Uma Vida Para Amar - Lia Jones

By MiauJones

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Lauren Jauregui está prestes a realizar seu sonho de ser jogadora de futebol, porém um acidente muda toda a s... More

Uma Estranha Doutora
Aceitando a Cura
Temporais
Tudo Por Uma Família Unida
O Milagre
De Volta á Pista
Não Será Hoje
Um Novo Lar Para se Isolar
Vizinhos
Vampira
O Intruso Do Natal
Peças Intímas
Noite De Mensagens
Professor
A Verdade Machuca
Pervertida
Ameaças
Uma Ajuda a Mais
(Não é Cap) Feliz Aniversário Amor
Judiar
Planos Românticos

Profissionalidade a Parte

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By MiauJones

  Segunda parte da Maratona. Espero mesmo que estejam gostando. Quero ver comentários em :D

Boa Leitura!  

____________________________

Denver, Colorado.

Mansão Jauregui.

POV Lauren

Terminei de me trocar com a ajuda de Normani e até agora não comentamos nenhuma palavra sobre o acontecimento mais cedo.

Eu não tive culpa, estava fazendo minhas necessidades sentada no vaso quando ela chega gritando abrindo a porta.

Não consegui esconder nada e quando ela começou a gritar assustada eu também gritei e acabei mijando nela.

E descobri que eu me arrependo profundamente de ter pedido um banheiro pequeno quando esta casa estava sendo construída.

" – Normani." A chamei vendo que ela se ajeitava em outra roupa mais limpa.

" – O que?"

" – Me perdoa, eu não fiz por querer, tive medo de você ter essa reação quando eu contasse." Suspirei olhando para minhas pernas colocadas em uma calça jeans branca.

" – Olha Lauren, o problema não é o fato de você ser assim. E sim porque você me escondeu por três dias. Pensei que não tínhamos segredos. Eu te contei até que gosto da fruta que você gosta." Ela bufou esvaziando sua mochila, o que eu considerei um sinal.

" – Tem razão. Eu fui uma idiota ao tentar evitar dizer a verdade. Mas eu prometo que nunca mais esconderei nada de você. Apenas fique." Segurei a mão dela e ela me olhou não resistindo sorrir.

" – Você é muito bebê, Laur." Ela riu e eu também.

" – Não tem como resistir não é mesmo?" Pisquei e ela bagunçou meus cabelos me fazendo rir.

Por sorte Normani não iria sair da casa. Eu precisava nem que seja de sua amizade. Por incrível que pareça quando minha mãe chegou vendo a gente discutindo e ouviu que Mani iria sair, ela ficou tão preocupada quanto eu.

Não sei se é pelo fato de eu ter contado que estava gostando de ter ela como amiga ou se tinha outra coisa envolvida que eu não sabia.

" – Agora vamos descer." Mani ajeitou seus cabelos negros em Chanel. Ela se vestia bem melhor com as minhas roupas, uma verdadeira dama. " – Aquela médica doida deve estar te esperando."

" – Eu não sei se quero ver ela." Resmunguei. " – Você viu a roupa dela?"

" – Eu vi. Calças de couro e blusa de oncinha, pode mais brega?" Mani segurou atrás na minha cadeira me levando para a rampa.

" – Não Mani, eu digo que ela não se veste exatamente como uma médica, e ela é estranha."

" – Você não pode pegar ranço com sua doutora, como vai conviver com ela nas terapias?" Normani apertou minha orelha e eu desviei reclamando.

" – Eu irei fugir das terapias." Falei rindo.

" – Arrancamos as rodas dessa cadeira. Tente para você ver." Ela brigou mas com um tom brincalhão. Normani as vezes me assustava.

Descemos rapidamente por já estarmos atrasadas. Minha mãe e a tal de Allyson estavam na cozinha, sentadas na mesa tomando um cheiroso café preto.

Mani me deixou ao lado da minha mãe e deu a volta sentando perto de Allyson que sorriu encantada com a presença da Morena, coisa que não passou despercebido de mim.

" – Fico feliz de ter a presença das meninas. Sua mãe estava me contando sobre vocês." A doutora sorriu para mim e eu franzi meus lábios sem saber o que falar.

" – Lauren, seja educada." Clara tocou meu braço.

" – Espero que não tenha sido nada de ruim." Falei me controlando para não revirar os olhos.

Allyson olhou para Clara e em seguida para Normani, voltando sua atenção a mim. Ela esperou um tempo antes de falar.

" – Claro que não Lauren. Muito pelo contrário, sua mãe me contou sobre como você é uma garota sonhadora, e você sabe que é justamente para isto que estou aqui não sabe?"

" – Eu não consigo acreditar se é isto que quer saber." Confessei suspirando.

" – Oh por favor, eu entendo totalmente. É difícil até para eu acreditar em mim mesma." Ela riu, mexendo na colher em sua xicara. " – Eu tive muitos contratos negados por meu jeito de agir e ser, mas sabe, desde pequena eu fui uma menina muito custosa e desbravadora, quando comecei com drogas, eu tive ideias fantásticas no ramo de medicina e então cursei e conquistei meu diploma nessa área."

" – Mas mesmo assim não parou com o vício." Mani concluiu olhando a doutora.

" – Não porque não dei conta, mas porque não quis. Essa minha pesquisa eu só fui capaz por estar alterada, as ideias surgiram a mil e eu testei com cada rato da casa da minha vizinha."

" – E deu certo?" Perguntei curiosa.

" – Bom, os dois primeiros morreram no mesmo dia. Trágico." Ela molhou os lábios bebendo o café. " – Mas os últimos cinco que eu quebrei as pernas deles, curaram em alguns meses." Ela contou orgulhosa de si meses.

" – Quebrou as pernas dos próprios ratos?" Mani perguntou indignada.

" – O que importa é que agora eles estão bem e voltando a corroer os pisos da minha vizinha."

" – Deu tudo certo mesmo?" Fiquei até um pouco esperançosa novamente. " – Sem nenhum porém."

" – Sem nenhum porém, totalmente curados. Por não ter um capital tão bom quanto o da sua família não pude continuar com as pesquisas e acabei deixando essa realização de lado."

" – Mas agora que tem o que precisa pode terminar e testar na Lauren, não é mesmo Doutora?" Minha mãe perguntou e eu a olhei franzindo o cenho.

" – Meu Deus mãe."

" – Claro que sim, e vamos começar hoje mesmo." Ela se levantou deixando a xicara em cima da pia. " – Preciso que a morena venha comigo, vou comprar alguns aparelhos que precisarei, e se puder transferir...hm...sete mil para o meu cartão agora ajudaria." Allyson terminou falando com a minha mãe e eu não estava acreditando que Clara iria gastar tudo isto com equipamentos.

" – Mãe." A puxei para baixo, inclinando por baixo da mesa.

" – Lauren, minha coluna dói com essa posição." Ela reclamou querendo subir o rosto.

" – Mãe está muito caro. Não quero que gastem tudo isto comigo."

Ela sorriu me olhando e me puxou para cima novamente. Acariciando meu rosto, ela resolveu finalmente quebrar o silêncio.

" – Eu pagarei qualquer valor para te ver feliz como você fica quando ganha no futebol." Sua boca me deu um beijo na testa e eu sabia que não teria nada que a fizesse mudar de ideia.

Mas eu enchia meu coração de amor por tal ato da minha mãe. Ela me amava muito e isso me deixava plena e feliz, mesmo que nada disto dê certo, ela tentou com todas as opções.

" – Tudo bem, eu estou com você Allyson, mas se por acaso eu descobrir que anda fumando dentro de casa, você não perde por esperar." Apontei para ela que riu.

" – Fechado Lauren, e pode me chamar de Ally, já nos considero amigas."

" – Pois eu não." Sussurrei.

" – Acabei de falar com Jonas, ele separou uma caminhonete para levar vocês até as lojas. Seu cartão tem limite de números então vou te entregar este aqui, tem um pouco mais que pediu e a senha está no verso."

Clara avisou entregando o cartão para a Doutora que guardou o mesmo sem nem sequer agradecer. Chamando a minha amiga, as duas saíram até a sala para irem comprar os equipamentos necessários.

" – Eu não gosto dela." Falei para a minha mãe.

" – Você vai gostar." Ela riu me empurrando para a cozinha, com o intuito de pegar café para mim.

" – Você gosta?"

" – De que?" Ela me olhou entregando a xicara.

" – Da doutora."

" – Eu não tenho que gostar, tenho que apenas confiar e rezar para que você recupere seus movimentos com o material dela." Minha mãe se escorou vendo eu beber o café quente dela. " – Será mais fácil se você deixar se levar com isto tudo, Lauren."

" – É difícil para mim também mãe." Suspirei deixando o café em cima do balcão para sair da cozinha.

Denver, Colorado.

Ruas Centrais de Denver.

POV Narrador

Allyson conseguiu ter a esperteza de fazer com que Jonas não acompanhasse as duas até as lojas. Não que ela não gostasse do homem, mas é um saco você querer ter uma liberdade com uma morena linda e ter outra pessoa te atrapalhando.

" – Então Norma..." A doutora parou a caminhonete no sinaleiro olhando as belas coxas da morena que se destacavam com o vestido.

" – É Normani." A mesma respondeu virando o rosto de Ally para a estrada. " – E não, pode tirar o cavalinho da chuva que só fico com pessoas mais altas que um metro e meio."

" – Que bom que eu uso saltos." Allyson piscou gostando do humor da garota.

" – Mulheres do seu tipo eu já estou cansada. Mas podemos ser amigas pelo bem da Lauren, e se eu fosse você aceitava porque se caso isto tudo der errado aquela branquela irá virar um satanás."

" – Nossa senhora Normani." Allyson virou em uma esquina, fazendo algumas coisas caírem do painel. " – Está doida de dizer este nome?"

Normani a olhou não acreditando. Não podia ser que alguém tão desvirtuada assim frequentava sequer uma igreja.

" – Não vai me dizer que..."

" – Minha mãe me levou muito na igreja para tentar tirar o mal que se apossava de mim na minha juventude. Mal ela sabia que era teimosia." Ally riu acelerando.

" – Eu sinto muito por isso."

" – Eu não." Ela suspirou se lembrando. " – Fui de família de fazendeiros, eles não sabiam muita coisa, sofremos bastante mas graças aos meus pais eu me conheci na religião."

" – Frequenta alguma hoje?" Mani acabou se interessando pela vida da doutora jamaicana.

" – Na Jamaica não, mas quando fui para Londres por causa da minha pesquisa, frequentei duas paralelas."

" – Porque duas?"

Allyson não sabia se queria contar toda a vida dela para uma recente conhecida. Ela não sabia nem se queria se lembrar de tudo.

" – Eu... a primeira igreja, eu não gostei do padre, mas tinha uma francesa, o nome dela era Perrie."

" – Eu acho que entendi." Normani riu analisando a rua que estava mais vazia hoje. " – Você teve uma crush na igreja e não saiu para não perder contato."

" – Mais ou menos isso."

" – E a outra..." Mani perguntou.

" – A outra eu gostei do padre." Allyson disse óbvia.

Apesar de não ser americana. A doutora viajava mais do que se podia imaginar, além de que Colorado é o lugar das oportunidades, as melhoras máquinas para tratamento cirúrgico estava nesta cidade.

O Gps indicou o lugar onde deveria ser e a caminhonete estacionou em uma vaga para deficientes. Ally saiu do carro dando a volta para abrir a porta de Normani.

" – Eu esqueci meu celular." A doutora sorriu pegando o celular no chão do banco de Normani, afinal o mesmo caiu na virada.

Em seguida a mesma fechou a porta deixando uma morena furiosa dentro da caminhonete.

" – Idiota." Mani gritou fazendo a mais velha rir.

" – Vou considerar como um elogio."

As duas entraram no grande Shopping da cidade. Seria o lugar perfeito para encontrar o que quisesse. Tinha de tudo um pouco, separado por categorias.

O cheiro gostoso floral com o ar condicionado atingiu o pulmão das duas. Allyson puxou Normani para uma loja variada e elas entraram.

" – Me conta mais sobre o pênis da Lauren."

" – Eu não vou lhe contar nada." A morena bufou. " – E nem me lembre disto."

" – Vai Mani, por favor. Ele parecia ser enorme."

" – Aqui que você vai encontrar o que quer?" Ela questionou mudando de assunto depois de ver a doutora pegar um carrinho grande.

" – Claro, agora...segure isto." Ally entregou o carrinho para Normani arrastar. " – E use isto." Avisou colocando um gorro de natal que enfestava todas as lojas.

" – Não é natal." Mani reclamou tentando tirar mas Ally a impediu.

" – Falta poucos meses e vermelho fica lindo em você." Ela riu quando a morena mostrou um dedo do meio. " – Leve para a pequena Lauren pelo menos."

Normani jogou o gorro no carrinho acompanhando por onde a Doutora ia. No meio do corredor a mesma pegou alguns salgadinhos e refrigerantes jogando dentro do carrinho, o que fez Mani rir.

" – Deixe só a Dona Clara saber com que está gastando o dinheiro."

" – Que Deus me perdoe, mas...eu não vou beber aquele café horrível de novo."

Normani e Allyson riram para o shopping inteiro ouvir e no final de uma tarde toda de compras. Elas estavam muito mais amigas do que imaginaram ser um dia.

A morena contou toda sua vida para Ally que além de dizer a sua idade – trinta e dois- ainda contou que nunca ficou com homens e que o relacionamento com Perrie não deu certo porque a mesma preferiu terminar quando os pais descobriram sobre o romance delas.

" – Então começou a exagerar nas drogas depois que terminou com a idiota?" Mani perguntou rindo, ela acabou bebendo algumas latas de cerveja, mas não estava nada mais que alegre.

As duas estavam sentadas no estacionamento do shopping olhando os dois carrinhos cheios. Elas não sabiam como iria fazer para colocar as coisas dentro da picape, como por exemplo a maca de cirurgia.

" – Sim... ela era muito..." Allyson riu tragando mais uma vez seu cigarro. " – Perfeita..."

" – Os perfeitos são os piores." Normani assumiu.

" – Se serve de consolo, eu sou totalmente definitivamente imperfeita." Ally riu olhando uns homens de camisa de esportes se aproximarem.

" – E ai gatinhas." Um deles, alto de cabelo castanho se aproximou sorrindo com dentes brancos.

" – E ai playboy." Ally ergueu a mão em forma de soco e o mesmo repetiu o ato como um comprimento.

" – Essa é das boas?" Ele perguntou olhando o que a garota fumava.

" – Se me ajudar com essas coisas eu deixo você saber pessoalmente." A doutora apontou para os carrinhos e em menos de alguns segundos os diversos rapazes trabalharam para colocar todas as coisas dentro da caminhonete.

Quando terminaram a mais velha jogou um pequeno saco com algumas partículas dentro e eles comemoraram como se fossem animais.

Ao se sentar para dirigir de volta para a mansão dos Jauregui's pois já anoitecia. O menino de antes parou em frente a janela dela.

" – Se precisarem de novo..." Ele sorriu charmoso entregando um papel com uns números.

" – Pode deixar bonitinho." Allyson deu leves tapas nos músculos do mesmo e acelerou para fora do estacionamento. Ela não sabia quanto gastou, mas sabia que era muito.

" – Joga fora para mim? Se eu soubesse que ia ter que ler algo teria trazido meus óculos." Ela entregou o papel para Mani que riu lendo.

" – Ai meu Deus." Ela tampou a boca.

" – O que? Ele desenhou um pau?" Allyson acelerou.

" – O nome dele é Liam." Normani tentou lembrar onde ouviu um nome assim. " – Me lembra alguma coisa."

" – Que tal o verbo ler? Eu lia...elas Liam..."

" – Não é isso engraçadinha." Mani riu olhando os carros passarem pela janela ao lado dela. Quando chegasse em casa perguntaria a Lauren sobre esse nome.

" – Tanto faz...apenas jogue fora, não quero ver você com macho, está avisada." A doutora pegou o papel jogando pela janela só então viu uma ficha grudada no parabrisa. " – O que é aquilo?" Ela apontou chamando a atenção da morena.

" – É uma multa Ally!" Normani avisou nervosa. " – Você estacionou em vaga de deficiente?"

" – Ops..." Allyson riu recebendo tapas da amiga. 

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