Sisters Vampire - Camren

By eucabello

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Miami e Rio de janeiro, duas cidades atormentadas por criaturas sobrenaturais. Assim começa o conto das duas... More

O retorno
O poder do olhar
A discórdia
A visita
jikook - E se acontecer?
Natiese - Salvatore
Camren&Arylie
A proposta
Norminah
O plano
Sob controle
A tortura
Tortura parte 2
O inicio do plano (Natiese)
A morte
Você?
Flash back
A negação
Dia seguinte
Me perdoa?
Da para confiar?
Um sentimento
Flórida 1º parte
Flórida 2º parte
Flórida - A rejeição
Flórida - O acidente
Flórida - O acidente 2
Motel - parte 1
Motel - [A consequência]
Divulgação [AMOR DEMONÍACO]
Motel [o prazer]
Motel [ metanoia]
Hussey - Naples
Ela?
A Maldição
O resgate
Eu te amo
Baby baba trailer
Ty dolla
Outra vez
Admita!
Não é errado ama-las.
Sensação ruim
Superei
Cheguei

A reação

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By eucabello




*Musica On*( Emily Browning - Sweet Dreams)

Camila Pov

-Se afaste! 

É as palavras que saem da minha boca. O tom é  desesperador e frustrante. 

O lugar é enorme e vazio assim causa um eco nas palavras que saem da minha boca, onde aquele som se espalha pelo local todo. Na minha frente encontra-se uma silhueta invisivelmente desconhecida por mim e seu rosto, um enigma.

-Minha cara garotinha, assustada que nem um cachorrinho, o que foi Camilinha? Não me diga que está com medo? 

Pergunta o ser com uma voz grossa e aterrorizante, "meu Deus", penso, a cena está parecendo com aqueles filmes de terror horríveis.

-O que você quer comigo? Como sabe meu nome? Quem é você? 

Perguntas surge sobre minha voz tremula, não consigo me recompor, o medo já está estampado no meu rosto. 

Sentada no chão eu tento me arrastar para conseguir ficar mais longe daquele ser que me causa arrepios.

-Simples assim minha querida, te conheço mais do que você possa imaginar. 

 Responde e sua voz está mais demoníaca do que a ultima. Chiado do seu calçado me tira toda a concentração, causando-me uma angústia horrível a cada passo dado pelo indivíduo. 

-Pensei que as bruxas da linhagem CABELLO eram mais corajosas e sabiam se defender. Mas parece que me enganei. — Fala decepcionado.

"Como assim bruxa? De quê, que esse ser está falando?" Questiono-me mentalmente quando noto o lugar fica mais escuro, não sei como, mas sinto uma respiração pesada atrás de mim.

-Sabe que sempre desejei provar e saber como é gosto das bruxas de sua linhagem. — Sussurra próximo ao meu ouvido, estremecendo cada parte anatômica do meu corpo. Graça a Deus que sou despertada pelo som alto e agudo do meu celular.  

*Musica Off*.

- Alô... 

Falo com uma voz meio grogue.

-Ficou rica e não me avisou?

- Ah! É você Dinah. 

Ainda estou sonolenta, parece que a bela adormecida encarnou no meu corpo.

- Não. É a Beyoncé. Claro que é eu! — Grita a loira

- Ai! Dinah, minha audição. Não entendo porque esse desespero todo.

Resmungo, afastando o celular do meu ouvido.

- Vou te explicar, 6:30 + Sra. Forbes + Fodidas se não chegarmos a tempo na escola, e ai resolveu o problema?

- Díos mio! Ainda é sexta-feira, esqueci completamente.

 Respondo atordoada ao pular da cama.

-Tira logo essa bunda de tanajura de cima da cama e se arruma logo, que chego aí antes de você pronunciar o nome Beyoncé. 

Depois da última palavra de Dinah, finalizo a ligação, corro para banheiro e faço minha higiene matinal rapidamente e volto para meu quarto, visto o uniforme padronizado pela escola, penteio meu cabelo mais rápido possível e finalmente coloco meu ilustre laço rosa no cabelo, em seguida retoco minha franja diante do espelho para finalizar.

- Que sonho estranho. 

Suspiro profundamente para em seguida pegar minha mochila e correr rápido para sala.

Ja faz uma semana que venho  tento esses tipos de sonhos sobrenaturais. O que mais me deixa abismada é o ser estranho que aparece e eu não consigo identifica-lo. 

-i Bueno dia mi madre! 

Me exprimo na linguagem espanhola. É um costume nosso de falar algumas palavras nessa língua, assim lembra um pouco da nossa origem.

-i Bueno dia mi hija! 

Responde minha mãe quando coloca as panquecas sobre a mesa. Sem delonga me aproximo da cozinha e apanho uma fruta, opto por uma banana, sim eu amo banana é umas das minhas frutas preferidas.

-Não vai tomar café? 

-No madre, Chee já está a caminho e também amanheci sem fome. 

-Você sem fome?! Isso é novidade. — Diz minha mãe surpresa. 

Na verdade eu estou morrendo de fome, mas se eu sentasse para tomar café. Certeza Dinah me matar logo em seguida.

-Não esqueça que a senhorita está de castigo. 

- Ainda? 

- Você foi a uma festa escondida, esperava o que?

 - Más mãe...Todo mundo estava lá.

- Não importa se todo mundo estava lá, eu não sou a mãe de todo mundo!  

- Sorte deles. - Sussurro.

- O que você disse?

- Nada mãe. Eu não disse nada.

- Karla, Karla. Resmunga de novo que eu te quebro os dentes menina.

Dona Sinuhe Cabello e seu jeito amoroso.

- Então terminou a aula, direto para casa. Ouviu Karla?

"Blá, blá, blá" é o que eu estou pensando. Longe de mim querer ser rebelde, mas tinha hora que os sermões de Dona Sinu são exagerado.

-Sim mãe, eu entendi. 

Respondo, quando dou uma mordida naquela suculenta fruta. Depois de alguns segundos de repreensão me pego lembrando daquele sonho esquisito.


-Kaki! Você não me deu meu beijo de bom dia. 

Se Pronuncia uma pequena menina atrás de mim com a vozinha tristonha e um olhar de cãozinho sem dono.

- Ohh... Sofi, desculpa! Venha cá...

Pego a garotinha no colo e a encho de beijos.

-Chega Kaki de beijo ta me sufocando. — Reclama a pequena.

Estou impressionada com a Sofia, ela está a cada dia se tornando um mini projeto meu. A pequena está adquirindo minha personalidade. Não sei se fico lisonjeada ou tenho piedade daquele que for se relacionar com ela futuramente.

Entre esses pensamentos, sou despertada com o som da campainha, rapidamente coloco a caçula sentada no sofá. Aperto suas bochechas e corro com minha mochila em direção a porta.

-Mami já to indo. — Me despeço.

Dinah sem dúvida está lançando faísca pelos olhos.

-Até que fim. Agora vamos!

 Dinah  me puxar pelo meu braço com intenção de me levar até o seu carro.

 - Ai! Chee. Dá para você ter calma. 

Reclamo após depositar um sorriso amarelo.

-Deixa pelo menos fechar a porta. 

-Calma? Estamos atrasadas e você me pede calma? Chancho já são 6:50! Vai ser sorte se conseguirmos chegar lá a tempo.

Seu passos são frenéticos, parece que a loira vai fazer um buraco no chão de tanto anda de um lado para outro. Meu Deus! Isso está me deixando tonta.

-Sabe das regras daquela escola e se eu não tomar jeito, meus pais me matam! Eles estão putos comigo desde do dia que fugimos para aquela festa na casa de Siope, lembra?

Acerta seus dois dedos na minha testa.

- Aí Dinah! Doeu... — Choramigo massageando local.

Dinah a dramática, mas ela está certa. Desde daquela noite minha mãe vem me enchendo.


FLASHBACK

*Musica On* Don't Let Me Down (feat. Daya)

- Dinah. Que merda! Preciso ir para casa, olha o que aquela piranha da Lucy fez com minha blusa. 

Resmunguei mostrando as condições que estava.

- A idiota jogou bebida de propósito. Aff! Da para vê ate a cor do meu sutiã.

-Como? Não estou te ouvindo? Fala mais alto!

A loira gritava colocando uma das suas mãos próximo ao ouvido, indicando que não conseguia me entender. Som estava alto e vibrante, assim interrompia qualquer comunicação.

- Preciso ir para casa! 

Gritei, talvez assim ela pudesse ouvir. Dinah vendo minha frustração resolve me puxa para parte inferior da casa. Onde tinha menos gentes e menos barulhos.

*Musica Off*

- Ah não Chancho, fica! Te empresto minha jaqueta e você cobre isso.

Fez beicinho e implorou para eu ficar, porém, não tinha mais clima, me encontrava de saco cheio. Lucy aquela vagaba conseguiu me deixar mal-humorada e também já estava tarde.

-Desculpa Cheechee, mas perdi todo o clima e outra já é quase 1:00 da manhã, preciso ir.

-Puts! É mesmo. 

Disse a maior preocupada.  Ela colocava suas mãos na cabeça e resmungava coisa que só ela entendia. 

-Mas antes aquela baranga vai se ver comigo! 

Dinah então mexeu o pescoço e gesticulou com dedo, mostrando que estava pronto para uma briga. Ela sempre foi uma amiga protetora e coruja, além de ser bastante barraqueira. Isso no bom sentindo.

-Não precisa Chee. Samos muito melhores que ela.

-Tudo bem, só não vou fazer nada porque é você que esta pedindo. Mas...

- Mas nada Dinah. — Interrompi.

Ela bufou, mas assentiu em seguida.

-Ta ok então, vou chamar a Normani para podermos ir e pedir para Siope nos...

-Não precisa Dinah eu levo vocês. — Uma voz grossa a interrompe.

-Não precisa Austin. — Respondeu Dinah.

-Verdade. — Concordei.

- Tem certeza? Siope não está em condições de dirigir.

Austin estava certo, Siope se encontrava completamente bêbado e naquele estado, certeza que nem o nome dele ele saberia responder. Bom, que mal teria em aceitar uma carona de Austin Mahone?

-Ok, aceitamos a carona. 


[...]

Dinah já tinha chamado a Normani. Na base alguns minutos já nos encontrávamos dentro do carro, o jovem optou em deixar as meninas primeiro, devido às duas morar no mesmo caminho. Depois de alguns minutos de viagem a inquietação crescia dentro de mim.

- Você esta muito sexy com essa roupa. 

Disse o Austin, após estacionar o carro.

- Quero entender porque estacionou aqui? —  Perguntei confusa.

- Para isso...

-Calma ai! - Hesitei.

Claro que tinha segunda intenção é de Austin Mahone que estamos falando.

-O que você está pretendendo fazer? 

-Ah qual é Camila, faz tempo que quero ficar com você. 

Respondeu  ao colocar sua mão entre minhas coxas. Austin já tinha destravado seu cinto de segurança. Sua voz havia malicia e sua expressão já tinha mudado completamente.

- Nem tente! Eu não estou afim. 

Neguei e interceptei sua mão boba.  

- Shiu princesa...

Falou suave, com uma voz perversa. 

-Vai ser bom e tenho certeza que você vai gostar.

Senti nojo quando seus lábios rude me toma em um beijo despudorado. Antes que eu pudesse pensar, ele subiu sua mão em direção ao meu sexo. 

- Para! — Empurrei. — Me solta! — Gritei ao espalmar minha mão em seu rosto.

 Destravei o cinto de segurança e sair do carro.

-Camila volta aqui.

- Você é um imbecil!  

Estava me sentindo como se fosse algo barato, algo sei la de "comer" . Chorei enquanto dava passos largos tentando sair o mais rápido daquele lugar.

- Poxa desculpa, eu não sou assim... Foi a bebida. 

Explicou-se quando saia do carro.

-Sabe que não iria fazer nada que você não quisesse. 

Concluiu para em seguida me segurar forte pelo meu braço.

-Me solta!

Alterei minha voz tentando sair daquela situação desagradável. 

-Está me machucando!

Ao ouvir estas palavras, o rapaz folgou sua mão, possibilitando soltar meu braço.

-Não toca em mim outra vez, é um aviso! 

Confesso que não estava me reconhecendo, tinha algo de esquisito comigo.

-Qual é Camila já me desculpei, para de ser tão infantil. 

O homem jovem clamou arrogantemente. 

-Agora entra na porra daquele carro.

Xingou ao alterar sua voz e me puxar pelo braço.

-Me solta seu idiota! 

Xinguei enquanto tentava sair daquela situação, porém, a tentativa foi inútil, Austin tinha mais força do que eu.

-Que droga garota, dá para você colaborar mais e entrar nesse carro. — Resmungou arrogantemente. 

Nesta hora minha paciência explodiu e algo dentro de mim se fez aglomerar, a intensidade de pensar já não existia, estava completamente presa em meu próprio corpo sem ter nenhum controle sobre o mesmo. Um vento forte surgiu, sentir um vigor transbordar pelo meu corpo. 

Austin se espantou com a mudança repentina do tempo. Parou centímetro de seu carro e ficou incrédulo com que acabava de ver, o lufado que se espalhava ao redor tornava cada vez mais forte, ruídos já era acústico para nossos ouvidos. 

-Camila... 

Me desperto então daquele estado paralitico, quando escuto Austin me chamar, avistando o mesmo flutuar no chão. 

-Que porra é essa, não consigo me mexer me ajudar! 

Austin  estava desesperado. Em segundos volto ao normal e vejo o rapaz que estava flutuando cai sobre o solo firme.

-Austin você está bem? — Pergunto ao me aproximar.

-Claro que não — Disse indignado. — Olha porra dos pneus do meu carro.

Gargalhei baixinho ao ver a situação do automóvel, estava com pneus muxos e capô destruído, fazendo então o jovem correr e chutar o chão com raiva. 

-Merda! Da pra me ajudar? Por favor! — O menino então implorou.

-Ah, se vira Austin, você não é quadrado. 

Me afastei do rapaz  e prossegui pelo caminho reto daquele lugar. Ele  esbravejava ao chamar pelo meu nome, mesmo querendo ajuda-lo, o sentimento de raiva ainda percorria pelos meus olhos e outra, Austin sabia se virar sozinho sem precisar de mim.

Quanto mais me distanciava de Austin, menos nítido era sua a voz, até chegar em um ponto de não escuta-la mais. Após alguns minutos caminhando, decido então ligar para minha mãe, já imaginando a bronca e os anos de castigo, porém, eu estava sem alternativa, ligava, ou ficava aqui parada nesse lugar escuro? Claro que a primeira alternativa era mais válida. Peguei então meu aparelho celular e busquei pelo número de casa na agenda, só que antes me deparei com uma cena.

Em minha frente estava uma garota em pé de braços abertos em cima de um corrimão, "ela é louca? Que se matar? Só pode", pensei ao ver aquela cena, decido então me aproximar daquela ponte e tentar decifrar as intenções da garota estranha, mas me surpreendo ao conectar meus olhos nos seus, foi aí que sentir meu coração errar uma batida.

FIM FLASHBACK  

-Oi? Terra chamando Camila. CAMILA!

Grita Dinah me despertando dos meus pensamentos.

- Ainw Chee fala mais baixo, quase arromba meus ouvidos. — Resmungo.

-Baixo uma ova, estava com cara de idiota, tive que gritar. 

Bufa então a mulher que me olha.

- Ah! Sua sapata. — A loira gargalha. — Está pensando na tal menina da ponte não é?

Dinah foi a primeira a saber sobre minhas dúvidas em relação a minha sexualidade desde do dia que vi Arymichelle. 

-Tem sorte que estamos atrasadas, se não... 

-Até que em fim. 

Interrompe Normani, quando Dinah e eu entramos no carro.

-Jesus cristo! Falta cinco minutos para sete. 

Desta vez quem fala é  Ally quando mexe no seu Iphone. 

-Bom dia Mila. 

Ally me cumprimenta com um sorriso radiante.

- Bom dia Ally 

Respondo ao colocar o cinto de segurança e me virar para olha-la, pois, ela se encontra no banco de trás junta com a morena que me fita com um sorriso fechado. 

-E um bom dia para você também Mani. 

Normani escuta e logo em seguida recebo um enorme e alegre bom dia.

Dinah se ajeita no banco do motorista, engata a ré para sair do estacionamento e segui em direção ao colégio, "minha nossa" eu penso, Dj está tão afobada que acelera em uma velocidade insuperável. 

-DINAH! — Grita Ally. — Quer nos mata? Deus me livre, quero chegar viva! 

Allyson é a menor da turma e tem um seu jeito religioso que nos faz rir sempre. Além de ser uma garota super séria, ela tem seus momentos divertidos, amiga e carinhosa, Ally como é conhecida por nós, tem uma altura 1,52m, cabelos liso e claros em um tom de castanho, pele parda é o tipo de menina que mistura looks mais despojados com outros mais "mulher", resumindo é uma garota linda.


-Allymaria esta certa, vai devagar Dinah.

Normani, além de ser uma moça super linda, sua pele negra dava inveja de tão bem cuidada. Corpo atraente e desenhado por um artista de tão perfeito. Altura 1,63m e cabelo estilo chanel, ou seja, Mani é maravilhosa.


- Amiga quero chegar viva só para constar.

- A culpa não é minha se você dorme de mais.

 Que amor essa minha amiga. Dinah faz o estilo "Girl Power", afinal, a gata está sempre poderosa em qualquer ocasião, seus cabelos longos e loiros, corpo bem definido devido academia, torna ela mais linda, altura 1,73m e um temperamento a flor da pele.  


 Depois de alguns minutos de alta adrenalina sobre quatro rodas, chegamos na escola que para mim, parecia mais um castelo daqueles tempos passados de tão formal e enorme. Estrutura é bem desenhada e equipada para segurança dos alunos matriculados naquela escola, além de sua aparência medieval, eles estabelecem regras, exagero era apelido para aquele lugar, atraso era inaceitável, tinha que passar pela diretoria e ter justificativas concretas para não levar tais advertências. Por sorte ainda não tinha tocado o sinal, graça a Deus.

-Pronto chegamos suas imundas. 

Xinga Dinah num tom de brincadeira, possibilitando então um suspiro de alívio de Ally e Normani.

-Eu juro que nunca senti tanta adrenalina como na última vez que fiquei acordada no penúltimo culto da igreja. 

A menor fala, após sair do carro e pegar sua mochila.

-Ham? Isso não tem nada a ver com adrenalina dona Allymaria.

Dinah se pronuncia confusa, devido às palavras ditas pela menor.

-Claro que tem tudo a ver, louvar ao Senhor é sempre uma adrenalina Dinah. Deveria experimentar. 

Justifica Ally ao colocar convicção nas suas palavras, para em seguida bater no peito e mostrar afirmação do que sai de sua boca, fazendo a loira gargalhar alto com atitude da amiga.

-Ally e suas manias religiosas.

Resmunga Dinah, quando limpa os requisitos de lagrimas de risos em seus olhos.

-E aí meninas.

Uma voz grossa surge pelo canto direito de Dinah, quando um moreno se aproxima e abraça a loira por trás. Deposita beijos cinéticos no pescoço da mesma, fazendo a mais alta se arrepiar. 

Talvez seja impressão minha, mas Normani nunca fica a vontade com Siope e Dinah juntos, sua fisionomia muda quando ele aparece. 

-Ei vocês estão sabendo dos novos alunos que vão entrar já no meio do ano?


-Ouvi falar Siope, mas achei que era boato. Estranho a escola como essa, aceitar novos alunos já no meio do ano. 

Responde Ally num tom receoso.

-Fake eu sei que não é, olha eles ali. —  Aponta Dinah. — Credo! São tudo parecido, japonês já viu. 

-Para de apontar sua louca. 

A morena então se pôs a bater na mão daquela que indica sem nenhum pudor.

- Ai! Mani, isso dói carambolas! 

Choraminga após a repreensão da amiga.

-Dinah! Eles não são japoneses, sua origem é coreana. 

A menor corrige a loira que ainda reclama da bofetada na mão.

-Para mim tudo é mesma coisa Ally. Todos eles têm os olhos puxados e o mesmo focinho.

-Deixa de ser burra, cada um tem sua origem. 

Dinah é repreendida novamente por Normani. Incrível que essas duas parecem ser um casal em plena DR e o engraçado que Siope apenas olha a discussão com sorriso no rosto. Acho que essa desconfiança só parte de mim mesma em crê que essas duas tem uma amizade colorida. 

Entre tantas conversas, risadas e os tapas que mani dava novamente em Dinah,  escuto um som agudo soar pelo ambiente.

- Vamos gente o sinal tocou. 

Saio correndo de costa, olhando para as meninas que ainda discutiam impaciente, quando sinto minhas costas colidirem com um corpo, devido ao leve impacto, perdi o equilíbrio e caí. 

- Aí! — Gemo formando uma careta em meu rosto.


-Você esta bem? — Pergunta gentilmente.

Olho sobre meu cílios e vejo um rapaz esticando a mão para me ajudar.

-Sim estou. — Falo após olhar firmemente em seus olhos escuros e sorrir.

O garoto está com um corte de cabelo estilo franjão, cor castanha escuro e um sorriso encantador, ele usa o uniforme do colégio e em suas aurículas destacam um brinco preto de cada lado. Espera aí, como a coordenadoria permitiu isso? Ele ta usando brincos, é contras as regra, penso. 

Ele me retribui com um sorriso largo, continuo a olhar por alguns segundos, seu sotaque e seus traços só me confirma que ele é uns do novatos que Siope tinha comentado.

-Ótimo! Me chamo Jeon Jungkook e o seu? 

-Nome dela é Camila Cabello e  temos que ir, então tchau Jeon... Não sei o que.

Responde Dinah ao se intrometer na conversa. Me puxa afobadamente pela minha mão deixando o rapaz com cara de paisagem.

- Oh Chee! Tem que parar com essa mania de ficar me puxando. 

-Oh Omg! Chancho! Ele ta tão na sua.

A maluquinha fala empolgada.

- Estranho é a forma que ele te olhou, Mila. 

Expõem Ally e com um certo receio.

-Talvez ele goste de meninas atrapalhadas. 

Desmanda Normani para em seguida soltar uma gargalha e sentar na mesinha que faz parte da classe.

- Ou?! Não é para tanto, tenho meus atributos.

-Quem estava te olhando Camila? 

- Não te interessa Austin!

Parece quanto mais eu rezo mais o Austin aparece na minha vida. 

-Ainda aborrecida comigo? Poxa! Mila já te pedi desculpa milhares de vez, o que você ainda quer que eu faço para me perdoar? 

O garoto que tem o semblante de arrependido pergunta.

- Como não ficar, você foi grosso comigo, me beijou a força e ainda me machucou. 

Instigo ao me levantar da cadeira e bater de frente com o rapaz. "Cara de pau", penso, óbvio que eu estou chateada.

-Tudo bem eu fui um idiota, mas tenta ver meu lado, estava no efeito da bebida e também aquele dia não foi dos melhores, você viu como ficou as condições do meu carro e nem se quer me deu uma força, poxa! Gosto de você.

 O rapaz então tenta reverter a situação com as palavras ditas em um tom abafado e tristonho, não é que o garoto seja feio até porque isso não ia fazer diferença, mesmo assim ele tem traços que lhe deixa muito bonito, olhos castanho escuro, usa corte quase degradê no cabelo que deixa seu rosto mais visível, um sorriso largo e um corpo bem formidável,  não é muito  musculoso, mas estava no padrão certo fisicamente, porém, não poderia me obrigar a ficar com alguém que não estou apaixonada.


-Tá! Austin, mas olha aqui. Entre nos dois só vai rolar amizade. 

Tento ser mais clara possível, então desde já vou cortar qualquer esperança que lhe resta. Estou bastante convicta. Penso eu, mas me iludo fácil, pois, suas mãos masculinas me puxam pela cintura, fazendo então meu corpo colidir com o seu.

-Amizade? Para Camila de se enganar, eu sei que você gostou do beijo, porque não confessa. 

-Qual é seu problema garoto? Coloca na sua cabeça, "EU NÃO TÔ AFIM". Agora me solta, ou então nem minha amizade você vai ter.

Falo violentamente,  quando dou tapas fortes no seu ombro com intuito de me soltar daqueles braços.

-Deixa a Camila em paz! Austin.

-Fica na tua Shawn. 

Rosna  Austin ao se virar e encarar o garoto que coloca sua mochila na classe.

-Cara até queria, mas sentir vergonha por ti.

Revida Shawn colocando suas mãos no bolso da frente de sua calça e curvando seus ombros.

-Se toca! Deixa a menina na dela. Camila foi bem clara que não está afim. 

Shawn é uns dos meninos mais legal da sala, educado e gentil, além de um rapaz muito bonito, olhos redondos da cor de mel, cabelo castanha, não tão forte, mas seu corpo é bem atraente, além de ser mais alto e respeitador do que Austin.


-O que você disse? 

-Meu amigo, eu falo é para ouvir não para gravar. 

Responde Shawn, passando suas mãos grandes sobre seu cabelo. Austin irritado se movimenta brutalmente e puxa o maior pelo colarinho da blusa.

-Tem medo do perigo não play boy?

-O que você vai fazer? Olha ao teu redor. Tem certeza mesmo que vai me bater nesse colégio?

Não sabia que Shawn tinha esse lado. Sempre vi ele na dele e agora está ai todo heroico, tentando me defender.

- Cai na real;  Esta pagando papel de idiota.

Em meio a essas palavras  Austin enfurecido reagi. Ele avança sobre o Shawn e lhe acertar um calcanhar de direita, fazendo com que o mais o alto se afastasse para trás devido o impacto.

- Ah! Filho da mãe. 

Xinga e grunhe ao mesmo tempo, após limpar o sangue que escorre sobre sua comissura labial. 

Shawn não mede esforço e reage da mesma forma. Colidi seu corpo sobre de Austin e faz com que os dois bolem pelo solo feito de brita. 

Mendes fica por cima, acerta dois socos na lateral do queixo do Mahone, enquanto o mesmo tenta se defender, mas Austin parece ser mais forte e vira a situação. Esmurra o rosto de Shawn deixando escorrer respingo de sangue.


-Briga, briga, briga. — Grita a loira atrás de mim.

- Credo Dinah! Siope! Faz alguma coisa. 

-Nem vem, me tira dessa, Austin sabe se virar.

Responde ao erguer suas mãos e se render as suas palavras. 

Droga! Que covarde, penso, após bufar pela narina. Tento ir em direção dos meninos para poder apartar a tal briga, porém, foi inútil a minha tentativa.

-Sr. Mahone e Sr. Mendes o que está acontecendo aqui? Recomponham-se agora.

Uma voz feminina ordena, graça a Deus! A professora chegou bem na hora. 

-Isso é inadmissível! Os dois agora para diretoria. 

Nossa, as coisas não saíram tão bem para Shawn, além de me defender do irritadinho do Austin, ele irá levar advertência por minha culpa.


- Professora Forbes tenta entender, eles...

-Silêncio senhorita Cabello, quem toma as decisões aqui sou eu, então não me diga o que tenho que fazer. — Me interrompe grosseiramente.

Credo! Que nervosismo, mesmo me sentindo mal pelo Shawn, resolvo então me calar para não arranjar mais problemas para ele.

...

Depois que os meninos saíram pela aquela porta, o tempo se tornou mais lento do que o normal, minutos iam se passando e aquela aula só me dava mais sono, nunca gostei de Historia, por isso que minhas notas são tão baixa.

-Que tédio. 

Reclamo ao fitar minhas unhas. Quando sinto algo me a certa na cabeça e cair logo no chão, automaticamente resmusgo, mas em seguida olho para o objeto caído no piso, é um papel no formato de uma bola mal feita.

-Psiu! Chancho... — Sussurra Dinah.

- Que foi Chee? — Pergunto no mesmo tom que a loira.

-Pega o papel... O papel. — Sussurra ao indicar para a bola mal feita.

Fala sério, bilhetinho? É tão anos antigos. Sorri após pensar nisso, por que ela não manda um whatsapp? Ela sabia que meu celular esta no modo silencioso. 

Pego o papel e logo abro para saber o que está escrito. Gargalho baixinho ao ler aquilo: "Mila ele está tão na sua o japonesinho. Ps: não mandei zap pq to sem crédito, aff ser pobre é um saco :(".

Essa Dinah, Sempre sendo uma comédia. Resolvo responde-la, mas sou interrompida com batidas forte vindo do lado de fora que leva toda a minha atenção para a porta da sala, avisto a professora olhar e sair.

-Milaaaaaa! — Grita Dinah, fazendo com que toda sala olhe para ela.

Meu Deus! Ela me mata de vergonha. 

-Responde logo essa bagaça. 

Tenho certeza que minhas bochechas estão vermelhas e o pior, todos estão me olhando! Que vergonha.

- Dinah! - Repreendo minha amiga.

 Antes que a mesma se pronunciasse, escuto a voz da professora ressoar diante a sala, apresentando duas alunas novas. 

Credo é mesma menina da ponte, mas qual delas? — Sussurro confusa.

Tento identificar qual delas era a estranha da ponte, até que meus olhos se encaixam naquela imensidão azul.

- É ela...



 Jungkook Pov


Faz tempo que me pergunto... Será que a vingança é um prato que se come frio? Segundo a Lei de Newton "para toda ação existe uma reação". 

Desde a morte de Jung Hoseok, venho com ódio escorrendo sobre meus olhos, prometo que ainda vou matar Lauren Jauregui e vingar a morte do meu amigo. 

Desperto dos meus pensamentos, após um corpo colidir com o meu, automaticamente ajudo a garota caída no chão, só que me surpreendo com tanta beleza.

Seu rosto é angelical, boca carnuda e semblante estupidamente gracioso. Jeito de menina, traços cubanos faz com que ela desperte olhares involuntários. Sinto um calor percorrer pelo meu peito, algo me diz que conhece-la seria um desafio para mim.

Involuntariamente pergunto se ela estava bem, recebo como uma reposta um sorriso agradável... 

Atrevo-me perguntar seu nome, mas  uma moça de estatura alta se presencia ao dizer nome da garota. Sua voz ressoa diante dos meus ouvidos e meu subconsciente repeti maquinalmente o sobrenome CABELLO... Sera que...

-Gostou da garota não foi? 

O rapaz de cabelo ruivo com corte franjão fala num tom brincalhão, me fazendo olha-lo sério.


-O nome dela é Camila Cabello, com dois L isso te soa familiar Kim? 

-Caraca! Então ela é a bruxa da profecia? — Pergunta surpreso.

-Se eu fosse você limpava sua baba. 

Diz Jimin, tentando limpar o canto da minha boca. 

-Esta escorrendo. 


- Menos Jimin, Ciumes não é teu forte. 

- Até parece, eu com ciumes de você? Quem te iludiu? 

Retruca o rapaz ao franzir o cenho e bufar pela narina.

-Não é o que aparenta. 

Jimin e eu temos um relacionamento diferente, talvez isso faz ele pensar que tem algum pertence sobre mim.

- Vamos entrar. 

Entre minhas palavras, observo uma cena clássica de escola, dois rapazes brigando e pelo que vejo, Camila é o motivo. Depois da casualidade, os dois desordeiros seguem para diretoria.

- Eita! Esse colégio é cheio de surpresa.

Se pronuncia Kim, quando senta em sua classe.

-Surpresa até demais. — Respinga Jimin.

-Brigas de moleques em colégio é comum de se ver, então não vejo surpresa.

Alguns minutos foram se passando, não sabia o certo do horário, até porque não estou atento o cronômetro do relógio, apenas estou tentando entender meus motivos de estar nessa sala. 

Depois de tal pensamento me pego olhando a tal garota de olhos castanhos, "será que é ela?" Penso e admito que seu perfil é encantador, como uma garota pode ser fofa e ao mesmo tempo ser tão atraente.

-Jimin está morrendo de ciumes desses seus olhares para a menina de lacinho.

Fala Kim num tom baixo, provável que minhas bochechas estão vermelhas, pois, sentir queimar após suas palavras, mesmo assim fuzilo com o olhar. 

Vejo a professora sair da sala e sinto que algo de meu interesse está por trás daquela porta.

-Não se anime, apenas estou analisando a garota, para confirma se é a bruxa que Jin comentou.

 Kim por um lado está certo, meus olhares estão transparecendo muito. Resolvo então controla-los, quando escuto um grito vindo do fundo da sala, não resistir tive que rir daquela situação. 

A garota loira do corredor fala que nem uma louca descontrolada, coitada da Camila. Sua vergonha está perceptiva quanto mais ela tenta desfaçar, fofa. O que está acontecendo comigo? Nunca fui de elogiar uma garota tanto e essa menina ultrapassa todo o limite dos meus elogios.

Distraído e ainda tentando entender meus motivos de adentrar Camila nos meus pensamentos, ouço a voz da professora soar pela sala.

-É ela. — Diz Kim espantado.

-Eu sei. — Falo franzindo o cenho. 

Voluntariamente minhas mãos se fecham em punho e provavelmente minhas pupilas dilatam, minha expressão facial muda, meu sangue esquenta, minha mandíbula trava e um suspiro de ódio desperta. 

"Toda ação tem uma reação", Lauren Jauregui.

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obga por chegarem até aqui, mas ai o que estão achando do capítulo de hj?

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