25 - LP.Jackson

By LPJackson7

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O que fazer quando aquilo que você considera politicamente correto, te impede de se arriscar a viver uma nova... More

Prólogo
Recadinhos da autora!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32 - Parte 1
Capítulo 32 - Parte 2
Capítulo 33
Capítulo 34
Urgente!

Capítulo 9

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By LPJackson7

- Relaxa... Não vou fazer nada que você não queira... - Sua mão direita toca meu rosto. De repente me sinto febril. - Desculpa, eu não consigo ignorar o quanto estou atraído por você, Olivia. - Deveria empurrar ele e sair correndo, mas minhas pernas não colaboram. Ele assim tão perto. Ofegando na mesma proporção que eu. Também não posso negar o quanto estou atraída por ele, mas se eu terminar essa pequena distância e beijá-lo, como quero agora, estarei totalmente perdida. Analiso cada ponto do seu rosto, seu olhar, sua boca carnuda. Tento falar, mas nada sai. - Acho que... Não consigo ser apenas seu amigo e estando tão próximos, só penso em beijá-la Liv... - A voz dele é um sussurro quente contra o meu rosto.

Uma coisa certa é que não tenho sangue de barata correndo nas veias. Minha situação, que já é complicada, vai ficar insustentável. Acontece que já me segurei demais. Por alguns segundos, quero ser inconsciente dos meus atos. Minha mão sobe, sorrateiramente, pelo peito dele e para na gola da camiseta. Obrigo-o a se aproximar mais. Nossos rostos terminam a distância e encosto meu nariz ao dele. Coração aos pulos. Preciso que ele termine o espaço entre nós. Suplico mentalmente para ser beijada logo.

- Foi o que pensei... - Ele dá meio sorriso antes de encostar a boca na minha.

Não beijamos a princípio. Ficamos sentindo o calor um do outro. Com o coração descompassado, escorrego a mão até a nuca dele. Luke entende o sinal e posiciona a mão na curva da cintura, pressionando o beijo. Inclinamos para lados contrários e... Pelo amor de Deus! Lentamente sinto sua língua tocar a minha. Tímido, aproveita o momento que o deixo no controle, dessa vez. Aos poucos esqueço que ele é um garoto e logo percebo o homem que ignorei até agora. Luke tem tanta paixão. Tanto desejo. Nossos corpos estão unidos e temo cruzar a linha além disso. Então ele se afasta um pouco, imagino que pelo mesmo motivo.

- É melhor irmos devagar ou... Vamos acordar as crianças... - Seu sorriso ofegante mostra que estávamos perto da mesma linha. Encosto a testa em seu peito e tento recuperar o ar que me foi roubado. Esse garoto está me destruindo para o resto dos homens. Seu beijo foi como uma carícia. Carícia essa que me faz querer mais. Apenas segundos se passaram e um diabinho em cima do meu ombro diz que eu não deveria ter feito isso. Por que parar? - Você está bem? - Pergunta preocupado. Balanço a cabeça em negação. - Quer conversar? Paro de ser frouxa por um minuto e levanto a cabeça pra olhar pra ele.

- Quero!

- Vem cá... - De mãos dadas vamos para o sofá. Sentamos um em frente ao outro. Luke fica atento as minhas feições. - Pode falar Olivia...

- Não sei por onde começar... - Encaro minhas próprias mãos.

- Eu acho que sei o que quer dizer. Me desculpa por ir longe demais, eu... Não devia ter te beijado depois que conversamos no carro... - Luke está falando baixo e isso me corta o coração.

- Não... Não faz isso! Foi de comum acordo... - Olho pra ele para que saiba que eu também queria aquele beijo. - Você não tem culpa pelas minhas paranóias, Luke... Eu sou insegura, meu casamento foi uma droga e eu tenho medo do que me espera no futuro. Não sei lidar com tudo isso! - Não queria fazer isso, mas preciso cuspir toda essa confusão dentro de mim.

- Eu sinto que estou forçando ou invadindo sua vida... Mas entendo por que você está assim. O tal Peter não parece um cara que fazia a coisa certa.

- Não, não fazia... Nosso casamento foi conturbado. Ele nunca quis as mesmas coisas que eu. Por um tempo fingiu querer, mas não durou muito tempo. Eu tinha sonhos que ele não quis atender... Eu me dedicava ao extremo e ele não reconhecia, pelo contrário. Foi difícil... Acabei me acomodando por muito tempo, mas uma hora tive que dar um basta. Não tinha por que continuarmos juntos... - Suspiro. - De certa forma, isso interfere na Olivia de hoje.

- Eu sinto muito por isso, Olivia, de verdade. - Ele diz e quero acreditar nele. - Sei que você me acha muito novo, mas eu entendo o que está dizendo. Vi minha irmã passar pela mesma coisa. Na verdade, parece que estou ouvindo Lauren repetir as palavras que acabei de ouvir da sua boca. Ela sofreu por muito tempo até começar a se abrir para o amor de novo. Não estou dizendo que tenha de ficar comigo ou que arrumar um homem vai resolver os problemas, por que não vai. Talvez você tenha que começar a fazer a coisa por si mesma. Esquece o que ele falou... Peter não está mais na sua vida. Ele não tem poder algum sobre você. - Diante de seu conselho, talvez Luke o garoto mais maduro que já vi.

- É, eu sei... -Reflito tudo que aconteceu nos últimos anos. Aquilo que eu superei e aquilo que não. - Posso perguntar uma coisa?

- Claro... - Sinto que lhe devo uma explicação. Não quero que pense que meu problema com sua idade é um preconceito bobo, tem mais. Preciso deixar tudo muito claro e ele vai acabar percebendo que isso não vai dar certo.

- O que você, realmente, quer comigo?

- O que eu quero com você? - Repete sem entender, mas ele se mostra empenhado em explicar quando senta mais próximo. - Bom... Primeiro vou dizer o que vejo em você. Desde que começamos a trabalhar juntos vi uma mulher atraente que luta pelo que quer. Uma mulher que gosta de ser feminina, sem se mostrar fraca. Que é atenta ao que acontece a sua volta e está sempre pronta a ajudar os outros. Alguém que você pode contar em todos os momentos. Amorosa, carinhosa, delicada, intensa. Que sabe ser brisa e furação quando é necessário. Vejo uma mulher que quero ter perto. Que quero agradar... Abraçar e beijar. Imagino que está pensando: "Como pode falar isso pelo tempo que nos conhecemos?" e tem toda razão de pensar nisso porque, sinceramente, acho que enlouqueci. Enlouqueci por essa mulher que... - Ele suspira tomando coragem. - Essa mulher que quero amar e proteger. Não posso prometer que vou ser o homem mais perfeito do mundo. Não vou dizer que levanto com um sorriso no rosto todas as manhãs. E que meu humor é sempre lá em cima... Por que eu estaria mentindo. Eu quero de você uma chance para mostrar que as coisas podem ser diferentes. Apenas uma oportunidade... - O jeito que ele fala olhando nos meus olhos, me mostra uma sinceridade que nunca vi antes. Em ninguém! Apesar disso, minhas várias questões martelam na cabeça.

- Sabe... Quando eu me envolvo com alguém, eu me envolvo de verdade, faço planos, penso a frente do meu tempo. Se ficarmos juntos e a relação for duradoura, como vai ser daqui a sei lá... Quinze anos? Você vai estar no seu ápice e eu vou ser uma senhora sem pique pra nada... Qualquer mulher vai parecer mais atraente que eu, você não acha?

- Por que eu ia querer outra se tudo que tenho e que me satisfaz estará ao meu lado, Olivia? - Luke encara meus medos de frente com mais coragem do que eu deveria fazê- lo. - Olha... Eu também entro de cabeça quando me relaciono com alguém, exatamente como você disse. E daqui a quinze anos vamos estar orgulhosos da vida que construímos e dos filhos que vamos ter. Não passa pela minha cabeça jogar uma vida fora para viver aventuras passageiras. Isso definitivamente não faz parte dos meus planos para o futuro. -Torço a boca e analiso o que ele fala. Faz todo sentido, mas sou uma medrosa cagona.

-Você tocou num ponto crucial agora... Filhos!

- Ok! O que têm eles?

- Ser mãe sempre foi a maior meta da minha vida, sempre! Quando me casei, pensei que seria algo que ia acontecer rápido, mas não aconteceu. Peter sempre foi adiando, adiando... Até que percebi que ele nunca quis ser pai. Hoje eu fico feliz por isso, ter um vínculo eterno com ele me deixaria louca. Mas por outro lado... - Respiro fundo antes de soltar minha outra paranóia. - Não sou mais uma menina, Luke. O relógio está correndo pra mim. Você é jovem, com certeza tem outras prioridades, outras coisas a conquistar... Eu não, não tenho tempo pra isso... Quanto mais o tempo passa, mais difícil e mais perigoso é. Não quero te impor uma família logo de cara, mas meu relógio biológico não tem como esperar. Não acho que você precise lidar com a minha frustração...

- Por que acha que não vou saber lidar? - Sua testa franze. Ai droga, o ofendi?

- Não é que eu ache que você não vá saber... Só imagino que tenhamos prioridades diferentes nesse momento. Você começou uma carreira há pouco tempo, já me confidenciou que tem outros sonhos... Não quero ser o estorvo no meio do seu caminho! Na sua idade eu queria uma família, mas ainda queria conquistar outras coisas antes... - Estou falando como uma velha, eu sei. Mas me vendo frente a frente com alguém que eu gosto e é tão mais jovem, não consigo não questionar.

- Nossa... Devo parecer um moleque pra você. - Luke força um sorriso sem graça. - Tudo bem, Olivia. Vou tentar entender seu ponto de vista. Eu te adoro. Você nunca seria um estorvo e nem é velha como pensa ser. Só não quero que tire conclusões por si só, ok?

- Na verdade eu acho que você é mais maduro que eu... - Me apoio no encosto do sofá e dobro as pernas. - Não vou pedir pra você me dar um tempo pra pensar, ou algo do tipo. Você não merece isso, Luke. Não consigo ser uma pessoa prática... Desculpe! - Lamento por nós, mas vai ser melhor assim. Tem que ser!

Luke encara meu rosto por alguns segundos e vejo a mesma expressão que fez no carro. Ele está partindo pra outra. Coloca uma expressão amigável e parece que vamos mudar de assunto novamente. Queria ser assim.

- Ei, pode parar com isso, Liv! Pode desmanchar essa carinha triste aí, vamos. Não foi o que programamos pra hoje, certo? Temos um filme pra ver e... - Luke tenta me animar quando ouvimos ruídos vindos da cozinha. Ao mesmo tempo olhamos para baixo, Thor não está mais sobre os tênis. - Thor! - Dissemos ao mesmo tempo. Ele levanta primeiro do sofá e corre na cozinha. Logo ouço a voz de Luke.

- Meu Deus, Thor! O que você fez? - Quando chego encontro a seguinte cena: Thor deitado sobre a toalha da mesa, mordendo-a com vontade e as compras que tinha sobre ela está espalhada na cozinha. Comida pelo chão junto ao saco de doce rasgado por dentinhos afiados. Luke está com as mãos na cabeça. Seguro o riso. Eu disse pra ele não confiar nessa carinha de anjo.

- Lembra o que eu falei sobre o Marley? - Deixo o comentário no ar e dou risada. Em menos de uma hora nessa casa, Thor já fez uma tremenda bagunça. Ele pousa as mãos na cintura e suspira.

- Eu pego a vassoura e você segura ele, por favor? - Me abaixo e, depois de muito custo, consigo fazer o cãozinho largar o tecido.

- Sua toalha vai ter que ir pro lixo! - Consigo enxergar Luke através do buraco que Thor fez. Não quero rir, mas é inevitável.

- Minha mãe vai infartar... Ela que me deu. - Ele ri e vem acariciar a cabeça do filhote. - Você me deixou encrencado, rapazinho!

- Compra outra igual e está resolvido! - Sugiro e ele ri. É uma saída. Seguro Thor em uma mão e com a outra tento recolher do chão o que ele não destruiu.

- Era herança de família, segundo minha mãe. Mas amanhã tento achar outra parecida, talvez ela nem perceba a diferença. - Ele dá os ombros varrendo a bagunça.

- Hum... Sendo assim, você está ferrado. Se não for igual ela vai perceber de longe. - Mães enxergam tudo. - Seus pais costumam te visitar aqui?

- Por sorte não. Leah é quem mais aparece por aqui. Será que ele comeu algum doce? - Ele diz preocupado. - Se ele se sentir mal, vou ter que achar um veterinário.

-Acho que não deu tempo... -Olho o cachorrinho e ele tem uma carinha que engana qualquer um. -Qualquer coisa, você pode levar na veterinária que cuida do Milk...ela é ótima!

- Eu aceito. Pai de primeira viagem, sabe como é...

-Depois te passo o número dela! -Saio do caminho para que ele possa limpar. Ficamos em silêncio por um tempo, até que decido tirar o foco de mim. -E então, será que hoje podemos voltar naquele assunto que você desviou no dia do jantar? -Falar brevemente sobre seus pais agora me fez lembrar do que conversamos no caminho para a casa deles na sexta.

- Ah... Claro... - O vejo procurar na mente do que estou falando.

-Você não faz ideia do que estou falando, não é?! -Deduzo pela ruguinha em sua testa.

- Ah... Não! - Ele ri.

-Quando perguntei o porquê de você estar lá no escritório, e você explicou o lance com o seu pai... -Ele assente e não faz uma cara muito boa. -Perguntei se você ao menos gostava do seu trabalho. Sua resposta não colou... Você desconversou... E então? -Luke usa a vassoura como apoio.

- É complicado... Eu curto o trabalho porque sou bom nele. Isso deixa o papai feliz. A verdade é muito clichê, mas está lá!

-O papai está, mas o Luke não... Acertei?

- Na mosca!

-Você nunca tentou falar isso pra ele? Seus sonhos estão ficando de lado pra realizar os dele...

- Ele não entende. Não adianta. Já tentei e foi pior. - Luke está mais tenso do que eu tenha presenciado. O caso é sério mesmo.

-E a sua mãe?

- Apesar de "achar bonito", fala amém ao que ele diz. Quando disse que minhas irmãs são as fãs, é verdade. Elas são as únicas que apóiam. -A feição em seu rosto me entristece. Meus pais sempre me deram liberdade pra fazer aquilo que me deixasse feliz. Todos deveriam ser assim, não?!

-Você se esqueceu de mim! -Sorrio de leve. - A relação de vocês estremeceria demais se você fizesse o que VOCÊ quer? Talvez, vendo que você se encaixa melhor seguindo outro caminho, eles concordem com o tempo...

- Desculpa. Esqueci a fã mais assídua. - Sorriu sem graça. Ele aperta a vassoura nas mãos. - Eu não sei Liv... Acho que não tenho força para confrontá-los...

- Será que eu não posso te ajudar?

- Sim, mas... Posso saber como a mocinha vai fazer isso? - Ele ergue uma sobrancelha.

- Bom... Você já cantou pra algum público? Digo, fora eu e sua família? - Acho que sei como dar um empurrãozinho nele.

- Não... - Ele arrasta a palavra, desconfiado. - Por quê?

- Então vamos providenciar isso. Se você fizer um teste e se sentir bem, tenho certeza que vai ser um estímulo pra persistir... Talvez só te falte isso pra te encorajar! Que tal?

- Hm... É uma ideia bem maluca. - Ele sorri. - Preciso de algum ensaio, você sabe. Tenho que me preparar e... - Luke dispara, quando percebe o grau da proposta seus olhos arregalam.- Porra, você está falando sério mesmo?

- Claro que eu tô! Tenho um amigo que tem um barzinho... Não é nada muito glamouroso, mas é bem legal. Rola música ao vivo lá, se você topar, ele deixa você tocar lá!

- Olivia, não brinca com isso que eu acredito! - Oh Deus, posso ver seus olhos brilhando! Mesmo quando há medo neles.

- Minha cara de brincadeira não é essa, Luke! - Aponto meu próprio rosto, com uma expressão séria, e sorrio em seguida. - É só você dizer que sim e ligo pra ele agora mesmo!

- Agora? - Seus olhos arregalam mais que a primeira vez.

- Agora! -Sorrio pela cara dele. Parece criança quando é informada que vai ganhar uma bicicleta no Natal.

- Meu Deus... - Murmura tapando a boca. Ele faz uma pausa pensativa. Imagino se terei que oferecer um saco de papel para que possa hiperventilar. Depois de alguns segundos, nossos olhares se encontram. - Tudo bem... Eu aceito essa loucura.

- Ok. Segura seu filho! - Entrego Thor a ele e corro até a sala para pegar o celular. Melhor agir logo, antes que ele mude de ideia. Tiro o aparelho da bolsa e volto à cozinha. Procuro o contato do meu amigo e ligo. Não demora muito e ele atende.

- Liv! Você sumiu garota...

- Muito trabalho, Jim... Liguei pra pedir um favorzinho! - Ele ri do outro lado da linha.

- Manda... Sou o rei dos favores!

- Por isso somos amigos, querido! - Brinco. - Tenho alguém pra cantar aí no Jimmy's...

- Ah é?! Não é ninguém pra espantar meus clientes não, né?!

- Claro que não... Na verdade, ele é muito talentoso... Tenho certeza que você vai querer ouvir. - Luke me olha com curiosidade. Está, visivelmente, apreensivo.

- Ele? Tá de namorado novo, lindinha? - Ele me provoca e fico sem graça.

- Um amigo, Jim!

- Certo! - Ele ri do outro lado - Esse seu AMIGO está livre na sexta à noite?

- Pode ser na sexta? -Tiro o celular do ouvido para que ele me responda.

- Caralho, essa sexta? - Sussurra. Seguro o riso assentindo. - Tá... Pode ser!

- Pra ele tudo bem, Jim! -Digo com um sorriso na voz. Até parece que sou eu que estou conquistando alguma coisa.

- Ótimo! Então espero vocês na sexta... Pede pra ele trazer as parafernálias dele...violão, se for o caso...

- Ok... Muito, muito obrigada Jim, você é um anjo!

- Eu sei... Nasci assim! - Rimos. - Vou voltar ao trabalho, querida. Nos falamos depois! - Me despeço e desligo.

- Você e seu violão têm uma apresentação na sexta, Luke! -Ele molha seus lindos lábios e avança em mim beijando a bochecha no lado direito com força. Por um segundo achei que... Até parece que depois do chilique eu ainda seria beijada. Mas eu queria, apesar de não ser o certo... Apesar de tudo.

- Você é a melhor pessoa do mundo, Olivia. - Ele diz em meio ao abraço desajeitado que damos para não sufocar o Thor.

- Eu sei... - Respondo com uma falsa modéstia. - Você é talentoso, garoto. Merece uma chance! - Por favor, não pare de me abraçar.

- Obrigado, Olivia. Isso é muito importante pra mim. Mais do que imagina. - Seus olhos estão nos meus de novo. Um arrepio percorre a pele quando seu polegar alisa a linha da coluna. Ganho mais um beijo na cabeça e ele se afasta.

- Bom, mas antes, preciso arrumar um cantinho pra esse bagunceiro..- Ergue o cachorrinho e faz carinho nele.

- Hum....é verdade! Afinal, quem vai ficar com ele o resto do tempo? Se com nós dois aqui ele já fez isso... -Aponto a bagunça.

- Exatamente! - Vejo um meio sorriso. - Vamos ver quem é o mais esperto, hã? - Falou com o bichinho e Thor o lambeu no nariz. Dou risada.

-Nem da pra ficar bravo, né?! Eles são tão fofos...

- É aí que mora o perigo. - Luke faz uma cara séria. - Mas comigo não cola, rapaz, vamos arrumar um cantinho legal pra você brincar sem destruir nada, vamos. A moça pode me ajudar? - Coço a nuca.

-Não consigo pensar em nada...

- Damos um jeito, vem.. - Ele sai na frente.

- Onde você vai? - Pergunto, seguindo-o. Luke não responde por estar longe. Agora tenho que caçá-lo pela casa e ainda cuidar da pequena Esther que está prestes a acordar pra comer. O filme ficou esquecido. Talvez voltemos a vê-lo depois, talvez não. Como puder ser tão infantil depois de um beijo tão maravilhoso? Ahhh... Quero gritar! E a culpa foi do Josh. Agora todas ás vezes que vir o Josh Duhamel vou culpá-lo por me deixar tão sensível. Merda!

****************************************************************
Olá doçuras!

Enfim o beijo veio, mas Olivia ainda precisar se livrar de seus medos. Será que Luke vai conseguir derrubar os muros? Ficaremos na torcida! ❤

Até a próxima. Beijinhos meus amores.

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