Capítulos 7-
POV Beatriz-
Enquanto Amanda me olhava com aquele imenso sorriso, pude perceber que havia sido ela quem teria me dado o carro e por aquele motivo ela não queria sair de minha festa, ela queria ver minha reação. Confesso que por um momento eu quis dizer que a perdoava. Talvez eu pudesse dizer depois da festa.
Eu pude perceber que ela ainda importava-se com o que tínhamos e que estava sofrendo tanto quanto eu.
Olhei mais uma vez para sua face delicada, antes de entrar no carro e dar partida. Enquanto minhas mãos pegavam no volante, lembrei-me de um dos melhores momentos da minha vida. No momento em que Amanda pediu-me em namoro. Lembrei-me do nosso primeiro beijo e de tantas outras coisas que realmente me faziam querer estar com ela. Então percebi que em meio a um milhão de motivos, só um afastava-me dela, e esse motivo era tão pequeno e insignificante que não merecia ser levado em consideração. Eu, quando descer desse carro, falarei que a perdôo e que vou esquecer de tudo para podermos recomeçar.
Foi o que pensei quando vi o semáforo fechar e enquanto eu tentava frear um caminhão bateu com tudo no meu carro. A última coisa que vi foi uma forte luz, logo depois não vi mais nada.
...
Amanda- BEATRIZ!!! - Ela grita.
A multidão que aproximou-se no local do acidente era incontável.
Amanda correu até o carro e quando viu sua amada desacordada chorou compulsivamente. Aquilo seria seu fim.
Amanda- Beatriz? Não... Não, não, não, não! Bia? Amor! Acorda. Bia!!! - Ela chorava enquanto as palavras saiam de sua boca. - Alguém chama uma ambulância. Por favor! Alguém!!! - Ela grita. - Bia! Fica comigo.
Mary e Alícia tentavam acalmar Amanda, em quando Harry e Jack tentava chamar uma ambulância.
Amanda- Mary ela se foi! E-Ela se foi! Não! Diz que ela está bem, por favor. Diz que isso é um pesadelo do qual eu vou acordar. Mary!!! - Ela olha para a irmã que deixa algumas lágrimas escorrer antes de abraçá-la.
Mary- Eu sinto muito.
Alícia- Calma Amanda. A ambulância já vem, vai tudo ficar bem.
Amanda- Olha como está o carro. Ela está muito machucada. Alguém tira ela de lá, por favor. - Ela chora.
Alícia- Não podemos, temos que esperar a ambulância chegar. Acalme-se.
Amanda- Calma? Calma? Você me pede calma quando o amor da minha vida está desacordada sem eu saber se está viva ou morta? Deixe-me em paz, Alícia. Saia daqui!
Mary- Que isso Amanda? Ela não tem culpa.
Maria- Tia, não desconte nas pessoas erradas. Sei que você está nervosa, mas isso não justifica sua reação ao pedido de minha mãe. Ela só quer que você fique bem para quando Beatriz acordar.
Amanda- Eu sei muito bem. Só que ela não entende que eu estou sofrendo.
Alícia- Eu sei que você está sofrendo, assim como todos nós. Só que ninguém pode tirar a Beatriz lá de dentro. Podemos piorar o caso dela.
Amanda volta a abraçar Mary.
Após alguns minutos a ambulância chega. Eles retiram Beatriz de dentro do carro com todo o cuidado, dando os primeiros socorros a ela.
Enfermeira- Alguém vai vir junto?
Amanda- Eu. Eu quero ir.
Enfermeira- Você é o que dela?
Amanda- Sou namorada.
A enfermeira olha para Amanda com espanto.
Enfermeira- Tudo bem, pode subir.
Amanda- Encontro vocês lá?
Mary e Alícia acenam a cabeça em sinal positivo. Os enfermeiros chamam a polícia e partem para o hospital, às pressas.
Enquanto Beatriz ainda estava desacordada, Amanda segurava sua mão. Ela não queria acreditar na possibilidade de perder para sempre seu grande amor. Aquilo não poderia acontecer.
Ao chegarem no hospital Beatriz foi levada para a sala de cirurgia da qual Amanda não poderia entrar.
Ela ficou olhando pela janela, na esperança de poder ver sua amada, mas foi em vão, nada foi visto. Ela então sentou em uma das poltronas e ali esperou por notícias.
As irmãs mais velhas, juntamente com suas famílias, chegaram para dar todo o apoio à Amanda.
Mary- Alguma notícia?
Amanda- Eles levaram ela para a sala de cirurgia. Ainda não me avisaram.
Alícia- Geralmente demora, temos que esperar pacientemente.
Amanda- É o que estou fazendo. Esperando.
Jack- Amanda...
Amanda- Jack... - Ela o abraça. - Não posso perder ela, Jack, não ela. - Ela chora.
Jack- Eu sei. Nenhum de nós podemos. Ela é a minha melhor amiga, sei que ela vai sair dessa pois ela é forte.
Amanda- E se ela não sair? E se eu ficar sozinha? Como vai ser? Ela é a única coisa que me faz querer viver todos os dias, sem ela não sou nada.
Jack a abraça mais forte.
Jack- Vai ficar tudo bem, você vai ver.
Alícia os olha e abraça sua filha.
Hannah se aproximou da tia e a abraçou, juntamente com os outros familiares.
Amanda olhou para Jessica que caminha em direção a ela. Amanda saiu do abraço dos seus parentes e foi ao encontro de Jessica.
Amanda- O que você está fazendo aqui?
Jessica- Vim saber como Beatriz está!
Amanda- Vá embora.
Jessica- Não! Eu não vou ir, eu gosto dela e vou ficar aqui para saber notícias dela.
Amanda- Você gosta dela? Desde quando? Você dormia com o marido dela e vem com esse assunto de que gosta da Beatriz? Você odeia ela.
Jessica- Beatriz e eu estamos namorando.
Amanda dá um forte tapa na cara de Jessica que põe a mão no local.
Jack e Harry correm para apartar a briga.
Jack- Amanda, não faça isso.
Jessica- Você ficou louca?
Amanda- Quem ficou louca foi você. Você realmente acha que ela iria se sujeitar a isso? Não! Beatriz é muito mais do que isso. Ela tem dignidade. - Ela tentava se soltar dos braços de Jack.
Jessica- Pense o que você quiser.
Harry- Jessica, venha amanhã, por favor. Estamos em família e Amanda está muito nervosa.
Jessica- Mas...
Harry- Jessica se não fizer isso por mim, faça por Beatriz.
Jessica- Tudo bem.
Jessica dá uma última olhada em Amanda e logo sai.
...
Foram horas e horas de cirurgia, até que o médico finalmente saiu para dar notícias.
Amanda levantou-se e o olhou.
Amanda- E então doutor, como ela está?
O médico olhou para todos, não sabia como dar aquela notícia.
Dr.- Foi um milagre... - Amanda soltou um sorriso aliviado.
Amanda- Então já podemos ver ela?
Dr.- Sim e não. O caso dela é complicado, ela perdeu muito sangue e precisa de um doador.
Harry- Coma induzido?
Dr.- Sim. Ela quebrou algumas costelas e uma perna. E ainda teve os cacos de vidro que fizeram pequenos cortes no rosto dela.
Amanda- Mas eu posso vê-la? Eu quero muito vê-la.
Dr.- Claro que pode. Vamos levá-la para a UTI, porém lá você não vai poder chegar perto dela.
Amanda- Quando vou poder ter contato com ela?
Dr.- Quando conseguirmos um doador de sangue e quando tivermos a certeza de que as dores não serão tão graves.
Amanda- Eu posso doar o meu sangue para ela, sou O- negativo. Ela tem o mesmo tipo sanguíneo que o meu.
Dr.- Então vamos para a sala de coletas de sangue, lá poderemos fazer uma compatibilidade de seu sangue com o dela, para não dar complicações.
Amanda- Claro, vamos.
Amanda e o Dr. vão para a sala, e lá retiram um pouco do sangue de Amanda para verem se é compatível com o de Beatriz. Por sorte ele era, então eles pegam uma bolsa de sangue para coletarem. Amanda foi levada para um dos quartos do hospital, pois doou muito sangue e ficou fraca.
No outro dia, Amanda recebeu a notícia de que Beatriz estava se recuperando bem e que daqui a alguns dias ela já poderia ver sua amada.
Já por outro lado, as notícias não corriam bem, os polícias estavam investigando o real motivo do acidente e descobriram que os freios do carro foram cortados. A imprensa caiu em cima dessa notícia e em menos de 2 horas a cidade de Nova York inteira já sabia do acidente.
Os polícias recolheram os depoimentos de todos na festa e a primeira suspeita foi Amanda, quem deu o carro. Jessica fez o favor de contar sobre a briga das duas, sobre o quão nervosa Amanda estava no dia da festa e, que Amanda não aceitava o fato de Beatriz e ela estarem juntas.
Quando chegou a vez de Amanda dar o depoimento, ela contou que comprou o carro naquele mesmo dia e que não encostou no carro desde então. Só viu, como todos na festa, à hora em que o carro chegou. Mandou o segurança avisar Beatriz e entrou junto com ele.
Investigador- Bom, é isso. Faremos algumas perguntas aos funcionários da concessionária, mas fique ciente de que a senhorita é a principal suspeita.
Amanda- O que? Eu jamais faria algo assim. Jamais. Eu a amo! Eu seria incapaz de machucá-la.
Investigador- É o que veremos! Passar bem!
Amanda ainda deitada na cama olha para suas irmãs.
Amanda- Vocês acreditaram nisso? Que tipo de pessoa suspeita de quem ama a outra?
Mary- Mana, é o trabalho dele, não podemos fazer nada. Vamos rezar para que tudo dê certo e achem o verdadeiro culpado.
Amanda- Aposto que foi a Jessica! Ela me odeia. Seria bem capaz de fazer esse tipo de coisa.
Mary e Alícia se olham.
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BOA NOITE!
RESOLVI POSTAR HOJE POIS EU ESTAVA COM INSPIRAÇÃO. 😂😂😂
NO SÁBADO EU POSTO OUTRO CAPÍTULO. ❤😍