Música na mídia (Love me Now - John Legend)
●Natalie●
— A obra do escritório está saindo mais rápido do que eu imaginava. Boa parte da antiga construção já foi reformada e eu estou contando com sua presença, Adrian, na inauguração.
— A Pulicity Willer's estará a sua disposição Bethany. Tenho certeza que a filial Mo.Ke.rrisson ficará muito conhecida não só por NY como pelo país inteiro.
— Eu sabia que podia contar contigo.
— Sra. Keller, eu irei cuidar de uma pequena parte em relação ao Marketing, a senhora se importa?
— Absolutamente Nicholas. Se Adrian te confiou isso, sei que é capaz.
— Sim Bethany, desde que Nicholas chegou à Nova York, ele tem se mostrado capaz em tudo o que faz na empresa. Este é seu penúltimo ano cursando administração, e então assumirá a empresa.
— Boa sorte Nicholas. É uma grande responsabilidade.
— Obrigado Sra. Keller. Tenho certeza que dou conta.
— Não tenho dúvidas querido.
— Quanta presunção — resmunguei revirando os olhos.
— O que disse Srta. Keller? — Nicholas me encarou com um sorriso irônico. Por um momento eu quis repetir exatamente a mesma coisa, mas resolvi pensar melhor. Abri um sorriso falso e respondi:
— Nada.
A conversa sobre a obra e a inauguração do escritório veio a tona desde o momento que começamos a comer.
Júlia e James logo encontraram um assunto entre eles, já que os negócios não estavam interessantes o bastante para os mesmos.
Eu estava com um problema dos grades.
Por mais que eu me obrigasse a desviar minha atenção de Nicholas, os meus olhos traiçoeiros sempre continuavam a vagar de volta para o seu rosto.
Volta e meia eu me pegava observando e analisando até o seu modo de comer. Fui flagrada duas vezes por seu olhar zombeteiro enquanto eu tentava a todo custo disfarçar a minha vergonha por isso.
Holly, que estava observando a todos em silêncio enquanto comia, tentava esconder o seu divertimento quando deparava-se comigo desviando meus olhos de Nicholas envergonhada.
Eu sentia o meu rosto pegar fogo, a cada vez que ele colocava seus olhos sobre mim. Eu não sabia onde enfiar a minha cara de tanto constrangimento.
Definitivamente nada estava saindo como eu havia planejado.
Antes de sentar a mesa eu estava decidia a ignorá-lo de todas as formas possíveis, mas eu não contava com a minha própria teimosia querendo me dominar.
Tudo o que eu queria nesse momento era que esse jantar idiota tivesse um fim.
— Natalie... — minha atenção é puxada de volta pelo Sr. Willer, me fazendo piscar duramente em sua direção. — O que está cursando?
Ainda meio atordoada por ser incluída na conversa repentinamente, demorei um pouco antes de responder.
— Arquitetura. — Sorri meio sem jeito. Isso me lembrava... Depois tinha que pedir algumas cópias da planta do seu prédio.
— Uma boa escolha.
— Eu sei.— Minha presunção apareceu sem que eu percebesse.
— Sempre foi uma boa opção pra você Nat...
Ouvir Nicholas falar comigo com tanta tranquilidade me tirou do eixo por longos segundos. Ele pronunciou o meu apelido com tanta leveza que por um momento eu me vi sendo transportada para um momento muito distante, num lugar bem longe da América, numa biblioteca quase silenciosa. O apreço por sua declaração passada ressurgiu pegando-me totalmente de surpresa me fazendo suspirar e fechar os meus olhos, curtindo o estranho sentimento que começava a ferver dentro de mim.
— Vocês dois já se conheciam? — A pergunta curiosa da minha mãe me fez abrir meus olhos quase que imediatamente. Apertei minhas mãos uma na outra um pouco embaraçada com sua pergunta. Eu não sabia pra onde olhar, então fixei meus olhos nas minhas mãos pousadas nervosamente no meu colo.
James, que até esse momento estava conversando tranquilamente com Julia, parou para se intrometer onde não foi chamado.
— Acredita que Nicholas foi o primeiro beijo de Nat, mamãe... Ai! — Ele se interrompeu assim que chutei sua perna de baixo da mesa. — O que? É verdade!
Agora eu não sabia onde enfiar a minha cara envergonhada, e para disfarçar revirei os meus olhos tentando ao máximo ser indiferente a provocação do meu querido irmão.
Ah! Ele me pagava!
Para minha total indignação, Nicholas parecia se divertir ainda mais com o meu desconforto.
— Conheci Natalie quando eu ainda morava na Inglaterra, Sra. Keller. Há mais ou menos quatro anos.
— Muita coincidência vocês se reencontrarem depois de tanto tempo, ainda mais aqui, em Nova York. Não acham? — Sr. Willer tocou num ponto que nem eu havia pensado.
Sim, coincidência demais. Pensei franzindo minhas sobrancelhas.
— Bom, parece que o destino gosta da gente. — Sorriu lindamente olhando em minha direção. Olhei pra ele boquiaberta. Eu tinha ouvido direito? Ele falou destino?!
Mas... Como ele podia falar desse jeito depois de ter me feito de idiota anos atrás?
Não sei de onde veio a minha coragem, mas eu já estava decidida a não ficar calada diante de suas palavras. Era claro que ele estava brincando comigo!
— Escuta aqui Nicholas, eu não classificaria isso... — retruquei apontando de mim para ele. — ... Como destino. Está mais para um mero acaso.
Inexplicavelmente, ele riu. Ele estava debochando de mim?
— Até onde eu sei, srta. Keller, há uma linha tênue entre o destino e o acaso.
— O que? — fiquei ainda mais confusa. Do que ele estava falando?
— O destino age com um único objetivo, mais importante do que você possa imaginar: juntar aqueles que nasceram para estar juntos. E o acaso? Bom, ainda não consegui entendê-lo direito, mas acredito ser uma peça complementar do destino.
— Pe-peça complementar? — Eu estava atordoada com suas palavras.
Juntar aqueles que nasceram para estar juntos...
Ele estava realmente dizendo que nós nascemos para estarmos juntos? Mas... Isso não fazia sentido nenhum. Então porque ele não apareceu no dia seguinte ao nosso beijo? Toda essa conversa não estava me fazendo pensar direito.
— Sim. Uma peça muito importante. Quem sabe... Com você por perto, possamos desvendar os mistérios do acaso juntos...
Silêncio. As palavras ficaram engasgadas na minha garganta, mas nada saia. Eu não sabia o que dizer.
Mistérios do acaso? De onde veio isso?
Ele queria desvendar os mistérios do acaso, comigo... Porque eu sentia uma pontinha de esperança nascendo dento de mim? Isso significava que ele de alguma forma me queria por perto... Não era?
Balancei a cabeça confusa. Foi então que eu percebi o pequeno show que nós estávamos proporcionando. Todos na mesa estavam calados observando nosso diálogo intrigados. Abaixei a cabeça morrendo de vergonha.
Tudo bem, eu culpo Nicholas por isso.
Passado o momento constrangedor, as conversas foram ganhado vida novamente enquanto eu permanecia calada e pensativa...
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Estávamos todos na sala de estar, quando Holly me chamou de lado para termos uma conversa mais particular. Ao pedir licença, nos afastamos e fomos para os fundos. A área da piscina estava iluminada somente pela luz da lua e das estrelas.
O vento estava um pouco frio fazendo-me esfregar as mãos em meus braços descobertos. Andei até a beirada da piscina e fitei o meu reflexo trêmulo na água.
— Porque você não conversa com ele Nat?
Fechei meus olhos e suspirei apertando ainda mais os braços a minha volta. Até eu me perguntava porque não me permitia ouvir as explicações de Nicholas.
— É complicado...
— Não para Nicholas. Eu estava observando sua conversa com ele no jantar, e seja lá qual for o motivo que o leva a querer falar contigo, se permita ouvir.
— E-eu tenho medo Holly. — Abri os olhos, mas não tive coragem de encarar minha amiga. Ela não entendia o que se passava na minha cabeça, ninguém entendia.
— Medo? — Senti sua aproximação, e finalmente eu a encarei.
— Nesses quatro anos eu não consegui de forma alguma esquecê-lo, e isso não me ajudou em nada. Eu tentei, juro que tentei achar uma justificativa pra ele daixar-me esperando no dia seguinte à sua declaração e... — Olhei para cima não permitindo que minhas lágrimas caíssem. Segundos depois voltei a olhar pra frente. — A única coisa que veio na minha cabeça foi que ele só queria brincar com meus sentimentos.
Ando até uma das espreguiçadeiras e sento-me olhando para cima, contemplando as estrelas e sua infinidade maravilhosa.
— Eu tenho medo por isso!— continuei — Se ele for confirmar tudo o que eu pensei, eu prefiro viver na ignorância.
— Nat, é essa a questão. Como você sabe que ele vai dizer que só queria brincar com seus sentimentos se você nem se permite ouvi-lo?
— Tem razão...
— Natalie? — Levantei imediatamente deparando-me com Nicholas se aproximando.
— Vou deixá-los sozinhos. Nat, lembre-se do que eu falei. — Holly entrou deixando-me com Nicholas.
Desviei os meus olhos para longe dele sentindo o meu rosto começar a esquentar. Meu coração estava disparado e eu não sabia o que fazer com as minhas mãos inquietas. Foi quando eu senti o seu toque...
Ele tocou meu queixo levantando minha cabeça, fazendo-me fitar seus olhos.
— Não vai fugir novamente, vai? — Sua pergunta me fez rir e corar ao mesmo tempo.
— Não.
— Podemos conversar? — Minha respiração acelerou com a sua proximidade e minha mente me levou para a lembrança do nosso beijo. Involuntariamente olhei para seus lábios.
— Sim.
Ele sorriu como se de alguma maneira soubesse dos meus pensamentos.
— Vamos sentar? — de repente ele se afastou e caminhou até a espreguiçadeira me deixando atordoada.
— Não... Quer dizer, sim!
Me aproximei e sentei na espreguiçadeira ao seu lado, enquanto ele ria. Provavelmente de mim e meu estado bobo. Dava pra ser mais constrangedor? Perto dele eu não conseguia me controlar.
Fiquei olhando para frente, sem encará-lo, por longos minutos antes dele começar a falar...
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SURPRESAAA!!!
Faz quanto tempo? Três dias?
Sim! Três dias!!
Minha inspiração tá atacada!! Amém? Amém!
Iai? O que vcs acham que Nicholas tem a dizer?
Hahaha! Preparem-se... Fortes emoções os aguarda...
Gostou? Clica nessa maravilhosa estrelinha aí.
Opiniões são mais do que bem vindas.
Beijinhos e até breve!!!!!!