Scaban [Completo]

By belyny

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[História concluída] [Não revisada] Se minha vida é miserável? Bom, tire suas próprias conclusões, mas eu me... More

Sinopse.
Prólogo.
Capítulo 1 - Um Sonho Quase Real.
Capitulo 2 - O Que Diabos tem de Errado Com Scaban?
Capítulo 3 - Correndo.
Capítulo 4 - Ele Estava Lá.
Capítulo 5 - A lenda de Salen. Parte I
Capítulo 6 - Isso carbonize meu esquecimento!
Capítulo 7 - A lenda de Salen. Parte II
Capítulo 8 - Bem vinda ao paraíso dos bastardos. Parte I.
Capítulo 8 - Bem vinda ao paraíso dos bastardos. Parte II.
Extra: Mapa de Scaban.
Capítulo 9 - Entendedores não entenderão.
Capítulo 10 - A lenda de Salen. Parte III.
Capítulo 11 - A doce voz do cupido.
Capítulo 12 - A lenda de Salen. Parte IV.
Capítulo 13 - Emanando questionamentos. Parte I.
Capítulo 13 - Emanando questionamentos. Parte II.
Capítulo 14 - Um A qualquer.
Capítulo 15 - A lenda de Salen. Parte V.
Capitulo 16 - Entre um pouco tome um chá.
Capítulo 17 - A lenda de Salen. Parte VI.
Aviso: Novaris - Arena de Fumaça.
Capítulo 18 - A de Amélia B de Bruxos C de Conspiração. Parte I.
Capítulo 18 - A de Amelia B de Bruxos C de Conspiração. Parte II.
Capítulo 19 - Doce Lenna. (Ravi)
Capítulo 20 - A Lenda de Salen. Parte Final.
Capítulo 21 - O peso de três vidas. Parte I.
Capítulo 21 - O peso de três vidas. Parte II.
Capítulo 22 - Meu azul favorito. (Hayley e Ravi).
Capítulo 23 - Um despertar banal.
Capítulo 24 - Passar bem, príncipe.
Bônus: Especial de Natal.
Capítulo 25 - Você e seu pé 103.
Capítulo 26 - Nosso laranja de cada dia. Parte I.
Capítulo 26 - Nosso laranja de cada dia. Parte II. (Hayley e Ravi)
Capítulo 27 - Oh...céus! Mãe?
Capítulo 28 - Hayley Hayny. (Hayley e Ravi)
Capítulo 29 - O sacrificio. (Hayley e Ravi)
Capítulo 30 - Deu tudo muito errado.
Capítulo 31 - O jeito é procurar em Matri. (Hayley e Amélia).
Capítulo 32 - Você soca como uma moça, Hayley.
Capítulo 33 - Em Scaban as coisas são ácidas. Parte I.
Capítulo 33 - Em Scaban as coisas são ácidas. Parte II.
Aviso Especial: #ScabanTodoDia.
Bônus: #ScabanTododia - 01.
Bônus: #ScabanTodoDia - 02
Bônus: #ScabanTodoDia - 03.
Capítulo 34 - Eu só queria sumir. (#ScabanTodoDia - 04)
Bônus: #ScabanTodoDia - 05.
Bônus: #ScabanTodoDia - 06.
Capítulo 35 - Eu não sou feita de vidro. Parte I. (#ScabanTodoDia - 07)
Capítulo 35 - Eu não sou feita de vidro. Parte II. (Hayley e Amélia).
Capítulo 36 - Plano E de Emergência.
Capítulo 37 - Troxs.
Capítulo 38 - O assassinato no lago encantado.
Capítulo 39 - Bruxa do Coração de Pedra.
Capítulo Bônus.
Capítulo 40 - Drago.
Capítulo 42 - Alberg é um covarde.
Capítulo 43 - Sem mais delongas.
Capítulo 44 - Amélia vai lutar.
Capítulo 45 - Salen e...Amélia?
Capítulo 46 - Um dia...talvez dois.
Capítulo 47 - A Batalha Final.
Capítulo 48 - Rumo ao Mundo Real. (Ravi)
Capítulo 49 - Muito chapado. Parte I.
Capítulo 49 - Muito Chapado. Parte II.
Aviso: Leiam, por Favor!! PRINCIPALMENTE QUEM ESTÁ NO COMEÇO DE SCABAN.
Capítulo 50 - O pacto final.
Agradecimentos.
Epílogo.
Perguntas e Respostas.
Livro novo!!

Capítulo 41 - Está na hora de voltar pra casa.

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By belyny

Eu fui vestida por três criadas.

Três mulheres tiveram o trabalho de colocar um vestido de camurça verde em mim. Como se eu fosse uma criança, e que não soubesse ao mínimo abrir os botões de uma roupa.

Elas me ajudaram até a tomar banho. O que foi constrangedor.

Minha mãe fora a única pessoa que me ajudou a tomar banho na vida. Esfregando a minha pele com uma esponja cor de rosa. Quando eu tinha três anos de idade.

E agora eu estava aqui. Em Scaban. Em um palácio. Recebendo banho de três criadas.

Isso era bem estranho. Bem constrangedor. E eu não via a hora disso acabar.

Não me leve a mal. Eu gosto de um luxo, com certeza. Mas eu gosto de tomar banho sozinha. Gosto de me lavar sozinha. E me vestir sozinha também.

Mas eu não consegui dispensar aquelas criadas insistentes e tive que aguentar todos os seus cuidados antes de ficar finalmente pronta e ser guiada para fora do meu quarto, em direção à escadaria principal.

Que era bem alta. E bem amedrontadora para quem estava usando uma sapatilha apertada em seu pé e um vestido arrastando no chão.

Se eu caísse ali? Seria terrível.

Comecei a descer os degraus sem classe alguma, sentindo o peso do coque em meu cabelo me puxar para trás. Haviam colocado penas esverdeadas em meio ao meu cabelo claro. Mas eu não pude ver como estava ficando porque não tinha espelho em Scaban.

Que tipo de lugar era aquele?

Eu queria muito me ver no espelho. Apenas isso.

Mas não deu.

E eu tive que acreditar nas criadas ao ouvi-las dizerem que eu estava "linda e radiante".

Eu devia estar mesmo, afinal, estava vestida feito uma princesa após passar meses vivendo como uma mendiga.

Qualquer coisa seria melhor do que antes. E me deixaria linda e radiante.

- Uau. – alguém exclamou, da ponta da escada, me fazendo levantar meu olhar, assustada. Era Ravi.

Não sabia que ele estava me encarando descer a escada.

Droga. Eu estava descendo feito uma pata manca.

Senti meu rosto corar. Que vergonha!

Ele não podia esperar para ter alguma reação quando eu terminasse de descer todos aqueles degraus perigosos?

Não respondi, tentando prestar o máximo de atenção em meus passos, para não sair rolando pela escada luxuosa do palácio de uma senhora, que teoricamente era minha bisavó, mas que teria facilmente idade para ser a minha avó, ou até mesmo a minha mãe.

Deus. Como aquilo era confuso.

- Não precisa descer mais rápido não. Estou bastante confortável com esses sapatos menores que os meus pés. – Ravi reclamou, chamando a minha atenção.

Fiz uma careta, tentando pareceu indiferente com sua presença ali.

- Tente descer uma escadaria dessas com um vestido arrastando perigosamente ao lado de seus pés.

Respondi, encarando-o por alguns segundos, analisando-o.

Ele estava vestido com uma camiseta escura e uma espécie de paletó preto por cima. Ele não usava gravata, mas aquilo não devia ser comum ali em Scaban.Por isso eu dei o crédito a ele.

Ele parecia um príncipe de verdade.

Assim como a primeira vez que o vi. Com um sorriso galanteador nos lábios finos e rosados e os cabelos escuros meticulosamente arrumados.

Sua postura era impecável.

Ele parecia ter nascido para governar um palácio daqueles. Tinha certeza que ele seria um ótimo líder. Bom, se ele tivesse a chance...

Voltei minha atenção para os meus passos logo em seguida, ignorando aqueles pensamentos.

- Você quer ajuda? – Perguntou, falando alto o suficiente para que eu o escutasse com perfeição, mas que ao mesmo tempo não fosse tão alto assim.

Agarrei o corrimão, sem delicadeza alguma, segurando meu vestido verde, maravilhosamente pesado, enquanto terminava ou últimos degraus e alcançava finalmente um Ravi sorridente.

- Pronto. – Anunciei, orgulhosa, soltando o tecido e encarando-o, aceitando sua mão estendida e passando meu braço em volta do seu logo em seguida. – Agora você pode me deixar constrangida a vontade. Não há mais chance de morrer nesse solo firme.

- Hayley! – Ravi reclamou, sorrindo fraco, mantendo sua postura. – Você nunca desceu uma escada na vida?

- Não com um vestido desses.

Era verdade. Eu não havia tido motivos para usar um vestido escandalosamente pesado e verde como aquele na minha vida. Nem festa de quinze anos eu tinha tido. Eu havia escolhido a viagem ao invés da festa.

Clichê.

- Certo. – Ravi começou, me guiando em direção a um salão bem iluminado a nossa esquerda. Havia um homem parado elegantemente na frente deste. Ele nos encarava, sério. – Mas saiba que você fica encantadora nesse vestido.

Sorri fraco, surpresa com o elogio.

- Obrigada. – Agradeci, sem encara-lo. – Você também está muito bonito...

Ravi sorriu.

- Pareço um maldito de um príncipe de novo, não?

- Com certeza.

- Que droga.

Sorri.

- Não é uma droga. – Comecei. – Ser chamado de príncipe é um elogio de onde eu venho.

- De onde eu venho...ser príncipe não era uma coisa muito boa. – percebi que ele ficou tenso ao tocar nesse assunto.

Lamentei então, ter tocado nele.

- Ravi...

- Senhores? – escutei alguém nos chamar, virei então, meu rosto na direção que o som vinha, dando de cara com um mordomo bem vestido segurando uma bandeja. Ele nos encarava sério, com o queixo empinado. – O rei e a rainha os aguardam no salão. – anunciou, caminhando em nossa direção logo em seguida. – Permita-me que eu os guie...

Aquela era a deixa que precisávamos para irmos mais rápido. Era elegante chegar atrasado. Mas não muito. E não quando fosse encontrar um rei e uma rainha.

***

Quando adentramos o salão de jantar, não consegui esconder a minha surpresa.

Era lindo. Absurdamente luxuoso.

Havia um lustre maior que um carro pendurado como se fosse uma pena no teto. Velas estavam cuidadosamente acopladas em várias aberturas, iluminando a mesa gigantesca e dourada na qual o rei e a rainha já estavam sentados.

Voltei meu olhar rapidamente para Vitória, sorrindo para esta, que retribuiu o sorriso. Ao seu lado na ponta da mesa estava um homem, que provavelmente era o rei, usando uma coroa vermelha e dourada, enorme, amassando seus cabelos castanhos e compridos.

Ele tinha a expressão séria, e bebia algum líquido escuro de uma taça dourada com algumas pedrinhas vermelhas cuidadosamente posicionada ao redor do objeto. Rubis. Reconheci de cara. Rubis vermelhos.

Voltei meu olhar para o outro lado da mesa e percebi que Drago já estava sentado ali também, e que parecia bem confortável em sua cadeira. Ele sorriu para mim, mas eu não retribui o sorriso, finalmente me soltando do braço de Ravi e caminhando para o lado da mesa em que Vitória estava.

O mordomo que havia nos acompanhado até ali puxou a cadeira para que eu sentasse, uma cadeira depois da rainha Vitória.

Agradeci-o, tentando ao máximo pareceu fina ao me sentar e cruzar minhas pernas, sem amarrotar muito aquele vestido maravilhoso.

Ravi sentou na minha frente, perfeitamente a vontade.

Ele se encaixava bastante naquele cenário, afinal, ele havia crescido como um príncipe, mesmo que no final isto tenha culminado em algo bem diferente.

- Sejam todos bem vindos. – A rainha Vitória se pronunciou, finalmente, sorrindo. – Estávamos esperando vocês chegarem para servir o jantar.

Sorri, tímida. Ótimo. Eu tinha atrasado o jantar.

Ótimo jeito de começar, Hayley.

- É um prazer recebê-los aqui. – o homem que estava sentado na ponta de mesa se pronunciou.

- O prazer é todo nosso. – Respondi, cordialmente, dando o meu maior sorriso.

O homem com a coroa voltou o olhar para mim, fixando-o em meu rosto rapidamente.

Sorri, desconfortável.

Seus olhos eram tão claros que pareciam não ter cor alguma no final. Seu rosto era firme e sério, pesado com linhas de expressões severas e olheiras fundas. Ele não era bonito. Era intimidador. E eu estava bastante intimidada com aquele olhar.

- Você deve ser Hayley. – Soltou, finalmente, limpando sua garganta e bebendo um gole de sua taça.

Assentiu com a cabeça, respirando fundo.

- Ela não é linda? – Vitória se intrometeu, animada. Sorri fraco, abaixando o olhar.

- Ela tem os seus cabelos. – apontou, dirigindo-se diretamente a rainha Vitória, me deixando mais desconfortável ainda.

- E os olhos de Salen. – Ela completou, voltando seu olhar para seu marido, e depois para mim. – Você acredita, Ian, que ela é nossa bisneta?

- Não, na verdade. – Respondeu, sem tirar os olhos de mim. – Ela já é uma mulher. Me parece impossível...

- Eu cresci em um lugar longe daqui... – Interrompi-o, insegura. – ...Majestade. Lá o tempo passa mais rápido.

- Não precisa se explicar, querida. – Vitória foi rápida. – Nos sabemos que não está mentindo. Não sabemos, Ian?

O rei bebeu mais um gole de seu vinho antes de dar de ombros.

Respirei fundo, sem saber como reagir.

- Bom! – Vitória bateu palminhas, chamando a atenção de todos, mudando de assunto. Amei-a por isso. – Percebo que Patrícia não está aqui...

Observei os lugares vazios ao meu redor, finalmente tomando consciência que ela estava certa. Havia me esquecido de Patrícia.

- Sim, majestade. Ela preferiu ficar deitada. – Drago respondeu, rapidamente. A rainha sorriu.

- Entendo... Bom, é uma pena! O jantar de hoje está esplêndido. Nosso melhor cozinheiro preparou-o especialmente para hoje.

- A comida daqui é sempre deliciosa! – Drago arriscou. – Bela também adora, não?

- Sim! Adora! – Vitória exclamou, sorrindo. – Já foi servido a ela mais cedo, em seu aposento. Ela dorme cedo. Tem que dormir alimentada.

Drago sorriu.

- Entendo.

Sorri de volta, voltando meu olhar para rainha, e logo em seguida para seu marido, que me encarava atentamente.

Deus. Aquilo era desconfortável.

- Vou pedir o jantar! – Vitória anunciou, animada, chamando o mordomo logo em seguida.

- Hayley? – Meu nome foi chamado por aquele mal encarado e amedrontador rei. Respirei fundo, tentando parecer tranquila.

- Sim, majestade?

- Você tem alguma noticia dela? – juntei as sobrancelhas.

- Dela?

- De Amélia.

Engoli a seco. As últimas notícias que eu tinha era que ela havia sido capturada por Salen, e que depois talvez tenha dizimado uma cidade, e sereias.

- Não. Não depois do ataque que sofremos em Matri.

- Ataque? – Pareceu curioso.

A essa hora Vitória já prestava atenção na conversa novamente, e parecia quase tão curiosa quanto ele pra saber a minha resposta.

- Fomos atacadas em Matri, por bruxos ligados à Salen. Eles nos capturaram.

Voltei meu olhar para Ravi, que parecia desconfortável.

- Entendo... – O rei soltou, voltando seu olhar para Ravi logo em seguida. – O príncipe morto de Kineg? Ele está contigo?

Mudou de assunto.

- Morto?  – Perguntei, sem entender.

- Este é Ravi de Kineg? – Vitória perguntou, surpresa. – Seja bem vindo, alteza!

Ravi não a respondeu.

- Todos achávamos que ele estava morto. Depois que aqueles Troxs invadiram seu castelo e mataram seu pai... – O rei explicou.

- Meu pai está morto? – Ravi perguntou. Percebi então que fora difícil para ele pronunciar aquelas palavras "meu pai".

- Ou sequestrado. – O rei apontou, tranquilamente. – O fato é que desde a invasão dos Troxs ele sumiu, e como você também desapareceu, Kineg entrou em guerra pelo trono.

- Guerra? – Ravi perguntou, surpreso.

Estava tão surpresa quanto ele. Não tínhamos ouvido falar de guerra alguma em Kineg.

- Claro. O trono ficou sem nenhum ocupante. Todos o queriam. Todos o querem, até agora. Mas acredito que agora que está vivo vai voltar para lá e assumir as responsabilidades que deixou para trás, não? – o rei perguntou, o que deixou Ravi sem palavras.

Imaginei a tamanha confusão que estava rodando sua cabeça agora.

- Claro. – Ravi respondeu, firme. – Assim que resolvermos tudo que está acontecendo paralelamente...

Ele voltaria mesmo para lá? Não soube dizer se ele estava sendo mentindo ou não.

Ravi me encarou rapidamente, procurando algum apoio. Aspirei poder segurar suas mãos. Mas era impossível.

- Ótimo! – A rainha exclamou, quebrando a tensão. – O jantar chegou.

Abençoei mentalmente todos aqueles criados que cortaram aquele assunto e começaram a colocar a comida a nossa frente.

Depois abençoei o cozinheiro que fez aquela galinha deliciosa. Realmente. A comida era deliciosa. E eu não tinha percebido o quão faminta estava até colocar o primeiro pedaço de carne na minha boca.

Era bom comer comida assada novamente.

- O que acharam? – A rainha perguntou, enquanto cortava um pedaço de frango no seu prato.

Limpei minha boca e engoli antes de reponder.

- Está delicioso. Obrigada pelo jantar. – Agradeci, cordialmente, Ravi e Drago fizeram o mesmo logo em seguida.

- Vocês são uma graça. – Apontou, animada, enquanto bebia o vinho a sua frente. Fiz o mesmo, sorrindo.

Aquele vinho era delicioso. Entendi porque o rei não parava de bebe-lo.

- Querem mais batatas? – A rainha perguntou, puxando o pratinho dourado a sua frente e empurrando-o em nossa direção, agradeci, pegando duas e colocando em meu prato. Os meninos fizeram o mesmo.

- Essa batata está divina. – Drago elogiou, sorrindo.

- Não está? – A rainha concordou, sorrindo. – É fresquinha de nossa Horta! – Anunciou, orgulhosa, voltando seu olhar para seu marido logo em seguida, sorrindo para ele. – O que você achou, querido?

Ele acariciou sua mão rapidamente, parecendo sem paciência.

- Estão deliciosas, Vitoria. – Disse, friamente.

A rainha sorriu.

- Você gostou, alteza? – Perguntou a Ravi, que sorriu em resposta.

- Estão deliciosas, majestade.

Comi um pedaço das minhas. Fechando os olhos e me deliciando com aquela sensação. Eram batatas incríveis.

Era tudo incrível.

Nunca havia ficado tão feliz em comer.

- Estão deliciosas. – Me coloquei na roda de elogios as batatas também, tirando um sorriso do rosto de Vitória.

O rei bufou, subitamente, chamando nossa atenção.

- Estão mesmo. Mas vamos parar de papo furado porque eu tenho plena certeza que vocês não vieram até aqui para jantar conosco e falar sobre batatas. – Engoli a seco, encarando-o. Toda a descontração anterior havia sido substituída por um vazio em meu estomago. Estava nervosa de novo.

Droga.

- Sim... – Comecei, limpando minha garganta. – Na verdade, eu vim pedir ajuda a vocês. – consegui ser firme em minhas palavras, milagrosamente.

A rainha juntou as mãos em cima da mesa, encarando-me a fundo, agora séria, o rei fez um gesto com a cabeça para que eu continuasse, e foi o que eu fiz, buscando o olhar de Ravi antes de finalmente me pronunciar.

- Como os senhores devem ter conhecimento... – tentei usar as palavras mais formais que eu conhecia, tentando parecer o máximo com alguém confiável para se ceder seus exércitos. - ...Salen está de volta a vida.

Percebi a rainha engolir a seco, discretamente. O rei bebeu um gole de seu vinho.

- Soube que você o trouxe de volta. – falou, encarando-me. Respirei fundo.

- Na realidade... – fiz uma pausa. – ...não era a minha intenção.

- Acredito que não. – o rei concordou, me deixando confusa. O que ele queria dizer com isso?

Voltei meu olhar para Ravi mais uma vez, que me incentivou a continuar com um gesto de cabeça. Prendi minha respiração.

Droga. Por que eu tinha que fazer a negociação?

- Bom, voltando ao principio... – arrumei-me na cadeira, que estava extremamente desconfortável naquele ponto. - ...Salen planeja tomar o poder novamente. – anunciei, o que fez a rainha Vitoria bufar, encarei-a imediatamente, recebendo um olhar tristonho em resposta. Ignorei-o, focando minha atenção nas palavras que ainda precisavam ser ditas. - E para conseguir impedi-lo, preciso da ajuda de vocês.

O rei balançou a taça a sua frente, parecendo indiferente até o momento, desconfiado.

- E como você quer que a gente te ajude exatamente? – Perguntou, finalmente.

- Precisamos de um exército.

A sala ficou em um silêncio completo por mais alguns segundos, até que finalmente a rainha quebrou-o.

- Não. – Soltou, pegando todos de surpresa.

Senti minha respiração vacilar. Eu não esperava por aquilo.

- Vitoria... – o rei tentou argumentar, mas teve sua fala cortada por sua rainha.

- Ele é nosso filho! – exclamou, parecendo nervosa. Fiquei mais nervosa ainda. 

- Nosso filho morreu há muito tempo, Vitoria. – o rei retrucou, o que a fez revirar os olhos.

- Eu não posso lutar contra o meu filho...

- Vitoria...

- Eu não vou matá-lo, Ian. - Respirei fundo, buscando o olhar de Ravi, percebi que Drago estava com o olhar fixo no meu. Ele parecia prestes a dizer alguma coisa, quando o rei o fez se calar ao começar a falar mais uma vez.

- Não temos escolha... – soltou, parecendo desapontado consigo mesmo. A rainha levou uma das mãos a testa, massageando-a.

E eu fiquei sem saber o que fazer.

Podia argumentar sobre as barbáries que ele tinha cometido. Podia dizer tudo de ruim que Salen tinha feito. Mas no final, eu não podia provar nenhuma, e ainda mais, eu não as tinha vivenciado.

- Majestade? – Ravi chamou-o, firme, o que fez com que todos o encarássemos.

Lancei um olhar apreensivo e repressor em cima dele. Deus. O que ele iria falar?

- Se me permitem, eu gostaria de acrescentar a necessidade de protegermos o reino dos Canby dos Troxs que se juntaram ao seu filho... – fez uma pausa, encarando a todos, um de cada vez. – ...e pelo que vimos que aconteceu no reino deles, arrisco dizer que eles não estarão nem um pouco satisfeito com os bruxos.

A rainha arregalou os olhos discretamente, arrumando mais uma vez uns fios de cabelo loiros. Ela parecia ter uma mania irritante de mexer no cabelo o tempo inteiro quando estava nervosa, o que me deixava mais nervosa ainda.

- O que aconteceu no reino deles? – Vitória perguntou, confusa.

Ela não sabia o que aconteceu no reino dos Troxs? Bom, fazia sentido, já que aqui não tinha internet.

- Eles foram dizimados. – Ravi começou, fazendo uma pausa rápida e encarando-a. – Por algum bruxo.

A rainha Vitória levou as mãos a boca, visivelmente surpresa. O rei permaneceu inalcançável, bebendo mais um gole de seu vinho, sem mudar sua expressão.

Respirei fundo, arrumando meu vestido e cruzando os dedos discretamente por debaixo da mesa. Tinha muito que dar certo. Precisávamos muito que eles nos apoiassem. Precisávamos convencer Vitoria.

- Você sabia disso, Ian? – A rainha perguntou finalmente ao marido, com a voz baixa e serena. Seu marido apenas assentiu com a cabeça. – E não pensou em me contar?

- Eu recebi a notícia hoje de manhã, Vitoria. Não pensei que fosse algo importante para lhe contar. – O rei se defendeu, ainda parecendo calmo.

Aquela calmaria dele me deixava desconfiada.

- Como não? Um bruxo dizimou Troxs e você não acha que é algo importante? – A rainha se irritou, arrumando mais uma vez os cabelos. Encarei Ravi rapidamente, que observava a discussão atentamente. Drago se ajeitou na cadeira, fazendo barulhos. Agradeci por Patrícia não estar ali. Não confiava na menina. Não queria que ela escutasse tudo aquilo.

- Vitoria. Esse tipo de coisa acontece. Antigas brigas... – o rei fez uma pausa. – Eu mesmo já fiz várias coisas assim quando jovem.

Engoli a seco. Ótimo. O pai também era um assassino?

- Você é um descarado, Ian...

E assim começou uma DR real ao vivo. E eu fiquei sem saber como reagir.

Toda a classe da rainha Vitória foi pro ralo enquanto ela discutia modos com o seu marido. E aquilo foi chocante.

Os dois tinham personalidades completamente opostas. A rainha era explosiva, e atenciosa, enquanto o rei era distante e calmo.

Mas mesmo assim, na briga eles eram implacáveis.

Mas meu Deus! Aquilo devia parar. Não devíamos perder tempo com aquela briga de casal.

- Senhores? – Drago foi o primeiro a se manifestar. E eu agradeci muito a ele dentro da minha cabeça. – Com todo o respeito eu gostaria de interrompê-los.

O rei deu uma gargalhada abafada antes de soltar a taça agora vazia em cima da mesa. A rainha visivelmente não gostou daquela reação, mas não falou mais nada, apenas arrumou os cabelos e arrumou a postura.

- Perdoem os nossos modos. – O rei se desculpou, encarando-me. – Bem vinda a família, Hayley.

Prendi minha respiração, encarando-o, mas não respondi, pelo contrário, fiz um gesto para que Drago continuasse a discussão.

- Precisamos voltar ao assunto principal, senhores. – Drago apontou, firme.

A rainha assentiu com a cabeça.

- Você está certo. Perdoem-me. – Fez uma pausa, limpando a garganta. – Onde estávamos mesmo?

- No massacre dos Troxs. – Respondi, arrumando minha postura.

- Se me permitem... – Ian começou, chamando minha atenção, e a de todos. – ...eu gostaria de perguntar uma coisa.

- Fique a vontade. – Respondi.

- Quem matou os Troxs? Por acaso tem alguma comprovação que foi um bruxo? – Perguntou, batendo em sua taça, chamando um serviçal para enche-la.

Respirei fundo. Não tínhamos comprovação de nada. Achávamos que foi Amélia. Uma bruxa. Parecia magia. Achávamos que era magia.

Achávamos apenas. Achávamos e não sabíamos de nada. Mas obviamente, ele não podia saber disso.

- Achamos que foi Salen. – Drago soltou, sem delongas, o que me assustou. Não! Nós não achávamos que foi Salen! Eu tinha certeza que não havia sido Salen. Droga, Drago. Não era hora de contar uma mentira tão estupida como aquela.

O rei juntou as sobrancelhas.

- Salen?

- Sim, majestade. – Drago insistiu. Encarei-o incrédula.

- Hayley? – O rei chamou-me, fazendo com que eu voltasse rapidamente minha atenção para ele. – Foi Salen?

Neguei com a cabeça. Eu não iria mentir para ele sobre aquilo. Ele era esperto. Salen não tinha motivos. Mentir naquele ponto só causaria falta de confiança. E eu precisava imensamente que ele confiasse em mim.

- Não foi. Com certeza não foi Salen. – Voltei meu olhar para Drago, tentando expressar que eu não queria que ele mentisse para o rei. – Foi algum outro bruxo.

Percebi que minha resposta de certa forma, agradou Ian.

- Quem?

- Não sabemos. Infelizmente. – Não sabíamos mesmo. Eu não mentiria para ele sobre Salen, mas também não entregaria de bandeja a possibilidade de ser Amélia.

- Ian. Salen não faria isso... – Vitória se intrometeu. – ...ele...

- Vitoria. Pare. – O rei se intrometeu, respirando fundo. – Nós sabemos do que ele é capaz...

A rainha abaixou a cabeça, visivelmente abalada. E foi nesse momento que eu percebi o quão difícil aquilo devia ser para ela. Admitir que seu filho era um monstro. Aquilo devia ser o mais difícil de tudo. Devia ser dolorido.

Então eu não consegui mais ficar calada.

- Vitoria? – Chamei-a pelo primeiro nome, assim como ela havia dito para eu chamá-la. – Eu tive a oportunidade de conversar com Salen... – Comecei, recebendo sua atenção total. – E eu sinceramente, subestimei-o. – Fiz uma pausa. – Ele é implacável, Vitoria. Ele sabe de tudo o que está acontecendo, o que está passando pela cabeça das pessoas, ele sabe o que dizer... – Respirei fundo. – Ele me impressionou. – Voltei meu olhar rapidamente para o rei, que estava tão atento em minhas palavras quanto sua rainha. – E eu admito. Ele nunca me fez mal. Ele até disse que não queria me machucar, que não tinha motivos...mas eu simplesmente não podia acreditar. Não depois de tudo que eu ouvi. Me contaram coisas horríveis sobre ele. Me contaram o que ele é capaz, e por mais que eu nunca tenha visto isso, que ele apenas tenha conversado comigo, sem sequer me tocar, me machucar, me agredir de qualquer forma, eu o odiei. Eu o odiei por causa das histórias. E eu simplesmente não posso nutrir outro sentimento por ele. – Fiz uma pausa, engolindo a seco. – Ele é meu avô. E eu estou conspirando para matá-lo. – Prendi a respiração. – Eu estou fazendo tudo isso pelas histórias. Pelas lendas. Por Amélia. Por medo. – desviei meu olhar rapidamente. – Eu tenho medo de ir contra as lendas. Talvez Salen não queira matar a todos. Talvez ele não me faça mal algum. Mas ele está juntando um exército. E ele sabe que eu estou fazendo um mesmo. – Encarei vitória. – Eu entendo exatamente o que você sente. Ele é seu filho. E eu o trouxe de volta à vida. Mas Vitoria, eu conversei com ele. Apenas uma vez. E eu percebi uma coisa... – Respirei fundo mais uma vez. – ...por mais que ele não tenha me feito mal algum. Ele é determinado. E eu vi em seus olhos, que ele não se importaria em me machucar se houvesse um motivo. Ele pode ter sido bom algum dia, Vitoria. E eu senti isso em alguns pontos da conversa. Mas agora, ele parece não sentir mais nada. – Voltei meu olhar para Ravi. – A magia negra tomou ele, Vitoria. E infelizmente, eu tive que acreditar que ele precisa ser derrotado. Por causa das lendas, por causa de sua frieza. Salen foi consumido pela magia que ele mesmo criou. E eu percebi que ele não tem mais controle algum sobre ela. – Engoli a seco. – Por isso devemos detê-lo. Nós não estamos conspirando contra seu filho. Estamos conspirando contra aquela coisa que tomou conta dele. E eu preciso da sua ajuda. Eu preciso da sua ajuda, Vitoria. Senão, não teremos chance alguma.

Terminei finalmente, sentindo minhas mãos suarem descontroladamente. Respirei fundo, sentindo meu peito se apertar. Nunca imaginei que podia dizer tudo aquilo na frente de todo mundo...eu...estava orgulhosa por ter o feito. Vitória merecia saber toda a pouca verdade que eu sabia. Ela merecia saber o que estava acontecendo com seu filho.

Ela era uma mulher boa. E eu queria muito poder conforta-la de alguma forma.

- Obrigada, Hayley. – Vitória falou, limpando discretamente seus olhos, que estavam marejados. Engoli a seco, sorrindo para ela de canto. – Você terá a minha ajuda. – Falou, finalmente, respirando fundo e limpando a garganta. – Terá a nossa ajuda. – Voltou o olhar para o rei Ian, que encarava-a atentamente.

Ele assentiu com a cabeça, segurando a mão de sua esposa de forma terna.

Prendi minha respiração. Eu tinha conseguido? Aquilo foi muito rápido!

O rei se inclinou por cima da mesa, beijando a testa de sua esposa rapidamente antes de voltar para o seu lugar e ajeitar novamente sua postura, bebendo um gole de vinho e voltando a me encarar, sem expressão.

Seu olhar claro me deixou apreensiva.

- De quantos homens precisam? – Perguntou, subitamente, me pegando de surpresa.

- Nós... – Gaguejei, buscando o olhar de Ravi, ansiosa por sua ajuda. Ele percebeu que precisava me salvar ali.

- O máximo que puderem. – Disse, recebendo o olhar do rei.

- Se possível, todos. – Drago se intrometeu, arriscando.

Ian não se abalou, voltando o olhar para Vitória, parecendo fazer uma pergunta silenciosa a sua rainha, que assentiu com a cabeça, imediatamente, segurando a mão de seu marido.

- Certo. – O rei Ian começou. – Terão todos os homens que quiserem.

Respirei fundo, aliviada, e ao mesmo tempo, surpresa. Queria gritar. Tínhamos conseguido! Tínhamos conseguido, meu Deus! Aquilo era incrível. Me sentia muito bem.

- Temos também uma vasta cavalaria de guerra. E uns mapas de todos os territórios de Scaban, caso queiram estudá-los para ajudar em suas estratégias de guerra... – Começou, deixando-me confusa. Certo. Agora tínhamos que planejar a guerra. Oh meu Deus. Eu não sabia planejar uma guerra... – Temos também um arsenal bem montado, com várias espadas de aços resistentes e...

- Ian? – A rainha o interrompeu, subitamente, revezando o olhar por todos nós. – Eles parecem confusos.

Arregalei os olhos.

- Não, não... – Tentei contornar a situação, mas o rei me interrompeu.

- Crianças. Vocês já lutaram em uma guerra antes? – Perguntou.

Mordi meus lábios, voltando meu olhar para Ravi e para Drago. Os dois pareciam tão apreensivos quanto eu.

Eu nunca tinha lutado em uma guerra. Obvio. Achava que Ravi e Drago também não.

Aí que droga!

- Já lutamos em batalhas, majestade... – Ravi começou, apreensivo. O rei percebeu.

- Mas nunca em uma guerra, não?

Assenti com a cabeça, balançando meus pés de forma nervosa.

- Nunca lutamos em uma guerra, majestade. – Admiti, envergonhada.

O rei bebeu um gole de seu vinho.

- E pretendem organizar uma? Com os meus homens em jogo? – Perguntou, incrédulo, parecendo irritado.

- Ian... – A rainha começou a falar, mas foi interrompida por seu marido.

- Espero que entendam que não posso entregar meus homens a pessoas inexperientes como vocês... E eu não tenho vontade alguma de lutar nessa guerra...

Droga, meu Deus, droga!

- Ian... – A rainha tentou mais uma vez, sendo ignorada novamente.

- Sinto muito, Hayley, mas não posso te ajudar se você ao menos sabe o que está fazendo...

Engoli a seco.

- Ian! – Vitória gritou de uma vez só, chamando a atenção de todos. Voltei meu olhar, apreensivo, em sua direção. O rei fez o mesmo, visivelmente irritado com a interrupção da esposa. Ela não se abalou, continuando a falar logo em seguida. – Eu tenho uma ideia.

- Ideia? – O rei perguntou, sem dar muita credibilidade às palavras da rainha.

- Talvez alguém posso ajudá-los nessa parte estratégica da guerra...

Me peguei extremamente concentrada em suas palavras. Quem? Quem? Senti vontade de gritar, ansiosa ao extremo.

- Vitoria...você não está sugerindo que...

- Sim. – A rainha cortou a fala de seu marido, animada. – Está na hora de acabarem as férias da segunda fera. – Sorriu.

Juntei as sobrancelhas, encarando Ravi, confusa, ele me encarou de volta, parecendo mais confuso que eu.

Que fera? Que férias?

- Você está sugerindo mesmo que a gente chame...

- Alberg. – Mais uma vez o rei foi cortado por sua esposa. – Já está mais do que na hora dele voltar para casa.

Alberg? Meu. Deus. Do. Céu.

Fiquei sem reação. Não sabia o que pensar.

O rei pareceu refletir por alguns instantes, antes de finalmente tomar sua decisão.

E cada segundo daquele pareceu uma eternidade.

- Você está certa. – Soltou, o que me fez prender a respiração. – Acabou a brincadeira pra ele. Mande alguém contacta-lo, Vitoria. Já está na hora de Alberg voltar pra casa.

***

ALELUIAAAAA!!

Olá meus amores. Tudo bom?

Não me matem, certo? Sei que demorei muito dessa vez pra postar esse capítulo, mas foi bem difícil escrever ele, e não tinha tempo nunca de termina-lo. Esse ano está uma loucura para mim, e eu queria muito que isso não afetasse Scaban, mas, infelizmente tá atrapalhando as postagens. :(

Porém, vou tentar não repetir isso.

O livro já está na reta final. E vocês não merecem isso. Vocês merecem tudo com a mais alta qualidade. Porque vocês são incríveis comigo.

Queria poder dar metade do carinho que vocês em dão de volta. Por isso, peço mil desculpas pelo atraso. Vou tentar ao máximo não repetir isso.

Mas...agora chega disso. Vamos falar sobre o capítulo?

O que vocês acharam? Gostaram?

Espero que sim!

Me contem tudo nos comentários que eu amo ler, e não esqueçam da estrelinha lindona ali embaixo 🌟 caso tenham gostado mesmo.

Até o próximo capítulo, amores, não desistam de mim! Big beijo, Bely.

____

## perguntinha bônus.

39) Alberg vai voltar?

a) Sim.
b) Não.

Opções na mesa, vamos ver quem acerta! Fácil, hein!

OBS: um bocado de gente acertou a perguntinha passada, hein. Sintam-se abraçados! Hehe.

____

• Capítulo postado no dia 25/06/16.
Todos os direitos reservados.

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