Uma Chance para Amar (01) |...

Od AutoraSSantos

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•| Irmãos McDemott - Livro 1 ➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), tortura explícita e... Více

•|NOTAS INICIAIS|•
•|ORDEM DA SÉRIE|•
•|SINOPSE|•
•|ELENCO|•
•|TEASER|•
•|PLAYLIST|•
•Prólogo•
Capítulo • 1
Capítulo • 2
Capítulo • 3
Capítulo • 4
Capítulo • 5
Capítulo • 7
Capítulo • 8
Capítulo Bônus • Parte I
Capítulo Bônus • Parte II
Capítulo Bônus • Parte III
Capítulo • 9
Capítulo • 10
Capítulo • 11
Capítulo • 12
Capítulo • Bônus
Capítulo • 13
Capítulo • 14
Capítulo • 15
Capítulo • 16
Capítulo • 17
Capítulo • 18
Capítulo • 19
Capítulo • 20
Capítulo • 21
Capítulo • 22
Capítulo • 23
Capítulo • 24
Capítulo • 25
Capítulo • 26
Capítulo • 27
Capítulo • 28
Capítulo • 29
Capítulo • 30
Capítulo • 31
Capítulo • 32
Capítulo • 33
Capítulo 34 - Safira
Capítulo 35 - Safira
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38 - Diogo
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41 - Safira
Capítulo 42 - Safira
Capítulo 43 - Diogo
Capítulo 44 - Diogo
Capítulo 45 - Diogo
Capítulo 46 - Safira
Capítulo 47 - Safira
Capítulo 48 - Safira
Capítulo 49 - Safira
Capítulo 50 - Safira
Capítulo 51 - Safira
Capítulo 52 - Diogo
Capítulo 53 - Diogo
Capítulo 54
Capítulo 55 - Diogo
Capítulo 56 - Safira
Capítulo 57 - FINAL
•Epílogo•
•|AGRADECIMENTOS|•

Capítulo • 6

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Od AutoraSSantos


*Capítulo Revisado*

Acordo ao som de Sia, com a música Chandelier. Sou apaixonada pela voz maravilhosa dessa mulher. Pego o celular para desligar o alarme, ainda me sinto tão cansada.

Parece que mal encostei a cabeça no travesseiro!

Tudo por culpa daquela lembrança tão dolorosa, que me fez perder o sono por um tempo antes de conseguir adormecer novamente. Como pude ter me deixado levar por aquele homem? Não ter enxergado os pequenos detalhes que fui perceber apenas depois daquele dia.

Os horários regrados que podíamos nos ver, nunca ter ido a sua casa, quase não podermos sair juntos ou sermos vistos. Agora entendo, sua querida esposa não podia saber.

Sinto nojo.

Nojo de mim mesma por ter me entregado de corpo e alma à aquele homem achando que poderia ter um futuro e uma família feliz. Enquanto a boba idealizava um futuro, ele estava feliz com a esposa e sua filha recém nascida. Apenas concretizando que eu era sua amante, quantas vezes depois de dormir comigo ele não fez o mesmo com a esposa.

Só que diferente dela eu era a errada da situação. A amante.

Suspiro e decido me levantar para espantar essas lembranças dolorosas. Queria voltar a dormir novamente, mas dessa vez um sono sem nenhuma lembrança que me traga dor.

Para minha agonia hoje irei começar a tratar dele. Diogo McDemott. O paciente importante no qual apenas eu como enfermeira posso tratá-lo. Que ironicamente é o primeiro homem que chamou a minha atenção depois que tudo ocorreu.

Só pode ser uma brincadeira do destino isso acontecer.

Mas como não é o destino que paga as minhas contas, tenho que ir cumprir meu trabalho e tentar controlar minhas emoções perto dele. Irei colocar em prática apenas o que sei fazer com muito amor e gratificação, que é o ato de cuidar.

Pego meu celular novamente e leio algumas mensagens da Jade, todas se consistem em como ela quer chegar em casa e dormir um pouco. Sorrio e lhe digito um Bom Dia. Coloco o celular de volta onde estava e me levanto seguindo para o banheiro. Faço minhas higienes pessoais, a seguir tomo um banho rápido para não me atrasar.

Saio do banheiro com a toalha enrolada em meu corpo, caminho até o guarda-roupa para pegar uma roupa semelhante a que usei ontem. Depois que me visto, volto ao banheiro para fazer um rabo de cavalo em meu longo cabelo, olhando o seu comprimento desfaço e opto por um coque. Não gosto do meu cabelo atrapalhando na hora de fazer algum procedimento, é horrível ele cair no meu rosto, fora que é desconfortável.

Meus olhos recaem na caixa com diversos produtos de maquiagem que Jade me deu de presente, faço uma careta. Não sei usar nem metade do que tem nessa caixa, e também não sei nem fazer algo decente em mim mesma.

Que vergonha.

Mas não é por falta da Jade tentar me ensinar a fazer algo básico, é pelo fato de não gostar mesmo de maquiagem. Olho mais uma vez e pego o que venho usando desde que me deu, a base e um protetor labial. Nem lápis de olho gosto muito de usar, ainda mais no trabalho. Não é ético, apesar de algumas enfermeiras exagerarem na maquiagem.

A Jade diz que sou aquela beleza que dizem ser natural, mas nunca vi nada demais em mim. Me acho normal. Ela apenas diz isso pelo fato de sem nenhum esforço eu conseguir ficar bonita, não sei onde ela enxerga isso. As vezes brinco falando que ela precisa usar óculos, mas nós mulheres somos assim mesmo, inseguras com nossa aparência.

Uma coisa eu sempre falo: A beleza vai embora um dia, mas aquilo de bom e verdadeiro que possui dentro de você, essa sim é uma beleza que jamais vai embora. Ela é a parte que define o seu caráter, coisa que muitas pessoas não tem naquele hospital e por diversos lugares nessa sociedade que vivemos, um querendo derrubar o outro ao invés de estarem trabalhando juntos em harmonia. Não gosto do tipo de pessoa, que se acha superior por ter beleza ou por status e dinheiro.

Quero distância dessas pessoas. Não gosto nem quando alguém assim vem falar comigo. O doutor Giovanni quando aparece, minha vontade é de sair correndo igual a Jade fala, aquele homem me enoja, e tenho medo dessa fixação que ele tem com ela. Espero que não vire algo pior.

Ao olhar as horas no celular, percebo que ainda tenho meia hora livre, se não quiser me atrasar. Com a bolsa em mãos dou uma olhada pelo quarto para ver se não estou esquecendo nada. Satisfeita saio e vou até a cozinha preparar um café rápido.

Quase vinte minutos depois estou saindo, após arrumar a cozinha e deixar para Jade o café pronto. É o mínimo que posso fazer. Sei que ela vai chegar cansada pensando apenas em ir dormir, não quero que fique sem comer. Às vezes ela brinca que lhe trato como uma filha mesmo ela sendo mais velha que eu, mas isso é apenas o carinho mútuo que sei que ela tem por mim.

Como sempre lhe falo: A vejo desde aquele dia que a conheci no orfanato como uma irmã mais velha.

No caminho para o elevador me esbarro com Dona Ana, uma moradora aqui do prédio que sempre foi gentil desde que nos mudamos. Nos trata como suas netas, sendo que o seu próprio neto de sangue tem vergonha dela por não possuir dinheiro para bancar suas regalias. Sinto raiva por ele tratar uma pessoa maravilhosa como ela tão mal, e desde que seus pais morreram ela que cuidou dele e fez de tudo para que ele estivesse em boas escolas, mas o que ele lhe deu em troca foi apenas desprezo.

— Olá, menina Safira. — Sorri.

— Oi, Dona Ana, como a senhora está? — pergunto gentil.

— Estou sobrevivendo menina, mas a idade está me castigando um pouco. — Sorri cansada com uma expressão melancólica, sinto um aperto ao pensar que seu neto lhe tratou mal mais uma vez.

— Que isso! Está jovem ainda como uma adolescente. — Lhe arranco um sorriso sincero.

— Você é especial, Safira. — Pega minhas mãos e me olha séria. —  Nunca deixe que os problemas do mundo lhe arranque esse brilho no olhar. Não deixe que mudem a essência que tem aqui dentro. — Coloca a mão em cima do seu coração.

— Não deixarei! — prometo sinceramente.

— Agora vou deixar você ir antes que se atrase. Mas depois quando tiver tempo passe lá em casa com a Jade.

— Irei sim. — Beijo sua testa enrugada que mostra o quanto viveu, e sorrio com carinho.

Me despeço e ganho mais um sorriso sincero que faz meu dia melhor. Sem me conter lhe abraço, sua surpresa é breve antes que retorne o abraço. Ao nos afastarmos percebo seu neto na porta me encarando com raiva. Sinto um arrepio de medo, mas não me deixo abalar e lhe retorno o olhar seriamente.

— Tenho que ir mesmo, Dona Ana. Assim que chegar do serviço amanhã irei passar na sua casa — aviso, mas meu olhar permanece em seu neto.

Pelo que sei ele tem vinte anos, mas o seu jeito e olhar parecem lhe envelhecer, lhe deixando com uma carranca sem fim em seu rosto, o que me causa medo. Mas não vou deixar Dona Ana ser maltratada por esse homem, conheço casos de abuso psicológico. Infelizmente noto que ela pode estar sofrendo isso do neto, apenas de olhar para ele sei disso. Uma senhora boa e gentil como ela não merece isso, ninguém merece e eu não vou deixar isso acontecer.

— Tudo bem querida.

— Até. — Beijo seu rosto e lanço outro olhar para seu neto.

Sinto a raiva emanar dele e sei que em sua cabeça alguém demonstrar carinho por ela não faz parte dos seus planos, que é isolar ela do mundo. Mas Dona Ana é muito boa para enxergar o que ele está fazendo com ela, seu coração é bom e enxerga o lado bom nas pessoas. Por ser neto e da própria família é mais complicado ainda.

Caminho para longe dela com um aperto ao deixá-la. Suspiro quando as portas do elevador se fecham, e tenho um último vislumbre dela andando até seu apartamento.

Como pode existir pessoas tão cruéis?

Não entendo esse mundo que vivemos onde às vezes o seu pior inimigo está dentro da sua própria família apenas a espreita sem que você desconfie. E ela cuidou dele desde criança. Então é difícil de entender como é possível ele ter se tornado essa pessoa tão má que trata quem mais lhe amou com ódio.

Me sinto horrível quando presencio casos assim, sempre existem desculpas das vítimas, e também sempre são as mesmas. A cada vez que escuto me sinto mal por elas guardarem o segredo e não saber como reagir por ser o parceiro ou alguém da própria família.

Eu caí da escada;

Sou muito desastrada, tropecei em alguma coisa;

Ele nunca agiu assim, é apenas uma fase, estou bem;

Mas ele estava estressado, é normal;

Não precisa se preocupar que vou melhorar;

Eu o amo tanto;

Foi culpa minha.

A violência tem diversas fases, mas escutar de algum paciente que a culpa foi dele, são os momentos quando me sinto pior. Muitas vezes não temos como denunciar se isso tem que partir da própria vítima. Às vezes ela não quer acreditar naquilo que está acontecendo embaixo do seu próprio teto.

Ver que a Dona Ana possa estar sofrendo isso me machuca, não é uma violência física. Mas abuso psicológico pode ser pior, isso leva a pessoa a um estado de depressão que pode sempre gerar o pior.

Não posso deixar que isso continue, mas como fazê-la dar queixa sendo que ela ainda o vê como seu neto amável?

Revisado
15/05/2020

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