Desaparecida entre os Sete Pe...

By aguithaLAR

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Uma mulher rica e poderosa. Filha de um dos maiores bilionários da America do Norte. Considerada uma das mulh... More

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
¨ Prólogo ¨
¨Capítulo Um ¨
¨ Capítulo Dois ¨
¨ Capítulo Três ¨
¨ Capítulo Quatro ¨
¨ Capítulo Cinco ¨
¨ Capítulo Sete¨
¨Capítulo Oito ¨
¨ Capítulo Nove ¨
¨ Capítulo Dez ¨
AVISO
° Capítulo Onze °
° CAPÍTULO DOZE °
•• Capítulo Treze ••
•• Capítulo Quatorze ••
°° Capítulo Quinze °°
°° Capítulo Dezesseis °°
¨ Capítulo Dezessete ¨
°° Capítulo Dezoito °°
¨ Capítulo Dezenove ¨

¨ Capítulo Seis ¨

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By aguithaLAR



Três meses e vinte e oito dias antes- 03 de setembro de 2014.

Em algum lugar por entre os sonhos.

   

   Os pequenos raios de sol já se encontram por toda parte dentro do quarto de Amie.

O sol bate nos vidros, e se reflete em outras cores por todos os cantos do quarto. Lá fora, as folhas das árvores balançam freneticamente com o vento frio da manhã. Os pássaros estão agitados, e cantam tão alto que é possível escutá-los a uma longa distância.

A pequena bailarina de cristal rodopia em frente à janela do seu quarto, enquanto ela dorme profundamente. O corpo em cima da cama se move lentamente, virando-se de barriga para cima, fazendo o lençol que o cobria deslizar para o lado, enquanto seus cabelos loiros estão uma bagunça cheia de nós. As duas outras pessoas – que se encontram paradas ao lado da cama –, teriam acesso perfeito ao rosto da mulher na cama.

Ela sentiu um incômodo em seu nariz, e passou a mão nele, se assustando em seguida ao constatar seu rosto coberto por algo frio e gosmento.

— Suas pestinhas, eu vou matar vocês!

Amie grita furiosa, enquanto suas duas irmãs saem correndo do quarto, rindo alto. Ela limpa seu rosto de qualquer jeito com o lençol, e sai atrás das duas sem se importar com a forma em que está vestida. Ela passa correndo por alguns funcionários, que quando a veem, sorriem diante do desastre em que ela se encontra.

— Quando eu pegar vocês duas, vou fazê-las se arrependerem.

Ela grita logo atrás das duas.

— Faça seu melhor, balãozinho.

Amie com certeza ficou roxa de raiva ao ouvir suas irmãs a chamarem por este apelido que ela odeia, pois as duas disparam em gargalhadas.

Ela nem sempre foi o espelho de beleza. Houve uma parte em sua adolescência em que ela – como toda garota da sua idade – teve espinhas pelo rosto, e com sua ansiedade mal controlada, acabou engordando alguns quilinhos. E por sorte – ou azar –, esse ocorrido acabou se transformando em uma história divertida para suas irmãs espalharem por aí.

— Agora vocês vão ver.

As três garotas correm por toda a casa, tirando altas gargalhadas dos funcionários. Descendo as escadas rapidamente, elas vão direto para uma enorme porta branca com detalhes eu ouro, até que abrem a porta da sala de jantar, derrubando a mãe delas que a estava abrindo do outro lado, indo parar no chão com força, fazendo o pedaço de torta que carregava na mão ir todo no seu rosto.

As três ficam paralisadas ao ver a mãe naquele estado, mas as duas irmãs mais novas acabam caindo na gargalhada, acompanhada pelo pai e por outras pessoas, que até então, elas não haviam notado. Amie olhava a mãe sem demonstrar muito sentimento, mas um pequeno sorriso escapava de seus lábios ao vê-la passar por esse deslize. Eles logo param ao ver a mulher no chão bufar de raiva, e se levantar com muito custo.

— O que diabos vocês três pensam que estavam fazendo? Por acaso esqueceram a educação que dei a vocês? — a mulher vocifera.

— Como se ela tivesse nos educado. — Hil fala baixinho, revirando os olhos.

— O que você disse, Hillary Gal? — sua mãe lhe pergunta, com raiva.

O pai das meninas entrega um pano branco à mulher para que ela limpe seu rosto. Contrariada e envergonhada ela o pega.

— Nada não, mãezinha.

Ela joga o pano no chão, e sai pisando duro para fora da sala.

— Desculpem-nos. Não sabíamos que havia pessoas aqui. — Amie diz com um sorriso doce no rosto.

— Não se preocupe querida. Vocês três são lindas, e parecem ser muito unidas. Além do mais, vocês estão em sua casa. Nós é que somos os intrusos aqui. Portanto podem voltar a brincar, já estávamos de saída. — Uma senhora bem vestida e cheia de joias fala.

Na sala estavam, além dela, mais uma mulher jovem de cabelos amarrados em um coque perfeito, vestida em um terninho bem alinhado com uma blusa de babados por baixo, e dois homens na faixa de vinte e oito ou trinta anos. Ambos parecem ser pessoas bem importantes.

— Bom, acho que agora vocês podem voltar para o quarto de vocês, e se arrumarem para a escola. E você, dona Amie, se arrume, pois hoje a senhorita não me escapa.

— Papai, eu não quero ir nessas reuniões chatas, com aquele bando de abutres enjoadinhos. Eu não suporto aquela gente de nariz em pé. — Amie resmunga cruzando os braços como uma criança birrenta, enquanto suas irmãs saem rindo.

— Amie. — seu pai a recrimina, olhando disfarçadamente para os outros na sala.

Ela percebe o que disse e tampa a boca com as duas mãos, quando se lembra das pessoas que estavam ali. Amie se esquecera completamente de que com certeza eles também fazem parte dessas reuniões.

— Me desculpem, por favor. Não é que vocês sejam como eles, mas a maioria é assim. — ela murmura, sem graça.

A senhora ri do seu comentário, e balança sua mão no ar como se aquilo não fosse nada demais, e na verdade não era. Ela também concordava com aquela garota. Muitos são egocêntricos e se acham superiores a todos, apenas por terem dinheiro.

— Por favor, querida. Já deu. Vá se arrumar que vou te esperar no meu escritório.

Ela acena confirmando, e sai em direção ao seu quarto. Ao passar pelo quarto de suas irmãs, ela abre um pouco a porta e ouve que elas estão no banho. Tendo uma ideia, ela corre silenciosamente até a mesa, e pega o telefone.

— Oi, Seu Claus! O senhor pode trancar o registro de água do banheiro das meninas, por favor? — ela pede se segurando pra não rir.

— Claro que sim menina, mas por que isso? — ele pergunta confuso.

— Ah seu Claus, é porque o cano da pia estourou, e o banheiro está todo alagado, o senhor acredita? — ela diz mordendo o canto da unha, com uma falsa encenação.

— Vixi menina, já vou desligar, pera aí. Prontinho registro fechado.

— Obrigada, seu Claus. O senhor salvou minha vida.

— Que isso, dona Amie. É meu trabalho.

— Mesmo assim, seu Claus, muito obrigada. Mas agora preciso ir.

— Até mais, menina.

Ela desliga o telefone, e ao mesmo tempo escuta os gritos das irmãs, vindos do banheiro.

— Ai meu Deus, Callie. A água acabou e estou com sabão no rosto. Tá ardendo, me ajuda.

— Não dá, Hil. Tô com a mão cheia com o creme. Corre lá fora, e chama alguém.

— Como que eu vou, sua doida? Não Tá vendo que não enxergo nada?

Amie do lado de fora cai na gargalhada, mas caba chamando a atenção das meninas.

— Quem Tá aí? Amie, eu vou matar você! Não acredito que fez isso! — Hil grita furiosa lá de dentro.

— Há. Tchau, irmãzinhas! Vejo vocês depois.

Amie sai correndo, enquanto suas irmãs ficam gritando por ela. Ela vai para o seu quarto, e se arruma cantarolando, feliz da vida por ter aquelas duas em sua vida. Apesar das brigas e travessuras que elas aprontam umas com as outra, elas se amam acima de tudo. Ela acaba se lembrando do que a senhora disse; Sim, elas são muito unidas.

No fundo, elas são o que a deixam em pé.

~*~

Amie estava sentada ao lado seu pai, enquanto ouvia um discurso em que ela não estava prestando a mínima atenção em uma letra sequer. Eles estavam em um dos maiores hotéis, o Mandarin Oriental Las Vegas, que ficava na Strip ao lado do NYC , que por sinal era propriedade da sua família. Sua atenção voltou-se completamente à imagem de uma mulher em um vestido preto, com os cabelos presos em um elegante coque que ela conhecia muito bem. Amie pediu licença para o seu pai, e caminhou em direção à mulher.

— Fleur! — ela a chama, mas não é ouvida.

Continuando a seguir a mulher, ela vai diretamente para o lobby, que fica no vigésimo terceiro andar, que é exatamente a parte da frente de onde está tendo a reunião. Amie fica desconfiada por vê-la parar e entregar uma pasta para um homem vestido no uniforme da segurança da sua família. Fleur disse que iria a uma pequena confraternização na casa de umas das amigas de sua mãe.

O que será que há naquela pasta? E o que ela estaria fazendo ali? Porque mentiu?

Ela continua observando eles até que o homem se vira e vai embora. Quando a mulher se vira e começa a caminhar, se assusta ao ver Amie parada com os braços cruzados, a olhando.

— Que susto, querida. Está aí há muito tempo? — ela pergunta com um sorriso doce nos lábios.

— Não, acabei de chegar. Quem era aquele homem, e o que você queria com ele? Não era para você estar com a mamãe agora? — ela pergunta analisando a mulher a sua frente.

— Aquele homem é um dos seguranças do seu avô, meu bem. Ele me pediu para ir até sua casa e pegar uns documentos que ele esqueceu. Por que tantas perguntas?

Por algum motivo, Amie sente que algo está errado... Mas deve ser coisa da sua cabeça. Ela sorri e abraça a mulher que adora com todo seu coração.

— Nada, Fleur. Só achei estranho você estar aqui. Mas agora está tudo bem.

A mulher passa a mão pelo seu rosto e fica a observando, colhendo cada pequeno detalhe do seu rosto como se quisesse gravá-lo, ou talvez se lembrar de quem aqueles traços são parecidos. Amie é dona de uma beleza extraordinária. Pele branca, lábios rosados e finos, cabelos loiros por conta das luzes recentes, olhos castanhos, e um sorriso tentador. Ela é tão bela, que poderia ser comparada a uma sereia, pois como elas, Amie tem todos os homens aos seus pés. Sua beleza chama atenção, talvez mais do que o próprio sobrenome que carrega.

— Amie, finalmente eu te achei, querida. — seu pai a chama.

Ela se vira e depara-se com seu pai ao lado do seu avô. Ela corre para seus braços e o abraça forte.

— Vovô! Que bom que o senhor está aqui.

Ele beija o topo da sua cabeça, e ela se afasta para olhá-lo.

— Eu não a deixaria sozinha no meio dessas pessoas, minha menina. — ele murmura sorrindo com leveza.

— Hey! Estou aqui ainda, sabia? — sei pai diz aborrecido, com ciúmes, na verdade.

— O senhor sabe que o amo. Pare de bobeira, venha aqui, meu velhote. — Amie brinca abrindo os braços para recebê-lo.

— Não me chame de velhote, garota.

Ele tenta soar ofendido, mas não consegue se manter assim por muito tempo. Ele ama sua filha e a adora muito para ligar para essas baboseiras. Abraçados, ele vira-se para Fleur, com uma sobrancelha arqueada.

— O que faz aqui, Fleur? Não deveria estar com a Blanca? — ele pergunta.

— Eu esqueci uns documentos importantes e pedi que ela os trouxesse para mim. — Seu pai lhe responde com as mãos dentro do bolso da calça.

— Mas agora deixa eu ir. Blanca deve estar agoniada com minha demora.

Ela acena, e olha discretamente para os dois homens, sumindo em seguida dentro do elevador.

Eles ficaram até tarde da noite no hotel. Logo em seguida à reunião houve uma pequena palestra sobre a criação de uma empresa de mineração no sul dos Estados Unidos. Quase sete da noite eles desceram para o salão de festas, onde uma pequena recepção com bebidas e comidas era servida a quase cem pessoas. Perto das dez, o carro estacionava na garagem da mansão, trazendo uma mulher sonolenta, um homem perdido nas doces lembranças do passado, e um senhor atento a uma mensagem importante em seu celular.


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