Capítulo 33

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Capítulo liberado e o amor está no ar! <3

--- OLIVIA ---

Muito, mas muito mais leve é como me sinto agora. Alguns minutos trancada num quarto com Luke são suficientes pra me deixar flutuando pelo resto da noite. Deixamos a casa e voltamos ao quintal como se nada tivesse acontecido. Nossos familiares continuam tagarelando na mesa e arrisco dizer que, pela animação com que interagem, nem repararam quanto tempo demoramos lá dentro.

- Aaah, os pombinhos voltaram! - Minha irmã comenta alegrinha demais. Nunca consigo escapar dela.

- Voltamos! - Respondo, continuando em pé e de mãos dadas com Luke.

- Não acredito que você deixou esse garoto te dobrar, Liv. Você foi lá dentro brigar com ele, lembra? - Leah comenta se referindo a brincadeirinha sem graça que ele fez com ela.

- Mas fui eu quem o dobrei, cunhadinha. Meu poder de persuasão fez seu irmão mudar de ideia, não é amor? - Faço a cara mais cínica pra ele, esperando que concorde.

- Claro, e uns beijinhos também ajudaram na mudança de ideia. – Todos riem e não sei onde me esconder. Cretino!

Obviamente não perco a oportunidade de dar outro beliscão nele. Faz parte das nossas provocações.

- Parem de se amar e vamos lá pra mesa, crianças. -Diz minha mãe pedindo que nos dirijamos à mesa que ela preparou com tanto carinho.

Entre as inúmeras guloseimas que ela preparou, o meu nome e o de Luke são a peça principal da decoração.

- Pois é, rapaz... Não pense que vai levar minha filha sem pedir minha permissão em público antes... -Comenta meu pai e juro que vi uma gotinha de suor escorrendo pela lateral do rosto do meu noivo.

- Isso mesmo, camarada! Se eu não escapei, você também não vai. - Meu cunhado bate em seu ombro.

- Mas... Acho que está um pouco tarde não? – Luke fala.

- Luke, meu bem, você já assistiu aquele filme Casamento Grego? – Naty pergunta e quero rir.

- Assisti... – Luke a olha confuso.

- Então você está no caminho certo. Já sabe como funcionamos! – Ela diz toda orgulhosa da tradição familiar que papai adorava recitar desde que éramos crianças. Somos as princesinhas do papai, fazer o que?

Meu noivo olha pra mim como se pedisse socorro. Coitado!

- Eles não estão brincando, não é?

- Não meu bem... Você disse que estava preparado pra encarar a fera, agora aguente! - Dou os ombros e quero rir da cara apavorada que ele faz. Coitado!

- Bem... Por você eu faço... – Murmura.

- Aaaah... - Aperto o rosto dele com as mãos e dou um beijo. - Você vai sair vivo, meu amor!

- Eu espero. - Ri de leve.

Luke toma fôlego. Todos se aproximam da mesa central. Há um bolo e doces. Meus pais e sua mãe estão à direita enquanto seguro sua mão fria e suada no lado esquerdo. Aliso no braço passando segurança. Os olhos estão atentos e meu pai começa:

- Então, Luke. Já nos conhecemos há um bom tempo e sei que é um bom rapaz, mas tenho que cumprir meu papel de pai. Pode parecer bobeira, mas somos uma família tradicional e é por isso que peço que me diga os motivos que te levam crer que vai ser um bom esposo pra minha filha! - Todas as cabeças que estavam viradas para meu pai, se viram pra Luke. Vamos lá, garoto, você vai se sair bem!

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