Capítulo 39

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Christian subiu na frente meio que me dando cobertura e subimos as escadas em silêncio. Metade da equipe rodeava o prédio e a outra metade estava posicionada no andar onde Anahí estava, espalhados pelo corredor em frente à porta. Cerrei os punhos quando encarei aquela porta e pensei no traidor atrás dela.

Fiz um sinal e dois homens da equipe acoplaram um dispositivo na porta. Ao meu sinal de ok o dispositivo explodiu arrombando a porta.

- Que porra é essa! - ouvi a voz de Carlos, Miguel soar desesperada.

Ele estava deitado no sofá e quando a porta explodiu se levantou às pressas empunhando a arma.

Minha equipe entrou vasculhando o apartamento, se espalhando, dois deles renderam Carlos. Entrei empunhando a pistola automática com Christian atrás de mim. Assim que vi Carlos na minha frente fui pra cima dele e lhe dei um murro na boca.

- Desgraçado! - ele me xingou caído no chão, um filete de sangue escorria de sua boca.

- Peguei você filho da puta. - chutei a arma dele pra longe. - Algemem ele e o levem daqui! - ordenei me afastando.



Eu tinha cochilado quando ouvi o estrondo e a voz de homens invadindo o apartamento. Meu coração disparou quando a voz de Alfonso se sobressaiu entre as outras.

- Aqui! Eu to aqui! - gritei batendo na porta.

Me afastei quando alguém mexeu na maçaneta e em instantes a mesma se abriu. Um homem de boné, empunhando uma arma e num uniforme azul marinho entrou me assustando.

- A senhorita está bem?!

- Sim... Alfonso, ele está aqui? - perguntei sem fôlego.

- Sim senhorita!

Passei correndo por ele ainda sem acreditar que Alfonso tinha mandado a equipe dele atrás de mim e de alguma forma tinha me encontrado. Atravessei o corredorzinho estreito e cheguei à sala. O procurei em meio aqueles homens de boné vestindo azul marinho. O reconheci de costas no mesmo instante que ele percebeu minha presença e se virou, seus olhos encontrando os meus.

- Poncho! - corri até ele sentindo minha vista embaçar.

Alfonso veio na minha direção e quando o abracei ele me agarrou com força tirando meus pés do chão.

- Graças a Deus! - o ouviu sussurrar me apertando com tanta força que o colete que ele usava chegou a me machucar.

- Como me achou?! - sorri olhando seu rosto coberto pelo boné ainda suspensa no ar.

A resposta de Alfonso foi me beijar com violência me fazendo esquecer de tudo e de que não estávamos sozinhos naquele apartamento abandonado e minúsculo. Tirei seu boné ouvindo o mesmo cair no chão e afundei meus dedos pelos cabelos dele. Tinha sentido tanta falta dele, de ficar assim com ele. Meu corpo se encaixava tão bem no dele que devia ser proibido a gente se afastar. O calor do corpo dele, seus braços me segurando com firmeza me acalmaram e espantaram o medo pra longe. Me senti protegida outra vez.

Alfonso gemeu na minha boca e mordeu meu lábio inferior com força. Senti que ele estava consumido de sentimentos como: raiva, alivio, remorso e medo de que alguma coisa pudesse me acontecer. Então ele me beijou como se aquela fosse a última vez e eu fiquei tão perdida nele que nem me toquei quando meus pés tocaram o chão. Só quando um vazio angustiante se apossou de mim foi que percebi que ele havia se afastado.

- Vamos embora daqui! - ele me olhou ofegando.

- Alfonso, Miguel não é o Miguel, ele é o Carlos Hernandez, ir... - tratei de explicar.

Irresistível - O Caso Portillo ✔Where stories live. Discover now