Scaban [Completo]

Capítulo 49 - Muito chapado. Parte I.

Olá amores,
só pra informar que esse capítulo é um capítulo longo e bastante diferente dos outros hehe. Dividi em 2 partes pra não ficar tão gigante assimmm... Espero que gostem 😊.

Boa leitura, Bely.

***

• Ravi.

Acordei com um barulho irritante e alto o suficiente para furar os tímpanos de um gigante.

Não entendi de primeira o que acontecia, mas assim que senti alguém sacudir meu braço, despertei, assustado, sem ter tempo de pensar em mais nada.

Senti que fiquei cego de vez ao encontrar o olhar com uma quantidade de luz absurda que eu não entendia como existia. Velas enormes?

- Meu Deus, moço – alguém exclamou, alto. Não entendi quem era. Não conhecia. Não entendia. O barulho ainda me deixava surdo, e eu tinha vontade de vomitar, além de claro, não enxergar nada.

Senti meu estômago embrulhado e minha respiração pesada. Tudo estava dolorido, como se eu tivesse sido atropelado por uma carruagem.

- Moço? – tocaram em mim mais uma vez. Esquivei-me, apreensivo, conseguindo finalmente abrir os olhos por completo e encarar algo a minha frente.

E o algo que estava lá não era um algo, mas sim alguém. Uma mulher. Uma mulher com os cabelos encaracolados enormes que modelavam ao redor de seu rosto e subiam para cima de sua cabeça. Ela usava um negócio em seus olhos que parecia feito de vidro e...céus...um decote enorme. Desviei o olhar de seu decote imediatamente, constrangido.

Não via um decote assim desde que entrei sem querer em uma ruela não recomendada em Finex.

Que diabos de lugar era esse? Senti minha cabeça doer.

Carruagens estranhas corriam a uma velocidade absurda a alguns metros a minha frente. Havia castelos enormes e repletos de luzes. E eu não entendia nada, mas estava fascinado.

- Moço, o senhor está bêbado?

Limpei minha garganta, sentindo a moça do decote segurar meu pulso. Neguei com a cabeça, sem encara-la. Voltando meu olhar para o chão, apreensivo. Chão feito de algo parecido com cimento utilizado em castelos.

- Senhora... – comecei, com a voz rouca. Limpei minha garganta mais uma vez. – ...onde está...minha companheira...

A moça soltou meu pulso imediatamente, gritando logo em seguida:

- Gente! Ele reagiu, finalmente!

Minha cabeça explodiu com aquele grito. Ela pareceu perceber que foi desagradável.

- O senhor bebeu alguma coisa? – perguntou, ajoelhando-se e fazendo um sinal com as mãos, não entendi de primeira, mas assim que duas pessoas começaram a andar em minha direção, entendi que ela os chamava. Peguei-me sem reação. Todos eram tão estranhos. Tão esquisitos... estava realmente em pânico. – Moço?

- Não – soltei, rápido. – Onde está ela? A moça que estava comigo. Onde ela esta?

- Você é algum tipo de ator ou algo? – escutei um homem perguntar, gargalhando logo em seguida. Franzi minha testa. – Que roupa é essa, brother? – o homem recebeu um tapa em resposta da mulher que estava do seu lado. Nossa!