Mistérios do Acaso (Em Pausa)

De ThaianeMachado

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A vida de Natalie Keller era perfeita. Na verdade, ela apenas gostava de acreditar nisso, pois, de alguma for... Mais

⚛Mistérios do Acaso⚛
⚛Prólogo⚛
⚛Capítulo 1⚛
⚛Capítulo 2⚛
⚛Capítulo 3⚛
⚛Capítulo 4⚛
⚛Capítulo 5⚛
⚛Capítulo 6⚛
•BOOK TRAILER•
⚛Capítulo 7⚛
•Aviso/Pedido•
⚛Capítulo 8⚛
⚛Capítulo 10⚛
⚛Capítulo 11⚛
⚛Capítulo 12⚛
⚛Capítulo 13⚛
⚛Capítulo 14⚛
⚛Capítulo 15⚛
⚛Capítulo 16⚛

⚛Capítulo 9⚛

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De ThaianeMachado

Nicholas●

Arrependimento é uma droga. Não deixa ninguém em paz.

Deixa qualquer pessoa desejando voltar ao passado para concertar seu erro. Estou com esse desejo agora, mais forte do que nunca.

A cada ligação, a cada torpedo, a cada palavra que vem de Darcy, meu desejo de voltar no tempo e nunca tê-la conhecido fica cada vez mais forte.

Ela quase não me deixa respirar, e fica na minha cola o tempo todo. Até meus amigos estavam com medo dela.

Sua presença era tão perturbadora, que quando as férias começaram, eu praticamente implorei ao meu tio por umas folgas no estagio que eu fazia em sua empresa para poder viajar e me afastar urgentemente de Darcy.

Chamei minha prima e alguns amigos para passar todo o feriado na casa de praia do meu tio — com sua permissão — em Miami. E fiz de tudo para que Darcy não descobrisse. Deu certo, mais ou menos.

Ela descobriu, — ela não conseguiu sua fama de perseguidora por acaso — mas com sorte eu já estava bem longe de Manhattan. Mesmo assim, a garota não me deixou em paz, me ligando todo dia.

Como eu pude acabar com minha vida social iniciando um relacionamento com ela, eu não sabia, mas com certeza eu deveria estar muito bêbado para fazer tal coisa.

Cheguei de viagem hoje determinado a acabar com isso de vez. Não tinha mais condições de continuar com uma coisa que iria acabar com minha sanidade. Os ciúmes dela estava me sufocando, sem falar de sua personalidade forte.

Ela precisava de um limite, e eu de espaço.

Estacionei o carro em frente à casa de Darcy, mas não fiz menção de sair do carro. Por um bom minuto tentei imaginar sua reação quando eu dissesse que queria terminar.

Para falar a verdade não foi uma boa ideia tentar um relacionamento, quando eu não conseguia deixar ninguém ultrapassar a barreira que construí há quatros anos.

A única pessoa que deixei chegar o mais perto do meu coração, a única que me conheceu depois do estrago que aconteceu em minha vida há quatro anos, e conseguiu passar pela barreira que construí quando saí da Inglaterra, foi a minha prima, Julia.

Eu não tinha palavras para descrever o tamanho da minha afeição por essa menina, eu a considerava como uma irmã, minha linda gatinha. July conseguiu passar por todas as minhas defesas no pior momento da minha vida, ela simplesmente foi entrando de fininho até que conseguiu o que queria: me conhecer de verdade.

Ela entrou, mas não deixou a porta aberta. A barreira ainda existia e estava intacta e ninguém — nem mesmo eu — conseguiu quebra-la. Eu ainda estava preso à dor que nunca passou, não conseguia superar a perda.

A única coisa que eu pude fazer por mim mesmo foi bloquear tudo, qualquer sentimento de felicidade plena não chegou até mim há muito tempo, então o mínimo que eu merecia era conseguir minha liberdade de volta.

Saí do carro determinado a acabar com essa baboseira de relacionamento. Ia ser um alívio ver Darcy sem ter mais que me exibir por ai como um troféu, como se fosse minha dona.

Quando estava prestes a tocar a campainha, a porta se abriu e uma garota colidiu comigo fazendo seu livro cair.

— Droga! O que há com vocês americanos e esbarrar nas pessoas?!  — falou se abaixando para pegar o livro.

— Primeiro: Não sou americano; Segundo: A culpa não foi minha. — eu não tinha nenhuma dúvida em relação a quem culpar aqui. Ela que não olhou por onde andava.

— Então quer dizer que foi... Minha..?

Arregalei os olhos quando ela levantou a cabeça e eu pude ver de quem se tratava.

Esses olhos, lindos e maravilhosos olhos que nunca pude esquecer, apesar de tudo.

Como?... Nunca em um milhão de anos eu pensei que a encontraria novamente.

Quando ela fechou os olhos, eu me vi desesperado para vê-los novamente. E por um momento esqueci o meu objetivo de está aqui. Tudo o que queria, era poder ficar um momento contemplando aqueles maravilhosos olhos.

Seu rosto foi tomado por uma coloração avermelhada, deixando-a mais linda do que estava.

Ela Não mudou quase nada.

— Nat?

Eu queria os seus olhos nos meus de qualquer jeito, mas quando ela abriu os mesmos, não me olhou. Ao invés de fazer contato comigo com seus maravilhosos olhos, ela tentou se desviar de mim.

— Com licença.

Eu não poderia deixá-la ir dessa maneira. Esperava mais dela, e mais de mim. Parei em sua frente.

— Natalie... — Pronunciei o seu nome com toda a delicadeza que eu podia. Queria abraçá-la, e pedir perdão por nunca ter aparecido no dia seguinte.

Ouvi o seu suspiro antes de seus olhos finalmente pousarem nos meus.

— Olá Nicholas.

— Como é possível? Você está aqui! O que faz aqui?

Demorou um minuto pra ela responder, mas parecia uma eternidade. Seu rosto foi tomado por uma confusão momentânea e logo depois uma conclusão perturbadora.

— Você e... Darcy? Uau.

Entendi o momento em que ela percebeu o que a minha presença ali representava, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela se adiantou.

— Olha, eu realmente preciso ir. Se me der licença...

O que?! Não!

Ela tentou passar por mim, mas bloqueei sua passagem. Eu não queria que ela fosse embora, não agora que eu a reencontrei.

— Podemos conversar?

Ela abriu a boca pra responder mas foi interrompida por um grito estridente. Me virei assustado dando de cara com Darcy.

Ela praticamente pulou em cima de mim, distribuindo beijos pelo meu rosto e gritando. Foi a oportunidade perfeita pra Natalie sair de fininho.

— Nick, que saudades! — gritou. Automaticamente coloquei uma mão no ouvido.

— Ai caramba! Darcy, você que me deixar surdo?!

— Desculpa amor, eu estava morrendo de saudades! — Quando consegui me desvencilhar de Darcy, Natalie já estava longe.

Droga!

— Vem Nick, vamos entrar! — Ela me puxou para dentro de casa.

Mal sentei no sofá e Darcy foi logo se acomodando no meu colo, me beijando numa euforia desconcertante. Minha cabeça estava tão atordoada com a surpresa repentina que tive ao chegar aqui, que logo me afastei tirando-a de cima de mim. Tinha que acabar logo com isso.

— Darcy, precisamos conversar. — Tentei manter uma postura séria.  

— Ai meu Deus! Finalmente! — Pulou de alegria. Fiquei meio confuso com o rumo de seus pensamentos.

— Finalmente... O que?

— Vai me apresentar ao seu pai! Amor, esse é o ponto crucial da nossa relação.

— Espera, o que?! — Uma risada incrédula me escapou. Era só o que me faltava. — Darcy, de onde você tirou isso?

— Não é isso? — Seu sorriso sumiu.

— Não! Darcy, presta atenção no que eu vou dizer, está bem?

— Uhum... — Balançou a cabeça ansiosa.

— Antes de mais nada, não é o meu pai, ele é meu tio...

— Pai... Tio... Qual a diferença pra você Nick?

Travei, sentindo a raiva começar a me dominar. Fechei as minhas mão em punhos tentando controlar a angústia que aumentava dentro de mim. Eu odiava quando as pessoas tentavam substituir o meu pai pelo meu tio. Olhei nos olhos de Darcy, mostrando o quanto suas palavras não me agradaram nem um pouco.

Instintivamente ela se encolheu. Respirei fundo decidindo não discutir à respeito e continuei.

— Como eu ia dizendo, não será necessário você conhecer o meu tio... 

— Mas...

— Não terminei ainda! — A frustração estava começando a me irritar mais ainda, então fui direto ao ponto. — Darcy,  sinto muito, mas não têm como continuarmos com isso.

— Isso o que?

Revirei os olhos impaciente.

— Isso... — apontei para ela e para mim. — O que nós temos. Eu preciso de mais espaço, e você nem me deixa respirar quando eu estou longe!

— O que você está querendo dizer com isso? — ela se aproximou com os olhos marejados! Droga, eu sabia que era mais uma de suas ceninhas para que eu sentisse pena dela, mas era justamente isso que eu temia.

Por mais duro que eu tentava aparentar, eu não suportava ver nenhuma mulher chorar, e piorava quando eu sabia que era por minha causa. Mas eu precisava continuar e acabar com isso de uma vez.

— Darcy, eu estou aqui calmamente querendo lhe informar que o nosso relacionamento não existe mais.

— O QUE? — me assustei com seu grito e instintivamente coloquei a mão no ouvido.

— Meu Deus, garota. Qual o seu problema em manter um tom de voz razoável?!

— Olha aqui, Nicholas! — Lá se ia a pose de mulher frágil e chorosa que ela estava tentando passar —  Se você não gostou do que eu falei sobre seu tio, não coloque o peso das minhas palavras no nosso namoro!

Definitivamente, Darcy não media suas palavras. Meu humor não estava nada bom, e ela parecia que queria tirar resto da minha paciência a força. Abaixei os olhos e mais uma vez respirei fundo, eu precisava me acalmar.

Segundos depois,  levantei os olhos encarando-a. Travei o maxilar tentando conter a minha revolta.

— Darcy! Se você tocar mais uma vez nesse assunto...

— Mas isso não é justo!

Outra vez me interrompeu!

Controle-se Nicholas. Não vai falar besteira.

— O que não é justo, é eu ser obrigado a ficar ouvindo você falar de um assunto que não lhe diz respeito! Não é justo eu perder o meu tempo ao lado de uma garota mimada e grudenta que só pensa em si mesmo, como você!

— Nick... — E as lágrimas votaram. Chorando, ela se aproximou de mim, e segurou minhas mãos. — Você acabou de chegar de viagem, deve está cansado. Você sabe o quanto impulsivo é tomar uma decisão de cabeça quente.

— A única decisão impulsiva que eu tomei, foi lhe pedir em namoro.

— Tenho certeza que você não quis dizer isso!

— Que saber?! Cansei! — Levantei com a paciência esgotada. — Pode ficar aí, em seu estado de negação, que já estou indo.

Saí da sala seguindo para a porta. Lidar com essa garota e seus dramas, era demais para o meu psicológico.

Antes que eu pudesse abrir a porta, Darcy passou a minha frente impedindo a minha passagem.

Suspirei indignado. Será possível?! Fechei os olhos tentando me controlar.

Inspira, expira, inspira, expira. Tenha calma, Nicholas. Não vá contra os seus princípios e bata numa mulher. Nem agora nem nunca. Você é um homem de caráter e consegue resolver as coisas no modo pacifista. Seja o exemplo para a nação masculina e aja honradamente. Saia daí limpo! Um... Dois... Três...

— Darcy...

— Tudo bem! — abri os olhos encarando-a.

— O que? Sério? — Será que ela finalmente compreendeu as coisas?

— Sim. Eu entendo que você está precisando de um tempo. Descansar vai ajudar você a repensar sobre essa ideia absurda de terminar...

— Oliver Para! — Meu tom de voz elevou. Segurei-a pelos braços e a tirei do meu caminho. Eu estava tentado falar numa boa, mas ela não facilitava em nada. — Presta atenção no que eu vou lhe dizer. Acabou! Entendeu ou será que preciso desenhar?! ACABOU!

Dei às costas e segui rumo ao meu carro dando a partida logo em seguida.

Ótimo! Esse mau humor era tudo o que me faltava para eu me sentir completo. Parabéns para Darcy por me deixar assim. Mas a culpa disso tudo era minha por ter me aproximado de uma menina tão dramática,  como ela.

Bêbado! Eu com certeza estava bêbado, só assim pra ter passado pela minha cabeça que eu poderia me relacionar com essa garota. Espero que ela esqueça que eu existo.

Como se não bastasse isso, minha mente masoquista continuava a vagar pelo passado. A declaração, a felicidade quando descobri que meus sentimentos eram correspondidos, ansiedade por um futuro feliz já planejado, depois a noticia, o sofrimento. Tive que juntar os restos da minha alma e partir de toda aquela confusão.

Aguentar todo o peso da dor sozinho não foi fácil. Liguei para meu tio — o único familiar que me restara — para me afastar de tudo o que me fazia lembrar. Não achava justo ter qualquer tipo de felicidade depois do acontecido, cada dia era um martírio e eu não sabia mais o que fazer para superar.

Mesmo assim eu lutei... Lutei com todas as minhas forças para sair daquela depressão e armazenar toda dor num lugar onde eu não pudesse alcançar. Tudo isso foi possível com a ajuda do meu tio que me deu um objetivo a alcançar, e minha prima que me fortaleceu e me motivou a seguir em frente.

A dor ainda existia, nunca irei superar a perda, e acho que qualquer um no meu lugar diria o mesmo.

Só me restaram o conformismo e a certeza de que um dia tudo isso não vai passar de uma lembrança, dolorosa, mas trancada.

E havia Natalie agora. Precisava descobrir como ela tinha vindo parar aqui em Nova York...

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Hello Peoples!!!

Aí está! Como prometido... Mais um capítulo fresquinho!

E a música — It's Time - Imagine Dragons — que está na mídia.... Ah! Toda vez que escuto ela, lembro de Nicholas e Natalie. Eu a amo de coração!

Espero ter agradado vcs.
Deixo vcs lendo esse capítulo, e já vou revisar o próximo. Uhuu... Tô animada!! Kkkkkkk

Não conseguirei postar diariamente, mas não demorarei a postar o próximo capítulo, como eu disse no capítulo anterior - As postagens serão mais frequentes!

Quero estrelinhas amores.. E opiniões...
Beijinhos e até breve!

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