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Dakota!

1 ano depois...

Pense em um espetáculo belíssimo de se acompanhar. Pensou?

Eu acompanhei o mais lindo dos espetáculos pelos últimos doze meses assistindo na primeira fileira cada pequena evolução dos meus filhos.

Assistir esse espetáculo é como observar uma flor se abrindo. Você fica observando e parece que nada acontece, mas você continua regando e dando luz.

E de repente, quando você se toca, a flor está belíssima e parece que desabrochou em velocidade aumentada.

Noah e Hope, eram bebês relativamente tranquilos.

Claro, como todos os bebês, eles choravam quando queriam alguma coisa, tiveram seu sono desregulado por algum tempo, mas, nada fora do normal.

Jamie e eu conversamos e decidimos que eu não trabalharia nesse primeiro ano. Eu tinha dado a luz a gêmeos e eles precisariam exclusivamente de mim. E eu também não teria coragem de deixa-los sozinho.

Foi um ano de muito aprendizado para mim como pessoa e como mãe.

Não era fácil ser mãe de gêmeos. Era trabalho em dobro, mas também, amor em dobro. Foi um processo de adaptação e eu precisei de ajuda. E eu tive ajuda.

Jamie foi um marido e tanto. Merecia o prêmio de super-pai. Ele foi muito parceiro em todos os sentidos. Desde acordar de madrugada para pegar um dos bebês que chorava, a me dar um colo e me fazer um carinho quando ele sabia que eu precisava.

Minha mãe foi minha ajuda mais preciosa. Ela vivia para lá e para cá comigo e com os bebês nos primeiros meses porque eu precisava de alguém. Eu não queria babás. Na verdade eu não confiava muito em babás, eu não sei porque. Mas ela e tia Tracy se revezavam pra me ajudar e eu era muito grata por isso.

Nina também foi peça importante em toda essa história. Jamie e eu, como pais, trabalhamos muito para não deixar faltar atenção e muito menos amor para a nossa princesa. Nós não queríamos que ela se sentisse excluída ou algo parecido. Nina foi muito companheira. O cuidado e o amor que ela tinha com os irmãos, era uma coisa linda de se ver. E durante esses meses, ela brincou com eles, ensinou muitas coisas, vigiava eles quando eu precisava e me ajudava em tudo.

Já os meus pequenininhos, eles eram uma graça.

Eu nunca tirei tantas fotos na vida, como tirei nesse último ano. A cada coisa nova que eles faziam, era uma foto para guardar.

No primeiro mês, eles estavam começando a ficar mais durinhos. Eu cantava para eles, conversava com eles, assim como Jamie e Nina faziam. Eles acordavam algumas vezes de madrugada e quem estava lá para pegá-los e trazê-los para mim era Jamie.

Com dois meses, eles começaram a distribuir sorrisos involuntários.

Me recordo de um dia que Jamie chegou cansado e estressado porque o dia de trabalho não tinha sido dos melhores. Ele sempre chegava e depois de me dar um beijo, ia ver os filhos. E exatamente nesse dia, Hope deu seu primeiro sorriso para o pai. Jamie ficou tão feliz que tinha esquecido tudo de ruim que tinha acontecido naquele dia, graças ao sorriso da nossa filha. Desde então, por muitas vezes, nós ficávamos encarando os dois à espera de um outro sorriso.

No terceiro mês, eles já reconheciam nossas vozes e ficavam atentos as músicas que nós cantávamos e a tudo o que fazíamos.

No quarto mês, quem ficou feliz foi Nina quando descobriu que eles gostavam de brincar de esconde-esconde. Ela jogava um pano qualquer no rosto se escondendo deles e quando tirava, eles faziam uma festa com ela. E quando ela se separava deles, os dois choravam como se tivessem perdido alguém e aquilo partia meu coração.

Learning to love again.Where stories live. Discover now