Apaixonada por um CEO

By KethlynSamantha

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Clara é uma jovem mulher de 20 anos, ela nunca soube o que é o amor, até conhecer Bryan, ele é jovem e despre... More

Primeiro dia de trabalho.
A fuga.
Saindo com estranho.
Perdida em sentimentos...
Apaixonados
A mentira
Recomeço
O amigo da minha melhor amiga
Uma mulher em uma missão
Noite de bebedeira
Insônia
Picotadora
Ainda existe amor?
Bryan
Continuação Bryan
Aniversário/ Clara
Indo para casa...
Esquecendo por um momento.
Eu te amo.
Sonho
O encontro
Apenas o começo
De volta ao trabalho
Primeira briga...
Novidade
Um ombro amigo!
Estará tudo perdido?
Perdido/ Bryan
Dia ruim
Eai gente
Me perdoa?
Uma noite juntos.
Hoje de manhã.
Inceparaveis.
E Agora?
Não vá!
Resolvendo os problemas.
Uma grande surpresa...
Ela é minha / Bryan
Viagem
Sábado de manha.
Agora e para Sempre!
Esclarecendo as coisas.
Felicidade tem nome.
O grande dia!
Enquanto houver esperança...
Memórias do passado...
Mais recordações.
Acordando...
Ajustando as coisas.
Notificação
Comeco do para sempre!
Pai da Clara/ Ernest
Resovendo assuntos do passado
Chegando ao fim
É preciso perdoar
...
Senti sua falta ...
A familia/ Final
Duvidaaaa!!!!
Livro novo!
Novidade sobre o livro novo!!!!!
Recomendações
AVISO IMPORTANTÍSSIMO!
Grupo
Obrigadaaaaaa

Final parte 1

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By KethlynSamantha


Hoje é meu último dia no hospital, tanto como eu estou feliz por enfim ir para casa, também estou aflita com o que vai acontecer comigo daqui pra frente.

Bryan se mantém distante e quieto por toda a semana, é como se a pessoa que está em meu quarto não fosse ele. Sei que ele esta aqui, mas sua mente parece estar tão longe e inalcançável. Eu parei de tentar compreender esse seu comportamento depois do segundo dia que estive acordada. Eu sei que ele percebeu minha mudança de humor, eu estava pra lá de chateada, mas Bryan não fez quase nada para melhorar essa situação. O que acabou me chateando ainda mais.

Continuo tendo os mesmo pesadelos frequentemente, as vezes opto por ficar várias horas acordada e dormir só quando não aguento mesmo manter meus olhos abertos, pois tudo é melhor do que reviver aquele inferno todo santo dia. É como se estivesse enraizado em mim… não sei se um dia irei me esquecer dele.

Hoje meus amigos se ofereceram para me levar para casa, ou seja para minha verdadeira casa, acho que ate eles sentiram o clima estranho que esta entre nós, porém Bryan os recusou na hora. Esse foi o único momento desde sua súbita saída, que ele enfim demonstrou algum tipo de emoção, sem ser o silêncio. Confesso que sua atitude me pegou desprevenida. Eu fiquei dividida entre o alívio e a raiva. Pois só quando ele viu que estava perdendo, que foi acordar pra vida.

Mas mesmo não sendo meus amigos que vão me levar embora, eu ja deixei claro para o Bryan que eu estou voltando para Sidney hoje, queira ele ou não.

-Preciso sair rápido, mas em meia hora eu ja estou de volta, tudo bem? Ele pergunta apreensivo.

-Tanto faz. Murmuro desanimada.

Eu o amo, mas toda essa distância que ele impôs, está me matando por dentro. Nos matando também.

-Eu te amo, nunca se esqueça disso... Depois de dizer essas palavras meio sem jeito, Bryan se curva diante da minha cama, e deposita um beijo lento em minha testa.

Meu peito se aquece com sua pequena demonstração de afeto, só que eu gostaria de um pouco mais… sinto falta dos seus beijos apaixonados de antes. Agora é como se ele me mantesse a um palmo de distância.

-Eu também… sussurro desviando meus olhos dos dele. Não Quero deixar transparecer minha mágoa. Só que é meio difícil, eu nunca fui boa em enganar ninguém.

Ele me lança mais um olhar triste e ao mesmo tempo tão intenso, que por um instante penso que poderia ser perfurada com esse olhar. Com um leve aceno de cabeça ele se vai…

Após alguns minutos, e várias tentativas de manter minha mente limpa, para evitar pensar besteira. Enfim ouço a porta se abrir, algo em meu interior se agita de ansiedade só com o pensamento de ser Bryan, mas ele morre no instante em que vejo meu amigo Ernest adentrar pelo quarto.

Não que eu não goste que ele esteja aqui, mas eu gostaria que fosse outra pessoa.

-Ei, qual é a dessa carinha triste hein? Ele pergunta ao se sentar na cadeira ao lado da minha cama.

-Não estou triste, só muito cansada de ficar aqui trancada, quero ir pra casa.  Dou um sorriso fraco, e olho para longe.

-Bom essa sua desculpa não me convence, eu te conheço Clara… passei um tempo relativamente grande te observando de perto, para saber que essa cara não é só de cansaço.

Eu suspiro frustada, eu não consigo mentir para ninguém mesmo. Eu estou tão cansada de tentar fingir pra tudo e pra todos. Eu gostaria muito de gritar umas verdades na cara de certas pessoas. Seria muito libertador.

-É que as coisas estão meio entranhas entre mim e o Bryan… Eu não sei muito bem o que aconteceu, apenas ele vem se mantendo distante. E eu estou começando a achar que ele não me quer mais.

Dizer essa última parte, leva um grande esforço, e tudo se aperta dentro de mim. Meu peito doí só com esse pensamento. Mas tenho que ser realista e é isso o que está acontecendo, talvez ele tenha percebido que eu não sirvo pra ele.

Ouço Ernest dar risada ao meu lado, e eu viro o rosto para ver o motivo de tanta graça.

-Acho que ficar aqui nesse hospital está afetando seus neurônios… É claro que o Bryan te quer, ele seria um idiota se não quisesse. Eu acho que ele está apenas com muito medo, depois do que aconteceu com você… como vou explicar…

Meu amigo passa a mão pelo queixo e parece refletir no que vai dizer.

-Digamos que ele está se sentindo meio culpado por tudo que você teve que  passar… então é normal ele querer colocar um espaço, para te deixar respirar ou alguma coisa do tipo. Então tenha paciência com ele linda, pode ter certeza que ele te ama, aliás todos ao seu redor ama você, você só não percebeu isso ainda.

Não fazia ideia que Ernest é capaz de capturar esse angulo da situação. Ou talvez nunca imaginei que ele pudesse defender o homem que vai se casar com a mulher que ele gosta.

De fato me equivoquei no julgamento do meu amigo.

Pego suas mãos na minhas, e ele me olhar surpreso. É engraçado ver sua cara de espanto.

-Muito obrigada, eu estava precisando de alguém para me dizer isso… Só estou muito confusa com tudo o que vem acontecendo, mas me deixa feliz saber que sempre vou ter alguém para me trazer a realidade.

-Não tem de que… Mas já sabe, a qualquer momento que quiser fugir para onde for, estarei aqui de malas prontas. Ele me lança uma piscadinha cúmplice e nós dois rimos junto. Só ele mesmo para tornar um momento tenso, em um momento feliz e agradável.

Ouço passos pelo quarto, e levanto minha cabeça para ver quem chegou. Me assusto ao notar que Bryan está parado bem ao lado da porta com uma expressão zangada no rosto.

Sua pele fica pálida e observo quando ele firma o maxilar, tanto que seus lábios formam uma linha reta e tensa.

Se olhares pudessem matar, juro que Ernest estaria caído duro bem agora.

Percebo que não desgrudei minhas mãos das do meu amigo, e num movimento rápido e desajeitado eu as coloco sobre o meu corpo. Sinto o olhar de Bryan seguir cada mínimo movimento meu.

Quando os segundos se arrastam, a atmosfera no quarto fica cada vez mais densa, e parece não haver ar o suficiente para nós três no mesmo local.

-O que você está fazendo aqui? Bryan pergunta ríspido para Ernest.

-Vim para visitar minha amiga. Responde Ernest no mesmo tom.

-Vejo que são bem amigos… amigos demais para o meu gosto. Dito isso ele me olha de uma maneira desconfiada.

Só pode estar de brincadeira! A essa altura de nosso relacionamento ele ainda desconfia de.mim?

Pelo seu comportamento dos últimos dias, eu é que deveria estar desconfiada. Ter conhecimento de como ele pensa sobre mim, me aborrece ainda mais.

Eu deveria dizer algum a coisa ou fazer algo para apaziguar a situação, porém apenas ignoro seu olhar e viro meu rosto em direção a janela… eu não vou participar dessa babaquice.

-Eu não tenho que ficar dando satisfação da minha amizade com a Clara pra ninguém, nem mesmo pra você. Diz meu amigo ofendido.

Calmamente Bryan se aproxima de Ernest, e o encara de perto, seu olhar é assassino, e parece queimar cada canto do rosto do meu amigo. Nenhum dos dois pisca por vários segundos, apenas ficam lá encarando um ao outro. Como dois garotos briguentos.

-Eu vou dar um último aviso, e espero que você entenda de uma vez! Ela é minha! E eu não vou deixar que ninguém á tome  de mim, se você quiser tentar eu deixarei, mas garanto que não terá sucesso algum. Pois eu gastarei cada gota de mim para ter  a certeza que você irá fracassar.

Quando meu amigo tenta revidar sua resposta eu o corto com um aceno de mão. Seu rosto está vermelho e é nítido a raiva que circula por ele. Na verdade ambos estão com expressões assassinas no rosto, e eu não vou ficar parada esperando por uma briga eminente.

Me levanto da cama do hospital rapidamente e sigo em direção a porta, após vários dias aqui, eu já me sinto quase totalmente renovada. Graças a Deus!

Estou vestindo uma calça jeans e um moletom azul, não é bem meu estilo, mas não posso reclamar pois foi minha amiga Ashley que trouxe essa roupa para minha saída do hospital.

Quando chego na maçaneta da porta, me viro para encarar os dois homens que em menos de minutos estavam quase se matando.

-Ei onde você está indo? Bryan é o primeiro a notar o que esta acontecendo, e me olha espantado.

-Cansei dessa briga tonta, estou indo embora, assim podem continuar com essa briga besta de vocês!

Abro a porta e saiu em direção ao corredor do hospital, antes que consiga dar os primeiros passos para longe dos dois, sou parada por uma mão forte em volta do meu braço.

-Espera! Eu vou te levar. Diz Bryan atras de mim.

Eu não faço nenhum esforço para olha-lo, pois estou extremamente chateada com tudo o que vem acontecendo com a gente.

E o pior de tudo é que ele não se da conta que o único causador dessa distância é ele mesmo…

-Não precisa eu sei o caminho. Digo ainda sem me virar.

Ele solta um suspiro frustado, e sua respiração faz um arrepio seguir por toda minha coluna, sinto falta de seu hálito quente em minha pele, na verdade sinto falta dele em todos os sentidos.

-Para de ser teimosa, eu vou te levar já disse. Agora ele parece um pouco irritado. Que bom!

Enfim olho para trás, mas antes de olha-lo nos olhos eu procuro por um vislumbre de meu amigo pelo corredor. Quando não o vejo eu desvio de Bryan e entro no quarto que ocupava, e encontro Ernest ainda parado no mesmo lugar que o deixei. Quando ele levanta a cabeça e me vê parada ali, enfim consigo ver um pequeno sorriso se formar em seu lábios, mas desaparece assim que nota Bryan atrás de mim.

-Hum… Vim me despedir, Bryan vai me levar para casa… Então acho que isso é um ate logo. Digo sem jeito e remexo as mãos na frente do meu corpo.

-Ok, então até logo, melhor dizer, ate o dia do seu casamento… Serei aquele cara que estará do seu lado. Ele diz com um sorriso triste no rosto.

Eu não sei o que dizer nem mesmo o que fazer. Porque parece que qualquer coisa que eu diga agora não melhorará em nada essa situação.

-Certo, estarei te esperando. Murmuro meio baixo e não tenho certeza que ele escutou, então lhe ofereço um de meus sorrisos sinceros e me viro para ir embora. Na saída do hospital Bryan mantém uma carranca em seu rosto, eu não me importo. Ou pelo menos finjo não me importar.

Todo o caminho de volta para o hotel onde estávamos hospedados, passa em completo silêncio. Eu não reclamo, pois não tenho certeza se aguentaria outra discussão com ele nesse momento. Eu só quero desabar naquela cama gigante por algumas horas e depois voltar para a minha Cidade, para o meu apartamento, enfim só quero voltar para a minha rotina.

Estou louca para me enrolar no meu cobertor Velho, e passar boas horas lendo um bom livro com uma xícara de café bem forte. Nunca imaginei que sentiria falta da minha humilde vida, mas eu sinto…

Chegando em frente ao hotel, não espero para ele abrir a porta para mim. Apenas saiu o mais rápido que posso, e caminho mais rápido possível até a portaria. Vejo pelo canto do olho que Bryan tenta acompanhar meu ritmo, mas está a alguns passos atras de mim.

Então ando mais apressada ainda em direção ao elevador, e aperto desesperadamente o botão para abrir a porta. Como esperado eles nunca vem no momento que queremos e assim Bryan consegue me alcançar, e noto que sua respiração está irregular, de fato ele estava tentando me alcançar.

Quando vejo que o elevador ainda não chegou, aperto o botão mais uma porção de vezes, minha frustração só aumenta quando ele não vem.

-Você sabe que não adianta nada ficar apertando diversas vezes o botão.

-Sim eu sei, mas não me importo. Digo irritada.

Quando eu menos espero enfim o elevador chega até nós, e eu entro o mais rápido que eu consigo, com medo do elevador fechar as portas.

Estamos próximos um do outro, e eu tenho que prender a respiração para não trombar meu corpo no dele.

Sera que ele não vê o tanto de espaço que há no elevador? Não precisa ficar grudado em mim.

Como ele não coloca espaço entre nós, eu mesma me encarrego de me separa um pouco dele. E assim que o faço, ouço o som frustrado que ele emite com o meu movimento para longe dele.

-Até quando você vai ficar assim comigo? Ele pergunta chateado.

Que bom que ele está sentindo pelo menos um pouco do que eu senti toda essa semana do cão. Se ele pensa que é o único que pode tratar com indiferença, vai aprender uma lição hoje.

-Até quando eu quiser! Murmuro sem olha-lo.

Assim que ele vai dizer mais alguma coisa, as portas do elevador se abrem, e eu saiu sem esperar por ele.

Sigo pelo corredor em direção ao nosso quarto, e só paro quando chego na frente de nossa porta, então tenho que esperar que ele chegue com a chave.

Ele tira a chave do bolso de sua calça, abre a porta e se projeta atrás de mim, me dando passagem para entrar primeiro.

Minha intenção é entrar correndo e me jogar na cama e então ignora-lo até a hora de irmos embora, mas sou parada imediatamente assim que piso os pés no nosso quarto.

Fico congelada no mesmo lugar por vários segundos, vendo como o lugar está completamente mudado. Por todos os cantos existem muitas rosas de varias cores e formatos e balões com a mensagem de bem vindo escrito sobre eles. Em cima da nossa cama existem milhares de pétalas jogadas por toda sua extensão, e meu plano de me jogar na cama vai por água abaixo, pois só o pensamento de desarrumar todo esse arranjo me dá pena.

-Me desculpa anjo por essa semana. Bryan diz em meu ouvido e me segura pela cintura.

Tanto quanto essas coisas todas me causam muito carinho e confesso que amoleço diante dessa demonstração de afeto de sua parte. Também me torna completamente irada que ele faça coisas como me abandonar por uma semana maldita e pense que rosas e balões seja o suficiente para me ter em seus braços cheia de compaixão.

-Bom quer saber? Eu não te desculpo nada! Exijo saber o motivo pelo qual você se manter afastado durante todos esses dias, e não me venha com desculpas, porque não vai me ganhar dessa vez com simples rosas e corações, isso não me convence!

Até o momento estou de frente para ele, e tenho conhecimento da fúria estampada em meus olhos.

Ele suspira e passa a mão pelos cabelos diversas vezes. Sua feição está séria e posso ver um vislumbre de dor passar por seu rosto, mas é tão rápido e dura apenas alguns segundos.

-Eu estava tratando da nossa volta para Sidney, e outros assuntos relacionados com o que aconteceu com você.

-E que assuntos são esses? Pergunto impaciente.

Ficamos na mesma posição por vários segundos e quando ele não me responde eu saiu do seu lado e me afasto alguns centímetros dele.

-Que assuntos Bryan? Pergunto mais alto dessa vez.

Ele parece nervoso e ate com um pouco de raiva.

-Eu tive que internar meu irmão em uma clínica para pessoas loucas! Tive que fazer isso porque o advogado dele de merda alegou que Christian não estava bem da cabeça. Então eu estava garantindo que ele ficasse em um lugar a milhas de distância de você, coloquei até malditos seguranças do lado de fora daquela droga de clínica, tudo isso porque esses seus pesadelos estavam me matando Clara, eu não poderia ficar parado e só assistir enquanto a vida da minha mulher estava indo para o fundo do poço. Então desculpa se não estava presente esses dias, mas eu estava voando de Sidney até Londres a semana toda, e quando chegava no hospital você já estava dormindo, e quando não estava dormindo estava tendo essas drogas de pesadelos… Eu só queria que você compreende-se meu lado também, mas isso é pedir demais não é?  Porque essas coisas de rosas e corações não significam nada para você mesmo.

Ele parece ferido, e eu me sinto mal pelas minhas palavras. Eu sei que o machuquei, mas não foi com intenção alguma. Eu só queria respostas.

-Me desculpa de verdade eu não quis dizer isso, eu só estava muito chateada… Você devia ter me informado o que estava fazendo, então eu não teria pensado tanta besteira… Eu pensei que você estáva se afastando porque não me queria mais.

-Besteira, você sabe que isso nunca vai acontecer…

Ele desvia seu olhar do meu, e parece refletir sobre alguma coisa, então começa a caminha até a sacada do quarto pensativo. Como não sei mais o que fazer, apenas o sigo até lá. E paro ao seu lado, então ficamos os dois olhando para as ruas de Londres. A cidade parece tão linda e iluminada daqui de cima, olhando assim até parece que é uma cidade desenhada ela não parece real de tão maravilhosa que é.

Isso teria me encantado se eu fosse mais jovem e não tivesse todos esses problemas da vida adulta. Parece que quanto mais velhos ficamos, menos graça vemos nas coisas, até mesmo as coisas mais lindas se tornam insignificante diante de todos os problemas nossos.

-Clara. Bryan chama, me tirando de meus pensamentos.

-Oi. Sussurro em resposta.

-Você tem certeza que quer se casar comigo?

Mais que droga de pergunta é essa? Será que ele está com dúvidas? E se agora ele que não quer casar? Aí minha nossa senhora!

Respiro calmamente, disfarçando a confusão dentro da minha cabeça.

-É claro que tenho! Porque você não quer mais? Tento pergunta normalmente, mais tenho certeza que Minha voz saiu estrangulada e fora de tom.

-O que? Lógico que eu quero Clara! Eu só estou perguntando, porque sinto que estive forçando essa decisão sua, voce me disse o que pensava sobre o casamento e mesmo assim eu insisti para que mudasse de opinião… o que eu não quero é que você case comigo só porque acha que deve, eu quero que você case porque é isso o que quer.

Alívio vibra por todo meu corpo, que bom ele ainda quer se casar, e espantosamente eu também quero. Na verdade eu não sei quando foi que mudei de opinião, e não acho que isso tenha acontecido por conta de algum a coisa que ele fez, eu acho que simplesmente meu coração resolveu dar um voto de confiança para esse homem que vem fazendo de tudo para que aceite ter uma vida com ele. E é isso o que eu quero, eu quero me casar e ter uma vida feliz ao lado dele. Ter a minha família.

Me viro para seu lado e passo meus braços em volta de seu corpo, de forma que não haja espaço entre nós.

-Ei eu quero me casar! Isso é o que eu quero, nunca estive mais certa na minha vida.

-Está certa disso, de que quer ser minha mulher, tipo pra sempre ? Ele pergunta com um sorriso gigante no rosto, tenho absoluta convicção que ele pode iluminar todo o quarto.

-SIMMMM, eu quero me casar com você Bryan Miller! Me debruço na sacada para gritar bem alto minha resposta, assim quem estiver passando na rua possa saber o quanto eu quero estar junto a ele, agora e durante toda minha vida.

-Venha vamos entrar antes que você acabe caindo da sacada, aí que eu não terei uma noiva mesmo. Ele diz sorrindo, é contagiante sua alegria.

-Bobo. Digo dando um tapa de leve em seu braço, então ele me puxa de encontro com seu corpo e eu o abraço apertado. Meu melhor lugar no mundo inteiro, e dentro do seu abraço.

-Um bobo que você ama. Ele murmura contra meus cabelos.

-Tem toda razão, amo mesmo. Digo com um sorriso estampado no rosto.

Encosto minha cabeça em seu peito, e permaneço nessa posição por alguns segundos, fico ali parada de pé abraçada feito um panda nele, apenas com o som de nossas respirações e ouvindo as batidas rápidas do seu coração. Os momentos que estou com ele, faz parecer tudo tão certo, tão verdadeiro. Me faz pensar que todas as decisões ruins que eu tomei, na verdade eram as certas, pois elas que me levaram onde estou agora. E pensando assim, posso dizer que não mudaria nenhuma delas. E se fosse possível faria tudo de novo. Se com isso eu tivesse mais momentos como esse.

-Anjo.

Bryan murmura contra meus cabelos, e me tira do momento viagem que eu estava tendo. Acho que todos esses dias que passei inconsciente, acabei criando o hábito de conversar comigo mesma, e acabo me desligando da realidade.

-Oi amor. Digo com o rosto ainda enterrado em seu peito.

-Você já está totalmente recuperada? Pergunta ele com ansiedade presente no seu tom de voz.

-Estou sim, porque?

Estou um pouco curiosa com essa sua pergunta repentina.

-É que eu estou louco para ter você, para sentir seu corpo embaixo do meu… sua pele sobre a minha… estou com saudade dos seus toques e dos seus carinhos. Mas eu não quero apressar nada, se você não estiver bem ainda, eu posso esperar você sabe disso.

Eu sorrio com seu jeito de me pedir para ficar com ele. Não consigo entender como uma pessoa de personalidade como ele, consegue ser tão inseguro e vergonhoso as vezes…

-É claro que estou bem amor, não precisa esperar mais nada.

Levanto meu rosto de seu peito, e olho fixo em seus olhos, e como eu esperava, lá está aquele brilho intenso de paixão que sempre me prende a ele.

Me levanto nas pontas dos pés, e colo meus lábios nos dele, no segundo em que isso acontece é como se uma chama me consumisse por inteira. Toda saudade que sentimos um do outro durante todos esses dias, transborda diante desse momento de intimidade.

Desesperada por mais contato, eu prendo minhas mãos em seu cabelo bagunçado e puxo eles em meus dedos, o que faz com que Bryan Soltei um suspiro abafado contra minha boca. Aprofundo Mais o beijo e agora minha língua cruza com a dele, numa tentativa de acalmar esse desejo crescente em mim. Aos poucos somos apenas uma bola de carícias, beijos e sons de prazer.

Até que Bryan se afasta para tomar fôlego.

-Caramba anjo, eu nunca imaginei que estava com tanta saudade assim… você vai acabar me matando do coração desse jeito.

-Tenho certeza que você aguenta. Digo com um sorriso sacana no rosto.

-Bom deveríamos testar essa sua teoria então.

**

Mais tarde naquele dia, ou melhor naquela noite… estávamos os dois deitados na cama, e uma bagunça de rosas ao nosso redor. Até parecia cena daqueles filmes melosos e românticos. Mas estava perfeito, não pelo lugar nem pelas rosas e sim pela pessoa que estava ao meu lado…

Eu nao sei ainda se vou ser uma boa esposa nem se daremos certo morando junto… só o pensamento ainda me causa calafrios pelo corpo. O medo não é algo que eu estou acostumada a lidar, mas por ele eu sou capaz de tentar, pois se nao der certo eu me sentirei realizada só pelo fato de ter tentado uma vida com ele.

-O que está passando por essa cabecinha linda? Bryan pergunta com a voz rouca, eu tenho certeza que ele está caindo de sono. Já é bem tarde mas eu não consigo silenciar meus pensamentos.

-Estava pensando como será depois que estivermos casados? Onde vamos morar? Eu nem tenho um emprego fixo… nem mesmo finalizei meu curso, nao sei se farei uma graduação ou se paro por aqui. Eu nao quero ser um fardo na nossa relação. É tanta coisa!

-De fato são muitas perguntas, eu com certeza não saberia responder todas elas… mas de uma coisa eu sei, é  que nós vamos ser muito felizes no dia do nosso casamento e mais feliz ainda depois dele… o lugar que vamos morar você não precisa se preocupar, você sabe que a minha casa é grande para nós dois e mais quantos filhos quiser ter… e amor você tem sim um emprego, minha empresa será sua empesa tambem, podera fazer o que quiser porque eu confio em você.

-Sim, mas eu não queria uma casa daquele tamanho, sem ofensa sua casa é maravilhosa, mas é tão fria e gigante, jamais me sentiria em casa lá… eu sonho com uma lar simples porém aconchegante, de um tamanho normal, com uma lareira na sala, uma biblioteca pequena e um quintal onde eu pudesse plantar quantas flores eu quiser. Eu não estou reclamando da sua casa, isso nunca… mas não é o lar que eu sonhei pra mim. Aquela casa é feita para princesas morarem e eu sou apenas eu…

-Amor… ele tenta dizer alguma coisa, mas eu o interrompi colocando um dedo sobre sua boca.

-Em questão ao trabalho eu não sei se me adaptei na sua empresa, eu me sinto deslocada, fora de lugar na melhor das hipóteses… Tem também o fato de eu querer ser independente Bryan, eu quero conquistar as minhas coisas da mesma forma que você conquistou as suas… não quero ser aquela mulher que tem tudo na vida por causa do marido… eu quero me sentir realizada e quando olhar para trás me sentir orgulhosa de tudo que consegui… Eu nem sei se estou fazendo sentido, talvez seja a falta de sono… devo realmente ir dormir porque estou falando igual uma tagarela. Desculpa você está tentando fazer isso dar certo enquanto eu estou colocando vários obstáculos no casamento antes mesmo de começar.

Ele tira meu dedo da frente de sua boca e o beija delicadamente , eu nem percebi que ele ainda estava lá.

-Tenho que concordar que você tem razão em alguns pontos, outros nem tanto… mas essas questões iremos ir arrumando aos poucos. Tudo o que devemos nos preocupar primeiramente é os preparativos do casamento, esse que dessa vez você vai ajudar a escolher cada detalhe, eu quero que tenha seu toque nele… depois vamos aproveitar cada minuto da nossa lua de mel, como se só houvesse nós dois na face da terra… aí então quando tudo isso tiver passado, poderemos decidir tudo que está te atormentando, o que eu não quero é que esses medos te levem para longe de mim, não posso permitir que você recue por pensar que não é boa o bastante… então deixa eu te dizer, você é boa pra caramba, a melhor em todos os sentidos, então pare de pensar no futuro, senão você irá perder toda a graça do presente.

-Eu te amo. Murmuro com a cabeca em seu peito, é tao bom ficar aqui, na segurança de seus braços. Me faz sentir como se eu fosse a mulher mais forte do mundo todo, so porque ele é o meu apoio.

-Eu te amo anjo. Ele sussurra com a voz rouca. Depois disso sua respiração vai acalmando aos poucos, ate que ele cai em seu mundo de sonhos.
Eu nao vou durmir, nao por enquanto... Só quando o cansaço me dominar só assim tenho a certeza de que vou conseguir dormir um pouco sem me preocupar.

Amores esta ai a parte 1 do ultimo capítulo, eu ate ia postar hoje o final completo. Mas ficou muito grande e nao consegui revisar e arrumar os erros hoje.
Entao o restante vai ficar para amanhã, assim que terminar de editar o final eu vou postar aqui.
Mais uma vez obrigada por me acompanharem ate aqui, vocês são demais...
Beijos ate amanha entao *---*

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