A Dama do Sol - I

By shadebarrow

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Zoe Herondale vivia em Idris com seus pais, ela era uma caçadora de sombras. O que é uma caçadora de sombras... More

Prólogo
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20 (bônus)
Capitulo 21 (bônus)
Capitulo 22 (bônus)
Capitulo 23 (bônus)
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Epílogo

Capitulo 11

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By shadebarrow


"A chave para a felicidade é tentar fazer o melhor com o que a vida nos dá"

- A Maldição do Tigre


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Zoe colocou a cabeça para fora do quarto, rezando para todos os santos que conhecia para Melanie ainda não ter ido para seu quarto e descoberto tudo. A garota havia acabado de chegar ao instituto e ganhara uma nova família aqui, e não queria começar destruindo a confiança que Melanie colocou nela.

— Ótimo, ninguém a vista. - revelou aos garotos, com um suspiro aliviado. - Vocês dois, guardem os papéis de volta na gaveta.

— E o que você vai fazer? - pergunto Edmund, já começando a pegar os papéis espalhados junto com Julian.

— Eu vou distrair Melanie. - respondeu, antes de sair correndo em direção à entrada do Instituto.

Zoe realmente não queria ficar com o trabalho de distrair a mulher. Ela era péssima nisso. Mas, embora isso a envergonhasse um pouco, não confiava nem em Julian e nem em Edmund, não completamente pelo menos. Portanto, ela faria isso com as próprias mãos.

— Oi, como foi na biblioteca pública? - disse, assim que adentrou a porta da cozinha, de onde as vozes vinham, vendo Piper e Melanie no ato.

— Um horror. - respondeu a mais velha, lançando um olhar raivoso para Piper.

— Ei, não foi tão ruim! - protestou esta, apoiando as costas na pia.

— O que aconteceu? - Zoe soltou uma risada fraca, olhando de uma para outra.

Melanie bufou e passou a mão pelo seu coque bem feito, ainda aparentando estar exausta.

— Me fizeram assinar o papel, mas foi mais ainda. Quando chegamos lá, havia um policial nos esperando, que insistiu em saber todas as informações sobre Piper e ainda passou uns trinta minutos nos fazendo perguntas. - disse, com um olhar cansado.

— Hmm, tem certeza de que não foi mais que isso? Talvez ele tivesse gostado de você e só queria mais tempo ao seu lado. - falou com um sorriso brincalhão, o que fez Piper rir e Melanie revirar os olhos.

— Que engraçadinha. - disse e suspirou. - Agora, se me dão licença, preciso terminar de estudar os papéis.

E começou a andar em direção à porta da cozinha, mas Zoe colocou-se em sua frente, bloqueando a passagem.

— Espere! - falou, com um pouco de desespero. Ela definitivamente não conseguiria atrasar Melanie, mas precisava tentar. - Antes disso, eu preciso te mostrar uma coisa. Prometo que vai ser rápido.

— Você pode fazer isso depois, Zoe. Eu preciso realmente examinar os papéis. - disse a mais velha, tentando  passar pela garota.

— Não! É importante! - pediu a Herondale, lançando-lhe um olhar de súplica.

Melanie suspirou, derrotada, e olhou com um pouco de raiva contida para Zoe.

— Tudo bem, mas seja rápida. - disse por fim, recebendo um sorriso largo da loira e logo em seguida sendo puxada pela mesma.

Piper lançou um olhar confuso para Zoe, antes de dar de ombros e pegar uma maça na cozinha. O que foi ótimo para a Herondale, que esteve preocupada com a possibilidade da outra atrapalha-la.

— Para onde está me levando? - perguntou Melanie, enquanto a menina a puxava.

— Ah, para a sala de armas.

— Hm, certo. E para quê exatamente?

— Você vai ver quando chegarmos lá.

Mas, assim que viraram um corredor, o plano de Zoe foi por água abaixo. Julian e Edmund se encontravam saindo do quarto da garota, carregando os papéis e as pastas onde eles estavam guardados. Em questão de segundos, Julian levantou a cabeça e viu ela e Melanie, mas não havia tempo para voltarem atrás.

Zoe precisava agir rápido, antes que Melanie os notasse. Assim, seguindo o primeiro plano que veio em sua cabeça, a caçadora de sombras se jogou no chão, fingindo um grito de dor.

— Ai! Melanie, Me ajude! Acho que torci meu tornozelo. - disse em meio à soluços fingidos enquanto agarrava o tornozelo esquerdo.

— O que? - a mulher se ajoelhou ao seu lado, dando tempo para Julian e Edmund se enfiarem em seu quarto. Ou assim Zoe esperava. - Você tem certeza?

— Uhum. Está doendo muito! - e começou a chorar de mentira, jogando o cabelo em frente ao rosto para Melanie não desconfiar.

— Espere um pouco, vou fazer um irazte de cura. - falou, enquanto rapidamente pegava sua estela e começava a fazer a runa de cura no tornozelo de Zoe.

Uma sensação de bem estar à dominou, ao Melanie terminar de fazer a runa. Fazia anos desde que recebera sua ultima marca, e ela havia se esquecido do poder destas.

— Está melhor? - perguntou Melanie, ajudando Zoe a se levantar.

Ela assentiu, porém continuou se apoiando na mais velha, porque, de acordo com o que se lembrava, ossos quebrados ou deslocados se curavam mais rápido mas não imediatamente.

— Zoe? O que aconteceu? Está tudo bem? - a voz de Julian chegou à seus ouvidos e ela levantou a cabeça, vendo ele e Edmund se aproximando.

— Ela torceu o tornozelo. - esclareceu Melanie, segurando a garota. - Na realidade, não sei como. Afinal, não estávamos fazendo nada que necessitasse de esforço.

— Acho que pisei de mau jeito. - murmurou, colocando o máximo de dor e desconforto que podia na voz.

— Ah, entendo. Bem, pode deixar que cuidamos dela a partir daqui, Mely. Sabemos como anda ocupada. - disse Edmund, com um falso sorriso.

— Está bem. Ficará bem com eles, Zoe?

A garota assentiu e Melanie a soltou, enquanto Julian passava o braço dela por cima de seus ombros e a segurava na cintura com o outro braço.

— Se precisar de algo me chame, querida. - falou a mulher, antes de Zoe começar a andar apoiada em Julian, fingindo mancar.

— Deu certo? - sussurrou para os garotos, conforme se afastavam mais de Melanie.

Foi Edmund que respondeu, com um aceno de cabeça.

— Quase fomos pegos quando vocês duas apareceram mas, graças ao seu excelente trabalho como atriz, conseguimos devolver tudo ao lugar. Muito bem feito, Rapunzel, acho que a subestimei antes.

— Ah, uau, obrigada. Fico lisonjeada. E nunca mais me chame de Rapunzel. - respondeu-lhe, numa voz um pouco mais alta do que um sussurro.

— Anotado. - ele disse, e depois olhou para trás. - Ótimo, ela já foi.

Zoe deu um suspiro aliviado e parou de fingir mancar, então olhou para Julian, que continuava a segura-lá.

— O que está fazendo? Já pode me soltar.

— Bem, você merece uma mimaria pela atuação. Por isso, lhe privarei do incômodo que é andar. Além disso, você é bem leve.

— Quem sou eu para reclamar, não é mesmo?

Edmund balançou a cabeça, olhando-a de modo reprovador.

— E depois eu sou o folgado por deitar na sua cama.

— É diferente. Ele me ofereceu isso e eu aceitei, significa "aceitar por educação". - rebateu ela, com um sorriso convencido.

Edmund abriu a boca, provavelmente para respondê-la de modo bem pouco educativo, mas pareceu concluir que ela não valia o esforço. Então, parou finalmente de andar quando passaram por seu quarto.

— Nossa aliança foi temporária, Rapunzel. Agora voltaremos ao tratamento de antigamente.

— Quer dizer aquele em que você que acabar com a minha raça? Não gosto desse.

— Bem, isso é problema seu. - e entrou em seu quarto, enquanto Zoe revirava os olhos.

— Esse garoto é impossível. Como aguenta tê-lo de parabatai? - perguntou para Julian, quando eles voltaram a andar.

— Edmund fica melhor depois que você o conhece, acredite em mim. Embora tenha demorado duas semanas para isso acontecer da última vez. - ele riu, aparentemente se lembrando daquela época. - Ele tem esse jeito de não confiar em ninguém para depois não se decepcionar, entende?

Entendo, muito mais do que gostaria. Comigo é exatamente assim também,  pensou. Mas respondeu:

— É, acho que entendo.

Quando enfim chegaram ao quarto de Zoe, Julian a deixou sentada em cima da cama, aparentemente levando à sério esse negócio de mimos. Deu uma examinada no quarto e depois foi até a porta, onde parou brevemente e lançou um olhar curioso à Herondale.

— Creio que não vai me contar o verdadeiro motivo de querer saber sobre a Corte Seelie, certo? - perguntou, com tanta convicção que Zoe percebeu que não adiantaria negar a afirmação.

— Certo. - disse, ao passo de que Julian assentiu e se virou para sair do quarto.

— Mas não pense que conseguirá encobrir isso por muito tempo, Herondale. - falou, enquanto saía do quarto.

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