A Terra Prometida

By luizfelipelucas360

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Em um mundo pós-apocalíptico e em um planeta alternativo, semelhante à Terra original, um grupo seleto de pes... More

Capítulo 0
Capítulo 1: Soberania
Capítulo 2: A expectativa
Capítulo 3: Um por todos e todos por um
Capítulo 4: Formação "Fugere Urbem"
Capítulo 5: A liberdade que nos guia
Em breve capítulo Extra
Capítulo 6: Sem saída
Capítulo 7: Como tudo começou
Capítulo 8: A cobaia primordial
Capítulo 9: Rota de fuga
Capítulo 10: Projeto Genoma
Em breve capítulo Extra
Capítulo 11: Procuram-se cadáveres
Primeira crítica
Capítulo 12: Uma ideia arriscada
Capítulo 13: Uma questão de lógica
Capítulo 14: Cartas na manga
Capítulo 15: Quem é James?
Em breve capítulo Extra
Capítulo 17: Imortal?
Capítulo 18: Justificativas
Capítulo 19: Você não acreditou
Capítulo 20: Culpado?
Em breve Capítulo Extra
Capítulo 21: Verdade
Capítulo 22: Verdade-Parte 2
Capítulo 23: Incertezas
Capítulo 24: Refúgio
Capítulo 25: Interrogatório
Capítulo 26: O que Peter sabia
Capítulo 27: A Emma que eu não conhecia
Capítulo 28: Você não está seguro
Capítulo 29: Como esconder um corpo
Capítulo 30: Corpo desaparecido
Capítulo 31: Arcadianos não são confiáveis
Capítulo 32: O Procurado
Capítulo 33: Desejo de liberdade
Capítulo 34: Assassino à solta

Capítulo 16: Quem manda sou eu

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By luizfelipelucas360

- Acorda, dorminhoco!

Raymond acordou repentinamente com um balde d'água na cara. Estava preso em uma maca com fivelas de couro que estavam amarradas em suas mãos e pernas. Quando percebeu quem havia jogado o balde na sua cara, se surpreendeu:

- Você era pra estar morto! Como você sobreviveu?

O Apagador sorria para Raymond. A única marca que talvez pudesse indicar que ele foi quase morto por um lança-míssil, era um corte na testa.

Ele usava a mesma roupa de quando tinha matado João. Um jaleco branco, sapatos sociais e uma calça preta. Por dentro do jaleco branco ele usava uma blusa regata branca. A barba do homem estava bem feita como sempre e seus cabelos bem cortados também.

- Isso é segredo meu, Amigo! Um mágico não revela seus segredos.

- A ciência não é mágica.

O Apagador olhou para trás e viu Angelina adentrando naquela sala. Raymond observou a mulher de cima a baixo. Ela usava um vestido de um vermelho bem vívido, saltos altos e um bracelete de ouro. Em seu vestido havia uma espécie de prendedor de cabelo.

Seu rosto era de uma feição angelical. Para completar, seu cabelo longo e liso realçava ainda mais suas feições. Era uma das mulheres mais lindas que Raymond já viu.

Ela segurava uma caixa com as duas mãos. Era de um tamanho consideravelmente grande. Raymond estava curioso para saber o que havia ali dentro. Nunca viu a mulher em seus sonhos. Não tinha ideia de quem ela poderia ser.

- Ela é o fruto da razão humana, de seu poder de questionar o mundo a sua volta e controlá-lo, modificá-lo e até mudar a sua essência.

- Quem é você?

Angelina foi andando calmamente até Raymond. Quando ela ia passar pelo Apagador, ele se pronunciou:

- Espera, amor! Era eu quem deveria entregar o presente.

A mulher virou para ele e respondeu na mesma hora em tom alto e claro:

- Não!

- Mas..

- Vá para o quarto! Eu cuido disso.

Raymond estranhou o modo agressivo como a mulher tratava o seu suposto esposo ou namorado. Ele hesitou por dois segundos, mas depois decidiu sair da sala.

Saiu pela porta aberta de metal sem olhar para trás. Parecia que  estava irritado.

Logo depois que o homem saiu. Raymond prestou mais atenção naquele ambiente. Ali deveria ser algum tipo de laboratório. Atrás de Angelina estava uma gigantesca máquina. Ela possuía dois braços enormes com o que pareciam ser serras.

- Onde estou? Quem é você?

- Estou decepcionada. Esperava que você fosse mais inteligente.

Foi então que o garoto desconfiou da triste realidade que estava por ser revelada.

- Espere! Você é Angelina, A megera Indomável? A rainha do Império Britânico?

- Sim. Fico feliz que tenha me reconhecido. Agora posso lhe entregar o meu presente. Queria retribuir todo o dano que vocês deram a minha esquadra.

- Minha? Como assim? Aquela esquadra era do Império Vermelho. Como ela é sua?

- Pobre garoto. É tão inocente.

- Eu quero respostas! Se você é mesmo quem diz ser, por que está me prendendo aqui? Devemos ser libertos. Você tem um tratado a cumprir. Onde estão meus amigos?

- Já que perguntou por eles...

A mulher abriu a caixa. Dentro dela não havia nenhum ouro e nem algum objeto. Era a cabeça de alguém.

A surpresa e a irritação não deixaram que ele percebesse de quem era a cabeça. Só era possível ver o cabelo loiro. A face ainda estava escondida dentro da caixa.

- O que é isso?

A rainha pegou a cabeça da caixa e a exibiu na frente de Raymond.

O rosto tinha uma cara de desespero. Angelina segurava aquela cabeça pelos cabelos como se fosse um objeto comum. Não demonstrava qualquer nojo. Na verdade, ela estava sorrindo de uma forma totalmente estranha.

Ao prestar mais atenção naquela face, Raymond começou a balbuciar algo. Não conseguia se expressar com tamanha revelação.

- Z...Z...Zack!

- Esse é o nome dele? Até que é bonitinho. Vou colocar na minha estante. É um menino bonito. Estou precisando de rostos bonitos assim pra embelezar meu quarto.

- Sua desgraçada! Você vai pagar por isso!

- Que palavras mais ofensivas. Eu fiquei magoada. Mas não se preocupe. Eu ainda não arranquei a cabeça de seus outros amigos. Mas estou na dúvida quem é o próximo que vai para minha prateleira. Emma ou Spike?

- Sua desgraçada! Eu vou te matar antes!

Raymond se remexia com toda a sua força tentando se desvencilhar daquela maca. Mas parecia impossível. Não sabia o que fazer.

- Ah! Pelo amor de Deus! Por que o drama? Você nem era tão amigo dele assim.- Meu lindinho, você tem que dar um beijinho de despedida.

Angelina passou a mão pelos lábios da cabeça de Zack. Ela olhava para a cabeça de uma forma debochada.

De repente, ela pressionou a cabeça de Zack contra Raymond de uma forma que eles se "beijassem".

- Ai! Que fofo! O amor é tão lindo.

A megera ria incansalvemente enquanto Raymond se contorcia naquela maca.

- Eu adoraria poder me divertir mais com você. Mas eu tenho que ensinar uma lição a alguém. De uma forma bem dolorosa.

- Guarde minhas palavras, Megera! Você ainda vai pagar por todo o mal que fez. Não importa quanto poder você tenha. Você vai pagar!

- Isso é o que nós vamos ver!

Angelina saiu daquela sala gargalhando bem alto. Ela andava normalmente com a cabeca de Zack na mão direita.

Quando a rainha saiu do laboratório seguiu por um corredor em linha reta. No final dele estavam Truman e o Apagador conversando em frente a uma porta. Era a porta do escritório do diretor daquela fábrica. Agora era ocupado por Angelina, já que era a sócia majoritária da Apple Enterprises.

Ela se sentia curiosa para saber o que os dois estavam conversando. Mas já tinha suas suspeitas sobre o que se tratava. Ficou de longe observando a conversa dos dois sem revelar que estava ali.

- Truman, é hoje que nós devemos atacar. Vamos derrotá-la de uma vez por todas e passar a controlar a empresa.

- Não acha meio arriscado, Cristopher?

- Não me chame assim. Eu sempre digo que prefiro ser chamado de Apagador.

- Enfim, não acha meio arriscado?

- Nem um pouco. Ela está gamada por mim. Baixou a guarda. Gosta de se sentir poderosa e de mandar. E eu estou dando este sentimento de poder a ela. Acha que tem tudo sobre controle. Mas mal sabe que todos aqui estão conspirando contra ela.

- Está bem. Vamos seguir o plano então. É só nós...

- Olá rapazes. Eu gostaria de falar com vocês. Mais especificamente com Truman. Vamos para a minha sala?

Os dois se entreolharam e um clima de tensão se pairou pelo ar. Não sabiam se Angelina havia escutado a conversa.
O único que desconfiava do que Angelina poderia querer com Truman era Cristopher.
Ele e a rainha estavam planejando encurralar Truman. Angelina disse que pretendia matá-lo. E para isso precisaria da ajuda de Cristopher.

- Mas é claro Majestade. Com todo prazer.

Angelina entrou na sala e logo em seguida Truman. Quando já estavam dentro da sala, a mulher olhou para Cristopher, que estava do lado de fora pensativo, e falou:

- Você também, Cris.

Ela piscou para ele e enfim o homem entendeu do que se tratava. Era hora de fazer o que os dois haviam combinado.

Assentiu para Angelina e exibiu um sorriso.

Ele adentrou na sala. Ela era pequena. Possuía paredes de um tom cinza da cor da prata.

Angelina sentou com os braços debruçados sobre uma mesa com uma cara séria. Olhava para Truman com um olhar fulminante.

- Eu chamei vocês dois aqui porque fiquei muito triste com uma coisa que eu descobri recentemente...

Angelina olhou para os dois durante alguns segundos e depois retomou a sua fala:

- Existe uma pessoa que está conspirando contra mim.

Truman ficou assustado e demonstrou insegurança. Cris estava calmo. Sabia o que iria acontecer em seguida. Com um olhar de preocupação Truman resolveu perguntar à rainha:

- Meu De... Nossa! Quem teria coragem de conspirar contra Vossa Majestade? Todos sabem o quão promissor o desempenho da empresa tem sido. Por que alguém iria querer tirá-la do cargo?

- Essa é uma pergunta interessante, Truman.

A rainha olhou para ele com uma expressão que poderia se confundir com a de uma mulher possuída por algum espírito maligno. A sua expressão dava medo. Truman não sabia o que dizer e nem como reagir.

Parecia que estava claro que eles estavam conspirando contra ela. Mas o que o intrigava era que Angelina não se dirigia ao Cris demonstrando desconfiança. Parecia que Truman era o único suspeito ali.

Por que ela o olhava assim? Por que Cris permanecia calado? Por que ela disse que queria falar especificamente com ele? Essas perguntas vagavam pela mente do homem como raios misturados com emoções. O desespero e a insegurança se tornavam a cada segundo mais difíceis de esconder.

- Você parece nervoso. Por que o nervosismo?

- Por nada majestade. Eu só estou preocupado com a nossa segurança. Sua segurança. - o homem corrigiu

- Não precisa se preocupar. Eu já sei quem está conspirando contra mim.

- Já sabe?! Quem é o ousado ou a ousada a cometer tal erro?

- É um homem. Ele me serve a muito tempo. Sempre disse ter total devoção a mim. Eu lhe amei muito, sabe? Eu sempre quis o bem dele e achava que ele quisesse o mesmo por mim. Me partiu o coração quando eu soube dessa conspiração. O que eu fiz de errado? Seja sincera Truman: Eu sou uma pessoa má?

Truman titubeou ao falar.

- Não, Majestade. De jeito nenhum. A senhora sempre foi bondosa com todos, mas severa quando preciso.

- Você está certíssimo, General. Nós precisamos ser bondosos, mas duros quando necessário. E algumas situações requerem atitudes drásticas. É preciso recriminar e punir para manter a ordem, não acha?

- Sim. Você tem toda a razão.

- Que bom que você compreende.- A rainha ficou cara a cara com Truman. Pronunciava as palavras com um sorriso estampado. - Eu estou fazendo isso não só pelo seu bem como de toda empresa.

Cris pegou uma corrente com um bola de ferro com espinhos nas pontas embaixo da mesa. Girou a corrente e tacou na direção de Truman. A corrente circundou o pescoço do general e quando terminou de completar o círculo, Cristopher a puxou.

Os espinhos fizeram com que a cabeça de Truman fosse arrancada de seu corpo de uma forma descomunal. Ela foi jogada para pouco mais de um metro quase chegando na parede que ficava de costas para Cris.

Quando a cabeça dele caiu. Angelina começou a dar enormes gargalhadas. Não parava de rir.

A expressão que ficara na cabeça de Truman era de desespero. Angelina seguiu até onde estava a cabeça do general, passou por cima do corpo dele sem qualquer preocupação e  quando se agachou, falou:

- Pobre Truman. Sempre tão sério. Você devia tentar mudar essa sua cara. Será que assim fica melhor?

A rainha mexeu na boca de Truman fazendo com que ele exibisse um sorriso, mas pouco tempo depois a expressão de medo voltou ao normal. Após fazer isso, ela olhou para Cris e ele lhe perguntou:

- O que faremos com o corpo?

- Com esse corpo eu não sei. Mas com esse daqui...- Ela colocou o dedo indicador no peito de Cris- Eu vou usar e abusar dele.

- Que ótima notícia.

Nesse momento Angelina beijou e agarrou o Apagador que correspondeu com a mesma atitude. Ela foi empurrando ele para a parede, mas acabou tropeçando no corpo do general. Ninguém chegou a cair, somente tropeçaram.

- Vamos para o meu quarto. Gosta de algemas?

- Você ainda pergunta?

Os dois seguiram rapidamente até o quarto enquanto se beijavam. Depois que já estavam no quarto, Angelina prendeu os braços e pernas de Cristopher com uma fivela de couro nos ferros da cama. Os dois estavam nus.

Em meio aquilo tudo, o Apagador pensava no que aconteceria depois e como seria o trágico fim da Megera Indomável.

"Mal sabe ela o que a aguarda lá fora"

Quando Angelina se posicionou acima de Cristopher e ele estava pronto para ter mais uma noite de amor com a mulher, ela pegou uma faca colada com fita adesiva em baixo da cama e esfaqueou o homem quatro vezes.

Ele gemeu. Mas não de prazer. Sentia uma dor incomensurável.

- Pensou que eu ia cair nesses seus joguinhos Cris? Eu sou muito mais esperto do que você e qualquer um aqui.

Ela agora estava colocando sua roupa novamente. Olhava para Cris com uma expressão maliciosa. O homem cuspia um pouco de sangue devido ao ferimento. Ele se remexia, mas de nada adiantava. Continuava preso naquela cama.

- Você não vai conseguir sair daqui. Tem um monte de funcionários prontos para matá- la aí fora. É questão de tempo até matarem você.

- É isso o que nós vamos ver.

A rainha parou na porta e colocou o seu ouvido encostado para escutar o que havia do outro lado. Deviam ser pouco mais de dez pessoas com rifles prontos para atirar. Era possível escutar o som das pessoas recarregando.

"MERDA!"

***
Galera, queria me desculpar pelo atraso na postagem do capítulo. Esse mês está sendo de adaptação com a rotina da faculdade. Mas em breve estarei postando regularmente de novo. O próximo capítulo deverá ser lançado segunda que vem(27/3). Pode ser que demore mais um pouco, mas vou me esforçar para postar nesse dia.

Uma boa semana e leitura.

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