S e t e.

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{O que acham da nova capa?! Boa leitura.}


Acordo desconfortável e imediatamente sinto uns braços em cima de mim. Permaneço com os olhos fechados e apenas suspiro, não querendo relembrar o acontecimento de algumas horas atrás.


"Já podem sair de cima de mim." Falei para a minha mãe e para Jackson que estavam sentados em cima da cama e a minha mãe me abraçava.

"Já vi que o feitio continua o mesmo." Jackson comentou.

"Deverias gostar bastante de estar num hospital com pessoas quase a asfixiarem-te sem ainda teres acordado como deve de ser." Dei-lhe um sorriso cínico após abrir os olhos como deve de ser.

"Filha, que susto nos pregaste! O que raio é que aconteceu?" Questionou triste e abalada, tentando mudar de assunto para prevenir uma discussão.

"Se eu soubesse não estaria aqui, eu acho." Respondi sem querendo dizer o que teria originado todo aquele acontecimento.

"Vá, já chega de seres rude." O Jackson voltou a falar.

"E já chega de estares aqui, não te quero neste quarto." Falei com convicção.

"Muito bem." Ele pôs as mãos no ar em sua defesa e logo abandonou o quarto.


Fiquei sozinha com a minha mãe, não querendo dizer nem ouvir nada, certifiquei-me de carregar duas vezes no botão que me facilitava a chamada de uma enfermeira e em cerca de cinco minutos ela apareceu no quarto. O seu sorriso notava-se ser forçado e eu questionava-me mentalmente há quanto tempo ela estaria de serviço.

Vi-a a pegar na minha ficha médica que se encontrava aos pés da cama e deu uma olhada rápida, dizendo que voltava já e tornou a sair do quarto.

Suspirei e revirei os olhos, provavelmente voltaria mais tarde para dizer algo que eu provavelmente já sabia o que era.


"Braelynn?" A voz da minha mãe soou no quarto, fazendo-me olhar para ela.

"O que foi?"

"O que é que se passou contigo?" Suspirou derrotada, percebi que não queria discutir.

"Achas que eu sei?" Respondi ainda meio irónica, aquela pergunta dela era também algo que não fazia sentido.


Ela apenas se limitou a abanar negativamente a cabeça e saiu do quarto, provavelmente para eu não ver o quão triste ela estava. Sentia que nada de muito mal se passava comigo, mas não me podia diagnosticar a mim própria só porque sim.

Passaram-se cerca de quinze minutos quando a enfermeira bateu à porta e entrou juntamente com um médico. Ambos olharam para mim com um sorriso pouco convincente e eu limitei-me a olhá-los, sem estar muito interessada.


"Olá, menina Allan," o médico começou por se dirigir a mim e eu apenas acenei com a cabeça. "Bem, eu não sei se você quer que eu chame a sua mãe?"

"Não, eu prefiro não a ter aqui. Também já tenho idade suficiente para saber as coisas sem ter que ser com ela por perto." Dei-lhe um sorriso um pouco falso.

"Muito bem." Ele tossiu após falar. "Eu não quero estar aqui com muitos rodeios, mas a menina tem tido alguns sintomas que não seja muito habitual em si? Humor depressivo, ansiedade, angústia, cansaço fácil, desinteresse em tudo o que lhe propõem, perda ou aumento de apetite ou de peso, interpretação distorcida ou negativa da realidade?"


Eu olhei para ele e dei uma gargalhada irónica e olhei depois para ele mais séria, como quem pedia desculpa.


"Se me está a tentar diagnosticar com depressão, eu sei bem que a trago comigo. Nunca procurei ninguém porque qual é a necessidade mesmo? Enfrascarem-me com medicamentos para isto e para aquilo para não fazer realmente qualquer efeito? Peço desculpa, mas nego-me a tal." Afirmei cruzando os braços sobre o peito.

"Menina Allan, o que aconteceu consigo mais cedo foi um ataque de pânico. Poderá ter sido causado por qualquer coisa, mas isto provavelmente já vem de um acontecimento do seu passado. Se não quer tomar medicação, sugiro que procure um psicólogo. Que se comprometa a conversar com alguém e também a arranjar um passatempo para que não tenha a mente tão dispersa e vazia, faz sempre bem ter algo para fazer." Sugeriu e eu suspirei. "É importante chegar à resposta para a questão do que a está fazer passar por isto, se tiver que ser por desabafar com outra pessoa que mal conhece então será mais fácil do que se tivesse que falar com a sua mãe ou qualquer outro amigo. Tanto a ansiedade, como ataques de pânico que muitas vezes são gerados pela depressão não são matéria de brincadeira ou despreocupação."

"Eu entendo." Engoli a seco.


Depois de me dar ainda mais algumas sugestões e me ter concedido alta, o médico saiu do quarto deixando ficar a enfermeira para que me retirasse o cateter e tudo mais enquanto eu me deixei ficar um pouco mais na cama enquanto olhava atentamente para a parede. Eu sabia que se passava algo comigo, sentia que algo não estava bem quando passava todo o tempo miserável e não tinha vontade para fazer nada, mas nunca me dei sinal verde para ver um médico uma vez que não havia nada mais desnecessário que tomar medicação para um problema psicológico e não propriamente físico.

Sentia-me obrigada a ter que viver comigo mesma e até isso me fazia ficar cada vez mais triste. Era como carregar um peso às costas, apenas a diferença é que esse peso era a minha vida e por mais que a quisesse descartar, não podia simplesmente acabar com a minha vida embora soubesse que só o Louis se iria importar com o facto de que eu podia matar-me.

Quando a enfermeira acabou de fazer o seu trabalho, destapei-me e rapidamente vesti a minha roupa, ficando pronta para voltar para casa e ter uma noite de sono descansada. Obviamente que antes de sair, ela me deu uma credencial com uns medicamentos que eu deveria tomar apenas em caso de uma crise muito forte de pânico ou ansiedade, segundo ela "iriam fazer com que me sentisse um pouco melhor antes de decidir e começar a ver um psicólogo". Revirei-lhe os olhos e disse-lhe um obrigado muito contrariado e saí do quarto.


"Estava a ver que nunca mais." A minha mãe comentou.

"Ainda estão aqui?" Perguntei dando um riso irónico.

"Não achas que já chega?" Ela questionou num tom zangado. "Comporta-te e sê bem educada pelo menos uma vez na vida, caramba Braelynn!"


Não voltei a dizer mais nada, a minha cabeça tinha começado a doer e eu só queria enfiar-me no meu quarto. No único sítio que sabia que ninguém estaria para me chatear e poderia ter todo o tempo do mundo para fazer uma decisão tão difícil como a de aceitar começar a ver um psicólogo, ou não.


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Olá lindas! Hoje como não tive nada na faculdade decidi trazer-vos um novo capítulo e sim, segunda haverá outro xp 
Queria começar por vos agradecer os 500 votos e os 200 comentários! Uau , não pensava que estaria já assim quando fosse para o capítulo 7... Ainda assim gostava de vos pedir que divulgassem com as vossas amigas ou assim :)

Depois queria deixar-vos uma perguntinha... Eu não estava a pensar fazê-lo mas como alguém mencionou num comentário, gostariam que fizesse o tal essay que a Braelynn falou no início do capítulo anterior? Claramente seria uma coisa assim muitoooo sentimental e talvez um pouco puxado até. Por isso digam se querem ver esse ou não :)

Também estou a pensar no divórcio da dona Leena e do otário do Jackson. O que dizem a isso? Preparem-se que coisas vão começar a acontecer eheh


Esta nota já está gigante mas... E A NOVA MÚSICA DO MEU SUNSHINE LINDINHO LOIRINHO MARAVILHOSO ANJINHO AKA NIALL HORAN?!?!?!?


Love you all!

Depressed // H.SWhere stories live. Discover now