Depressed // H.S

By soullesshoran

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"Não sei descrever aquilo que sinto. Não estou feliz e eu sei disso, mas ao mesmo tempo eu não estou exatamen... More

Sinopse.
U m
T r ê s.
Q u a t r o.
C i n c o.
S e i s.
S e t e.
O i t o.
N o v e.
D e z.
O n z e.
D o z e.
T r e z e.
C a t o r z e.
Q u i n z e.
Goodbye Jay.
D e z a s s e i s.
D e z a s s e t e.
D e z o i t o.
D e z a n o v e.
V i n t e.
Vinte e um.
Vinte e dois.
HELLO!!!!!

D o i s

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By soullesshoran

Suspiro assim que nos sentamos numa mesa com vários lugares, podia observar já um monte de crianças a brincar por toda a pizzaria. Para minha sorte (notem a ironia) não era só a festa de anos da Auriel que estava a decorrer.

Ouço a minha mãe a resmungar qualquer coisa como que falta de educação era chegar a aniversariante depois de qualquer convidado e eu não lhe dei importância, encolhendo apenas os ombros e colocando os fones novamente – depois de ela me ter obrigado a tirá-los.

Fechei os olhos e passaram-se apenas cerca de dois minutos quando senti alguém a tocar no meu braço. Olhei para o lado e vi a Auriel.


"O que queres?" Perguntei sem fazer um esforço para ser simpática.

"Podes vir brincar comigo na piscina de bolas?" Perguntou sorrindo inocentemente.

"Mas tens aqui tantos amigos e amigas Auriel." Suspirei. "Eu não posso entrar lá, já sou muito grande."

"Por favor!" Ela fez beicinho. Eu neguei com a cabeça.

"Braelynn, vai com a tua irmã." A minha mãe pediu autoritariamente.

"Mas eu não me vou por dentro de uma porcaria daquelas com este tamanho, muito menos quando aquilo está cheio de crianças lá dentro." Respondi contrariada.

"Mas é só hoje mana." Ela voltou a fazer beicinho e eu vi os seus olhos a ficarem ligeiramente brilhantes.

"Se nos mandarem embora depois, ai de vocês que mandem as culpas para cima de mim." Disse revirando os olhos.


Auriel podia não ser a pessoa que eu mais gosto, mas ela não deixava de ser minha irmã e eu não queria que ela chorasse por eu lhe negar um pouco de brincadeira. Mas eu tenho a certeza que aquilo tem um limite de idade e eu não quero que nos expulsem da pizzaria por quebrar as regras.

Ela subiu as escadinhas que davam para o escorrega e logo desapareceu no segundo a seguir para o meio das bolas. Murmurei umas palavras para mim própria e logo subi as escadas também, desci o escorrega e quando cheguei lá a baixo senti que tinha dado um pontapé em alguém.


"Auriel?" Chamei preocupada, mas ninguém respondeu. Será que matei uma criança? "Auriel!" Gritei um pouco mais alto.

"Estou aqui mana." Ela respondeu feliz aparecendo bem longe do lugar onde eu estava enquanto acenava. Comecei a olhar para os lados, vendo apenas um rapaz com a mão no olho.


Pensei duas vezes se teria sido nele que eu tinha acertado, afinal nenhuma criança tinha aparecido a queixar-se que tinha levado um pontapé ou coisa do género. Suspirei e logo me aproximei do rapaz, ele deveria ter a minha idade, mais ou menos.


"Hm, tu estás bem?" Perguntei não mostrando nenhuma emoção.

"Sim, eu estou." Respondeu da mesma forma. "Tirando que quase fiquei sem olho com o pontapé que me deste."

"Desculpa," dei uma pequena gargalhada irónica, mas logo parei ao ver a sua expressão séria. "Eu já devia saber que isto é só para crianças, embora tu também estivesses aqui." Comentei um pouco confusa quando cheguei a essa conclusão.

"O problema não é estarmos aqui dentro quando já não temos idade, mas como é o aniversário, presumo, da tua irmã ou irmão mais novo, podemos aqui estar dentro. Apenas só se leres como deve de ser as placas que digam para não entrar aqui dentro com os sapatos!" Respondeu indignado.


Revirei os olhos e virei as costas ao marmanjo indignado, disse à Auriel para vir comigo pois já eram horas de comer e para minha alegria, ela veio sem barafustar depois de calçar os seus sapatos cá fora.

Assim que chegámos à mesa, Auriel entreteu-se a chamar os seus amiguinhos para irem fazer as próprias pizzas deles enquanto eu, a minha mãe e o Jackson pedimos a pizza que queríamos. Tornei a colocar os meus fones nos ouvidos e alterei a playlist para aleatória. Sentia um par de olhos postos em mim e quando olhei para ver do que é que se tratava era o rapaz de há pouco a quem eu tinha dado um pontapé que não parava de olhar para mim. Discretamente levei a mão à bochecha direita como se a fosse coçar e estiquei-lhe o dedo do meio durante um segundo.

Consegui ver pelo canto do olho que ele estava chateado e um pouco chocado com a minha atitude, mas sinceramente, eu não me podia não interessar mais por isso e até fiquei com um pouco de vontade de me rir.

As pizzas acabaram por vir para a mesa e tratei de comer a minha enquanto ouvia Mumford and Sons no seu típico registo, deixando-me ligeiramente mais alegre – mas essa felicidade evaporou-se quando mais uma vez fui obrigada pela minha mãe a desligar o Ipod.


                                                                 ☾

"Desculpe," uma senhora falou, tocando no ombro da minha mãe.

"Diga," ela respondeu com um sorriso.

"Bem, eu percebi que também está aqui numa festa de anos e muitas das crianças que trouxe deram-se bem com as crianças que eu trouxe para o aniversário da minha filha mais nova, gostava de lhe propor que juntássemos as nossas crianças e que partíssemos os bolos juntas." Ela disse docemente.

"Oh, mas isso é uma excelente ideia!"


A minha mãe concordou logo, fazendo-me revirar os olhos. O que é que é pior que quinze crianças? Trinta crianças.



"Sou a Leena, já agora."

"Anne," ela apresentou-se juntando a mão dela à da minha mãe, num aperto de mão.


Suspirei quando vi o rapaz a sentar-se do meu lado assim como o resto das crianças e ainda uma rapariga um pouco mais velha que o cara de cavalo. Desejei poder ouvir a minha música em vez de os gritos histéricos das crianças já cansadas depois de tanta brincadeira.

Para minha surpresa, Auriel fazia os mesmo anos que a filha de Anne, Maelys. Ambas faziam cinco anos.


"Ainda não sei o teu nome." O rapaz do cabelo pior que uma esfregona de palha comentou.

"E eu não quero saber," sorri cinicamente para ele.

"Não sejas rude." Revirou os olhos.

"Não me chateies." Respondi entre dentes.

"Eu sou o Harry." Ele falou tentando melhorar as coisas.

"Olha que bom para ti." Dei de ombros.

"Estou a ver que isto vai ser difícil." Abanou a cabeça negativamente.

"Só vai se tu quiseres, porque se parares de falar agora é melhor para mim." Dei-lhe uma palmadinha nas costas, mas logo limpei a mão a um guardanapo.


Ele olhou-me ofendido e mais uma vez eu lhe ofereci um sorriso cínico.

Entretanto as velas foram acesas e as meninas de mão dada começaram a cantar os parabéns juntamente com os seus amigos, quando a canção terminou, as duas pegaram numa vela e foram para debaixo da mesa pedir um desejo.


_______________________

E parece que o nosso Harry já está em acção! Mas não se entusiasmem muito, ele vai aparecer acho que no próximo e eu confesso que enquanto escrevia me esqueci um pouco dele... Mas já está na fotografia de novo xD 

Espero que tenham gostado mais um bocadinho da nossa Braelynn e menos um bocadinho da família dela! Há surpresas para vir xp E eu  estou a publicar agora um pouco para me esquecer do stress das colocações da faculdade... Nem consigo pensar em comida, sintam a minha dor!


Segunda feira há capítulo novo! E wow mil obrigada, tão pouco tempo e já chegou aos 100 votos?! Vocês são as melhores.

Love you all.

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