O doce sabor do desejo (degus...

By PaulaAlisonBenalia

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Ele precisa de uma noiva, a qualquer custo. Ou seu irmão ficará com o que lhe pertence! Ela precisa de dinhei... More

Prologo
Cap 1
Capítulo 2
Cap 3
Cap 4
Cap 5
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
Cap 11
Cap 12
Cap 13
Cap 14
Chegouuuu
Cap 15
Cap 16
Cap 17
Cap 18
Cap 19
Cap 20
Diogo
Cap 21
Cap 22
Cap 23
Esclarecimento
Cap 24
Cap 25
Por um amor como dos livros
Cap 26
Cap 27
Aviso- livro 4 da serie doce sabor
Cap 28
Cap 29
Cap 30
Cap 31
Cap 32
Cap 33
Cap 34
Cap 35
Cap 36
Cap 37
Cap 38
Cap 39
Cap 40
Cap 41
Cap 42
Cap 43
Epilogo
Epilogo
Agradecimentos
Novidades
Ultimo livro da serie postado
Olha isso 😱😱😱
O doce sabor do amor

Cap 6

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By PaulaAlisonBenalia

Megan

Um, dói, três.....oitocentos e cinquenta..... Eu contava mentalmente esperando o sono chegar. Claro que não chegou. Tinha um idiota no quarto ao lado fazendo barulho sem pudor algum. E provavelmente acompanhado de uma vaca qualquer, e a desgraçada não parava de berrar.
Será que tem como a minha vida ficar pior? Eu duvido muito. Sozinha, morando com um estranho, sem trabalho e agora sem conseguir dormir.
Conclui que poderia ficar muito pior quando escutei um gato começar a miar. Eu não conseguia ouvir esse barulho e ficar sem fazer nada. Eu sabia bem o que era ficar sozinha no meio da noite sem abrigo e comida. Nem me dei ao trabalho de me trocar e desci as escadas, correndo, de pijama.
Como ele ainda se divertia com a mulher na cama, as luzes da casa ainda estavam acesas, o que facilitou o acesso. Abri uma das dezenas de portas que davam acesso ao jardim e sai a procura do gato.
Enrosquei o cabelo em alguns galhos, cortei o dedo em um espinho e fiquei completamente suja, me rastejando pelos cantos e depois de uns dez minutos o encontrei encolhido debaixo de uma roseira.
Era a coisa mais fofa que já tinha visto. Um gato persa caramelo.Com certeza fugiu de alguma casa.

O peguei com cuidado e como um assassino fugindo da policia, voltei ao meu quarto, trancando a porta. O gato não parava de miar.
- você tem que ficar quietinho se quiser ficar comigo. Ou vamos acabar os dois na rua.
Acariciei seus pelos macios, juntei algumas almofadas e um edredom e fiz uma cama no chão para ele.
O barulho no quarto ao lado tinha acabado. E o gato também sossegou. Enfim eu pude fechar os olhos e dormir.
Acordei no outro dia com alguma coisa em cima de mim. Levei um susto até me lembrar do meu novo colega de quarto.
- temos um problema aqui né! Se o leão resolver rugir e te descobrir, estaremos encrencados.
Peguei ele no colo e dei uma conferida, descobrindo que era fêmea.
- vamos te chamar de Leona. Assim se ele descobrir talvez não te mate, sabendo que fiz uma homenagem a ele. Vou providenciar comida pra você.
Me troquei, tranquei o quarto e desci. Eu precisava ir no mercado. Não tinha nada nem pra mim comer e eu não aceitaria nada daquele mesquinho.
Assim que desci a escada, dei de cara com Leon. Ele estava elegantemente vestido em um terno grafite.
- bom dia.- falei.
- bom dia. Dormiu bem?- ele perguntou sorrindo.
Imbecil, ele sabia que eu não tinha dormido bem.
- mentor impossível. Tenho um sono absurdo. Assim que deito na cama, durmo igual uma pedra. Nem uma bomba nuclear é capaz de me acordar.
Mentirosa. Meu sono era frágil, como cristal.
- que bom. Também dormi muito bem.
- você pode me dizer onde tem um mercado próximo?
- a três quarteirões daqui. Nessa mesma rua.
- ótimo. Vou fazer compras.
Sai em disparada. Não me sentia confortável conversando com ele.
Assim que cheguei no pequeno, mas luxuoso mercado do condômino, descobri que tudo lá custava o dobro do preço. Comprei só o básico e peguei leite e ração para o gato.
Quando voltei para casa, ele ainda não tinha saído.
- pedi para a Regina separar duas portas da dispensa para você guardar suas compras e uma das geladeiras da cozinha. Se quiser pelo menos me fazer companhia no café da manhã, vai ser bom. Preciso te perguntar algumas coisas.
- certo. Vou na cozinha preparar meu leite e já volto.
A cozinha dele era maior que a minha antiga casa. Tinha duas geladeiras gigantes, eletrodomésticos espalhados para todos os lados e até uma televisão ele tinha colocado em um canto. Tudo esbanjava dinheiro e ostentação na casa dele. Era tudo frio e silenciosos como o dono.
Encontrei a Regina preparando o café.
- bom dia Regina.
Ela se assustou com a minha presença e me olhou curiosa.
- bom dia. Você vai tomar café com o patrão?
- vou. Mas não se preocupe, a minha comida é diferente da dele. Eu sou muito enjoada para comer.
Eu tinha de arranjar uma desculpa. Se eu seria a noiva dele, era muito estanho não partilharmos da mesma refeição.
Ela pareceu estanhar, mas não comentou mais nada.
Depois de organizar meus alimentos, peguei um pão com manteiga e um copo de leite e fui para a sala de jantar.
A mesa era enorme e estava repleta de coisas boas. Frutas, bolos, vários tipos de suco e bolachas. Tudo para uma única pessoa. Como o mundo era injusto.
Ele estava sentado na ponta e fez sinal para que eu me sentasse na cadeira ao lado.
- tem certeza de que não quer nada?- ele perguntou enquanto devorava um pedaço de bolo de chocolate.
- tenho sim.
Comi em silêncio. Ele não parava de me olhar. Me mexi desconfortavelmente na cadeira.
- posso te fazer uma pergunta Meg?
- pode. Não sei se respondo, mas pode fazer.
- cadê sua famílias?
- estão mortos. Todos morreram.- menti.
- acidente?
- Sim.
- às vezes acho que é melhor ser sozinho.-ele disse reflexivo enquanto devorava o segundo pedaço de bolo.
- Talvez, mas nem todos os dias. Sempre é bom ter a quem recorrer.
Me lembrei de dezenas de vezes que fiquei doente e gemi sozinha, sem ter para quem ligar. De todos os aniversários que eram como um dia qualquer e ninguém vinha me dar um abraço ou trazer um bolo.
Mordi um pedaço do pão e engoli com dificuldade. Eu tinha perdido a fome ao falar disso.
Ele encarou minhas mãos e percebi que era por causa das cicatrizes. Herança da minha mãe.
- são marcas do uso de droga?
- não Leon. Eu não uso deogas, nunca usei e não pretendo chegar perto delas nunca.
- e porque tinha alguém querendo te matar?
O seu olhar buscou o meu. Eu já tinha percebido que ele olhava dentro dos meus olhos quando fazia uma pergunta. Ele parecia ver além e chegar até minha alma.
- não era a mim que queriam matar. Pediram dinheiro ou matariam outra pessoa.
Eu nem sei o porque estava explicando isso a ele. Mas me pareceu tão bom ter alguém para conversar.
- você disse que não tem família. É algum namorado?
Franzi a testa.
- eu não quero falar sobre isso. Não lhe diz respeito.
Tomei um gole de leite.
- tem razão, nada de você me diz respeito. Exceto nosso "noivado". Pretendo dar uma festa logo para oficializarmos isso. E vou receber um amigo, hoje, aqui em casa. Ele está de passagem e vai dormir aqui esta noite. Então você vai dormir no meu quarto, junto comigo.
Engasguei com um pedaço de pão e me encolhi assustada.
- pode ficar tranquila. Não vou te agarrar. É só pra manter as aparências. Ele nunca acreditaria que eu mantenho uma noiva na minha casa e longe da minha cama.
- eu não acho.....
- não me interessa o que você acha.- resmungou se levantando da mesa.- como eu já disse, minhas ordens, minhas regras. Até mais Megan.
Pisando firme, ele saiu, me deixando sozinha e com muita raiva. Arrogante e idiota. Era isso que ele era.
Terminei de comer meu pão e voltei para a cozinha, pegar comida para a Leona.
Subi em dispara para o quarto e fui recebida com pelos  macios se esfregando nos meus pés:
- voltei meu bebe. Trouxe comida pra você.
O resto do dia passou rápido. Aproveitei a televisão no quarto e coloquei alguns DVDs, ensaiando novos passos de dança. Limpei a bagunça que a Leona fez no quarto e precisei ir até a lavanderia e colocar na máquina de lavar as cobertas da sua cama improvisada. Seria complicado manter uma gata trancada no quarto.
No almoço comi só uma fruta. A Regina estava limpando a cozinha e não quis atrapalhar, fazendo meu almoço.
O leão da vez não apareceu em casa. O que foi um alívio. Seis hora da tarde me enfiei na cozinha e comecei a preparar um lasanha de frango e arroz. Eu estava morta de fome.
- não quer que eu preparare para a senhora?- a Regina perguntou.
Ela era uma senhor adorável. Devia ter uns cinquenta anos, baixinha e gordinha, e sempre tinha um sorriso afetuoso no rosto.
- não precisa. Obrigada.
- você vai fazer a comida do senhor Leon também? Ele deixou o cardápio da janta e não me disse nada.
- não Regina, eu vou fazer só a minha. Como eu disse, sou muito enjoada. A comida dele você vai preparar normalmente. Posso até te ajudar a preparar a dele se você quiser.
Como boas amigas, ficamos cozinhado juntas. O Leon tinha pedido risoto de camarão, acompanhado de purê de banana marmelo. Nenhum dos dois me pareceu agradável, mas como dizem, gosto não se discute.
A Regina me contou que trabalhava na casa há cinco anos e que nunca nenhuma mulher morou lá. Ela estava feliz pelo patrão finalmente ter encontrado sua alma gêmea. Mal sabia ela da verdade.
As sete em ponto, as comidas estavam prontas e escutei a voz do Leon. Ele chegava acompanhado  de alguém.
- Amor, cheguei.- ele gritou.
Respirei fundo, abrindo um sorriso bem falso e entrei na sala.
Ele se aproximou e me pegando desprevenida depositou seus lábios nos meus em um selinho rápido e carinhoso. Senti meu coração parar de bater e precisei me concentrar muito para prestar atenção no que ele dizia.
- esse é o amigo que te falei. Ruan estudou junto comigo na faculdade e agora mora em Londres, só veio resolver uns problemas com a família no Rio e parou aqui para tomarmos umas cervejas.
- prazer Ruan.- estendi a mão. Ele a beijou e me puxão em um abraço.
- eu nem acreditei quando o Leon disse que estava noivo. Pensei que nunca veria esse dia. Mas agora entendo o motivo dele querer se enforcar. Você é linda, simplesmente perfeita.
Sorri em agradecimento ao elogio e fui retirada dos braços dele, com um delicado puxão que o Leon deu no meu braço, provavelmente deslocando algumas costelas minha.
- te falei. Ela é perfeita. E MINHA! Amor você pode pedir para a Regina servir o jantar em quinze minutos? Vou acomodar o Ruan no quarto de hóspedes e tomar um banho, já descemos.
- claro querido. Vai lá, você deve estar cansado.
Isso soava tão falso dos meus lábios, que não enganaria nem uma criança. Eu estava tentando fazer o melhor. O problema é que eu simplesmente não conseguia ser tão falsa como ele.
Sai da sala e dei o recado para a Regina. Pedi que colocasse a minha comida na mesa também. Discretamente eu comeria só que preparei.
Subi para o quarto e alimentei a Leona. Tomei um banho rápido e coloquei um vestido preto, curto e frente única. Era uma das melhores roupas que eu tinha. O restante se resumia a roupas de academia.
Quando desci, os dois já estavam sentados na mesa me esperando.
Percebi um olhar malicioso do Ruan em minha direção. Ele com certeza era o tipo de amigo que o Leon teria.
O Leon se levantou e puxou a cadeira para que eu me sentasse. Assim que sentamos, se pegou em minha mão sobre a mesa, como um gesto possessivo.
Eles acabaram comendo mais a lasanha e o arroz que fiz, do que o restante da comida.
A conversa foi agradável e ri horrores com o Ruan. Ele contou várias aventuras suas pelo mundo afora e todas recheadas de confusão.
Depois da janta, eles foram assistir tv e beber. Eu pedi desculpas e disse que ia para o quarto.
Só quando cheguei no andar de cima, é que me lembrei que tinha que dormir no quarto do inimigo. Eu estava apavorada coma situação. Fui até meu quarto, peguei um pijama e minha escova de dente e tranquei a porta, deixando a Leona sozinha. Eu esperava que ela se comportasse durante a noite.
Quando abri a porta do quarto dele, um arrepio tomou conta do meu corpo. Eu estava com medo e o quarto gigante, ostentado por uma cama que parecia não ter fim, não ajudou.
Entrei no banheiro, me troquei e lavei o rosto tentando me acalmar.
Quando voltei para o quarto, sentei na cama e então percebi que estava tremendo. Droga!
Eu não podia nunca ficar em um quarto, sozinho com um homem, sem me lembrar daquela noite. Aquelas mãos me tocando por todo o corpo. Sem perceber, deixei um soluço escapar da minha boca. E percebi que dois olhos estavam na porta, me encarando profundamente.

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