Capítulo 44

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Depois de um fim de semana maravilhoso com a minha garota fui obrigado a voltar praquela droga de empresa. Entrei na sala e meu humor mudou completamente ao ver o maldito cara que um dia chamei de Miguel e contratei pra proteger Any.

- Como estamos indo?! - perguntei arrancando o paletó e arregaçando as mangas da camisa.

- Na mesma senhor, ele ainda não abriu a boca. - Noah me respondeu entediado.

- Como querem que eu diga uma coisa que eu não sei. - Carlos soo também entediado.

Suspirei me aproximando dele e cruzei os braços.

- Carlos por que não facilita as coisas e conta logo a porra toda? - sorri com ironia.

- Pelo jeito alguém ta de bom humor. - Carlos provocou.

- Eu posso ta de extremo bom humor, mas acho bom você não me irritar. Minha mão ainda ta coçando de vontade de te dar um tiro, então não brinca com a sorte. - ameacei.

- Eu não tenho o que você quer! Mas se quer tanto pegar o Felipe vou te dar uma dica.

- Fala logo antes que eu resolva bancar o Deus e te mandar pro inferno de corpo e alma.

- A resposta é tão simples que você nem percebeu. - Carlos sorriu debochado. - Anahí!

- Não coloca ela nesse assunto. - apontei o dedo pra ele, ah como eu queria esmurra-lo até que desmaiasse.

- Mas ela é a chave! Coloque ela no caminho do Felipe, ao alcance dele e ai você vai ver como ele aparece.

Me afastei um passo pensando nas palavras dele. O foda é que o desgraçado tinha razão. A única coisa que Felipe queria era Anahí. Foi por causa dela que ele tinha feito Miguel se passar por Carlos, assassinado Lionel, Enrique, invadido o apartamento e feito todas aquelas ameaças.

- Viu?! Você sabe que eu tenho razão! - Carlos sorriu pra mim e encarou os outros.

Me aproximei dele furioso.

- Esquece! Ela não vai salvar você, então acho bom começar a abrir a boca. - respondi e dei as costas.

- Você não pode protege-la pra sempre Alfonso. - gritou. - Felipe vai acha-la de um jeito ou de outro, se facilitar o serviço dele pode encontra-lo antes que ele a encontre de verdade.

Bati a porta com força e voltei pra minha sala. As palavras dele ficaram me atormentando o dia inteiro e não consegui me concentrar em mais nada.

Quando cheguei em casa me sentia psicologicamente exausto. Bati a porta com força e ouvi latidos agudos virem na minha direção. Rique apareceu com uma bolinha na boca e parou perto de mim me incitando a correr atrás dele e roubar seu brinquedo. Aquilo me sorrir.

Any apareceu segundos depois. Meu sorriso aumentou, ela estava simplesmente linda. Os pés descalços, a respiração ofegando, os cabelos agitados, um brilho divertido nos olhos e o rosto corado. Senti que me apaixonei ainda mais por ela. Como se isso fosse possível.

- Oi! - ela ofegou e me deu um sorriso um tanto envergonhado.

Ignorei os latidos de Rique e me aproximei dela.

- O que vocês dois estavam aprontando aqui? - estreitei os olhos.

- Algum jogo do tipo: pegue minha bolinha. - ela sorriu apoiando as mãos nos meus ombros.

Ficando na ponta dos pés ela me deu um beijo rápido. Envolvi sua cintura com meus dois braços e a ergui do chão determinando que o beijo ainda não tinha acabado. Any envolveu os braços em torno do meu pescoço e suspirou quando nossas línguas se encontraram. Finalmente meu coração se acalmou e aquela inquietação passou. Aquele tormento que me perseguira o dia todo finalmente tinha cessado por uma simples razão: Any estava bem. Segura nos meus braços.

Irresistível - O Caso Portillo ✔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora