Tudo Pela Reportagem

By mariiafada

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PLÁGIO É CRIME - Todos os direitos reservados a Maria Augusta Andrade © Não autorizo qualquer reprodução ou u... More

Prólogo.
Primeira parte.
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Segunda Parte.
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!!!!!100 MIL F*CKING VIEWS!!!!! ❤️
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31 (Pra quem não está conseguindo ler!!)
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42. [Final]
Epílogo.
Agradecimentos.
Capítulo Bônus (1)
Booktrailer <3
Se você gostou de TPR, vai gostar de Morde e Assopra também!
Capítulo Bônus da Gabi! Yey!

11.

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By mariiafada

                  

Talvez os meus amigos tivessem razão. Eu precisava parar de ser tão impulsiva. Isso definitivamente já me levou para a cadeia uma vez e há grandes chances de me levar de novo.

A prova viva disso estava bem ali na minha frente. Homero Smith caído no chão enquanto Slender e o Ruivo Assediador olhavam para mim como se eu houvesse cometido um crime. Eu tinha cometido um crime, mas eles não sabiam disso.

Vamos voltar essa fita para o início.

Quando cheguei na mansão de Slender – a casa mais ostensiva que eu já tinha visto –, entrei pelas portas dos fundos e me vi numa cozinha abarrotada de pessoas. Parece que a festa já havia começado.

- Você! Está atrasada! Três garçonetes faltaram hoje! Três! Era tudo que eu precisava. Uma das festas mais importantes do ano e isso me acontece! – uma mulher baixinha de cabelos escuros veio marchando na minha direção. Ela me agarrou pelo braço, pegou a minha bolsa e jogou em um canto. Pelo menos eu tinha certeza que as roupas pretas parecia com o uniforme dos garçons e garçonetes que trabalhavam para ela. A mulher colocou uma bandeja de salgadinhos nos meus braços  e me empurrou em direção das portas duplas da cozinha. – Conversamos sobre o pagamento depois. Primeiro, sirva as mesas e anote os pedidos dos convidados.

Ela enfiou um bloco de notas no meu bolso e me enxotou para fora da cozinha. De repente, eu havia emergido em um enorme salão decorado de dourado e preto. A música clássica soava pelo ar junto com o cheiro de vários perfumes importados  misturados.

Precisei de alguns segundos para me estabilizar e repassar o plano em mente. Depois que servisse aquelas mesas, voltaria para cozinha e pegaria na bolsa o gravador e o mapa da casa. Despistaria a mulher baixinha e daria um jeito de encontrar o escritório de Slender.

Em alguns minutos servi as mesas com salgadinhos, feliz por ter prendido o cabelo em um rabo de cavalo e tirado as lentes de contato, substituindo-as pelos meus trágicos óculos de grau.

Eu tinha esquecido o quão o meu grau de miopia era alto. A lente era tão grossa que pesava na ponte do nariz. 

Pensando bem, até que fazia sentindo eu não ter tido tantos namorados no colégio. Juntando ao fato de que eu era a filha do diretor....

- Garçonete! – um senhor me chamou.

Lamentei por dentro enquanto sorria por fora. Estava quase voltando para cozinha e colocando o meu plano em prática!

- Em que posso ser útil? – fui até ele e tentei ser o mais cordial possível.

- Para o jantar, eu vou querer o salmão ao molho de ????  – as interrogações são por que não entendi o nome do molho. Sempre me perguntei o motivo pela qual ricos tendem a complicar os nomes de comida.

- Claro, salmão ao molho de... Ao molho, sim? – repeti dando um sorriso amarelo e anotando o pedido. Ou fingindo anotar. – Mais alguma coisa?

- Para sobremesa um... – ou entendi errado o aquele senhor queria um mouse de grama (?) com calda de... Era melhor só balançar a cabeça e fingir saber do que ele estava falando.

- Anotado! – garanti a ele.

- Ponha no nome do Sr. Stedman Graham.

Meus olhos quase saltaram das órbitas.

- Ai, meu Deus. Você é o marido da... Oprah? – minha voz saiu um ruído fino quando disse nome dela.

O homem sorriu.

- Sim, querida, sou eu.

Meu coração falhou uma batida.

- Ai meu Deus! – sussurrei baixinho, começando a ter um ataque. – A... Oprah está aqui?

Stedman começou a falar, mas os meus olhos captaram Homero Smith, não muito longe de onde eu estava, conversando com uma mulher e dois homens.

Ele não podia me ver ali.

- Desculpe, Sr. Stedman... Eu preciso ir. Quando a Oprah voltar – Eu não acredito que ela está aqui! -, diga que sou sua fã. Ela é maravilhosa. Eu a venero. Eu o beijaria os pés dela, eu a beijaria , com todo respeito!

Só pare de falar, Elizabeth. Está ficando pior a cada segundo.

Sem perder mais tempo saí correndo para a cozinha, olhando para todos os lados e tentando encontrar a Oprah.

Sem sucesso.

- Concentre-se, Liz. Você precisa focar no seu plano. – disse a mim mesma dando tapinhas na testa. Voltei para a cozinha, onde a loucura de pessoas correndo de um lado para o outro tentando fazer tudo ao mesmo tempo continuava. Deixei o pedido do Sr. Stedman com um dos cozinheiros e fui até a minha bolsa. Estava tudo ali: Durex, gravador, celular, mapa...

Coloquei a bolsa sobre os ombros no exato em que uma mulher baixinha surgiu ao meu lado.

- Para onde pensa que está indo?! Você não vai embora! Não pode! – guinchou a mulher tirando a minha bolsa de perto e jogando-a para longe.

- Mas eu...

- Querida, eu pago o dobro para você! O triplo! Mas não me deixe na mão! O nosso cliente acabou de pedir que levássemos champanhe até seu escritório mas não temos ninguém!

Abri a boca para protestar até compreender suas palavras. Primeiro, ela iria me pagar o triplo para servir mesas? Eu estava dentro! Segundo, o "cliente" do qual falava era Slender? Uma ótima oportunidade para investiga-lo de perto.

Dei um sorriso.

- Eu levo o champanhe. – prometi à ela.

A mulher suspirou de alívio. Ela me levou até o carrinho de bebidas, onde estava o champanhe com gelo e as taças. Sem que a supervisora do buffet visse, coloquei a minha bolsa em um dos bolsos do carrinho e segui suas instruções para chegar ao escritório do "cliente".

A casa de Slender era extremamente luxuosa. Entrei em um corredor de madeira polida, depois outro corredor, depois outro... Foram muitos corredores. E muitas portas. Mas o mapa me ajudou a encontrar o escritório de Slender.

Naquela determinada parte da casa o barulho da festa era quase inaudível. A mansão estava silenciosa e fria. Perguntei-me se Slender tinha filhos ou alguma mulher. Morar sozinho em um lugar como aquele deveria ser enlouquecedor.

Bati duas vezes na porta.

- Entre.

Era a voz dele. Fria e impassível como da primeira vez que eu a escutara. Abri a porta e empurrei meu carrinho de bebidas para dentro do escritório.

Slender estava de costas para mim, falando ao celular.

- Mas você prometeu que nossa sociedade me ajudaria a subir no mercado internacional... – ele olhou para trás e apontou para o champanhe. – Sirva três taças.

Acenei com a cabeça aguçando os ouvidos para sua conversa.

- Iolanda, não me faça perde a paciência com seus joguinhos... – Slender avisou. Ele começou a andar de um lado para o outro. – O garoto não faz parte da nossa sociedade... Não. Talvez, mas vai além do meu poder.

Slender riu sem humor.

- Eu tenho outro que adoraria conhecer você. – pegou uma foto em cima de sua mesa e a observou. – Jason já é um rapaz formado. E muito bonito, como o pai.

Ele suspirou e balançou a cabeça.

- Tudo bem, Segunda-Feira, então. Nem um dia a mais. E por favor, apareça.

Assim que desligou a chamada com Iolanda, ele digitou outro número e discou. Estava tão ocupada prestando atenção aos passos de Slender que não notei outra pessoa entrando no escritório. Até o Sr. Barruell, o ruivo, pescar umas das taças de champanhe se jogar uma luxuosa poltrona de couro preto.

Surpresa ao vê-lo ali abaixei a cabeça para que ele não tivesse uma visão muito boa do meu rosto. No entanto, comemorei internamente ao ver a montanha roxa que se sobressaía na testa do ruivo.

- Jason, eu preciso que volte para Nova York amanhã. – voltei minha atenção para Slender, agora em outra ligação. – Não me importa se em Ibiza está "bombando", preciso de você amanhã. Sem falta. Já sabe o que vai acontecer se não vier, não é mesmo? Obrigada.

Finalmente Slender guardou o celular no bolso e se virou para o ruivo, que já estava na metade da sua segunda taça. Alguém ali precisava levar aquele homem para os Alcóolicos Anônimos.

- Barruell, mas o que é isso em sua testa? – perguntou Slender numa mistura de repreensão e divertimento. – Finalmente achou uma mulher à sua altura?

O ruivo fechou a cara.

- Eu tive um acidente no banheiro, só isso.

Precisei me controlar para não rir. Os esforços devem ter chamado a atenção de Barruell. Ele lançou um olhar frio na minha direção. Era a primeira fez que o ruivo não me olhava como um pedaço de carne. Acho que eram os óculos de grau.

Nunca fui tão grata pela miopia.

- Eu conheço você? – perguntou ele depois de muito analisar o meu rosto. Não que eu estivesse dando espaço para isso.

Meu coração gelou.

- Creio que não, senhor. – respondi. – Sr. Slender, precisa de mais alguma coisa?

- Não. Você já pode ir.

Assenti com a cabeça e manobrei meu carrinho para sair do escritório.

- Espera! – o ruivo gritou. Eu parei o carrinho e fechei os olhos. Ele veio até a mim. – Eu quero mais um pouco de champanhe.

Eu o servi, as mãos tremendo pelo medo de ser reconhecida, e guardei a garrafa de champanhe.

- Mais alguma coisa?

- Tem certeza que eu não conheço você? – ele estava me encarando profundamente.

- Acho que eu me lembraria, senhor. Se isso é tudo, eu estou indo.

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, eu empurrei meu carrinho para a porta como se não houvesse amanhã.

A porta se abriu pegando-me de surpresa. Arregalei os olhos e arquejei quando ele apareceu na frente do carrinho, tão surpreso quanto eu.

Não consegui segurar o carrinho de bebidas a tempo. Ele atingiu Homero Smith na barriga em cheio, atropelando-o. O homem gemeu e caiu no chão do corredor.

É.

Eu estava ferrada.

***
Dois capítulos!!! Gostaram?
Espero que sim ❤️

Ei, amorecos, me digam o que acharam da capa nova do livro - essa semana mudei duas vezes, porque não estava satisfeita... Mas dessa eu gostei, tem uma coisa que mudaria, só não sei se ficaria tão legal!

Enfim, não se esqueçam da 🌟, okay? Qualquer coisa a Tia está aqui sempre, um beijo ❤️

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