Mistérios do Acaso (Em Pausa)

By ThaianeMachado

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A vida de Natalie Keller era perfeita. Na verdade, ela apenas gostava de acreditar nisso, pois, de alguma for... More

⚛Mistérios do Acaso⚛
⚛Prólogo⚛
⚛Capítulo 1⚛
⚛Capítulo 2⚛
⚛Capítulo 3⚛
⚛Capítulo 4⚛
⚛Capítulo 5⚛
⚛Capítulo 6⚛
•BOOK TRAILER•
⚛Capítulo 7⚛
•Aviso/Pedido•
⚛Capítulo 8⚛
⚛Capítulo 9⚛
⚛Capítulo 10⚛
⚛Capítulo 11⚛
⚛Capítulo 12⚛
⚛Capítulo 13⚛
⚛Capítulo 15⚛
⚛Capítulo 16⚛

⚛Capítulo 14⚛

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By ThaianeMachado


Música na mídia (I'm a mess - Ed Sheeran)

Nicholas●

Depois que eu contei a Natalie o que aconteceu há quatro anos, sua reação posterior me causou uma confusão de sentimentos.

Fiquei comovido com a sua reação ao saber do acidente da minha família. Suas lágrimas eram de pura compreensão e compaixão com a minha perda

Ela tentou me convencer de que eu não precisava me culpar por ter saído da Inglaterra sem avisar, mas eu sabia que o que que eu fiz foi pura covardia. Meu egoísmo foi maior do que o meu bom senso.

Quando Natalie começou a dizer sobre como eu não me permitia sentir a dor da perda, fiquei com raiva, não necessariamente por ela ter dito o que disse, mas por que lá no fundo eu sabia que ela tinha razão. Um dia a dor que eu estava reprimindo iria me sufocar e eu sabia que não teria volta, mas do que adiantava eu sofrer por uma coisa já passada por mais que aquilo me rasgasse por dentro, se não iria me fazer sentir melhor do que eu já estava?

Não, com certeza não valia a pena. Minha cota de luto foi atingida há quatro anos.

Eu sentia todas as noites quando eu acordava de cada pesadelo envolvendo o incêndio, o desespero se empurrando para cima querendo chegar até a superfície, mas eu simplesmente empurrava-o para baixo e não me permitia sentir, por que eu sabia que poderia desmoronar e todo o trabalho que eu tive para construir a barreira que me cercava, teria sido em vão.

Eu não queria mais conversar, eu só queria ir embora pra ficar sozinho com meus temores e era o que eu faria até Natalie interromper minha escapada com suas palavras.

— Quem está fugindo agora? — Com a mão paralisada na fechadura da porta, fechei os olhos por alguns segundos tentando não me irritar. Então virei para ela com minha expressão fechada.

— Eu não estou fugindo!

— Está sim! — O que?! Quem ela pensava que era pra ter certeza do que eu realmente estava fazendo?

— Não estou! — retruquei com mais veemência.

— Está! — Fechei os olhos e comecei a contar, eu precisava me acalmar. Natalie me tirou do sério com quase tudo o que falou por hoje. Eu não deveria estar surpreso, mas eu estava. A verdade era que eu não conhecia esse lado incisivo dela, e agora me dava conta de que eu não sabia realmente quem ela era e qual era realmente a sua personalidade.

Dilema: Será que eu idealizei uma personalidade para Natalie com o objetivo de transformá-la na mulher dos meus sonhos ou talvez ela deixou transparecer aquilo que eu queria ver e não quem ela realmente era?

De qualquer forma eu não deixaria que a mesma vencesse essa batalha, eu não deixaria Natalie dizer o que eu estava fazendo por que ela estava errada.

Quando abri os olhos, meus pés automaticamente me levaram em sua direção. Eu não sabia bem o que fazer, mas parei quando ela deu um passo para trás. Seus olhos estavam arregalados, mas eu não sabia identificar sua expressão.

Senti minha respiração acelerar quando seu olhar parou em meus lábios. E quando ela mordeu seu lábio inferior uma imensa vontade de beijá-la se apoderou de mim.

De repente Natalie deu mais outro passo para trás, e quando se desequilibrou, eu a segurei em meus braços antes que ela caísse na piscina. Abracei seu corpo e sem perceber eu já estava inspirando seu perfume inebriante. Um pequeno gemido de apreciação vindo dela me impulsionou a seguir adiante, então lentamente afastei meu rosto de seu pescoço e a encarei.

Eu queria beijá-la desesperadamente. Eu precisava sentir o gosto dos seus lábios mais uma vez. Me aproximei roçando minha boca na sua sussurrando seu nome, pedindo sua permissão para seguir adiante...

E então o irmão de Natalie apareceu.

— Nicholas... Nicholas!

Fui despertado bruscamente dos meus devaneios por meu amigo, John.

— Qual é cara, a aula já terminou. Vamos!

Só então me dei conta de que passei a aula toda perdido nas lembranças da noite passada. Patético, eu sabia mas não tive como evitar. Passei o resto da noite e a manhã toda repassando minha conversa com Natalie, tentado achar algum equívoco nas coisas que a mesma me disse mas, nada. Ela tinha razão em tudo.

Suspirei, eu precisava esquecer. Não iria trazer meu luto novamente só porque Natalie achava que eu não havia sofrido o suficiente, de qualquer maneira isso era um absurdo.

— Willer! Você tá viajando de novo cara, tá pensando em que?

John chamou a minha atenção quando saímos da universidade e alcançamos o meu carro. Eu respondi quando me acomodei no banco do motorista e ele no passageiro

— Nada que lhe interesse. — dei a partida no carro.

— Tudo bem, seja qual for seus pensamentos eu não quero saber mesmo. — Deu de ombros indiferente. John era assim, bastava lhe dizer que algo não lhe interessava e ele fingia que não queria saber. Idiota.

— Por que você faz isso? — perguntei pela enésima vez revirando os olhos.

— O que? — Sim, ele estava fingindo-se de desentendido.

— Você diz não querer saber quando na verdade está louco de curiosidade.

— Não é bem assim. Se não quer me contar, também não quero saber.

— Idiota! — resmunguei, eu odiava quando ele fazia isso.

— O que foi? Você quer que eu implore para que me conte? — Agora ele estava com seu sorriso irônico estampado na cara. Às vezes eu me perguntava como eu ainda continuava sendo amigo dele.

— Esquece!

Depois de deixar John no apartamento que dividíamos eu segui direto para a empresa. Percebi ao chegar na minha sala o quanto minha tarde seria ocupada. Holly só apareceu meia hora depois da minha chegada como sempre e juntos conseguimos nos organizar melhor.

Às quatro da tarde fui chamado para uma reunião com alguns investidores por Adrian ao qual Holly me acompanhou piamente. Ao decorrer da reunião meu tio passava para mim a responsabilidade de tomar algumas decisões baseadas nos fins lucrativos para a empresa e e eu me via cada vez mais envolvido com o mundo dos negócios.

Confesso que no início, antes de começar a trabalhar na empresa, eu não me interessava por nada disso, mas com o tempo o meu interesse pelos negócios foi aumentando gradativamente. Eu me sentia mais focado, mais centralizado e no controle. Era algo que me agradava, então eu não tinha motivos para reclamar.

Enquanto eu analisava o relatório da reunião, o telefone na minha mesa tocou me distraindo.

— Sim?

— Chefe? Darcy está aqui e deseja falar com o senhor, posso autorizar sua entrada? — Holly me informou. Suspirei passando a mão pelo cabelo. Será possível?!

— Diga que estou ocupado e não posso recebê-la no momento. — Desliguei. Eu estava sem paciência alguma para aturar Darcy nesse momento. Além do mais eu precisava realmente terminar a análise do relatório para enviá-lo a Adrian ainda hoje.

Voltei para os papéis em minha mesa, mas minha atenção foi desviada de repente para a porta da minha sala quando a mesma foi aberta bruscamente  por uma Darcy frustrada. Levantei da minha cadeira irritado com tal ousadia.

— Desculpe chefe, mas ela invadiu sem minha permissão... — Holly apareceu atrás de Darcy igualmente irritada. Fechei os olhos esfregando a testa contrariado.

— Como assim não pode me receber Nicholas? Eu sou sua namorada e você me deve sua atenção.

Ela só podia está brincando! Eu não acreditava na cara de pau de Darcy ao se intitular ainda como minha namorada e invadir meu trabalho desse jeito.

— Tudo bem Holly, nos deixe a sós. — Murmurei entre dentes. Se eu estava irritado? Com toda certeza. Quando a porta se fechou atrás de Holly eu tentei controlar a minha raiva ao perguntar: — O que você está fazendo aqui?

— Temos que conversar Nick. — Falou tranquilamente enquanto sentava numa das cadeiras a minha frente. Eu permaneci de pé.

— Por isso você vem até o meu trabalho, e contrariando meu aviso, me interrompe para dizer que precisamos conversar? Darcy nós terminamos! — Bati na mesa tentado enfatizar o que eu estava dizendo.

— Não! Por favor Nicholas me escuta. — E lá estava, as falsas lágrimas que eu odiava. Por que ela tinha que chorar? Eu detestava isso. Travei o maxilar enquanto sentava na minha cadeira. Tudo bem, ela já interrompeu o meu trabalho mesmo, então que seja por algum motivo que espero ser relevante o bastante.

— Você tem dez minutos.

— Então vou direto ao ponto — limpou as lágrimas e abriu um sorriso. Eu já deveria ter me acostumado com o seu drama... Revirei os olhos para o meu pensamento, com certeza eu me sentia um tolo por ser facilmente manipulado por falsas lágrimas.

— Sim? — Espero que ela tenha perceido o meu tom impaciente?

— Meus pais querem te conhecer.

Eu tentei conter a risada, mas foi praticamente impossível. Que tipo de piada era essa?

— Você não está falando sério. — Eu estava rindo, mas por trás da minha diversão eu estava incrédulo.

— É verdade Nicholas, papai me ligou hoje de manhã. Ele e minha mãe chegam de viagem amanhã e já reservaram uma mesa num restaurante.

Meu sorriso se esvaiu com suas palavras. De todas as coisas que Darcy já havia feito, essa era a mais infantil de todas. Tenho certeza de que ela convenceu seus pais a me convidarem para esse encontro idiota. Ela não se conformava com o término, e me livrar dela seria mais difícil do que eu pensava.

— Darcy nós terminamos, não somos mais namorados, não temos mais nenhuma relação amorosa.. Eu preciso desenhar para você entender? — Tentei manter um tom de voz calmo, mas eu já havia ultrapassado o meu limite de paciência.

— Por que Nicholas? Eu não mereço isso que você está fazendo!

— O que eu estou fazendo Darcy? Me diga! Eu só quero que você me deixe em paz! — meu tom de voz estava auto o suficiente para fazê-la se afastar, mas Darcy sendo quem ela era não iria desistir por isso. O telefone sobre a minha mesa tocou.

— Seja o que for pode esperar um pouco Holly! — falei no telefone com a minha raiva aflorada, eu não deveria descontar minha irritação em Holly, mas depois eu pediria desculpas. Desliguei sem esperar por sua resposta.

— Eu não vou desistir de você tão fácil assim Nicholas. — Tão logo ela afirmou, avançou até mim e me puxou para um beijo. Aconteceu tão rápido que por um momento eu fiquei sem reação, e nesse pequeno momento de torpor a porta da sala abriu dando-me a visão  da pessoa que eu menos esperava.

O tempo parecia ter parado para ouvir uma única batida de coração seguido pelo acelerado ritmo constante que prosseguia em meu peito.

Me afastei rapidamente de Darcy num impulso desconcertado e encarei Natalie estancada na porta da minha sala, ela estava sem reação alguma, assim como eu.

— O que faz aqui estrangeira? — Darcy foi incisiva na pergunta, já eu não sabia nem o que falar.

— De-desculpa por atrapalhar... — Ela limpou a garganta e desviou os olhos dos meus, mas antes eu pude ver a mágoa dentro deles e isso me desestabilizou completamente. — O Sr. Willer me disse que eu poderia pegar a planta do prédio com você Nicholas.

Droga! Eu me sentia péssimo por essa situação.

— Natalie...

— Vocês se conhecem? — Darcy me interrompeu. O que ela estava fazendo ainda na minha sala? A encarei demonstrando que eu não a queria aqui.

— Darcy... — Eu estava pronto de explodir com ela. A mesma devia ter entendido porque ela disse:

— Tudo bem Nick, eu já estou indo. Mandarei o endereço do restaurante e o horário por mensagem. — Antes que eu pudesse avisar que não iria comparecer ela já tinha ido.

Suspirando voltei a encarar Natalie que estava de cabeça baixa. Ela devia ter percebido a minha aproximação por que quando eu cheguei perto ela se afastou.

— Não! Eu havia esquecido...

— Esquecido? — perguntei mesmo sabendo do que ela estava falando. Quando finalmente levantou seus olhos para mim, vi sua máscara de indiferença imposta.

— Você tem uma namorada! — Do jeito que ela falou parecia mais uma acusação do que uma constatação

E então eu me vi desesperado para explicar o mal entendido.

— Natalie eu não... — Comecei.

— Não precisa falar nada Nicholas, outro dia eu venho pegar a planta do prédio. — Eu não entendia porquê essas mulheres amavam me interromper. Eu detestava isso, e mesmo assim toda vez acontecia. Eu já estava com raiva pela ousadia de Darcy então quando Natalie se virou para ir embora meu auto controle evaporou.

Antes que eu pudesse me impedir, eu já a estava puxando para mim e beijando-a fervorosamente...

⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛⚛

Nicholas, Nicholas.... Que ousado! Kkkkkkk

Hey guys!!! Td bom com vcs? Espero que sim.

Descupem-me pela demora, mas eu tenho uma explicação:
Eu estava com uma doença terrível esses dias e sim, era muito grave! Alguns conhecem essa doença como Bloqueio criativo, eu chamo de Praga mesmo.
Sério mesmo gente, eu não desejo essa praga nem para o meu pior inimigo.

Enfim, eu voltei e já estou parcialmente recuperada dessa doença! Se Deus quiser estarei 100% logo logo e com mais um capítulo fresquinho pra vcs.

Me encham de alegria deixando sua estrelinha e opinião nos comentários, leitores lindos e maravilhosos (Bajulação nunca é demais neh, kkkkkk).

Beijokasss e até breve!

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