Lose yourself |l.s|

By larrysacrifice

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A vida de Harry Styles muda quando seu professor e escritor favorito passa um trabalho para os alunos escreve... More

Prólogo
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By larrysacrifice

nunca superei o fim que o cam teve então hoje ele reina na imagem do capítulo.

galera, ceis devem ta querendo me matar, ne? foi mal, gente. 

le com a musica, suas comida... (comida alimento galera pelo amor de Deus ne)

Boa leitura!!!!


Harry Styles

Estou bem e parece que vou explodir.

Não faz sentido eu me sentir como se cada movimento meu fosse dizer que não estou bem. Tenho andado, feito planos. Mas aquela voz sempre quer sussurrar para eu viver o luto. Tem gente que diz que o luto faz bem, eu discordo. Estou muito melhor conseguido levantar pela manhã e desejando bom dia a todos.

Mas Louis insiste que eu não devo ter medo, que vai doer bastante, mas depois vai embora. Se doer demais ele aperta minha mão.

Não quero que ele aperte minha mão. Não quero ser o pobre garoto que não vai conseguir acordar sem pensar que foi o culpado da morte do irmão. Então não me permito sentir ou chorar.

– Eu pensei em comprarmos um cachorro. – Gemma coloca o leite em meu cereal e não diz nada. Ela tem olheiras profundas. – Anne não sai do quarto. Talvez um cachorro faça-a lembrar que chorar é uma droga e viver é bem melhor. – dou de ombros. Ninguém da mesa responde. – O que falta nessa casa é um cachorro.

– Harry, apenas coma. – Kyle diz e me ofendo. – Vou levar o café da manhã para mamãe. Com licença. – ele se retira.

– Melhor ainda... Eu não vou comprar um cachorro, eu vou adotar algum das ruas. – empurro o cereal e um pouco de leite derrama sobre a mesa. Louis não está me olhando. Ele parece tão concentrado no nada. Ele provavelmente não gosta de cachorros. – E vou fazer isso agora. Talvez eu faça um hotel de animais abandonados aqui. Tem muitos gatos por aí também.

– Você nem comeu ainda, Harry. – Louis se pronuncia. – Deixe para fazer isso outro dia.

Não espero por um sermão e vou para o quarto pegar um casaco.

O problema da morte é o que ela deixa. Ela deixa um clima pesado e alguns decidem se entregar para isso. As pessoas não estão prontas para dizerem adeus e por isso elas choram, por isso elas sentem.

Abro a porta e vou rumo a cozinha, mas antes que eu passe pelo corredor paro atrás da parede, pois escuto que cochicham algo.

– É o jeito de ele lidar com a perda, Louis. Não podemos obrigá-lo a chorar. – Beatrice fala e pega na mão de Louis.

– Isso não é luto. Ele está quase explodindo, Beatrice. – ele limpa o rosto. – Ele quis transar na noite que Luke morreu. Ele sorri, distribui abraços e decide criar hotéis para animais, mas está destruído. Isso vai matar ele... Todos precisam do luto.

Meu rosto esquenta de raiva. Eles não podem decidir nada do que eu sinto. Se eu não quero ficar trancado igual Anne está há uma semana isso deveria ser uma coisa boa já que Luke morreu porque eu sou muito dramático.

– Nós precisamos é de um cachorro. – passo pela cozinha com passos largos. – E eu vou trazer a porra de um cachorro para casa. Ninguém vai me impedir! – pego as chaves sobre a mesa e caminho até a porta.

Quando ouço o barulho da porta ao bater meus pelos se arrepiam. Aquele resquício de culpa vem me assombrar, mas eu o chuto. Chamo o elevador e após apertar o botão do andar enfio as mãos nos bolsos do casaco. Olho para cima e começo a bater o pé para passar o tempo porque nem a música chata do elevador me acalma.

Meu celular toca e meus dedos apressados atendem a ligação.

Eles querem ligar para meus pais, mas como eu explico a eles que eu não tenho ninguém? Eles não acreditam.

– Eu estou indo, Luke. E você tem a mim, ok? – respondo meu irmão que está falando com a voz trêmula.

Harry, eu fiz uma coisa muito errada. – ele chora ao dizer. – Preciso de você. Preciso de você. Preciso de você.

– Calma, Luke. Já estou chegando. – tento falar com a voz calma, pois gritar poderia fazê-lo se agitar mais. – Mande o endereço por mensagem.

Tudo bem, mas não desligue. Quero que me distraia. Eu estou péssimo. Não sinto nada.

Espero alguns segundos e tiro o celular da orelha para esperar pela mensagem, mas para meu espanto não estou em uma ligação. Clico nas chamadas, mas não há nenhum registro dessa ligação. Minha visão fica embaçada e quando o elevador se abre cambaleio para fora e coloco o celular no bolso do casaco.

  ➸  

Estou observando o cachorro deitado no chão da praça. Ele parece sereno. Tentei aquecê-lo, mas fugiu de mim quatro vezes então me restou apenas sentar no banco e olhar para ele como se fosse meu passatempo favorito. Olho há tanto tempo que não tenho mais noção de que horas são.

Sou tão fraco.

E louco.

Mas penso estar bem assim.

Mesmo que tudo que tenha restado seja lembranças. Só tenho lembranças. É uma droga ter lembranças. Não posso reviver lembranças, elas só são a prova de que um dia eu tive uma pessoa, a melhor pessoa ao meu lado. Ter lembranças é pior que esquecer.

Fui um dos motivos de Luke continuar a vida, mas também fui um dos motivos de sua morte.

Então preciso de um cachorro. Um cachorro orgulhoso que não aceita ajuda.

– Está pensando em como iniciar o papo com o cachorro? – Louis se senta ao meu lado e entrelaça seus próprios dedos uns nos outros.

– Ele tem um machucado no olho. – encosto as costas no banco. – Alguma pessoa fez isso com ele e agora ele tem problemas de confiança. Eu tentei aquecê-lo e ele fugiu. – não consigo olhar para Louis, mas ele olha para mim. – E agora eu não posso ter um cachorro porque eles não confiam nos humanos porque os humanos são seres terríveis. – já estou chorando, vez ou outra vem um soluço.

– Então nunca pare de tentar aquecê-lo. Uma hora ele deixará você ajudá-lo. – Louis me pega de surpreso quando envolve seus braços ao redor do meu corpo. Ele está me abraçando.

Ele me abraça tão forte. Não tenho forças para retribuir, mas ele sabe que eu quero e só isso já basta.

– Ele se foi, Louis. Ele se foi e agora eu não vejo mais nada, eu não quero imaginar como vou acordar todas as manhãs sem o ouvir falando enquanto dorme. Não irei aguentar a dor da cama vazia do outro lado do quarto, o armário com uma metade vazia. E o pior é que eu não conseguirei me perdoar. A dor é forte e eu sinto que a culpa também quer ter sua vez de me fazer sofrer. E agora eu sou um vulcão, estou prestes a entrar em erupção porque eu não pude ser independente, ser confiante. E eu não quero ter que lidar com tudo isso, não quero acordar amanhã ao seu lado sabendo que Luke morreu por minha culpa e que pode acontecer com você, com Gemma ou com qualquer outra pessoa que eu ame porque eu tenho essa mania louca de ser o centro das atenções, todos estão preocupados com os meus sentimentos porque além de sensível agora eu sou uma pessoa instável que quer transar após uma morte e que depois chora por causa de uma metáfora. Você disse que eu devo liberar meus sentimentos, mas eu tenho medo de nunca mais parar. Eu sinto que é uma dor eterna e intensa. Ela quer me levar para o escuro e me trancar lá sem que eu possa ver algo além de dor e culpa. E você sabe o que mais vai me irrita, Louis? Ele me deixou e eu não o perdoarei por isso. Eu não perdoo Luke por me deixar.

As palavras são ditas tão rápidas que sinto como se tivesse um grito preso em minha garganta. Eu quero gritar. Gritar até sentir dor na garganta, gritar enquanto Louis me abraça dizendo que estou me saindo bem.

Eu grito. Grito alto do jeito que pretendia e os braços de Louis apertam mais ainda meu corpo.

– Eu disse a ele que ele tinha a mim e eu fiz um péssimo trabalho. Ele tinha a mim. Ele tinha a mim. Ele tinha a mim. Ele tinha a mim. Ele tinha a mim.

– Não importa o número de vezes que você se quebre, eu sempre vou tentar te consertar.

Louis leu meu livro favorito para mim antes de eu dormir. Eu parecia uma criança. Ele até me deu banho quando eu não conseguia erguer meus braços. Dormi enquanto ele deslizava seus dedos pelo meu cabelo e por um momento a dor amenizou em meu peito. Não que eu ame barulho, mas o som do cachorro latindo animado na sala enquanto Beatrice o alimentava e brincava com ele era maravilhoso.

Dr. Ramon teve um dia cheio no hospital, fez cirurgias complexas e quanto estava voltando para casa dormiu ao volante por cinco segundos que foi o tempo que levou para tirar a vida do irmão enquanto corria para me socorrer de mais um dos meus dramas.

Nunca aproveitamos a última vez de algo porque nunca sabemos que será a última vez.

Estou mal e parece que vou melhorar.

  ➸ ➸➸➸➸➸➸➸➸➸➸ 

Oi oi!

Capítulo curto e meio chato, né? Faz parte.

O que acharam do capítulo?

Fiz 4 versões desse capítulo, manas. Alguns não eram tão tristes assim, mas pqp todas eram fodidas. 

alem de ser o cam na imagem do cap eu ainda penso no dean quando olho 

Tchau, minhas banana com feijão.

All the love

xx 

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