Irresistível - O Caso Portill...

Od PricaWenzel

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Sinopse: Alfonso viu sua mãe ser assassinada diante dos seus olhos quando tinha 18 anos. 09 anos depois ele s... Více

Prólogo
Capítulo 01
Capitulo 02
Capitulo 03
Capitulo 04
Capitulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 47

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Od PricaWenzel


Na segunda-feira cheguei a editora e encontrei Dulce.

- E ai como foi o almoço em família?

- Bem proveitoso, até conseguimos relaxar um pouco. - sorri.

- E o Christian como está?

- Graças a Deus se recuperando, hoje mesmo ele disse que ia voltar a trabalhar.

- Mas ele não tinha que ficar de repouso por mais alguns dias? - Dulce me encarou.

- Vai falar isso pra ele, aquele lá é mais teimoso que uma mula. É mais fácil uma porta se mexer sozinha do que o Christian mudar de ideia. - respondi revirando os olhos.

- Parece alguém que eu conheço. - Dulce sorriu com ironia e sabia que se referia ao Ucker.

- Típico dos homens serem extremamente teimosos, Alfonso é igualzinho ao amigo. - suspirei.

- E ai, quando vamos sair de novo para os preparativos do seu casamento? - sorriu mudando de assunto.

- Não sei... Mas vai ter que ser essa semana né? O grande dia ta chegando. - respondi sentindo um frio na barriga.

- E o Alfonso como está?

- Acho que estaria mais feliz se não fosse os nossos problemas. - suspirei.

- Vai dar tudo certo, Poncho só vai sossegar quando pegar o Felipe.

- Espero que dê tudo certo mesmo, será que vai demorar muito pra eu conseguir ter um pouco de paz com ele? Esse pesadelo já dura quase 11 anos. - a olhei com tristeza.

- Tenha fé que vai acabar tudo bem, você vai ver.

- Bom, eu tenho que ir, pelo menos trabalhar me distrai a cabeça. - sorri.

- Vai lá, a gente se fala depois. - sorriu.

Assenti antes de entrar no elevador.



Arregacei as mangas da minha camisa e encarei Carlos bem de perto.

- Sabe, você tá começando a se tornar um peso morto pra mim.

- Eu disse que não poderia te ajudar com nada. - sorriu debochado.

- Você tá tirando uma com a minha cara ou é impressão minha?

A porta se abriu desviando minha atenção. Christian entrou trazendo um envelope pardo com ele, o mesmo envelope que meu pai havia me entregado sábado de manhã.

- Você não devia estar aqui lembra? - enviei um olhar cético para meu melhor amigo.

- Desculpa, assim como você não consigo ficar longe do trabalho. - sorriu.

- Tudo bem, eu sabia que você voltaria hoje. As babas do nosso amigo chegaram? - apontei Carlos com a cabeça.

- Estão lá embaixo. - Christian sorriu me respondendo.

- Que babas? - Carlos perguntou e notei a pequena nota de desconfiança em sua voz.

- Como eu disse você se tornou um grande pé no saco, então eu mexi meus pezinhos com a ajuda de pessoas certas e consegui te mandar de volta pra cadeia bem antes do previsto, sem necessidade de um julgamento.

Christian abriu o envelope pardo e mostrou os papeis para Carlos.

- Você foi condenado há 15 anos de prisão por tentativa de sequestro e falsidade ideológica. Acho que terá que dar adeus aos seus planos de viver uma vida nova com seus irmãos, não foi isso que o Felipe te prometeu?

- Ah, mas isso ele poderá fazer... Daqui 15 anos quando for posto em liberdade. - dei meu melhor sorriso irônico.

- Isso não está certo, eu tenho direito a um advogado e um julgamento.

- Você não tem direito a nada, foi pego em flagrante e todas as provas que achei no seu apartamento foram entregues à polícia e passadas ao juiz. - retruquei cheio de ódio. - Você achou mesmo que eu te mantive aqui todo esse tempo sem fazer nada a respeito do que você fez? Você mexeu com o cara errado e pior ainda com a garota do cara errado... Deveria me agradecer por não ter dado um tiro no meio da sua testa. - apontei o dedo pra ele.

- Isso não vai ficar assim Herrera. - Carlos cuspiu cheio de ódio.

- Não mesmo, em breve você vai encontrar seu amiguinho Felipe, isso se eu conseguir manter ele vivo quando pegá-lo com as minhas mãos. - respondi cheio de ódio.

Christian acionou a porta e os policiais entraram, vi que Carlos se assustou, ele sabia que não receberia nem um décimo do tratamento que estava recebendo aqui. A prisão de verdade era mil vezes pior do que minha sala de interrogatório.

- Não se preocupe eles vão cuidar muito bem de você. Não é mais problema meu Hernandez. - sorri.

Um dos policiais me cumprimentou antes de se aproximar de Carlos e algemá-lo.

- Eu espero que o Felipe mate aquela vadia é o que ela merece.

- Calem a boca desse idiota, por favor. - pedi impaciente.

Um dos policiais socou o estômago de Carlos e ele se dobrou em dois perdendo o ar. Fiquei satisfeito vendo ele ser arrastado e as portas finalmente se fecharam.

- Um problema a menos. - suspirei.

- Que bom que o Sebastian conseguiu a prisão do Carlos, não sabia que ele tinha tanta influência.

- Foi ideia dele me ajudar... Então eu aceitei. - sorri dando de ombros. - Vamos descer e vê se não fica de estripulias pelos próximos dias viu? Você precisa ficar de repouso.

- Você tá parecendo minha mãe falando assim. - Christian resmungou.

- Ué quem mandou você se comportar como uma mulherzinha e não me obedecer?

- Cala a boca. - deu um soco no meu ombro.



Na hora do almoço Alfonso me buscou na editora e fomos almoçar juntos. Após fazer os pedidos ele me encarou.

- Tenho uma novidade para você. - sorriu apertando minhas mãos.

- Qual?!

- Carlos está preso. Meu pai me entregou os documentos sábado e hoje os policiais o levaram.

- E pra onde ele será levado?

- Para uma penitenciaria de segurança máxima. Eu quero ver ele conseguir fugir dali. - sorri.

- Quanto tempo ele vai ficar lá?

- Quinze anos. - respondi. - Agora só falta pegarmos o Felipe.

Um arrepio percorreu meu corpo só pela menção daquele nome.

- Vou pegar esse filho da mãe, meu amor. Nós dois vamos. - ele beijou meus dedos.

Sorri me sentindo confiante e um pouco mais tranquila. Tínhamos um plano e ele ia dar certo.

O garçom trouxe nossos pedidos e começamos a almoçar. O celular de Alfonso tocou poucos minutos depois nos interrompendo.

- Alô?

Encarei meu futuro marido e fiquei preocupada diante da expressão séria dele. Em poucas palavras Alfonso desligou.

- Vamos sair daqui. - levantou-se da cadeira.

- O que aconteceu? - o encarei preocupada.

- Você vai entender logo, agora precisamos ir. - ele respondeu fechando os botões do paletó, fez um sinal para o garçom que se aproximou. - Fique com o troco, considere uma gorjeta. - entregou algumas notas que somadas pagariam por muito mais do que o nosso almoço.

Alfonso me conduziu pra fora do restaurante e abriu a porta do carro pra mim. Fiquei com medo quando ele afundou o pé no acelerador, ele não era de sair por ai a toda velocidade.

- O que aconteceu?

- No nosso apartamento você vai saber, não posso te dizer nada se não soube da história completa.

Suspirei tentando afastar meus maus pressentimentos, talvez fosse algum problema na empresa.

"Ah Anahí quem você quer enganar? Isso tem a ver com o Felipe e você sabe disso!", suspirei.

Retorci minhas mãos em silêncio com medo de dizer algo e atrapalhar Alfonso ou deixa-lo ainda mais preocupado. Guardaria minhas perguntas até chegarmos em casa.

Alfonso estacionou o carro na garagem do prédio e suspirei de alivio por chegarmos. Fomos direto pro elevador. Estranhei a porta do apartamento estar aberta e estranhei mais ainda quando vi Marichello, Ucker e Dulce.

- O que aconteceu? - encarei os três apavoradas.

- Seus irmãos querida. - minha mãe se aproximou de mim e me abraçou.

Reparei no carrinho duplo vazio no canto da sala e a soltei.

- O que aconteceu? - minha voz saiu abafada enquanto meu coração era comprimido dentro do peito.

- Ele os levou... Não ele, mas alguém a mando dele. - Marichello respondeu chorando.

- Marichello olha pra mim. - Alfonso se aproximou e me espantei con sua frieza. - Me explica o que houve e porque você estava sozinha?

- Eu só quis ir dar uma volta com meus filhos no shopping, não achei que precisasse dos seguranças. - ela soluçou ao responder. - Mas eu acho que ele sabia, pois, quando fui pro estacionamento dois caras apareceram com máscaras. Um deles me rendeu enquanto o outro levou meus bebês. - minha mãe cobriu o rosto com as mãos.

- Não é um sequestro qualquer Alfonso, foi ele que fez isso. - Ucker entregou um bilhete à Poncho.

- Mãe por que a senhora não saiu com os seguranças? - a encarei desesperada.

- Eu não sabia que ele ia fazer isso. - soluçou.

Me aproximei de Alfonso e ele me entregou o bilhete.

- Está endereçado à você. - vi a raiva queimar em seus olhos.


"Estou perdendo a paciência Anahí. Sua mãe foi descuidada e agora são seus irmãos quem estão pagando o pato, quantos mais vão se sacrificar por você? O que acha de fazermos uma troca? Uma vida em troca de duas vidas? Ou seriam três?"


- O que ele quer dizer com esse bilhete? Qual a terceira vida que ele está falando? - encarei Alfonso preocupada.

- Vem comigo. - Alfonso me puxou pela mão. - Nós já voltamos.

- Alfonso precisamos fazer alguma coisa. - Marichello soo desesperada.

- E vamos fazer, você não vai perder nenhum de seus filhos eu prometo. - Alfonso a encarou.

- Fica com ela, eu já volto. - sussurrei para Ucker e segui Alfonso até o escritório.

Só quando entramos e ele bateu a porta foi que se permitiu privar de sua máscara de frieza.

- Ele passou de todos os limites agora. - Alfonso cerrou os punhos furioso.

- O que vamos fazer Poncho? - solucei.

- Ele está desesperado, por isso sequestrou seus irmãos, mas confie em mim, ele não vai fazer nada com os dois. É você que ele quer. - Alfonso me encarou tentando esconder a raiva por baixo de uma máscara de frieza.

- Mas por que meus irmãos? Eles são dois bebês Poncho, como vão se defender? - solucei.

- Por isso ele os levou, pra você ficar desesperada. - Alfonso acariciou meu rosto. - Vamos colocar o plano em prática. A gente vai recuperar seus irmãos e prender esse desgraçado.

Abracei Alfonso temendo pela loucura que estávamos prestes a fazer, mas eu sabia que era nossa única escolha. Não poderia deixar mais ninguém pagar pelo que eu tinha feito.

O celular de Alfonso tocou e consegui ver que não estava aparecendo um número no visor.

- Herrera!

Ouvi um chiado do outro lado e no mesmo momento os punhos de Alfonso se fecharam.

- Vai pro inferno, como conseguiu meu número Najera?

Arregalei os olhos, ele estava falando com o Felipe. Queria poder atravessar aquele telefone e matar aquele infeliz.

- Esquece, não faço acordos com filhos da puta. - respondeu furioso e desligou. - Preciso falar com o Christian e reunir a equipe, fique aqui. - Alfonso me olhou, assenti e ele se retirou.

O telefone começou a tocar de novo, me fazendo dar um pulo. Vi que não tinha número na tela e atendi.

- Alô!

- Ora, ora quanto tempo?

Fechei os olhos e senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto enquanto um medo congelava meus ossos.

- O que você fez com meus irmãos e como conseguiu o número do Alfonso?

- Carlos me passou o telefone do seu namoradinho, resolvi usar no momento certo... Minha intenção era ligar pra ele naquele dia quando quase peguei você. Queria que ele ouvisse seus gritos enquanto eu te matava.

- Você é um desgraçado, é Alfonso quem vai matar você quando te pegar. - respondi chorando.

- A questão aqui não envolve seu namoradinho, envolve eu e você. Deixa eu te fazer uma pergunta Anahí? - enxuguei o rosto e fiquei quieta. - Quantas pessoas vão ter que morrer ou serem machucadas pra te salvar? Primeiro o seu pai, depois Lionel, Christian e agora seus irmãos. - fechei os olhos sentindo as apunhaladas conforme ele ia citando os nomes. Saber que meu pai e Lionel haviam morrido por culpa dele me enchia de raiva ao mesmo tempo em que doía. - Sabe o Carlos não teve trabalho nenhum em matar aquele cachorro inútil.

- Cala a boca! - ordenei cheia de ódio, as palavras dele me matando por dentro me fazendo perder o chão, segurei na borda da mesa enquanto a imagem de Lionel na cozinha daquele apartamento voltava como se estivesse acontecendo naquele momento.

- Foi tão fácil que ele me disse que nem teve tanta graça assim. Fico pensando que vai ser igualmente fácil matar seus irmãos. Eu posso asfixiá-los com um travesseiro, deixá-los preso dentro de um carro... Você já viu casos de pais que esquecem os filhos nos automóveis e eles morrem né? Então posso simplesmente "esquecer" seus irmãos dentro de um veículo, ou simplesmente embrulhar seus corpos em um lençol e jogar no mar. Assim nem os corpos deles você terá pra chorar.

- Chega! - gritei, minhas pernas desabando no chão. - O que você quer?

- Ora é fácil, quero você. Quero ver se tem coragem de sair debaixo da asa do seu namoradinho e vir me encontrar. Tem um ferro velho próximo da editora onde você trabalha, lá eu deixei um carro e um celular descartável te esperando com apenas o meu número salvo. Assim que você chegar lá, você me liga e eu te dou instruções de onde nos encontramos. Assim que você estiver comigo, eu mando meu encarregado levar seus irmãos de volta. - a frieza dele me espantou.

- Como vou ter certeza de que você vai devolver meus irmãos se eu for até você?

- E o que acha que eu vou fazer com esses dois pirralhos que só sabem chorar? E você esqueceu o que eu disse no bilhete, você pode salvar três vidas. - eu sentia o sorriso na voz dele.

- De quem você tá falando?

- Do Miguel, do verdadeiro Miguel, o cara que eu sequestrei. Ele está vivo, preso em cativeiro no mesmo lugar que seus irmãos. Uma ordem minha e as pessoas que o estão vigiando vão libertá-lo e ele pessoalmente vai levar seus irmãos até sua mãezinha. Ele também tem um celular descartável com apenas o seu número salvo. Assim ele vai te avisar quando seus irmãos estiverem em casa, será sua última chance de se despedir da sua família.

- Mesmo que eu acredite em você e faça o que está dizendo, como vou sair do apartamento sem ninguém desconfiar? Alfonso não é idiota, ele não vai me deixar sozinha um segundo sequer.

- Espere até a noite, quando todos estiverem dormindo, você foge.

- Terá seguranças na porta do apartamento.

- Então saia pela janela, o prédio é grande, você pode usar o parapeito pra chegar em outro apartamento. Mas preste atenção Anahí, nada de gracinhas! Se eu souber que alguém está vindo com você, eu mato seus irmãos e o Miguel no mesmo instante entendido?

- Sim! - assenti.

- Ótimo, foi bom falar com você, até breve. - senti o sorriso dele antes de desligar.

Me levantei do chão e coloquei o celular de volta na mesa. Alfonso voltou segundos depois e me encarou.

- Tudo bem?

Assenti.

- Vamos lá pra sala sua mãe precisa de você, já conversei com a equipe e está tudo pronto, vamos tentar rastrear a ligação e pegar esse filho da mãe.

Assenti e me aproximei de Alfonso, meus braços envolveram seu quadril. Respirei fundo sentindo seu cheiro e o barulho do seu coração batendo. Queria guardar aquelas lembranças pra sempre. Elas iriam me acompanhar até meus últimos momentos e durante essa noite quando eu fugisse.

Não havia outro plano. Não podia deixar meus irmãos serem os próximos a pagarem por algo que eu fiz. Eu provoquei o ódio do Felipe e agora teria que enfrenta-lo. Aquele pesadelo ia acabar de um jeito ou de outro.

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