BÔNUS - Amber!

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Abri os olhos e demorei um pouquinho para me localizar, mas o cheiro masculino ao meu lado, me lembrou exatamente onde eu estava.

Henry dormia tranquilamente ao meu lado. Estava de bruços, me dando tempo de admirar suas costas largas e bem definidas e o seu rosto sereno. Não parecia o cara furioso quando me encontrou na boate horas atrás, muito menos o homem dominante que exalava masculinidade enquanto estava dentro de mim.

- Você não deveria estar aqui! – Ele me encarou, dizendo entre os dentes.

- Sinto de informar mas quem diz onde eu devo ou não estar, sou eu mesma. – Provoquei e dei um gole na minha bebida de um jeito sexy.

- Era pra você estar em casa, cuidando do nosso filho. – Ele ainda me encarava com os olhos cheios de emoções desconhecidas. Raiva, ciúmes, paixão.

- Fica tranquilo que o nosso filho está sendo muito bem cuidado na casa dos seus pais. – Dei um tapinha em seu ombro e quando ia sair de perto dele, ele agarrou meu braço me impedindo.

- Onde você pensa que vai? – Levantei as sobrancelhas. Ele ainda agia como se fosse meu marido, o mesmo possessivo de sempre. Só que eu gostava quando ele usava essa possessividade toda, na cama.

- Circular. Vai que eu me dou bem hoje... – Sorri para ele, sabendo onde isso ia dar.

- Se você vai se dar bem hoje, é comigo Amber.

Então, num gesto carnal, ele levou uma das mãos na base da minha coluna, bem próxima a minha bunda e fundiu nossos corpos me dando um beijo avassalador. Minhas pernas perderam a força no mesmo instante e eu sabia que cederia a ele.

E foi o que aconteceu, horas a fio durante a madrugada. Henry me comeu em várias posições. Ele foi incansável. Mas eu sabia exatamente como ele era. E sabia ainda mais corresponder a altura.

E o pior de tudo, era que eu também sabia que essa era mais uma das noites que eu não resisti e cai na tentação que era o meu ex-marido. Eu já tinha pensado a respeito e era isso que eu precisava fazer: acabar com tudo isso que ainda havia entre nós.

Foram quase dois anos sempre cedendo a esse amor que eu nutria por ele e por quase dois anos, eu o aceitei da maneira que ele quis se doar para mim. Pelas metades, porque no fundo eu sabia que Henry jamais seria meu novo.

Ele era um homem lindo, chamava atenção em qualquer lugar por onde passava. Tinha um jeito imponente que arrancava suspiros e sinceramente, foi feito para ser livre. Mesmo que eu não quisesse, eu precisava aceitar isso e precisava seguir com a minha vida e deixar de me submeter a toda essa situação, uma vez que o sentimento sempre falava mais alto.

Mas é isso, era hora de tentar recomeçar. Eu tinha um emprego excelente numa agencia de publicidade, tinha um filho maravilhoso que era meu parceiro e eu ainda era jovem e bonita... acho que tinha grandes chances.

Olhei uma última vez para o homem deitado ao meu lado, o amor da minha vida, afinal ele nunca deixaria de ser e me levantei da cama com cuidado para não acordá-lo e saí atrás das minhas roupas e da minha bolsa.

Estava tudo espalhado pelo quarto, mas com cautela, eu consegui encontrar cada uma das peças e me vesti. Abri a porta, tentando não fazer barulho e segui em direção ao banheiro que havia no corredor.

Olhei para o meu reflexo no espelho em cima da pia. O rosto amassado, a maquiagem um tanto borrada, mas o olhar de quem tinha tido uma noite e tanto, em todos os sentidos. Dei uma risadinha para o meu próprio reflexo e lavei o rosto.

Ainda que eu já estivesse bem desperta, fui até a cozinha e coloquei café para fazer, exatamente do jeito que Henry gostava.

Antes de olhar, eu senti sua presença na cozinha. Me virei, soprando minha caneca fumegante de café e quase vacilei, deixando-a cair quando pus os olhos nele.

Learning to love again.जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें