Ironias do Desejo

By JessicaMirandaS2

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PLÁGIO É CRIME COM FORÇA DA LEI 9.610/98 OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL. OBRA REGISTRA EM CARTÓRIO... More

Sinopse
Recado Importante
Prólogo
O passado no presente
Reconhecendo
Sentimentos
Intensidade - parte 1
Intensidade - parte 2
Epifania
Explosão
Acontecendo
Realidade
Tudo em pratos limpos!
Tudo ou nada
Quem ama cuida
Culpada inocente
A verdade
Transição
Minha vida nova
Tornando-se

Despertar

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By JessicaMirandaS2

Oi querid@s,
Como estão? Estou de volta.
As postagens regulares de Ironias do Desejo começaram logo. Depois defino o dia e conto para vocês. Enquanto isso, postarei alguns capítulos para vocês irem entrando no clima.
Desculpe-me por quaisquer erros.
Um abraço carinhoso,
Jéssica Miranda.

****************

Melissa

Eu era só uma menina estranha, meio deslocada, com a cabeça grande demais para o meu corpo franzino. Meus longos cabelos pretos me escondiam do mundo. A minha franja tampava as taturanas que eu tinha na testa, que são mais conhecidas como sobrancelhas.

Enfim, eu era magra demais, tímida demais, desengonçada demais e nerd demais. Eu não me encaixava em nenhum grupo, e naquele dia tudo estava mais difícil eu era a esquisita novata. Uma estranha em uma escola pequena e elitizada, meu sobrenome não me ajudou nada no meio daqueles monstros, ninguém conhecia o senhor Vidal, ainda, isso só aconteceu anos depois.

Nos primeiros minutos tudo foi um filme de horror com direito a todos os tipos de bullying como: olha a esquisita; olha a sobrancelha dela; essa calça caqui, ninguém usa esse uniforme ridículo; ela tem mesmo um guarda-costas? Acho que ela está se sentindo a filha do presidente dos Estados Unidos.

O fato era que todos ou riam de mim, ou me ignoravam. Olha que ainda nem tinha chegado o recreio, e já estava pensando em ir chorar no banheiro. Mas, é claro que eu não podia fazer isso, primeiro eu tinha que acompanhar o motorista da família até a sala da diretora, como a megera me instruiu, quero dizer, como a minha mãe me instruiu.

Entendam a minha situação, eu era uma adolescente estranha, anti-social, com uma mãe louca e fútil, cujo pai se mudou de cidade a fim de inaugurar uma filial da empresa de advocacia da família. Então, voltando a minha mãe louca, ela se recusou a ficar no Rio de Janeiro, mesmo o meu pai dizendo a ela que só ficaria em Belo Horizonte por seis meses.

E como o meu pai é um banana, aqui estamos nós. Eu, meu irmão, o Márcio, meu pai, o senhor Luciano, e a minha mãe, a senhora Frida. Pessoalmente, acho que o nome combina com a sua personalidade fria. Sabe aquelas mães que não tem nenhum talento para maternidade, pois estão sempre preocupadas demais consigo mesmas, então, essa é a descrição da minha mãe. Já o meu pai ele era um anjo, muito atencioso e preocupado conosco. Por isso, assim como eu e o Hugo, ele era contra a nossa mudança, ele não queria que eu tivesse que abrir mão de tudo, da casa, dos amigos, da escola. Mas, a minha mãe e o babaca do Márcio venceram a queda de braço. A minha mãe alegou que não queria ficar sem meu pai, fez aquele drama de sempre e convenceu. O Márcio já viria de qualquer jeito, ele é formado em direto e ajuda o meu pai na empresa. Mas, o sortudo foi o Hugo, que não veio por causa da faculdade de medicina. Todavia, ele estava com todos os feriados nos próximos meses comprometidos, e as férias também.

E voltando a minha vida trágica, de uma adolescente sem direito a escolha, lá estava eu recomeçando a minha vida em um lugar estranho, sem nenhum amigo, e pagando o maior mico na escola no meu primeiro dia de aula. Assistindo as minhas chances de ser popular serem minadas.

A diretora da escola me recebeu muito bem, e me encaminhou até a sala da sétima série. Ela me apresentou para todos e sua presença conteve os risos dos meus colegas.

A professora de português mandou que eu me sentasse ao lado da Valentina, uma menina loira, de olhos claros. Uma típica garota popular, só faltou estar com cabelos sedosos ao vento, como numa cena de filme de Hollywood. Em suma, foi antipatia a primeira vista. Mas, calada eu me ajeitei em uma carteira ao seu lado.

- Oi Melissa, eu sou a Valentina. Ela disse com sua voz enjoada.

- Hum. Murmurei. - Oi.

- Então, o que está achando da escola?

- Chata, como sempre.

- Aqui é diferente. Todo mundo é gente boa. Logo você estará cheia de amigos.

- Duvido muito. Disse incrédula. Mas, a Valentina estava certa, eu fiz muitos amigos naquele lugar, inclusive ela que eu carregarei pela a vida a fora.

Desde que eu me sentei ao lado da Valentina, os comentários sobre mim cessaram. Ela me acompanhou por todo dia, a gente estudava em uma escola integral, na hora do recreio ela me emprestou uma malha que ela tinha no seu armário da escola. Só para constar tirar aquela calça de uniforme horrível elevou e muito o meu status social, e junta isso a ser a protegida da menina mais popular da escola. Aí já viu, é sucesso na certa.

Logo me transformei na novata sensação. Em questão de horas fui de esquisita a popular, todos quiseram conhecer a menina carioca. Depois disso, a escola passou a ser boa para mim, e agradeci, internamente, a minha mãe pela mudança de cidade. Mas, é claro que ela não saberia disso nunca.

A Valentina era incrível, era amiga de todos, todos a conheciam e gostavam dela. E comigo não foi diferente. A má impressão que eu tive a seu respeito logo se desfez, e nos tornamos inseparáveis.

Não demorou muito para que eu começasse a frequentar a sua casa e ela minha. Nós viramos BFF, best friend forever, a gente não desgrudava na escola, e quando estávamos em casa não largávamos o telefone.

Ela me contou que tinha um irmão, e que ele era dez anos mais velho do que ela. O que ela esqueceu de me contar é que o João era uma loucura, mas eu só soube disso depois. Pois, sempre que ia à casa dela nunca o via, ele nunca estava em casa. Só depois de alguns meses de amizade foi que ela se abriu comigo e contou os problemas entre seu irmão e seu pai. Eles não se davam bem, e depois de ele ter saído de casa por uns tempos, agora ele estava de volta, mas, ainda assim, ela quase nunca o via, ele chegava tarde e saia cedo, aparentemente ele estava sempre na faculdade. Hoje, tenho certeza que não era esse o motivo, como a gente era inocente.

E em um belo dia, nós estávamos fazendo trabalho de geografia na casa dela, eu pedi para ir ao banheiro, e fui. Todavia, quase tive um infarte quando me deparei com aquele homem loiro, enorme, com tanquinho exposto, com os olhos claros, e volume enorme em uma cueca branca.

Fiquei sem fala, e aquela foi a primeira vez que eu olhei um homem, como homem e eu gostei. Contudo, não sabia se olhava para seu rosto lindo, ou para aquele volume em suas partes baixas, meu cérebro deu pane, e claro que eu paguei mico. Depois daquele dia algo despertou em mim, e olhar o João sempre que possível passou a ser meu esporte favorito. Eu nunca vou me esquecer das palavras que ele me disse naquele dia:

- Eu adoraria deixar você me observando pelo tempo que quisesse. Eu, realmente, gosto disso. Ele disse passando a mão na lateral do meu rosto, eu fiquei sem ar, e ele continuo: - Mas, preciso usar o banheiro, gracinha.

Então, ele sempre foi um babaca brincalhão, tudo bem que eu estava congelada na porta do banheiro, mas. Enfim, paguei o maior mico, e senti a minha cara esquentar de vergonha.

Acho que foi naquele momento que me apaixonei por ele. Uma pena, pois eu era boba demais para perceber que o meu amor era totalmente platônico. E ele aconteceu no mundo das minha ideias por muitos e muitos anos. Hoje, quinze anos depois de conhecê-lo, depois de tudo que eu já vivi, ainda, não consegui superá-lo.

*************

João

Quando eu vi a Melissa pela primeira vez, ela era apenas uma menina. Eu estava de cueca, indo para o banheiro e ela estava saindo dele. Não esperei que houvesse visitas em casa, por isso estava a vontade.

Assim que ela me viu, seu rosto ficou primeiro pálido, depois vermelho. Ela olhava para meu rosto e para o meu pau alternadamente. Eu soube que ela estava impressionada, que nunca tinha visto um tão grande em sua vida. O que eu podia fazer com a famosa ereção matinal, tudo que era de tarde, mas, enfim, meu pau estava meia engorda, pois estava com vontade de dar uma mijada. Diante do seu desconforto, provoquei:

- Eu adoraria deixar você me observando pelo tempo que quisesse. Eu, realmente, gosto disso. Disse passando a mão na lateral do seu rosto, ela prendeu a respiração, e eu continuei: - Mas, preciso usar o banheiro, gracinha.

Eu sei que eu não valia muita coisa. Naquela época, eu era terrível. Estava no auge, meus dias como stripper estavam apenas começando, e eu estava começando a faculdade. Minha vida ia, muito bem, como qualquer playboy pode desejar. Eu adorava aquilo, tinha sexo, tinha álcool, tinha até uma maconha de vez em quando. Cheguei a pensar que tivesse tudo por muito tempo, mas hoje vejo que não tinha quase nada. A única coisa que sobrou daquele tempo foi meu melhor amigo, o meu diploma e a minha mulher problemática.

Mas, voltando ao assunto Mel, a sua docilidade era visível naquela época. Contudo, isso não importava para mim. Ela era apenas uma pirralha amiga da minha irmãzinha. Eu não tinha interesse nenhum por ela naquela época, todavia, sempre gostei de ser observado e desejado, não importa por quem fosse. É coisa do ego masculino. Sabe, a gente não vive sem isso. É como uma injeção de virilidade.

Apesar de eu me lembrar exatamente do que aconteceu naquele dia, não sei o porquê. Afinal isso não chamaria a minha atenção normalmente. Mas, naquele dia, tinha algo no ar, e eu me peguei querendo corromper a sua inocência, me senti um maldito pedófilo.

Tomei banho com aqueles olhos marrons inocentes em minha cabeça, a verdade é que não me esqueci daqueles olhos escuros e brilhantes. Na noite, depois de algumas doses, eu finalmente tirei ela da minha cabeça, está bem é mentira. Ela sempre esteve aqui, às vezes mais ou menos presente, dependendo do meu estado. Aqueles olhos me despertaram, eu sempre soube que eles seriam a minha salvação e a minha perdição.

Naquele dia, eu comecei a minha obsessão por mulheres de olhos e cabelos escuros, com pele clara. Sério, a coisa ficou tão séria que até a minha esposa tem essas características.

Eu sou um filho da puta obsessivo. Contudo, sou honrado, eu não toquei um dedo na Mel até ela ter idade para isso. Caralho, fico duro só de imaginar aquela boceta, cheirosa, apertada e melada. Porra, como eu tenho vontade de estar no meio daquelas pernas outra vez, já fazem dez malditos anos e nunca me esqueci. Fiquei fascinado com a sua entrega total, seu gemido baixo, como ela gostava de cada safadeza que fazia. Aquela safada parece que foi feita sob medida para mim. Ela me atiça com um só olhar, eu disse o quanto tenho fixação por aqueles olhos, eu nunca vi nada tão brilhante.

Eu seu que estou parecendo um tarado, mas estou mesmo é necessitado. Desde que a vi naquele maldito aeroporto, o seu cheiro gostoso não saí da minha mente. Outra coisa que não saí da minha mente é o Heitor, o moleque tem dez anos e os meus olhos. Todos os meus instintos me dizem que ele é meu filho. Eu me arrepio só de pensar nele, aquele jeito, eu me vejo nele. É possível que seja apenas coincidência. Mas, se ele é mesmo o meu filho porque ela nunca me contou? A pergunta me assola, e eu quero ouvir a verdade daquela boca teimosa.

Quero tantas coisas daquela boca. Já imagino aquela boca enorme me fazendo tanto mal. Cacete de mulher, ela chegou para virar o meu mundo de cabeça para baixo, e pior é que eu estou gostando. Estava com saudades dessa adrenalina que sinto correr em minhas veias. Ela me trouxe de volta, estou na parada, e ela vai pagar por cada ereção que eu tive nos últimos dez anos pensando nela. E ela vai pagar por essa ereção que eu acabo de ter, também. Ela vai pagar mais caro ainda, por esconder o meu filho de mim. Aonde já se viu. Essa estória está mal contada, e não gosto nada disso. Tudo bem que não faço ideia de como ser pai, mas isso não significa que eu não quero ser. Eu estou encantado com aquele moleque, ele é incrível. Confesso que meu instinto paternal já aflorou. Preciso descobrir a verdade de uma vez.

Você deve estar se perguntando como eu saquei tudo tão rápido. Essa é fácil de responder, não foi rápido. Na verdade, está mais para apavorante. Um "belo" dia, que de belo não tinha nada, a Valentina mandou fotos para mim quando estava no Rio. É claro que tive que insistir muito, eu estava com saudades da baixinha.

Em uma das fotos que ela me mandou, ela estava com a Melissa e um menino. Perguntei a ela quem era o menino, ela disse que ele era o filho da Mel, claro que me interessei, quando soube que ele tinha dez anos eu me lembrei daquela noite. Desde então, fiquei pensando nisso. Cara, fiquei meio louco, quando fiz as contas, eu não usei camisinha aquele dia. Ela era virgem, será que tomava algum remédio? Para aumentar a minhas suspeitas o menino parece comigo, eu olhava aquela foto e não acreditava no que via. Eu soube, quase instaneamente, que estava ferrado, eu era pai e nem sabia. Desde aquele dia estou inquieto.

Agora, você imagina o susto que eu tomei quando fui buscar minha irmã no aeroporto e dei de cara com a Melissa, com o meu filho e com o meu sobrinho. Deu trabalho disfarçar tudo que eu senti quando aconteceu. Mas, a Mel parece ter um instinto para me controlar, quando ela chegou o ar mudou, logo começaram os seus ataques contra mim. Pouco me importei, estava mais preocupado em conversar com o Heitor. Até que ela machucou o pé, e obteve toda a minha atenção. Com ela em meu colo, muitas lembranças voltaram, meu corpo despertou em contato com o dela. Se antes eu estava inquieto com as minhas suspeitas, agora eu estava de louco e duro.

♡♥♥♡♥♥♡♥♥♡♥♥♡

A música do casal, bem romântica. Sinto cheiro de amor louco no ar.

Pra Ter o Seu Amor

Jorge e Mateus

Agora já não tem mais jeito
Amo até seus defeitos
Não dá pra fugir

Se eu tenho um milhão de motivos pra te conquistar
Eu não vou desistir

Você é frio, é calor
É febre de amor, saudade de paixão
Eu sigo sempre rumo ao seu coração

Pra ter o seu amor
Eu viajei pelo seu mundo
Me vi com seus olhos
Descobri quem sou, ai ai ai

Pra ter o seu amor
Te pedi pra Deus de presente
Pra me ver contente
Ele te inventou

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