25 - LP.Jackson

By LPJackson7

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O que fazer quando aquilo que você considera politicamente correto, te impede de se arriscar a viver uma nova... More

Prólogo
Recadinhos da autora!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32 - Parte 1
Capítulo 32 - Parte 2
Capítulo 33
Capítulo 34
Urgente!

Capítulo 29

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By LPJackson7

Emoções e mais emoções ❤

*************************

--- OLIVIA ---

Quando embarquei rumo a Londres, sabia bem o que eu estava indo fazer. Esse um ano que se passou foi intenso de todas as formas. Consegui uma promoção no trabalho, fiz alguns novos amigos, fui presente com os antigos e ainda assim não tirei meu jovem britânico da cabeça. Confesso que tentei me envolver com outra pessoa. Por um tempo, Elias e eu tivemos aquele lance de amigos com benefícios. Dizem que curamos um amor antigo, conquistando um novo. Senti na pele que não é desse jeito. Foi legal, mas comigo não funciona assim. Se envolver por se envolver não combina com a Olivia que eu conheço. Naturalmente, mantivemos a amizade e nenhum clima estranho se estabeleceu. Ao menos comprovei que aquele corpo era incrível de todos os ângulos e, ainda assim, Elias continuou sendo meu confidente, mesmo que muitas vezes, à distância. Engraçado, mas ele foi um dos que mais me incentivou a lutar por quem eu amava.

Juro que tentei saber o menos possível de Luke, mas suas irmãs, especialmente Leah, sempre soltavam alguma informação sobre ele "Acidentalmente". Meu peito se enchia de alegria todas as vezes que elas comentavam sobre a evolução dele no envolvimento com a música. Enfim, as coisas tinham tomado o rumo que ele sempre almejou. Ficava mais alegre ainda quando ouvia por alto que ele não estava com ninguém. Pelo menos, nada sério. Talvez ele tivesse dado o espaço que pedi e, discretamente, estava a me esperar. Será?! Houve um momento que essa possibilidade começou a martelar na minha cabeça. As cicatrizes haviam se fechado. Depois de toda aquela turbulência, consegui ver as coisas com mais clareza. Consegui entender sua reação e o que aconteceu de ruim entre nós se tornou irrelevante. O que eu havia pensado assim que rompemos aconteceu. Chega uma hora que o amor fala mais alto. Foi com esse pensamento que, assim que saí de férias, arranquei tudo que pude sobre onde Luke morava e trabalhava. Suas irmãs me deram cada detalhe com prazer. Só peguei minha malinha e embarquei para a terra da Rainha.

Logo que coloquei os pés aqui, apenas tomei um banho no hotel e me aventurei pelas ruas, até que cheguei ao pub que ele toca. Assim que vi meu garoto no palco, depois de doze longos meses, tive a certeza que eu só iria embora desse país até ter recuperado o que era meu. Meu coração bateu forte como da primeira vez que nos beijamos. Quando ouvi sua voz ressoando pelo ambiente, tive medo de me desmaterializar. Ele estava ali. A poucos metros de mim. Certamente não havia me visto, mas sei que cantou pra mim. E quando nossos olhares se cruzaram. Quando o tive perto e pude tocá-lo. Céus. Eu nunca deixei de amar esse homem.

Com uma alegria nítida, ele encerrou a última canção. Não quero parecer presunçosa, mas sinto que fui eu quem despertou todo esse brilho nele. Sei que temos que conversar e vamos fazer isso, mas me contentaria em tê-lo a minha disposição para olhá-lo e olhá-lo até cansar. Não sei se é meu julgamento de mulher apaixonada, mas ele parece mais lindo do que já foi um dia.

- Você foi incrível! - Comento, com palminhas, enquanto ele se aproxima.

- Obrigado. Obrigado. - Ele faz reverência todo orgulhoso. - Agora podemos ir, moça.

Salto do banquinho que estava sentada e me ponho de pé a sua frente.

-Ir pra onde, especificamente?

- Minha casa seria menos tédio que o hotel...

- Você que manda! Podemos?

Luke oferece o braço esquerdo para enlaçar-me a ele. O violão está pendurado no ombro direito.

- Você vai adorar, moça. E vai ser a primeira mulher a entrar lá, sabia?

Não consigo disfarçar minha surpresa.

-A primeira?

- Sim. Depois que voltei a Londres criei um código de conduta. Diversão sem compromisso era da porta pra fora. Meu sagrado lar não é pra qualquer uma.

- Então devo entender que sou importante? -Ouvir isso da boca dele nunca é demais.

- Sempre foi, Olivia.

Luke nos conduz para fora. O estacionamento fica nas proximidades. A noite está linda e fresca. Meu salto faz um barulho ritmado na calçada. Luke fica olhando para meus pés e sorri.

- Adoro esse som quando você anda de salto. É tão sexy!

- Então você vai ter uma overdose de sensualidade...trouxe vários desses. -Digo me referindo aos sapatos. Luke não perdeu a mania de flertar aleatoriamente. Adoro isso.

- Vamos ter um desfile? - O castanho de seus olhos brilha. - Quantos pares trouxe?

- O bastante pra te manter distraído!

- Puta merda... - Murmura me fazendo rir. - Você ri porque sou eu quem vai sofrer. Não sei se posso ficar apenas olhando... Você me conhece.

- Nada te obriga a ficar apenas olhando, meu bem... -Liv, Liv. Você está bastante corajosa hoje.

- As frutas do seu coquetel estavam coloridas demais, hã... - Achamos o carro dele. Luke abre a porta pra mim. Entro deixando que ele tenha um ângulo privilegiado das minhas pernas. Ele suspira e somo um ponto para a garota americana.

Em seguida ele dá a volta no carro e finalmente vamos pra casa. Aliás, a casa dele.

Aqui o motorista é quem fica do lado direito do veículo. É estranho, mas logo vou me adaptar. Londres é um lugar tão lindo. Seguimos pelas ruas desertas e mesmo sem a luz do dia, tudo aqui parece perfeito. As construções nos levam a sentir dentro de um livro com cidades fictícias. Mal cheguei e já tenho a impressão de que não quero partir tão cedo. Não demora muito e chegamos à casa de Luke. O espaço e a decoração me lembram seu antigo apartamento em Connecticut.

Consequentemente, lembro dos momentos felizes que vivemos lá e me sinto bem. Espero que tenhamos momentos felizes aqui também.

- Gostei daqui... Parece o apartamento de New Haven... -Comento varrendo a sala com meu olhar curioso.

- Igual, mas com o toque da Rainha. -Ele aponta para uma grande bandeira inglesa num quadro de moldura preta.

- Hmm...que patriota. -Brinco com um sorriso.

- Sempre! Gosto das cores, fazer o que. - Ele sorri colocando o violão no pedestal. - Está com fome?

Apenas nego com a cabeça. Comer é a última coisa que quero fazer agora.

- Vou tomar um banho pra tirar esse cheiro de bar e cigarro e volto logo. Pode ficar a vontade. Se quiser ligar a TV... O esquema é o mesmo de New Haven.

A ideia de ter Luke tomando banho no mesmo ambiente que eu estou, separados apenas por finas paredes, me faz ter pensamentos perturbadores. Melhor mesmo que eu fique por aqui vendo qualquer porcaria na TV.

-Vai lá...vou ficar sentadinha aqui! -Respondo enquanto me espalho no sofá fofinho.

- Tudo bem. Eu não demoro. -Luke sai e me dá privilégio de vê-lo desse ângulo. Minha nossa que bun... Opa, Olivia vai com calma! Seus hormônios estão dominando o cérebro.

O banho realmente não demora. O cheiro de sabonete e xampu toma conta assim que ele entra na sala com uma camiseta nas mãos. Filho de uma mãe boa!

- O que está passando agora? – Pergunta o descarado enquanto olha pra televisão.

- Não sei... Perdi a concentração agora! -Encaro seu peito nu, descaradamente. Minhas mãos sentem tanta falta dele que preciso me segurar pra não agarrá-lo nesse instante. Foi realmente uma boa ideia vir conversar aqui? Estou começando a duvidar.

- Perdeu é? - Ele acha graça. - Podemos procurar se for importante... - Ele joga a camisa sobre o ombro direito e apoia as mãos na cintura. Meu Pai!

- Não, não faço questão. -Com uma força sobrenatural consigo desviar o olhar para o seu rosto. Pare com isso, Olivia. -Quer dizer...vou precisar dela pra conversar...

Luke não diz nada e simplesmente senta do meu lado. Sem camisa. Todo confortável. Ele não vai fazer isso! Ou vai?

- Ah sim... Você disse que íamos conversar. Pode começar, moça. Sou todo ouvidos. - Lá está o sorriso safado que acaba comigo.

- Luke... -Chamo sua atenção e ele atende com a cara mais cínica do mundo. -Você não está me ajudando, querido!

- Sério? - Ele senta mais perto. Me olha nos olhos e passa a língua nos lábios para umedecê-los. - E como posso ajudar? - Ain, para de ser sexy. Droga!

- Colocando essa camiseta e evitando que eu avance para a parte dois dos meus planos. Preciso fazer a parte um primeiro! -Vamos ser diretas, se não essa conversa vai evoluir pra outra coisa.

Luke parece entender. Então agradeço aos céus quando ele veste a roupa e presta atenção sem flertes ou gracinhas.

- Desculpe. Vou ficar atento. - Ganho um sorriso calmo. - Pode falar...

- Obrigada! -Minha bipolaridade já me faz sentir falta da nudez recente. Oh, merda de cérebro. -Voei dos Estados Unidos até aqui sem saber muito o que eu estava fazendo, mas... eu precisava vir e saber o que ainda restou de nós, Luke.

- Eu faço essa pergunta a mim mesmo todos os dias, Olivia. O que restou de nós... - Suspiro e espero algo mais vir dele. E vem. - Quando você pediu espaço, não entendi direito na hora. Passei por todas as fases possíveis até assimilar tudo. Fiquei furioso, deprimido, confuso... Hoje, embora veja com mais clareza, sei que foi a melhor decisão afinal.

-Acho que foi sim... -Parece que estar aqui, falando com ele sobre nós dois é um delírio da minha parte. Acho que esperei tanto por isso que agora nem sei o que e como falar. -Foi um ano difícil. Tanta coisa aconteceu e...não sei, por mais realizada que eu tivesse em certas coisas, faltava algo. Eu sempre soube o que estava faltando. Mas tudo isso foi útil, hoje eu consigo ter uma visão diferente de tudo aquilo que aconteceu. Eu fui adiando, talvez pra saber se eu estava certa do que eu queria, mas agora tenho certeza que sim. Foi meio que um tiro no escuro, porque eu não sabia o que ia encontrar aqui. Sempre soube de uma coisa ou outra que estava acontecendo com você, mas a ausência de detalhes era perturbadora. -Respiro fundo. Ainda não disse o que eu quero dizer. -Nossa, eu estou dando voltas e voltas e não estou dizendo o principal. Eu...ainda te amo, Luke. Eu nunca deixei de amar. Não sei se isso ainda existe da sua parte e por isso preciso que você me diga. Eu vou entender se não tiver condições de voltarmos a ser um casal, mas eu precisava que você soubesse disso. Se eu não viesse até você, ia sentir pro resto da vida que esse ciclo da minha vida não tinha se fechado pra valer e não conseguiria seguir minha vida por completo.

- Entendo o que quer dizer, Olívia. Passamos por uma fase boa. Outra intensa e outras bem tensas. A questão dos sentimentos pode ser mais delicada do que parece. - Ele olha pra mim e não diz mais nada. Oh Luke, já sei onde quer chegar e apesar de todo flerte ele não me ama como imaginei. O tempo foi bom para consertar muitas coisas, mas como eu temia, pode tê-lo levado pra longe de mim, definitivamente. Cheia de vergonha fico inquieta e sinto que dormir no tedioso quarto de hotel é a escolha certa. Quando faço que vou levantar, sua mão me segura pelo braço. - Eu ainda não terminei, moça. - Essa palavrinha 'moça' é o que prende minha bunda no sofá. - Quando digo que sentimentos são um ponto delicado, é porque são. Eu sei que vir até aqui e dizer essas coisas faz meu coração ficar feliz e aberto e eu também te amo. Porém, preciso saber se realmente podemos seguir em frente, juntos. Não recomeçar se houver pontas soltas... Você entende?

Deus. Meu coração quase saltou de mim agora. Se entendi certo, ele ainda me quer, mas tem medo que o passado volte a vir a tona.

-Da minha parte não existem pontas soltas, Luke. Eu me certifiquei que nada daquilo que aconteceu tivesse relevância antes de procurar você. Naquela época o que eu sentia por você não foi o bastante pra superar o que nos tinham feito. Eu estava magoada, me sentindo ferida pela última pessoa que eu esperava que pudesse me ferir. Mas o tempo me ajudou a curar isso. Hoje, o que eu sinto por você, é maior que qualquer coisa. Não quero que um mal entendido do passado nos faça desistir um do outro pra sempre... -Meu peito chega a doer só de imaginar que eu o tenha perdido.

- Então está disposta a fazer tudo do zero? - Pergunta ele com um brilho nos olhos quando segura minhas mãos.

- Totalmente. Agora só depende de você, Luke!

- Você me deixou com a parte mais difícil? - Ele fica sério, mas sorri em seguida. Dando mais um sobressalto ao meu coração. Suas mãos puxam pra ele. - Você ainda dúvida que te quero mais que tudo, Olivia Anderson? - Sorri sem graça. - Tem muito a aprender sobre mim, mocinha!

O frenesi que sinto agora é tão intenso que tenho medo de não sobreviver. Meu garoto está de novo comigo. Ele ainda me ama e somos um 'nós' de novo. O puxo num abraço apertado e temo sufocá-lo com meu desespero por tê-lo tão perto de novo.

-Não vou deixar você sair do meu lado nunca mais! -Entre sorrisos, lágrimas e palpitações, sinto que ele é só meu de novo.

- Eu nunca vou sair, meu amor. Nunca. - Luke aproveita o abraço e puxa meu corpo vacilante para o seu colo. Toma o rosto entre as mãos e respira fundo. - Não lembro de estar tão nervoso por um beijo como agora...

- Nem eu! -Sorrio e toco seu lábio inferior. -Eu senti tanto a sua falta... -Minha respiração sai com dificuldade e preciso que ele me beije agora.

- Não tanto quanto eu... - Ouço dizer se aproximando. Cola os lábios e não se move. Sentimos o calor. Respiramos o mesmo ar. Por um segundo acho que não vou aguentar. Meus olhos ardem. Sinto os polegares alisando as maçãs carinhosamente. Me beija logo, por favor!

- Você não tem que voltar pro hotel, né? - Murmura ainda nos meus lábios.

- Não. A não ser que você queira me expulsar daqui...

- Nem em um milhão de anos! - Ele diz e num segundo estamos de pé. Subimos um pequeno lance de escada e chegamos no quarto. Luke está ofegante. Me agarra sem aviso e me prensa com a porta logo depois de fecha-la. Com a boca tira meu fôlego num beijo avassalador. Percorro as mãos em seu peito definido e tudo em mim entra em ebulição.

Arranco sua camisa e meu vestido tem o mesmo destino. Seus beijos deslizam pelo pescoço de um lado a outro. Começo a sorrir e tomo sua boca novamente. Estamos febris demais para raciocinar.

- Preciso de você, Olivia... Agora!- Diz com a testa colada a minha.

- Eu preciso mais, meu garoto inglês... Muito mais! – Respondo num fio de voz.

Depois disso só consigo dizer que tudo ficou coberto de uma nuvem apaixonante onde nós mergulhamos para o infinito. Sua cama continua macia. A forma como nos amamos tão desesperados no começo faz com que a segunda seja memorável. Luke fez com que eu pagasse a língua sobre namorar caras mais novos. Deixar que pré-conceitos tomassem conta das minhas decisões foi à ideia mais idiota que já tive. Amo esse homem lindo e jovem de, agora, vinte e seis anos que me faz enlouquecer de todos os modos. Agora que ele descansa ofegante sobre meu peito nu posso respirar de novo. Ouvindo as minhas batidas descompassadas ele desenha corações aleatórios com a ponta do dedo. Acaricio sua cabeça e digo que o amo mais uma vez. Seus lindos olhos me encaram e recebo outro beijo suave do amor da minha vida. Luke Watson, você nem sabe, mas... Eu ainda vou me casar com você.

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