43

3.3K 314 36
                                    

Dakota!

O quartinho dos meus bebês estava praticamente pronto. Faltava um detalhe ou outro, mas nada de mais. O essencial já estava em seu lugar.

Como nós decidimos saber o sexo somente no nascimento, eu, com a ajuda essencial de Eloise, escolhi tons neutros para os móveis, para as paredes e cortinas.

Os dois berços eram brancos, o papel de parede era listrado em cores claras de branco e cinza e os móveis variavam em tons de marrom, bege, branco, tudo na mais perfeita harmonia.

Eu comprei uma cadeira daquelas de descanso enormes e coloquei no canto do quarto e fiz uma mudança na janela. Para o quarto dos bebês, nós escolhemos o único quarto que não possuía varanda. Então, eu pedi que quebrasse a parede e que fosse construída uma janela maior e mais alta, para que uma espécie de sofá cama fosse colada próximo a ela para que eu pudesse amamentar meus filhos e deixar que eles tomassem sol.

Conferi mais uma vez as gavetas perfeitamente organizadas por mim com as fraudas, roupinhas e sapatinhos e com todos os produtos que bebês precisavam.

Muita gente ficou brava comigo por não saber o sexo dos bebês e não ter como comprar o presente ideal para a festinha que demos semana passada, como um chá de bebê. Mas eu nem ligava. Os filhos eram meus, meu marido tinha concordado em deixar que o sexo dos bebês fosse surpresa, então eu não ligava para a opinião das pessoas.

O quarto dos bebês havia se tornado o meu cômodo favorito da casa. Eu havia parado de trabalhar logo depois da premiação das empresas. Jamie ficou muito feliz com a minha decisão porque se dependesse dele, durante esses nove meses, eu nem havia trabalhado.

Mas eu gostava de trabalhar e não queria me sentir inútil. Só que a dor nas costas e no quadril, havia duplicado e por recomendação da doutora Greene, era preferível que eu ficasse de repouso, já que agora, com 36 semanas completas, os bebês poderiam vir a qualquer momento.

Eu já não podia mais me conter de ansiedade pela espera dos meus bebês, para saber qual o sexo deles, para experimentar a maternidade de um jeito diferente.

- Viu como o quartinho de vocês ficou lindo? - Acariciei minha barriga e eles se mexeram, me fazendo sorrir. Me sentei na janela e olhei para o jardim da minha casa. Lá fora o dia estava cinza e frio, já que era Natal.

E por ser um ano e uma ocasião tão especial para mim, eu pedi que nós comemorássemos o Natal aqui em casa. Então, desde o começo do mês, minha casa vivia cheia de gente.

A família de Jamie tinha a tradição de passar todos os natais em Long Island, mas dessa vez, eu burlei a tradição, pedindo carinhosamente que todos viessem comemorar conosco. E todos estavam de acordo.

Deixei tudo por conta de Eloise e Samina, como eram todos os anos. Elas tiveram o poder de fazer o que queriam na minha casa. Meu único trabalho foi ajudar Jamie e Nina com a árvore de Natal imensa que estava na minha sala.

Esse ano que estava chegando ao final, começou péssimo. Eu perdi Jamie logo de cara por uma confusão com bebês, mas tive a sorte de recuperá-lo e desde então, as coisas só melhoraram. Eu me casei, engravidei de gêmeos, me reconciliei com minha mãe, meu pai e eu nos perdoamos, ainda que ele não estivesse mais entre nós. Mas eu tinha motivos somente para agradecer e comemorar.

No andar debaixo, tudo estava caminhando para que a ceia fosse a melhor possível. Um pedido meu. Redecorei a casa com flores e arranjos diferentes, para que tudo fosse muito especial e tirei o dia apenas para me arrumar e esperar que nossos familiares chegassem.

Dei mais uma olhada no quarto dos meus filhos, sorri para cada detalhe e saí, dando de cara com meu marido no corredor.

- Estava te procurando, amor. - Sorri para ele que estava lindo, apesar de parecer cansado.

Learning to love again.Kde žijí příběhy. Začni objevovat