A Dama do Sol - I

Autorstwa shadebarrow

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Zoe Herondale vivia em Idris com seus pais, ela era uma caçadora de sombras. O que é uma caçadora de sombras... Więcej

Prólogo
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20 (bônus)
Capitulo 21 (bônus)
Capitulo 22 (bônus)
Capitulo 23 (bônus)
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Epílogo

Capitulo 17

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Autorstwa shadebarrow



"Mate seus demônios enquanto estiver acordada e eles não estarão lá quando estiver dormindo."

- The 100


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Zoe aproveitava um de seus raros momentos de descanso quando o som de alguém correndo pelo corredor chegou aos seus ouvidos, deixando-a extremamente irritada. 

Deus, qual o problema com andar?

A Herondale se remexeu inquieta na cama, tentando achar uma posição confortável para dormir. Nos últimos dias, ela mal tivera tempo para isso, pois andara ocupada com as aulas de luta com Piper e o treinamento de seu dom com Magnus.

Não que estivesse reclamando. Afinal, Zoe compreendia o quanto aquilo era necessário para ela ter ao menos uma chance contra as fadas. Na realidade, estava grata pelas aulas e treinamento. Sua habilidade em luta melhorara consideravelmente  e já conseguia controlar seu dom um pouquinho melhor.

Quando a loira finalmente encontrou uma posição confortável e estava quase adormecendo, batidas abafadas em sua porta machucaram seus ouvidos e ecoaram pelo quarto silencioso.

— O que foi agora? - gritou para o responsável por atrapalhar sua noite, colocando a maior raiva que podia em sua voz.

Como não houve resposta, ela presumiu que a pessoa não a ouvira.

Ou talvez estivesse apenas pregando uma peça nela.

O que Zoe esperava que não fosse o caso, pois ela não deixaria o responsável sair intacto de jeito nenhum.

— Argh. - resmungou, jogando os pés para fora da cama e se dirigindo à porta.

A garota abriu a porta, dando de cara com um Julian com cara de poucos amigos.

— O que é? - perguntou, ríspida. Estava realmente em dúvida se xingava primeiro e batia depois ou vice-versa.

— Você tem visita. - o Penhallow disse, e Zoe congelou onde estava.

Não havia ninguém que pudesse visita-la. Ela não tinha mais família, além de um tio distante na Inglaterra que não dava a mínima para ela. O que só significava que deviam ser...

— As fadas? - ele perguntou, adivinhando tudo pela expressão dela. - Não, não são elas.

— Hm..Certo. - murmurou a Herondale, começando a andar com passadas raivosas até a entrada do instituto.

— Não é por aí. - Julian a interrompeu, colocando um braço em sua frente. Zoe franziu a testa; o que ele queria dizer com não é por aí?Percebendo sua confusão, ele acrescentou: - Ele está no santuário. Venha.

E seguiu andando na direção do santuário.

Zoe não fazia ideia do porquê de um ser do submundo - que só podia entrar no instituto pelo santuário - querer vê-la, mas optou por seguir Julian sem pestanejar e descobrir depois.

Ela realmente não estava preparada para a cena que veria ao virar o corredor.

Havia Edmund e, ao seu lado, provavelmente o garoto mais bonito que a Herondale já vira - sem contar Julian, obviamente. Ele possuía cabelos castanhos bem próximos ao loiro, uma pele branca como a neve e cativantes olhos azuis. Vestia um jeans surrado e uma jaqueta de couro preta e se sentava descaradamente numa das poltronas, como se estivesse em sua própria casa. Tudo em si gritava lindo, lindo e lindo.

O garoto levou alguns segundos para notar Zoe, e, quando o fez, se virou para ela com um sorriso que a fez perder o fôlego.

Um deus grego. Definitivamente um deus grego, pensou a garota, incapaz de formular uma frase qualquer.

— Você deve ser Zoe. - assim como seu dono, a voz era linda e provocante. E, antes que Zoe sequer pensasse em responder, o garoto estava ao seu lado. - Ouvi falar muito de você.

Ele levou a mão da loira aos lábios e depositou um beijo ali, sem tirar os olhos dela.

— Sou Isaac.

A Herondale conseguiu sorrir e abriu a boca para respondê-lo quando Julian pigarreou, ao seu lado.

— Acho que já pode nos dizer o motivo de sua visita, vampiro.

Ah, isso explica tudo, pensou a garota.

Isaac era obviamente lindo, rápido e sedutor por causa desse lado vampiresco. Agora, o porquê de um vampiro querer conhecê-la, ainda mais um vampiro como ele, era um mistério.

— Ah, claro. Havia me esquecido. - Isaac voltou a se sentar na poltrona e olhou para Zoe, Julian e Edmund como se estes fossem sua plateia e ele estivesse apresentando seu show. - Mas acontece que prefiro conversar apenas com a garota. A sós.

Edmund franziu a testa, visivelmente contrariado. Zoe sabia muito bem como ele odiava ser deixado de lado em assuntos como esse e não entendia o porquê de só ela ter o privilégio de conversar com Isaac.

Na realidade, nem ela entendia. O que diabos ele poderia querer com alguém como ela? 

— Não espera realmente que te deixemos sozinho com Zoe, não é? Nem o conhecemos direito, e você pode estar trabalhando com as fadas. - Julian disse, rispidamente.

— Ah, por favor, não vou fazer nada de mal para a sua namorada. Só quero conversar. - Isaac disse, com um olhar divertido.

— Ele não é... - Zoe começou, ao mesmo tempo que Julian dizia:

— Não somos...

— Tanto faz. - o vampiro tornou a falar, e então olhou para a loira. - Aceita conversar comigo por alguns minutos, meu anjo? 

— Tudo bem. E não me chame de meu anjo. - Zoe se virou para os outros dois. - Esperem lá fora, certo? Volto daqui a pouco.

— Zoe, você tem certeza... - Julian começou, olhando de cara feia para Isaac.

— Tenho. Não é nada demais. - respondeu ela.

— Certo. - Edmund deu de ombros. - Se ele tentar alguma coisa, é só gritar ou tacar aquela névoa estranha na cara dele. Ou chute na virilha. 

E então saiu do santuário, puxando o parabatai consigo. 

Zoe se virou para o vampiro, que a observava com um sorriso de lado.

— Não entendo porque você é tão importante para as fadas. Parece não ter nada de especial. - observou ele, pensativo.

— Deve ser porque sou muito divertida. Até mesmo as fadas gostam de piadas às vezes. - informou a loira, se sentando na poltrona em frente à ele.

— E você conta boas piadas, Zoella? - questionou Isaac, e se inclinou em sua direção.

— Você não faz ideia de como. - ela entrou no jogo e se inclinou em sua direção também. - Talvez um dia eu possa te mostrar uma ou outra.

— Para mim seria um prazer. - o vampiro respondeu, com um sorriso de lado, e então voltou a encostar as costas na poltrona. - Bem, creio que queira saber o motivo de minha visita.

— Estou ansiosa para descobrir. - Zoe se sentou mais atenta, esperando ouvir o que Isaac tinha a dizer.

— Ótimo. - ele falou e fez um gesto vago com uma das mãos. - Me falaram sobre você, e fiquei ansioso para descobrir quem era a preciosa das fadas que estava sendo ajudada pelo alto feiticeiro do Brooklyn. E também, se eu a achasse digna, contaria o que sei também.

— E achou? - questionou ela, levantando uma sobrancelha.

— Na realidade, sim. Gosto de pessoas com um alto senso se humor. - comentou Isaac, fazendo Zoe sorrir. Um sorriso que logo se apagou assim que ele pronunciou as últimas palavras. - Soube que as fadas a procuram porque precisam de você para convocar um demônio. Estou certo?

Convocar um demônio? 

A Herondale não compreendeu nada do que ele falou. Para ela, as fadas a queriam para sua vingança contra os caçadores de sombras. Não tinha nada haver com um demônio. 

— O quê? - murmurou, franzindo o cenho.

— Ah, você não sabia. - concluiu o vampiro. - As fadas a querem para convocarem um demônio, cujo qual não quiseram me dizer o nome. Para o quê você pensou que fosse?

Ignorando a pergunta, ela tratou logo de questionar o que mais lhe atiçava a curiosidade:

— Se querem me usar para convocar um demônio, por que não fizeram isso nos dez anos que eu passei lá? E por que precisam especificamente de mim para convocar o demônio?

Mas ela já sabia a resposta para a última pergunta. Obviamente tinha algo haver com seu dom, precisava ser isso. 

— Primeiro, porque só é possível convocar esse determinado demônio na noite de uma lua cheia que só ocorre de quarenta em quarenta anos e que, no caso, ocorrerá de novo na sexta-feira da semana que vem. E, segundo, eu não faço a menor ideia. Isso é algo que somente as fadas devem saber. - explicou Isaac, pacientemente. 

Já Zoe estava começando a ficar realmente nervosa. Não acreditava que era por isso que fora sequestrada quando pequena e por isso que seus pais morreram. Ela sempre pensou que era por vingança. Mas era por algo muito maior do que isso.

— E como sabe de tudo isso? - perguntou a Herondale, tentando captar toda a informação.

— Tenho minhas fontes. - disse vagamente e em seguida se levantou, ajeitando a jaqueta. - Bem, agora que já te ajudei, vou dar uma passada na festa que os lobisomens estão dando.

— Ei, espere! - Zoe se levantou também e olhou confusa para Isaac. - Por que diabos você me ajudou?

— Como eu disse, gostei de você. E, além disso, caso esse demônio seja convocado, aparentemente coisas muito ruins acontecerão. Para todos nós.

E, com um aceno de cabeça, saiu pela porta do santuário na noite escura, deixando uma Zoe paralisada no salão.

Coisas muito ruins acontecerão.


                                                                   %   %   %


11 anos antes,
Corte Seelie.

Se tinha uma coisa que a rainha Seelie odiava, era que descumprissem uma ordem sua. Quando uma coisa dessas acontecia, sua ira era imensa e as fadas mantinham distância plena dela, espertas o suficiente para não a irritarem ainda mais.

Agora, seu nervosismo era tão grande que ela nem se importou com a confusão de uma das fadas em arranjar as velas. Esta noite, o destino das fadas seria definido completamente. Esta noite seria a causadora pela preservação ou a desgraça do povo Seelie. 

— Está tudo pronto, minha rainha. - o cavaleiro fada que permanecia ao seu lado informou, a voz transbordando de excitação.

A rainha reprimiu um suspiro de contentamento e se levantou, as mãos ajeitando o vestido coberto de flores numa tentativa de deixa-lo sem qualquer falha. Esta seria uma noite histórica, e ela queria estar perfeita na memória de todos.

Se tudo desse certo, essa noite seria lembrada para sempre por todas as fadas. A noite em que seu povo ressurgiu e se tornou ainda mais forte

— Comece. - falou, com uma expressão nobre parada em frente ao círculo feito mais cedo pelas fadas.

O circulo do demônio.

A fada encarregada de recitar o antigo texto romano de convocação deu um passo a frente e começou a pronunciar as palavras.

A temperatura na sala aparentou cair 10 graus, conforme o pronunciamento foi se alongando. A luz das velas pareceu tremer e o vento se tornou mais forte, fazendo o cabelo da rainha balançar ao seu redor.

Era agora.

— Demônio, se apresente para nós. - a fada falou, por fim. Uma gota de suor escorreu por sua testa e, em seguida, todas as velas se apagaram.

— O que desejam de mim? - uma voz grave, irradiando força e maldade ecoou pela corte Seelie inteira.

E, com um tremor digno de um terremoto, Abbadon, o Anjo da Morte, o Senhor dos Caídos, revelou sua verdadeira forma.





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