Learning to love again.

By _vivianmoraes

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"Você e eu poderíamos aprender a amar de novo depois de todo esse tempo Talvez tenha sido assim que eu soube... More

Dakota Johnson!
Jamie Dornan!
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AVISO!
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BÔNUS - Amber!
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Bônus - AMBER!
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BÔNUS - Henry! (Parte 2)
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EPÍLOGO!
BÔNUS EXTRA!
AGRADECIMENTOS!
NEWS!

BÔNUS - Henry! (Parte 1)

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By _vivianmoraes

Quando Amber pegou aquele buquê, uma sensação estranha se apossou do meu peito que eu era capaz de jurar que eu senti falta de ar.

Virei o resto da bebida, que eu nem sabia mais o que estava no meu copo, de uma vez, numa golada só e saí andando em direção ao mar, em busca de ar.

E aqui estou, faz algum tempo. Não consegui voltar para a festa porque meus pensamentos não me deixam.

Por um momento, arrisquei olhar de volta para onde a festa ainda continuava e vi Amber dançando com nosso filho, que não desgrudava dela. Ian era fisicamente muito parecido comigo, mas tinha todos os trejeitos da mãe e eu me orgulhava muito disso.

Me peguei lembrando do dia que meu filho nasceu. Em momento nenhum da vida, eu parei para me imaginar pai, mas quando peguei aquela coisinha pequena nos braços, meu peito foi invadido por uma sensação, até então desconhecida por mim, mas muito bem-vinda. Era o famoso amor incondicional que diziam que os pais sentiam pelos filhos. E era mesmo incondicional. Eu pude sentir quando pus os olhos no meu filho. E eu seria eternamente grato a Amber por ter me dado o que eu tinha de mais precioso.

Ah Amber... por que as coisas tinham que ser tão difíceis para nós?

Por culpa sua, seu idiota! Uma voz, que eu diria ser da minha consciência, me lembrou disso.

Sorri amargamente e me sentei na areia, abrindo dois botões da minha camisa e arregaçando as mangas até os cotovelos.

Olhando para as ondas, deixei minha mente voar para as boas lembranças que eu tinha do meu relacionamento com Amber.

Eu estava iniciando o meu último ano da faculdade. Lembro-me de estar na entrada do campus com uns amigos do meu curso, observando aquele monte de calouros eufóricos atravessarem o espaço da Columbia University e nós, pensando nas sacanagens que faríamos com os calouros e em quais calouras cairiam na nossa rede.

Sim, eu não valia nada. Eu não era o típico jogador de futebol americano que todas as faculdades tem e que atraem os olhares desejos de 99% das mulheres. Mas eu sempre fui alto, sempre adepto a exercício físico, então tinha um corpo legal e chamava atenção. Além de ser rico, o que realmente não me importava, mas importava para muitas das mulheres com quem eu saí. E mesmo não sendo o famoso jogador de futebol, eu tinha as líderes de torcida no meu pé e quaisquer mulheres que eu quisesse. E foi assim desde que eu me interei do universo feminino.

Nós continuávamos conversando até que uma loira fatal atravessou o campus. E quando eu disse loira fatal, eu não estava brincando. Eu lembro exatamente a roupa que ela vestia. Estava com uma calça jeans clara, um pouco rasgada, uma regata branca, sapatilhas, óculos escuros, carregava uma bolsa em um dos ombros e uma pasta nas mãos.

Ela andava a passos firmes em direção a porta do prédio. Quem olhasse, não diria que ela era uma caloura, mas eu conhecia bem os rostos daquela faculdade e sabia que ela era nova por ali.

Ela parou apenas para pedir uma informação para um dos alunos que estava com uma das placas de informações aqui, agradeceu sorrindo e sumiu para dentro do prédio.

Eu ouvi meus amigos comentando alguma coisa sobre ela, mas eu não dei atenção, porque só olhava para ela.

Em poucos dias e depois de subornar a moça da secretaria, eu descobri que seu nome era Amber Lauren Heard e cursava publicidade. E eu soube, só de ouvir seu nome, que desde o momento que ela cruzou aquele campus, Amber desgraçaria minha vida.

Eu passei quase 6 meses tentando me aproximar. Ela não era como as outras. Definitivamente não era. Ela não caiu em nenhuma das minhas cantadas baratas, não ria das minha piadas idiotas e para ajudar, tinha que conviver com as minhas namoradinhas se pendurando no meu pescoço o tempo todo,

Eu precisava mudar de tática. A mulher estava me enlouquecendo. Não sei se pelo fato de não ter caído de primeira na minha ou se por algo mais. Sei que eu precisava tê-la.

Aconteceu no Festival de Verão da faculdade naquele ano. Fiquei feliz pra caralho quando vi que ela estava lá com umas amigas e me aproximei, em um momento que ela ficou sozinha. Amber tentou recuar mais uma vez, mas eu fui insistente. Dessa vez sem brincadeirinhas ou cantadas. Eu pedi uma trégua, queria apenas conversar e ela aceitou. Eu nunca tinha feito isso, até porque não precisava mais que duas palavras pra ter a mulher que eu quisesse. Mas como eu disse, com ela era tudo diferente.

Nós passamos o festival todo conversando, rindo das pessoas, nos conhecendo melhor e eu confesso que adorei aquilo. Amber não era fútil e vazia como as outras. Ela tinha assunto, sabia dialogar, além de ser alto astral. Era uma nerd. Eu percebi bem no fundo, mas isso eu também era, além de ser perfeccionista com todas as coisas ao meu redor, principalmente com assuntos de trabalho e estudo.

No final do dia, meus quatro pneus estavam arriados por aquela menina, mulher, digamos assim. Amber tinha apenas 18 anos na época e eu, 24. Eu ofereci uma carona para ela, já que não encontrava as amigas, e meus pneus arriaram ainda mais, se era possível, quando nos beijamos assim que eu a deixei em casa.

Eu parecia um idiota, mas mulher nenhuma tinha me beijado daquele jeito. E seu beijo foi tão bom, quanto nossa primeira noite juntos, quase dois meses depois. Amber era uma máquina na cama. Eu nem conseguia acreditar. Tão pouca idade e já parecia tão experiente que me deixou boquiaberto. E ela era assim, ou melhor, foi assim, até a nossa última noite juntos, mesmo depois de separados. Nós nos encaixávamos tão bem, nossa sintonia era tão perfeita que chegava a ser assustadora.

E pensar que quem estava desfrutando disso agora, era o tal Pierre, me dava náuseas.

Naquela noite, na nossa primeira noite, eu disse para Amber que me casaria com ela. Ela riu da minha cara, óbvio, mas foi o que aconteceu.

Eu terminei o meu curso, com ela como namorada e em seguida, dei um jeito de fazer uma pós-graduação na faculdade mesmo, para continuar perto dela por mais tempo.

Nós combinamos de esperar que ela terminasse o curso e estivesse empregada, por decisão dela, e depois nos casaríamos.

Nós nos casamos e quase dois anos depois, Ian nasceu.

Nosso filho veio para deixar nossa relação ainda melhor. Nós conseguíamos passar a maior parte do tempo com ele, mas ainda tínhamos nossa vida de casal, porque nossas famílias colaboravam muito conosco.

E foi assim, até eu cometer a maior burrada da minha vida.

Amber trabalhava numa conceituada agencia de publicidade. Ela, como escolhida para ser representante da agencia em uma reunião na Flórida, viajou e ficaria dois ou três dias fora, mas retornaria no sábado.

Era uma sexta. Uns amigos da faculdade entraram em contato e nós combinamos de fazer uma social no meu apartamento, que era o mais espaçoso e eu estaria sozinho. Deixei Ian na casa do meu pai, comprei umas coisas e estava esperando os caras chegarem.

Até então, estava tudo tranquilo. Nós estávamos bebendo, colocando o papo em dia, falando sobre nossas vidas e trabalhos e jogando poker, até que tempos mais tarde, a campainha tocou e pelo menos umas cinco mulheres estraram por aquela porta. Um dos meus queridos amigos disse que pensou não haver problema em convidar umas amigas. Mas eu não gostei daquilo. Eles estavam na minha casa, no meu espaço, bebendo das minhas coisas e se acharam no direito de fazer isso. Além do mais, eu era casado. Não só eu, mas Ben e Jason também. Eles tentaram me deixar calmo, dizendo que não tinha porque eu grilar, afinal, não aconteceria nada que eu não quisesse. E era isso. minha casa, minhas regras.

Eu dei uma respirada e relaxei. Nós continuamos jogando e bebendo, e bebendo, e bebendo mais, viramos uns shots e eu me senti de novo nos tempos de faculdade.

Os meninos também já estavam um tanto alterados e começaram cada um a tomar o seu rumo indo para suas casas. Depois da casa vazia e eu já bêbado o suficiente, me joguei no sofá, já quase inconsciente.

Eu pensei estar sozinha, mas uma voz que eu ouvi de longe, me mostrou que eu estava enganado.

Lembro vagamente dela ter dito que tinha ido ao banheiro e quando saiu, todo mundo já havia ido embora. Eu me levantei para ajuda-la a chamar um táxi ou algo do tipo, ainda tentando manter a pose de anfitrião, mas tudo girou ao meu redor e eu cai de volta no sofá, tonto e rindo feito uma mula.

A moça, que eu nem me lembro o nome, se ofereceu para me ajudar a chegar ao quarto e eu, não tão consciente dos meus atos, aceitei.

Ela começou a me acariciar de uma maneira diferente, se ofereceu para tirar pelo menos minha camisa, lembro dela alisar o meu peitoral e o pior, eu lembro de ter gostado. E o que aconteceu depois, eu nem gosto de lembrar porque me sinto sujo até hoje.

Mas o que marcou mesmo a minha memória, foi o rosto de Amber ao me ver deitado com outra mulher na nossa cama. Era um misto de choque, dor, tristeza e muitos outros sentimentos negativos.

Os compromissos dela haviam acabado mais cedo e ela voltou pra casa antes do previsto. Diante daquela situação, eu tentei me explicar, a moça também, mas nada adiantava porque a merda já estava feita.

Amber foi embora. Simples assim.

Eu ainda tentei me explicar uma outra vez, num outro dia, mas não teve jeito. Ela disse que nunca esqueceria aquela imagem que viu no nosso quarto, na nossa cama e que ela não saberia conviver com aquilo.

E pediu o divórcio.

Na época, eu me revoltei porque ela não aceitou meu pedido de perdão, muito menos minhas explicações. E que explicações mais eu poderia ter dado, se eu tinha feito o que eu fiz? Mesmo bêbado, o que não era uma desculpa.

Nós assinamos os papéis do divórcio, a guarda do nosso filho era dela, mas ela não se opôs em momento nenhum em me deixar participar e conviver com Ian, porque nós nos adorávamos.

E eu, voltei a ser o mesmo vagabundo de antes. Saia pra beber e estava a cada dia com uma mulher diferente, me sentindo o rei. E eu mal passava de um simples bobo da corte.

Nenhuma das mulheres era igual a minha Amber.

Nenhuma delas tinha o sorriso que ela tinha, ou o cheiro, ou o beijo.

Nenhuma delas tinha a mesma sintonia que eu e minha ex-esposa tínhamos na cama.

Todas elas eram vazias, assim como eu estava vazio, sem ela.

Mas eu não lutei o suficiente pra tê-la de volta. O meu orgulho, meu machismo e minha autossuficiência, não reconheceram que eu precisava dela.

E a vida ainda foi boa comigo, porque, não me pergunte como, nós voltamos a ficar juntos. Casualmente. Apenas sexo.

Para mim estava ótimo assim, acredito que para ela também. Em partes. Porque isso eram migalhas do que tinha restado do nosso relacionamento. E ela aceitou. Até se cansar de mim, porque, mais uma vez, o nosso orgulho falou mais alto que o nosso amor e isso nos impediu de reconstruirmos tudo o que tínhamos.

E eu, mais uma vez, a deixei ir.

A realidade chegou batendo forte na minha cara, quando ela apareceu com outro cara. E eu que achei que ela nunca seguiria em frente porque viveria presa ao sentimento que tinha por mim.

Eu estava tão cego que esqueci da mulher linda, independente e encantadora que ela era e que poderia conquistar facilmente qualquer pessoa.

Desde o dia que eu a tratei como lixo na casa do meu pai, por pura defesa pessoal, por ciúmes e por ódio de vê-la com outro cara, é que o nosso relacionamento piorou.

Se nós ainda discutíssemos, ou se ela jogasse umas verdades na minha cara, como fazia, eu ainda estaria mais tranquilo. Mas o silencio que nós nos encontrávamos, era ensurdecedor.

Ela só falava comigo quando tinha alguma novidade sobre Ian. Nem ele, eu buscava mais em sua casa aos finais de semana. Ela o deixava na casa do meu pai, e eu pegava meu filho lá. Nós quase não nos encontrávamos mais e desde o dia que eu a vi com o tal Pierre, parecendo feliz e leve, eu não consegui ficar com mais nenhuma mulher. Acreditem. Eu simplesmente não consegui.

Eu só vivia me martirizando pelas minhas burradas.

Pensei mil vezes em deixar que ela seguisse em frente com sua vida, feliz e longe de mim que fiz mal para ela, mas eu sou egoísta demais para fazer isso.

Eu sou louco por aquela mulher. Louco a ponto de perder a capacidade de raciocínio, de nem saber como agir e de sempre fazer as besteiras que eu faço.

Estar do lado dela o tempo todo nessa cerimônia de casamento do meu irmão, foi o céu e o inferno ao mesmo tempo.

O casamento do meu irmão foi um choque de realidade para mim. Eu vi o quanto ele e Dakota estavam felizes e saber de tudo o que eles passaram para chegarem onde chegaram, me fazia ficar ainda mais feliz por eles e pensar que eu tinha isso tudo e joguei fora.

Eu já estava me torturando demais com todas essas lembranças. Mas pelo menos elas me deram uma certeza: eu precisava mudar isso.

Ainda não sabia direito como, mas eu precisava ter Amber de volta.

Me levantei da areia decidido a tentar pelo menos conversar com ela.

Foi quando eu a vi.

Ela estava a alguns metros de mim, falando no celular. E linda!

Amber parecia realmente um anjo e por muitas vezes eu acreditei que ela realmente era um anjo. O meu anjo.

De onde eu estava, não dava para que ela me visse, o que permitiu que eu a admirasse por um momento.

Era a paisagem perfeita. O mar, a lua imensa no céu, uma brisa leve que passeava por ali e ela, o amor da minha vida.

Meu coração deu um solavanco no peito e eu ri de mim mesmo parecendo um adolescente apaixonado. E de fato eu era, não mais um adolescente, mas muito apaixonado por ela.

Respirei fundo e a passos receosos, eu decidi me aproximar.

Continua...

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