737K 81.7K 49
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
878K 44.4K 69
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
792K 48.4K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔 Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e sem amigos, m...