Concorrentes -Os Bertottis #1...

By MisMiranda

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[Livro 1] Arabella era a filha mais convencional que poderia ser. Acostumada a não fixar raízes por causa d... More

E l e n c o
E p í g r a f e
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Bônus Miguel
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Bônus Fernanda
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Epílogo
Agradecimentos
B ô n u s #1
B ô n u s #2

Capítulo 38

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By MisMiranda



  "Mas agora era diferente. Era saudade ao lado, falta ao vivo, era o medo da perda. Era a perda ao lado, ao vivo." - Verônica H.   




[Miguel]


"Você estava certo, como sempre, tenho muitos esqueletos no armário, mas... você disse para confiar em você, então é isso que estou fazendo. Não posso dizer muito agora, talvez em outro momento, no entanto preciso de sua ajuda. Sei que é pedir de mais, juro que sei, mas se eu não tivesse receio do que pode acontecer, eu não pediria. Vou ser rápida, prometo. Estou indo me encontrar com uma pessoa que... eu não conheço...muito bem (uma longa história). Eu gostaria que você pudesse dar uma passadinha por perto para saber se está tudo bem..... caso não esteja você perceberá. Desculpa te fazer um pedido tão idiota, mas é que eu... confio em você. Vou entender se você não puder ir. Vou estar ao meio dia no restaurante Mariah, perto da empresa, você sabe onde é."

Arabella V.


Acabo de ler a mensagem e pondero sobre o que fazer. Bella me evitou por todos esses dias, e se ela acha que não percebi que esse era seu modo de me afastar de sua vida, se enganou feio.

Eu sei como ela faz, é sempre assim, ela começa se distanciando, me evitando, até que puf, ninguém se fala mais, e a partir daí  agiríamos como se fossemos apenas dois desconhecidos.

Mas agora ela decidiu me deixar confuso, eu nunca sei o que essa mulher quer da vida, uma hora está tudo bem entre a gente, e na outra ela está indo embora, dizendo para esquecermos tudo.

Meu coração quer muito que eu vá, mas minha mente diz para que eu fique. Arabella é a pessoa mais inconstante que já conheci, mas não importa o que tenha acontecido, eu prometi que a ajudaria em qualquer circunstância, e se ela me pede um simples favor, eu faço.

Releio mais uma vez a mensagem, e percebo que tenho que ir. Seja lá qual for o motivo maluco que ela teve naquela cabecinha de vento, sei que não foi nenhum pouco sensato da parte dela, ir em um "encontro" assim.

Que tipo de pessoa aceita se encontrar com alguém sem ao menos se conhecerem? E se for algum doido ou psicopata? Essa mulher é louca mesmo. E o que será que ela quis dizer com "esqueletos no armário"? Será que é algo grave? Não importa, resolvi que o mais importante no momento era ver se essa louca ainda estava e salva

Mesmo contrariando meu bom senso, coloquei meu celular de volta no bolso da calça e deixei minha sala rumo a saída.

Segui pelas ruas agitadas da cidade devido ao horário de pico, desviando de pessoas tão apressadas quanto eu, apertei o passo.

O dia estava quente, mas não o suficiente para me fazer desistir de andar ao ar livre mesmo estando com uma camisa social de manga cumprida, que agora começava a me incomodar devido a quantidade de pessoas a minha volta e o calor que todas juntas proporcionavam.

E como havia gente hoje. Mas o mais estranho era que nem todas estavam na correria de sempre. Muitas delas estavam paradas, bem próximas umas das outras, reunidas como se observassem algo no meio do trânsito. O que eram tão interessante para que todos mudassem suas rotinas fazendo-as parar por ali? Que estranho.

Eu estava há alguns poucos metros do restaurante, que eu podia ver ao longe do outro lado da rua, que também estava cheia de gente. Observando melhor agora, percebi que o trânsito naquela rua em específico estava congestionado.

Havia vários carros buzinando, os motoristas para fora de seus veículos discutiam com os que estavam por perto. Também havia pessoas no asfalto, que falavam compulsivamente e tinham em seus semblantes o horror estampado.

Aquilo me deixou um pouco curioso, mas decidi que aquilo não era da minha conta, seja lá o que fosse, eu tinha prioridades no momento.

Fui avançando em meio a multidão até que consegui chegar ao asfalto determinado a atravessa-lo e chegar ao restaurante. Entretanto fui impedido de prosseguir quando um policial atrás de uma fita de segurança que isolava o local, ordenou a todos para que se afastassem.

-O que aconteceu? -eu o perguntei.

-Uma garota sofreu um acidente envolvendo um veículo que passava no local. -ele respondeu e voltou a gritar com a multidão para que se afastassem.

Olhando melhor o local, vi a poucos metros de onde estava, um carro no meio da pista com o pisca-alerta ligado, as portas do veículo abertas, e o vidro do para-brisas drasticamente quebrado, a lataria na parte da frente com um enorme estrago, ambos muito sujos de sangue.

A coisa estava realmente feia.

-Alguém viu quando tudo aconteceu? -perguntei a uma mulher ao meu lado.

-Eu vi, cara, foi terrível! Eu estava esperando a vez para atravessar quando a menina saiu do restaurante. Tinha uma mulher atrás dela e parecia que estavam discutindo, e de repente, a mulher que parecia visivelmente irritada com a garota, a empurrou para o meio da pista. Aí você sabe, né? O carro que estava passando na hora a pegou em cheio, não teve nem como correr. -ela narrou com horror estampado no rosto.

-Meu Deus, que tipo de pessoa faria uma coisa dessas? -perguntei perplexo com o acontecimento.

-Não sei, cara, só sei que a mulher que empurrou a garota, vazou assim que tudo aconteceu. Tem que prender uma pessoa dessas, se é que podemos chamar de pessoa um ser que faz uma coisa dessas.

O barulho de uma ambulância que se aproximava do local chamou minha atenção. A garota ainda estava viva? Isso era um milagre mediante a esse tipo de acidente.

Cheguei o mais perto que consegui da fita de segurança e busquei com o olhar o corpo no chão.

Não consegui ver muita coisa, pois a pessoa estava caída em uma posição que a deixava de costas para mim. Mas pude perceber longos cabelos escuros cheios de cacos de vidro espalhados pelo chão.

A ambulância parou a alguns metros da vítima e os paramédicos saltaram do veículo no mesmo instante. Um deles se aproximou da vítima enquanto outros dois retiravam um maca da parte de trás do veículo.

Com cuidado, eles moveram o corpo e com extrema delicadeza a colocaram sobre a maca.

E foi aí que meu mundo parou.

Com o rosto elevado na maca pude perceber, não era uma garota, não uma garota qualquer, era a minha garota, era Arabella.

No mesmo instante avancei o perímetro que até então estava isolado e corri, corri em direção a ela, em direção a Bel.

Um policial percebeu minha invasão e veio atrás de mim, mas não me importei, só corri. Ele me alcançou quando já estava a centímetros da ambulância aonde Bella estava sendo colocada.

-Afaste-se senhor. -ele disse ao agarrar meu braço.

-... mulher desconhecida, vítima de atropelamento de carro, não responde aos sinais, com múltiplas fraturas por todo o corpo.... -um paramédico dizia enquanto a colocavam dentro do veículo.

-Espera, ela não é desconhecida. EU A CONHEÇO! -gritei enquanto o policial tentava me arrastar para longe.

Um dos paramédicos que estavam ali parou ao me ouvir dizer.

-E você é o que da vítima? É familiar?

-Não, sou o namorado dela! Ela não tem família, ela só tem a mim -eu disse desesperado.

-Tudo bem, então suba logo rapaz. -ele disse e eu rapidamente subi no veículo.

Após minha entrada, a porta da ambulância foi fechada e carro começou a mover-se.

-E então, pode nos dizer algumas informações sobre a vítima? -um homem perguntou enquanto fazia os procedimentos necessários para a ocorrência.

Eu estava tão absorto com a situação que nem percebi quando meus olhos se encheram de lágrimas. Eu estava morrendo de medo, medo de que a situação fosse mais grave do que parecia.

-O nome, senhor. -ele chamou minha atenção.

-Arabella Giannetti Vurtok, vinte e sete anos, filha única, sem parentes vivos. -eu disse e sequei uma lágrima que escapou de meus olhos. 

-Isso já basta por enquanto, senhor. -disse o paramédico que anotava as informações.

-Ela vai ficar bem, não vai? -perguntei temeroso.

-Isso vai depender... -ele começou a falar mais parou quando seu colega gritou.

-Fibrilação!

-Iniciando massagem cardíaca! -o outro gritou.

-Ela não está respondendo.

- Prepare as pás. Carrega em 360. Afasta! -disse um paramédico ao colocar o desfibrilador sobre o peito de Arabela.

-Sem resposta.

-Choca de novo. Carrega em 360! Vamos lá garota, reage.  -um deles disse.  -Afasta!

Minha cabeça doía, meus olhos ardiam e tudo em mim parecia que ia explodir. Arabella tinha que ficar bem, mas olhando para seu corpo imóvel, seu coração com problemas, sua pele pálida manchada de sangue, marcada em vários tons de vermelho, roxo e preto devido as contusões, não me davam muita esperança.

Seu rosto estaria irreconhecível para alguém de fora, mas não para mim, que conhecia aqueles lindos olhos azuis, o fino contorno de seu queixo que agora estava totalmente distante do que já fora um dia, e suas adoráveis maçãs do rosto, agora muito inchadas e coberta de cortes.

Havia também uma parte do osso de uma de suas pernas que havia atravessado a pele de sua panturrilha. Eu não conseguia sequer imaginar a dor que ela estava sentido.

-De novo! Carrega em 360. Afasta! 

Cada carga de choque que ela levava, parecia que também me atingia porque aquilo também estava doendo em mim, vê-la sofrer, vê-la padecer, vê-la mor... não, não, não. Bella simplesmente não ia morrer, ela não podia!

E então ouvi um deles dizer.

-Taquicardia sinusal. Temos ritmo. Muito fraco, mas temos. 

E quando menos percebi a ambulância parou, as portas foram abertas e uma equipe médica se aproximou quando os paramédicos removiam a maca do veículo.

Desci em seguida e acompanhei a equipe de médicos logo atrás, enquanto os paramédicos explicavam a situação, assim que terminaram voltaram para ambulância.

Percorremos por alguns corredores, tudo isso comigo no encalço, até que fui impedido de passar por uma porta dupla.

-Desculpe, mas o senhor precisa ficar aqui. -disse uma médica.

-Eu não posso deixa-la sozinha.

-Ela vai ser levada para centro cirúrgico, o senhor tem que esperar na recepção. Assim que tivermos notícia o informaremos. -ela afirmou.

-Tragam ela de volta para mim, por favor. -pedi.

-Faremos o possível. Sinto muito, mas o senhor precisa se afastar agora. -disse e junto com outros médicos empurrou a maca para longe dali, para longe de mim. 

Com o peso do mundo nas costas deixei-me escorregar pela parede fria, e agora assustadora, do hospital, até que meu corpo estivesse no chão.

E então desabei. Chorei como nunca havia chorado em toda minha vida. Chorei com medo de que Arabella não ficasse bem, chorei por não poder ajudá-la, chorei por não ter estado ao seu lado quando mais precisou. Ela confiava em mim!

Se eu tivesse chegado mais cedo... Talvez nada daquilo estivesse acontecendo.

Mas agora, agora é tarde de mais para isso.


Hi, people! Saudações terráqueos, tudo bem por aí? Então tá. Não esqueça de deixar sua estrelinha e seu comentário, tá bem? Então é isso. Que a força esteja com você ;)

Beijos borrocados de batom 😘😘 

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Em Revisão Escrito em 2015
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Segunda parte da história de Mabel e Diogo