● AAAAH CHEGAMOS A 1K DE VIEWS E 200 VOTOS.
TO MUUUITO FELIZ. OBRIGADAAAA PESSOAL ❤❤❤
● Minha mãe agradeceu o apoio de vocês e ela está se recuperando bem.
● Boa leitura
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Passei praticamente o final de semana aflito. Ela não respondia mensagens e nem ligações. Era perturbar saber que ela estava mal e não havia nenhuma notícia. E se ela estivesse precisando de ajuda?
Eu não tinha nada para me distrair, a não ser minha irmã que às vezes jogava xadrez ou algum jogo de cartas comigo. No domingo meus pais saíram à noite e eu e minha irmã decidimos ficar em casa. Pedimos uma pizza e ficamos em meu quarto assistindo um filme de suspense que eu quase não conseguia prestar atenção.
— Está inquieto. — minha irmã comentou pegando mais um pedaço de pizza que já estava quase acabando.
— Cisma sua. Estou normal. — respondi também pegando mais um pedaço.
Voltei a focar na TV e não pude deixar se notar que ela olhava para mim.
— E a garota? Viraram amigos? — perguntou me pegando de surpresa.
— Parece que sim. — respondo rapidamente comendo mais um pedaço da pizza.
— Deve viver encarando os olhos dela. — comentou.
— Sim.
— Deve ficar igual um babacão. Ela não ri da sua cara? — riu.
— Ah claro! — olhei para ela. — Quando a olhou pela primeira vez o que reparou?
— Em seus olhos. — respondeu.
— Viu? É quase impossível não admirar. — falei.
Nos mantemos calados por alguns segundos até que ela novamente abriu a boca para encher o meu saco.
— Gosta dos olhos dela? — se debruçou na cama.
Era um pouco arriscado responder aquela pergunta. Poderia ser mais uma das armadilhas da minha irmã.
— Você gosta dos olhos dela? — voltei a pergunta a ela.
— Talvez não mais que você. — riu.
Revirei os olhos. Eu já estava perdendo a paciência. Talvez fosse melhor se ela tivesse ido com meus pais.
— Ah, pare de ser chato. — me abraçou. — Sei que está fascinado pelo olhar dela. — avisou.
— Qualquer um fica.
— Huuum… — me olhou com uma cara estranha.
— Esquisita. — gargalhou.
Depois de várias encheções de saco da minha irmã meus pais chegaram e minha irmã foi para o seu quarto. Olhei meu telefone antes de dormir e ela nem sequer havia visualizado ou recebido a mensagem me deixando ainda mais incomodado.
Acabei não dormindo direito e no outro dia de manhã minha mãe entrou no quarto e veio até mim para me acordar.
— Não irei hoje. — falei a ela ainda escondido debaixo das cobertas.
A ouvi suspirar, mas não me importei com aquilo.
— Tudo bem. — não se estressou para a minha surpresa.
Escutei seus passos se afastando aos poucos. Peguei meu telefone debaixo do meu travesseiro e abri o Whatsapp. Para minha surpresa ela havia visualizado e estava online.
Ela estava bem!
— Eu vou sim. — me sentei em um pulo antes que minha mãe fosse embora.
— Mas já mudou de ideia? — ela, que estava na porta, indagou assustada.
— Sim. — Respondi tirando minha blusa de frio — Vamos, eu preciso ir.
Depois de quase matar minha mãe de tanto rir por causa do meu desespero, o motorista me buscou. Antes de sair olhei pela janela do carro e minha mãe ria de orelha a orelha, já que pela primeira vez depois de 1 ano ela não precisou me obrigar a ir nas sessões.
Esperei impaciente para que chegássemos na clínica e quando isso aconteceu me decepcionei pois o local e tudo continuava da mesma forma.
Silencioso e sem animação. Senti uma enorme vontade de embora e resmunguei um pouco encarando o relógio que estava preso a parede. Já eram 8 e 10 da manhã e ela não estava lá.
Respirei fundo e fechei os olhos tentando manter minha sã consciência.
— Acho que estou grávida.
Abri os olhos assustado. Me virei para trás e lá estava ela, sentada em uma das cadeiras de espera completamente aflita, comendo desesperada suas jujubas. Seus cachos estavam soltos e molhados e dava a impressão de que estavam maiores. Usava um batom vermelho e seus olhos pareciam assustados me encarando.
Senti um grande alívio após a ver. Ela estava muito bem pelo visto. Ou não…
— Grávida?
— Sim. — respondeu em um fio de voz.
— Por que? — perguntei me aproximando dela que continuou sentada balançando a perna freneticamente.
— Eu estava dormindo às 3 da manhã da sexta feira quando me deu uma vontade enorme de comer um sanduíche. Me arrumei e fui para um trailer perto da minha casa. Quando terminei de comer e resolvi dormir me senti mal e eu quase morri de tanto vomitar. — explicou me fazendo rir.
Aquilo não fazia tanto sentido.
— E isso significa que você está grávida? — continuei.
— Claro! — se levantou passando a mão sobre a testa que parecia estar molhada. — Preciso ir na farmácia comprar um teste. Vai que estou grávida do meu ex namorado.— parou por um instante e levou a mão a boca. — Imagina que trágico! — ela estava desesperada.
A mesma começou a andar de uma lado para outro enquanto o salto do sapato fazia um som irritante. Ela realmente estava muito preocupada.
— Muito. Ainda mantém contato com ele?
— Único contato que quero manter é minha mão na cara dele.— gargalhei assim que ela parou e me olhou com a mão na cintura.
Respirou fundo e foi até o bebedouro tomando água desesperadamente.
— Vamos logo que precisamos acabar com isso logo para que eu possa fazer o teste de farmácia. — passou a mão pelo cabelo.
— Se quiser pode ir agora.
— Mas não posso te deixar aqui. — disse aflita.
— Eu posso ir. — propus.
— Sério? — concordei. — Mas como vou te levar? Preciso de uma desculpa.
— Sei lá, diz que faz parte do seu novo método. — sugeri.
— Isso! — estalou os dedos. — Pego um dos carros daqui e digo que farei um exercício em um local diferente.
— Eles devem acreditar, confiam em você. — garanti.
— Mas não quero perder essa confiança. — cochichou.
— Mas é algo sério. Eles vão entender. — tentei assegurá-la.
— Espero que sim. — jogou o pequeno saco de balas vazio no lixo. — Ok, vamos lá! — me olhou. — Tem certeza disso?
— Se você não tirar isso a limpo não vai conseguir se concentrar e vai ser como se eu estivesse em cas deitado sem fazer absolutamente nada. — expliquei.
Ela me olhou me hipnotizando mais uma vez. Suspirei e tentei não a encarar para não parecer um pateta.
— Está certo. — respirou fundo. — Obrigada por me entender. — agradeceu guiando minha cadeira. — Prometo que não vamos demorar.
— Ok. — respondi enquanto seguíamos até o estacionamento.
Mellanie seguiu até o balcão de recepção e começou a conversar com uma das mulheres. Ambas se encararam e parecia não estar cedendo. Depois de alguns minutos entregaram uma chave a ela. Mellanie se aproximou de mim e balançou a chave.
— Tomara que não nos encontre. — cochichou.
Fomos até o estacionamento e a mesma abriu a porta do carro e desceu a rampa para que eu subisse com a cadeira. Após me ajudar, fechou a porta e entrou no banco do motorista.
— Eles empurram tanto o banco. — reclamou puxando o banco para frente para que conseguisse alcançar os pedais.
— Não quer uma almofada?
— Para quê? — questionou toda inocente.
— Para sentar em cima e conseguir ver a rua.
A mesma fechou a cara e sorri.
— Muito piadista você. — passou o cinto de segurança. Pois saiba que chego a quase 1 metro e 70 de salto. — rimos.
— Estou brincando com você.
— Eu sei. — se virou e sorriu.
Saímos da clínica e procuramos a farmácia mais próxima. Permanecemos por boa parte do tempo calados. Quando encontramos o local, ela estacionou o carro e me tirou dele.
— Você vem comigo, porque isso vai demorar. — avisou guiando minha cadeira até a sessão onde havia alguns testes de gravidez.
No meio do caminho peguei uma cestinha do chão e a pus em meu colo para que não precisássemos segurar com a mão.
— São tantos testes. — puxou seus cachos quase entrando em desespero. — Acho que vou desmaiar.— me olhou.
— Escolha cinco pelo menos.— a instrui.
— E se der positivo? — novamente me olhou parecendo estar prestes a entrar em pânico.
— Só vamos saber se você fizer o teste. — a lembrei.
— Tudo bem. — respirou fundo e olhou para a prateleira. — Não posso ter medo. — disse a si mesma.
Ficamos por bastante tempo ali até que ela escolhesse 5 testes das várias marcas que haviam. Após ela pagar atravessamos a rua e fomos para um restaurante, onde havia um banheiro. Me sentei em uma mesa e esperei a mesma voltar. Pedi um suco enquanto ela fazia os testes. Encarei meu relógio e já havia 40 minutos que ela estava trancada lá dentro. As coisas deveriam estar complicadas.
— Mais alguma coisa? —o garçom perguntou a mim assim que eu estava quase esvaziando o copo.
Olhei para a porta do banheiro que estava fechado. Ela já deveria estar surtando. Sairia do banheiro dando nos nervos.
— Um saquinho de jujubas. — pedi — E traga a conta junto.
— Tudo bem. — se retirou e encarei meu suco que havia terminado.
— Aqui está. — me entregou a conta e um saquinho de jujubas.
— Obrigado. — tirei minha carteira e lhe entreguei uma nota e rapidamente ele me deu o troco.
— BRIAN. — virei para a porta do banheiro assustado. — NÃO ESTOU GRÁVIDA. — veio correndo até mim. — NÃO ESTOU GRÁVIDA! — sacudiu o garçom que a olhava sem entender.
— Que alívio em. — falei a ela que riu assentindo freneticamente.
— Que sorte a sua cara. — o garçom riu enquanto recolhia meu copo.
— Não somos namorados moço. — contei a ele.
— Foi só uma noite. Te entendo bem garoto! — disse a mim. — Lindas lentes. — falou a ela antes de sair.
— Todos deram negativos? — perguntei.
— 4 de 5 deram. — os mostrou dentro de uma sacola.
— Mas esse significa negativo. — apontei para um rosa.
— Como sabe?
— Quando fui para a casa do meu irmão, ele e a namorada nos mostraram todos os testes que fizeram. Um igual a esse deu positivo para ela então se o seu está o contrário significa que em você foi negativo. — contei a Mellanie.
Ela me olhou de cima a baixo incrédula.
— Sério que você vai ser tio? — concordei. — Coitada da criança. — riu.
— Engraçadinha.
— Não por você, mas pelo pai. — corrigiu.
— Não entendo a implicação que você e meu irmão tem um pelo outro. Ambos são legais e não há necessidade disso. — esbravejei.
Aquilo estava sendo cansativo.
— O que disse? Eu sou legal? — Mellanie riu. — Não sou irritante e chata? — se sentou ao meu lado rindo.
— Você não é tão irritante. — cocei minha nuca.
Eu deveria ter ficado calado.
— E sou legal?
— Não sei.— virei a cara.
— Em? Em? — foi para o outro lado debruçando na mesa.
Encarei a mesma que me fitava com seus exuberantes olhos.
— Tudo bem você é legal. — cedi.
— Aaaaah. — me abraçou ainda sentada na cadeira. — Viu? Não sou tão irritante. — se separou de mim.
— É. — encarou a mesa.
— São jujubas?
— Comprei pra você, pensei que estava demorando porque o resultado era positivo e me lembrei de quando você me disse que curava sua ansiedade com doces e resolvi comprar. — expliquei.
—Aaah obrigada — me abraçou novamente e retribui. — Demorei porque estava secando meu cabelo, naquele secador que você só poe as mãos embaixo e ele liga. É um ótimo secador.
— Estava secando o cabelo? — perguntei indignado.
— Uhum. — Avançou no pacote de balas. — Aceita?
— Não obrigado.
— Não sabe o que está perdendo.
Continuou a comer suas jujubas. Peguei meu telefone e encarei sua capinha, onde estava o número de Mellanie no dia que ela havia se disposto a me ajudar caso eu precisasse.
Olhei para ela que comia suas balas enquanto olhava aliviada para o saco onde ela havia guardado os testes.
— Eu queria te pedir uma coisa. — quebrei o gelo.
— O que?
— Acho que preciso de ajuda. — respondi.
Engoliu as jujubas e me olhou.
— Tudo bem, sexta temos compromisso então. — avisou a mim.
A encarei surpreso. Mas era tão simples assim?
— Para onde?
— Não irei te contar. — riu.
Tentei puxar suas balas, mas ela se levantou rapidamente.
— Mellanie…
— Não irei contar, faz parte da ajuda.
— Sou ansioso. Meu Deus! Ainda faltam 3 dias e…
— Aceita jujubas? Faz bem pra ansiedade. — piscou me fazendo fechar a cara.
Ela fazia tanta hora com a minha cara!
— Mellanie.
— Só descobrirá, na sexta feira. — riu. — Vamos embora.
Olhei para ela que seguia em direção a saída do restaurante.
Ela não faria aquilo comigo.
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●Novos personagens apareceram no próximo capítulo ❤
● Sai essa semana ainda
● Até mais. ❤❤❤❤