Uma Vida Para Amar - Lia Jones

By MiauJones

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Lauren Jauregui está prestes a realizar seu sonho de ser jogadora de futebol, porém um acidente muda toda a s... More

Uma Estranha Doutora
Profissionalidade a Parte
Aceitando a Cura
Temporais
Tudo Por Uma Família Unida
De Volta á Pista
Não Será Hoje
Um Novo Lar Para se Isolar
Vizinhos
Vampira
O Intruso Do Natal
Peças Intímas
Noite De Mensagens
Professor
A Verdade Machuca
Pervertida
Ameaças
Uma Ajuda a Mais
(Não é Cap) Feliz Aniversário Amor
Judiar
Planos Românticos

O Milagre

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By MiauJones

  Espero que estejam preparadas para a cirurgia.

Boa Leitura!  

______________________________

Denver, Colorado.

Lojas Centrais Da Cidade.

POV Narrador

Os produtos das prateleiras caiam diretamente para o carrinho em que Allyson manuseava. Hoje era um dia importante. Finalmente a cirurgia seria realizada em Lauren.

Sendo assim a doutora dedicou sua manhã para comprar tudo o que precisaria para os procedimentos, e é claro, com o cartão da mãe da paciente.

Ela não sabia mais quantas lojas já havia visitado, mas lembrava de ter ido em uma de ervas medicinais, outra que vendia apenas roupa branca, e diversas com nomes estranhos.

Empurrando o carrinho até o caixa, ela conferiu mais uma vez as compras. Água sanitária, luvas, bisturis, mascarás e coisas semelhantes.

" – Você tem cadastro?" A atendente perguntou e a doutora negou. " – É bastante coisa, por acaso trabalha com limpezas?"

" – Eu trabalho com "cuida da sua vida e eu cuido da minha", conhece?" Allyson sorriu sem mostrar os dentes, entregando o cartão para a mulher que se calou.

Ela não fazia por mal, parecia automático sua frieza com as pessoas desde que Perrie a abandonara escolhendo os próprios pais. Seu mundo ficou preto e branco desde então, apenas as drogas, sua fé e seu trabalho a trazia para algo melhor.

Lauren tinha um brilho no olhar. Uma esperança que a conquistava, e ela lutava para realizar o sonho da garota, conseguindo isto, a doutora poderia se considerar em paz.

Entrando no estacionamento, Jonas esperava do lado de fora em um carro mais comum que os que ele costumava dirigir.

Ajudando a loira a colocar as sacolas ele a olhou, negando com a cabeça. É claro que o chofer havia visto as olheiras na região dos olhos da doutora, qualquer um dos que convivem com ela sabia que Allyson estava sendo forte para ter sucesso no que prometeu a família Jauregui.

" – Doutora, não anda dormindo muito bem?" Jonas perguntou com calma, entrando no carro para ligar o mesmo.

" – Não muito Jonas, eu estou tendo alguns pesadelos, acho que o cheiro de urina de Jesus anda me dando efeitos colaterais."

O mês era festivo, dezembro, época de natal. A maioria das casas já começavam a se enfeitar para a data. Podia até mesmo ver algumas crianças correrem pelo passeio como se nenhuma maldade existisse naquele bairro tão perigoso.

Se tudo desse certo. Ally voltaria para a Jamaica semana que vem, antes do dia 24. Ela sabia como os voos ficavam lotados então teria que apressar.

" – Sim, sabe como são esses ratos que não são vacinados." Ela tentou se explicar mas Jonas era velho demais ou nem tinha interesse para entender.

" – Todos na família estão esperançosos." Ele a olhou de relance, sem perder o controle do carro.

" – Deveriam estar mesmo, estamos a uma semana do natal, tudo muda nesta data não é mesmo? Mas no final..."

O chofer riu. Ele conviveu um tempo suficiente para conhecer a doutora, Jonas entendia o jeito dela de se desviar das responsabilidades com humor ou sarcasmo. Era sua válvula de escape.

E na sua mente, o velho senhor confiava na doutora, achava desnecessário a falta de segurança que a mesma tinha em suas ações.

E não só ele, como todos naquela mansão sabia que daria certo, não poderia haver uma hipótese de não dar. Pelo menos não depois de tanto tempo de luta.

O céu nublado indicava que uma tempestade de neve estaria para acontecer em breve. Por sorte no Colorado não nevava tanto a ponto de impedir estradas e vias, apenas o suficiente para cobrir boa parte do chão.

" – Chegamos." Jonas avisou saindo do carro para dar a volta, abrindo para Allyson, que saiu esfregando seus braços pelo frio.

" – Obrigada pela carona Jon, agora já pode colocar as compras na cozinha." A doutora sorriu agradecendo e saiu depois de dar dois tapinhas nas costas do chofer que negou sorrindo.

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui.

POV Lauren Jauregui

Estávamos todos esperando Allyson chegar de seja lá aonde ela ficou de ir. Há um mês e meio a carga de toda a responsabilidade que ela tinha caiu em cima dela.

Tudo bem, entendo que não seja fácil, mas ficar fugindo não é a melhor das opções. Allyson mostrou o raio X mostrando onde havia a falta do calo ósseo, o que impedia meu cérebro de coordenar meus movimentos.

A única coisa que faltava, era a coragem da doutora de finalmente implantar a célula em mim e vermos o resultado.

" – Graças a Deus."

Clara suspirou quando Ally apareceu na sala, com o cenho franzido por ver todos nós aqui. Exceto o Liam, pois ainda não confiava nele para contar tudo o que estava acontecendo.

Mas assim como o papai, Alan também torcia por mim. Por mais que ele sempre esteja na dele e calado. E sim, meu pai não saiu daqui de casa desde que me fez aquela promessa de que ficaria mais comigo.

O que eu não entendi foi o motivo de ele também ficar mais íntimo da minha mãe. Como Mike sai do trabalho as oito e vem direto para aqui, um dia encontrei tanto ele quanto Clara rindo na cozinha de forma natural, muito estranho.

Só espero que o que eu imagine que possa estar acontecendo não aconteça. Por mais que eu ame os dois, seria uma covardia com Alan que apoiou tanto a minha mãe depois do divórcio com o Michael.

" – Quem morreu?" Ally perguntou assustada.

" – Ninguém eu espero, mas se essa cirurgia não sair hoje, acredito que a Dona Clara irá te matar." Normani riu, se levantando para segurar em minha cadeira.

" – Por Deus, Norma. Eu jamais faria isto." Clara se benzeu e Michael riu do meu lado.

" – Sendo assim eu gostaria de comunicar que irei adiar tudo isto para domingo." A doutora juntou as mãos e quando se virou para ir em direção a cozinha, minha mãe gritou.

" – Norma me traz a Doze." Clara se levantou chamando Normani para a mesma pegar a espingarda que ficava no quintal junto com as plantas e o Luke.

" – O que? Foi apenas uma brincadeira." A doutora riu, mas tenho certeza que percebi um suor descer de suas têmporas. " – Como assim ela tem uma arma?" Ela sussurrou para nós que rimos.

Me empurrando com cuidado, Normani me levou até onde o escritório da Ally ficava. A doutora foi na frente, guiando o caminho. Não demorou muito para Jonas aparecer com várias sacolas.

Ouvi passos nos acompanhando e me virei na cadeira, encontrando meu pai preocupado. Sorri por ele querer participar de um momento importante que eu me lembraria pelo resto da minha vida.

" – As meninas precisam de ajuda? Eu posso segurar algo...como isto." Mike procurou em sua volta e pegou um garfo.

" – Pai, o que um garfo poderia ajudar?" Ri do seu semblante triste. " – Mas acredito que você pode segurar o Luke para os dois me desejarem boas vibrações."

" – Eu...e aquele pulguento?" Meu pai franziu os lábios com a ideia e eu ergui minha sobrancelha. " – Tudo bem, eu vou pegar ele, não furem a Lauren até eu voltar."

Normani riu com sua risada assustadora e eu me concertei na cadeira, vendo a porta do antigo escritório se abrir por Ally.

" – Mani, feche a porta antes que o senhor Morgado chegue. Não quero cachorros aqui dentro." Allyson balançou as mãos apressando minha amiga.

" – Ora, por que não?" Perguntei decepcionada por Luke não poder me ver.

" – Quer pegar alguma bactéria canina ou algo do tipo? Aquele cachorro baba em todo lugar." Ela me olhou sério e eu bufei.

" – Fresca." Abracei o pescoço de Allyson que se inclinou para me pegar, me levando até a Maca.

" – Não se preocupe Laur, vou deixar eles verem você da porta. Ally deve estar naqueles dias." Mani se aproximou de mim, segurando minha mão enquanto eu deitava na maca extremamente branca.

Olhei os aparelhos ao lado e em seguida a doutora apareceu, sorrindo para mim. Estranhei seu ato carinhoso e quando uma agulha enfiou em minha veia no meio do braço eu gritei. Odiava quando ela fazia isto sem me avisar.

" – Shh...vai ficar tudo bem." Ela colocou uma mão em meus cabelos, fazendo uma massagem que me deixou relaxada e um pouco sonolenta. " – Ficou de Jejum como pedi?"

" – S-sim..." Custei falar sentindo meus olhos se fecharem aos poucos.

" – O que injetou nela?" Normani perguntou preocupada, eu imagino. " – Não me diga que foi ecstasy mais uma vez?"

Sem entender o que as duas falavam, fechei meus olhos deixando um onda de relaxamento e sono profundo me levar para outro plano.

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui.

POV Narrador

" – Claro que não. Eu posso ser um pouco louca mas nem tanto. Isto que injetei nela foi anestesia geral, provavelmente ela saíra do coma depois de duas horas." Allyson explicou para a morena, agora um pouco mais calma.

Normani nunca havia acompanhado algo relacionado a cirurgias desse tipo. A única situação que mais chegou perto foi quando seu vizinho quebrou o pé pulando o telhado dela e a mesma teve que voltar o osso quebrado para o lugar, o que é claro que não deu muito certo.

" – Meninas eu voltei." Mike apareceu na porta e acabou que realmente teve que ficar por lá. Nem mesmo Jesus o rato, tinha permissão de entrar naquele escritório.

" – Onde está Clara?" Mani perguntou para o homem que olhava a filha anestesiada na maca, com um semblante adormecido.

" – Ela não vai conseguir ver, Alan e Taylor estão consolando ela." Michael falou acariciando o pelo do cachorro que parecia nem ter noção do motivo de estar naquele lugar.

" – Eu entendo."

Mani se escorou na parede, ao lado do Morgado. Ambos observaram a doutora se ajeitar para realizar a cirurgia. Luvas, máscara e seu jaleco era uma das poucas coisas que Allyson vestia para garantir que nenhuma contaminação fosse passada para a agulha no momento do implante.

Com muito cuidado, ela começou a se livrar das roupas de Lauren. Não era necessário tirar tudo, mas para o procedimento a seguir, seria importante que a menina estivesse nua.

" – Precisa mesmo disto?" Mike perguntou olhando.

" – Se começarem a questionar deixarei os dois fazerem." Ela olhou pelo ombro, vendo que o senhor Morgado calou.

Agora que a paciente estava nua e de costas para cima. Allyson ajeitou o rosto de Lauren para entubar ela durante a anestesia, promovendo a respiração tranquila e garantida.

Passando as mãos sobre as costas de Lauren e olhando para os raios X pregados no painel da parede. A doutora encontrou o ponto onde o calo ósseo deveria ser restruturado e apesar de as células troncos existirem em cada corpo humano, muitas limitações ainda era previstas.

Com o poder de uma célula tronco externa, a marinha. O impossível poderia ser facilmente revertido e uma garota que foi diagnosticada para jamais andar na vida, conseguiria recuperar o que era seu de direito.

O único porém, estava no fato de que o corpo tem um pequeno padrão programado para expulsar qualquer coisa que o sistema imune indique como "algo do bem" e "algo do mal". E uma célula de origem desconhecida era um alvo perfeito para este problema.

Suspirando. Ally se afastou, indo até a mesa ao lado da maca. Procurando pelo vidro fechado onde estava a célula marinha, que assim que foi vista pelos olhares de quem estava na sala, começou a brilhar em um tom azul cintilante.

Olhando Mike e Normani. Allyson sorriu respirando fundo. Era agora...não tinha como voltar, o único caminho era para frente.

" – Vai dar certo." Mani sussurrou balançando a cabeça positivamente para a doutora.

Em câmera lenta, a agulha da seringa, sugou todo o material daquele pequeno pote de vidro com a célula. E em passos demorados. Allyson voltou a sua atenção para a menina esperançosa que dormia em um coma induzido a sua frente.

Puxando uma parte da pele na coluna de Lauren. A agulha entrou lentamente pela epiderme, entrando cada vez mais fundo, ao longo de três camadas, evitando a coagulação e auxiliando na propagação uniforme da célula marinha.

Por dentro do corpo da garota. Uma nova mutação ocorria, a pequena substância azul se multiplicava de forma incontrolável apenas ao contato com a local fraturado da coluna.

Uma nova cobertura se formava por toda região óssea e aquela esperança parecia finalmente ter virado realidade. Lauren não sentia, mas quando acordasse, seria uma pessoa totalmente diferente.

Allyson puxou de volta a seringa, vendo que todo o material agora trabalharia dentro da garota, favorecendo os ossos no local em que injetou a célula marinha.

Não havia mais nada a fazer agora do que esperar e rezar. Tudo agora dependia da resposta que o corpo de Lauren terá ao compreender as mutações ocorridas.

" – Pronto. É isto." Ally se virou respirando fundo, inteiramente tensa. Ela não se lembrava de ter sido tão difícil quando fez o ato em Jesus, o rato.

" – O que fazemos agora?" Normani perguntou parando de roer as unhas.

" – Eu ficarei com ela, acompanhando a intubação e as horas da anestesia, preciso tomar cuidado para qualquer parada cardíaca que Lauren ameaçar ter, não sabemos de nada enquanto ela não acordar."

" – Vamos ficar com vocês." Mike se posicionou e Allyson agradeceu a ajuda mas negou.

" – Lauren vai precisar de vocês quando acordar. Descansem até, lá. Não é saudável a tensão que poderá vir a ocorrer quando a anestesia terminar, eu prefiro cuidar das consequências sozinhas, e caso seja boas notícias, tenham certeza que chamarei vocês."

A doutora se sentou na cadeira de rodas da menina. Olhando os dois a sua frente, que depois do comentário da mesma, pareciam ainda mais preocupados.

" – E se a consequência for negativa?" Mani questionou, cerrando os dentes e com o coração apertado.

" – Eu irei transformar em positivo." Ally falou firme e confiante, deixando os dois confortáveis em deixar a doutora sozinha com a pequena Jauregui.

1 hora e 30 depois...

Uma batida de porta foi ouvida do escritório da loira. Allyson caminhou até a fechadura, abrindo a ponto de encontrar Taylor parada a sua frente, com o rosto inchado.

" – Você está bem?" A doutora perguntou.

" – Sim." Taylor, mentiu. Ela não estava bem. Ela havia chorado, e não pouco, muito pelo contrário. A irmã de Lauren fez o que nunca teve na vida, criou compaixão.

Por mais que tudo em sua volta a faça ser revoltada. Ela não conseguia esconder como tudo isto que Lauren passava a deixava magoada, e arrependida pelos atos cruéis que cometeu.

" – Bom...se você está bem, em que posso ajudar?"

" – Eu...eu gostaria de saber como a Lauren está, ela já acordou?"

Estranhando a pergunta da Jauregui que nunca sequer demonstrou interesse na irmã em todos esses seis meses, a doutora abriu passagem deixando a garota entrar para ver como a situação estava.

" – Ela ainda está no efeito da anestesia." Explicou, puxando melhor o tecido azul que cobria a nudez dela.

" – Oh meu Deus Lauren." Taylor tampou a boca, ao ver o rosto da morena pálido como um cadáver ou alguma coisa pior. " – Você tem certeza de que ela está bem?"

" – Claro, essa palidez dela se dá pelo fato de seu ritmo cardíaco ter diminuído a quase nada, lançando pouco sangue pela corrente sanguínea, o que causou a não coloração de sua pele."

" – Você poderia deixar eu ficar um tempo com ela?" Taylor pediu limpando o canto dos olhos.

" – E você fazer alguma besteira que comprometa a garota? Nem pensar, seja o que tiver que fazer, faça na minha frente." A doutora que era esperta graças aos tombos da vida, cruzou os braços se sentando na cadeira de rodas.

" – Hm...tudo bem." Taylor suspirou voltando a atenção para a sua irmã. " – Eu sei que eu não venho sendo uma boa irmã, Lauren. Céus como eu sei. E eu tenho que assumir que faço de proposito, eu detesto o fato de Clara lhe dar mais atenção...de você ser a favorita dela, e me excluir na maioria das coisas, assim como ela faz com o meu pai. Esses meses que o Michael tem estado mais presente, eu percebi como a Clara ainda gosta dele, e como o meu pai irá sofrer com isto. Estou tentando o convencer de mudar de cidade, eu nunca gostei tanto do Colorado. Mas eu não podia fazer isto antes de saber se tudo daria certo neste louco tratamento seu, e pode até não acreditar pelos meus atos de seis meses atrás quando eu te empurrei da cadeira, mas aquela escola militar me mostrou o que sofremos com a crueldade dos outros. Eu quebrei meu pulso de tanto me defender dos chutes dos meus colegas de classe e provavelmente você não saiba porque eu sequer contei para a mamãe, mas isto não importa, o que estou enrolando para dizer é que..."

Taylor pegou o ar, tentando controlar as lágrimas que desciam dos seus olhos. Até mesmo Allyson apertava a cadeira para não se deixar levar pelo drama presente entre as Jauregui's.

" – Eu te amo Laur, e espero que um dia me perdoe por ter sido um idiota metida na maioria do tempo. Eu vou sentir muita falta das suas risadas de bebê tarde da noite por causa dos jogos eletrônicos que compartilha com o Liam, e de como você tem dificuldade em amarrar suas chuteiras antes de ir para o estádio." Taylor passou os dedos no rosto tranquilo da irmã. " – Quem sabe um dia possamos reconstruir um laço familiar, até lá...eu não irei deixar o meu pai ver tudo que ele ama, se desabar, eu amo a Clara, mas sei que ela é ocupada o bastante para perceber que nunca nos demos bem, e que agora, está ferindo o Alan."

Desabafando tudo o que queria. Taylor suspirou. Sorrindo pela consciência limpa de ter se desculpado e prometido para si mesmo nunca mais cometer tais erros.

" – Taylor eu..." Ally se levantou sem saber o que dizer. " – Sinto muito ter te julgado daquele jeito."

" – Eu merecia Allyson, tudo que recebi até hoje foi puro merecimento, eu só espero poder mudar o conceito de vocês a partir de agora."

" – Nunca é tarde para ninguém." Ally abraçou a pequena garota que agora estava até mais magra, provavelmente por causa da escola militar com regras absurdas. " – Deus perdoa a todos, minha querida."

Se separando. As duas olharam para Lauren que começou a mexer algumas partes da perna. O que fez ambas gritarem por o ato.

" – Ai meu Deus." Taylor bateu palmas e Allyson praticamente pulava de excitação. " – Você viu aquilo? Ela mexeu a coxa." A irmã apontou onde aconteceu.

" – Sim. Agora, preciso de sua ajuda. Ela deve estar próxima de acordar." Ally tirou seu jaleco e luva. Correndo para fazer as coisas de forma rápida.

" – Tudo bem, o que precisa que eu faça?" Taylor perguntou, feliz por poder ajudar.

" – Bom. Preciso fazer ela passar por uma tradição que realizamos muito na Jamaica, isso faz com que a pessoa renove o seu corpo material a ponto de eliminar todos os males que abitam a carne."

A doutora falou rapidamente, tirando a intubação de Lauren, e em seguida o tecido azul que a cobria.

" – Eu agradeceria se fosse um pouco mais clara."

" – É uma limpeza da carne está bem? Vai melhorar as chances de resultado da cirurgia." Ally tentou o máximo ser clara.

" – Uma superstição, entendi."

Ignorando a fala da irmã mais jovem. Allyson pediu ajuda para carregar a Lauren, tirando a mesma da Maca, sem dobrar a coluna.

E assim Taylor fez, segurando as pernas da irmã, e saindo do escritório com dificuldade pela morena ser um pouco mais pesada do que se imaginava.

Passando pelo corredor e evitando contato com os outros da casa. As duas chegaram ao banheiro do primeiro andar, onde havia uma banheira larga.

" – Vamos colocar ela aqui dentro. Será perfeito." A loira pediu, colocando Lauren com muito cuidado e totalmente esticada dentro do local. " – Ligue a água, eu volto em um instante."

" – Mas e se ela acordar e afogar." A menina ficou preocupada.

" – Não dará tempo, eu já estou voltando."

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui.

POV Clara Jauregui

" – Como assim você está dizendo quer viajar?" Perguntei para Alan não acreditando. Ele sempre foi um homem caseiro. " – E hoje? Assim do nada?"

" – Sim Clara, eu não posso adiar, é algo entre eu e a Taylor, venho prometendo isto a ela a algum tempo. Preciso que entenda. Será apenas por uma semana. Em breve voltarei para você." Ele falava calmo, ajeitando sua camisa social verde que combinava com seu short marrom claro.

" – Eu não sei se ficarei bem sem você aqui, docinho." Confessei.

Eu gostava de Alan, mesmo tendo tido um caso com Michael a dois meses e evitando ao máximo não ter outro, para o bem do meu atual casamento.

" – Tenho certeza que Normani e Maria cuidaram muito bem de você. E eu até lhe chamaria também, mas a Lauren precisa de você e Michael também. Você sabe como ele é frágil."

" – É Norma, e sim...Mike ainda é uma criança, assim como a filha." Suspirei me lembrando dele.

" – Devo partir hoje à noite então..."

Alan foi interrompido por um grito vindo do primeiro andar. O que fez meu coração gelar com a hipótese de ter acontecido alguma coisa com Lauren.

Desci as escadas correndo, pelo menos o máximo que eu consegui sem cair ou tropeçar. Todos estavam indo de encontro ao banheiro, desde Jonas até o Luke.

" – Esperem por mim." Gritei, chutando meus saltos para fora, que me atrapalhavam demais nesse momento.

Consegui chegar no banheiro e empurrei os corpos de pessoas que estava na minha frente, me impedindo de ver o que acontecia.

Abrindo a boca, assustada. Encontrei Allyson com uma mão enfiada dentro de uma banheira repleta de folhas e ervas que davam um cheiro natural ao banheiro.

" – O que raios está fazendo doutora?" Mike perguntou e Taylor segurava a gente para não impedir os atos de Allyson.

" – Quietos!" Allyson gritou e soltou sua mão.

E como milagre. Um corpo se debateu para sair da banheira e em pouco tempo estava em pé a nossa frente, com umas folhas tampando a maioria do seu corpo.

" – L-Lauren?"

Todos nós falamos, não acreditando que a minha filha...estava em pé, sem ninguém a segurando, nem mesmo...uma cadeira de rodas

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