Indômito

By EAnoniima

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Tempos depois de começar a vingar a morte de sua mãe, Safrina Nieto retorna a Hausach, a pequena cidade onde... More

Prólogo
Capítulo 1| Retorno
Capítulo 2| Destruição
Capítulo 3| Sombras
Capítulo 4| Me Salve
Capítulo 5| Concentre-se
Capítulo 6| Mudanças
Capítulo 7| Noivado?
Capítulo 8| Direção
Capítulo 9| Desejo
Capítulo 10| Ações
Capítulo 11| Marcas
Capítulo 12| Verdades
Capítulo 13| Me Apaixonando Totalmente
Capítulo 14| Provocações
Capítulo 15| Aflição
Capítulo 17| Piedade
Quantos gritos cabem no seu silêncio?
Capítulo 18| Demônios
Capítulo 19| Novos laços
Capítulo 20| Lágrima maldita

Capítulo 16| Solitário Novamente

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By EAnoniima

"E no final do dia, eu me sinto quebrado
Porque já faz uns dias desde que nos falamos
Eu não sei porque, mas eu daria minha vida por você."

(Gnash – Lonely again)


· Zac Müller ·

1ª semana.

Uma semana havia se passado e Safrina não tinha saído do coma. Às vezes o medo dela desistir de tentar viver, me dominava. Os Genes do Dr Valentin tinham acabado e demoravam dias para ficarem prontos, então não havia como falar com Safrina, apenas se ela quisesse.

Desde o ocorrido, tive que voltar ao cotidiano e trabalhar como se nada tivesse acontecido. Os ministros foram avisados e como sempre ousaram dizer que Safrina é fraca, que ela não teria coragem para acordar, diziam que ela estava com vergonha de tudo o que causou e sugeriam a todo momento que eu a deixasse por Kate. Não, ela não era assim. Ela não estava com vergonha, conheço Safrina, ela se sente vulnerável e não vai acordar enquanto esse sentimento não passar, ela vai se fortalecer. Essa é Safrina.

E neste momento Kate não ocupava meus pensamentos, Safrina era dona deles como sempre foi e sempre será.

A visitava todos os dias. Ordenei que a transferissem para um quarto ao lado do meu, ficava mais fácil para eu vê-la, e esperava que trouxesse conforto para ela. Sempre que tinha tempo ia vê-la, mas nos últimos dias comecei a evitar visitas constantes, percebi que ela sentia a minha presença, pois uma angústia muito grande me invadia, como se não me quisesse ali. Creio que quando Valentin dissera que eu a sentiria com mais intensidade, foi literal.

Ainda não a vi hoje, a cada dia eu perdia um pouco de esperança. Ela desistiu de mim? Por minha culpa? Não escutava seus pensamentos mais, tudo aquilo parecia uma despedida silenciosa. Meu coração estava quebrado, corroído, estragado e só Safrina era capaz de concerta-lo.

Já estava ficando tarde da noite quando eu saio da minha sala e vou até o quarto de Safrina, essa era a minha vida.

Trabalhar

Ver Safrina

Descansar

Ver Safrina

Descansar

Não estava vendo Rose. Eu a perdoei, por Safrina. Nos distanciamos e eu não fazia questão de pensar em algo para nos reaproximar. Esperava Safrina acordar para poder me ajudar com minha mãe, não estava sendo egoísta ou jogando meus problemas para cima de alguém, mas Safrina é a única que conseguia me acalmar e me irritar ao mesmo tempo, ela podia me ajudar com Rose, mesmo sem perceber, pois só de a ter perto de mim já iria me ajudar.

Entro no quarto de Safrina, com a esperança de a ver acordada, mas como sempre, ela não está. Encaro os aparelhos que estavam ligados a ela, não entendia aquilo, mas era uma mania. A única forma que ela tinha de se alimentar era através de sonda, receber oxigênio e todas aquelas baboseiras que me faziam enlouquecer. Doía ver tudo aquilo entrando nela.

Ela emagrecia a cada dia, parecia que não havia resultado tantos remédios, tantos tubos. Dr Valentin tinha avisado que, caso ela demorasse muito para acordar, seu estado poderia piorar. Eu não quero desistir dela, pois sinto que ela não desistiu de mim.

Seguro a mão dela, aquele gesto já havia virado um ritual. Todas as vezes que vinha no quarto dela, eu pegava sua mão e contava como tinha sido meu dia, todos os dias. Mas não tinha nenhuma resposta de motivação quando meu dia era desafiador, nenhuma de compaixão quando era triste, nenhuma de felicidade para quando fosse alegre, nem um aperto na minha mão para poder mostrar que ela estava me escutando.

Suspiro e a deixo. Vou para o meu quarto, tinha que deitar e criar coragem para enfrentar mais um dia.

2ª semana.

Rose havia deixado uma bandeja com o café da manhã em meu escritório. Segundo ela eu não estava me alimentando muito bem.

Realmente, comer não era algo primordial para mim ultimamente. Beliscava alguma coisa ali e aqui sempre que podia, mas não me juntava a ninguém na hora das refeições. Ficava ao lado de Safrina, esperando por ela.

E assim iria fazer, até que dois corpos adentraram o meu escritório, ambos demonstrando seriedade e convictos de algo.

Não me surpreenderia se estavam aqui para me reprender. Na verdade, vindo de Jordan. Agora Kate não se importava com o que eu comia ou deixava de comer, ela só pensava no poder que eu tinha. Nada além disso.

— Voltem outra hora. — Anuncie, levantando da cadeira e organizando os papeis sobre a minha mesa.

— Duas semanas e ela não acordou, Zac. Você precisa ao menos tocar a sua vida normalmente. — Começou Jordan.

Deixei que uma risada baixa e amarga saísse pelos meus lábios.

— Meus serviços estão em dia.

— Apenas isso, meu amigo! Você não passa de um corpo em movimento, nada mais que isso. Não come, não descansa. Quando dorme é naquela poltrona ao lado de Safrina.

O ignorei. Já sabia disso, eram ações conscientes e eu não me importava.

— E Safrina... está definhando. Nem os médicos estão convincentes de que ela virá acordar. A esperança vai acabar com você.

Minhas mãos congelaram no lugar. E meus olhos subitamente procuraram pelos seus. Jordan sabia da minha reação, e ele não tinha medo de mim.

— Pouco importa a você se ela está respirando ou não. Não faz diferença. — Deixo os papeis na mesa e olho para ele, com os punhos cerrados. — Acredito que vieram me atormentar por outro motivo.

Esperei que eles desistissem e me deixassem. Mas não aconteceu.

— Eu me importo. Eu me importo ver que você luta pela vida dela, mas não fez o mesmo pela vida da minha irmã. Ela tem sangue nas mãos, sangue de seus seguidores e mesmo assim você arca com todas as consequências dela.

Meus olhos desviam de Jordan e focam em Kate. Dando atenção para ela pela primeira vez.

— Eu me importo quando ela respira no mesmo lugar que o meu. Me incomoda, me enoja.

— Soluções simples existem: se retire do cômodo. Ira se sentir melhor.

Jordan olha para Kate e balança a cabeça. Ele sabia que ela não tinha controle das suas emoções, e que começaria uma discussão pelo meu descaso com ela.

— Zac, você adiou essa conversa por muito tempo. Mas agora não tem como mais. Só você tem esperança que Safrina acorde, os ministros esperam uma aproximação sua com Kate e seus povo... querem uma decisão sua.

— Eu já me posicionei. — Vociferei.

— Não de forma racional. Propor um casamento não foi um posicionamento adequado. Você está com tudo nas mãos agora, e eu estou aqui para te ajudar a pensar na solução.

— Não sabia que meu cérebro já estava ineficaz. — Meus olhos ainda estavam sobre Kate, esperando por qualquer movimento dela.

— Aparentemente ele não está. — Jordan suspirou. — Desligue os aparelhos. Será uma morte tranquila, evitara sofrimento de ambas as partes e case com Kate. Apenas desligue os aparelhos e tudo se encaixara, sem derramar mais sangue.

— Não. — Sai de trás da mesa a passos largos e me pus a frente deles. — Safrina já foi contida, não haverá mais mortes.

— Você confia em algo que não tem controle. — Esnobou Kate.

— Eu não confio em você. — Respondi no mesmo tom e então me virei para Jordan. — Só escapou algo do seu lindo plano. Se Safrina morrer, eu morro. A minha morte pode parar Safrina, mas quem ficará no meu lugar? Morrer não é um problema para mim, mas as consequências que pode trazer para o povo é.

Os dois se calaram. Claramente Jordan, que era tão articuloso havia esquecido deste detalhe. Mas Kate era ardilosa, e seu semblante entregou o seu jogo.

— Você não lidera em meu lugar. Já está destinado para outra pessoa caso acontecer algo comigo. — Já era obvio isso, mas deixei bem claro a ela. — Mas não vai.

— Eu irei achar um jeito de quebrar essa ligação de vocês, e quando eu achar Safrina não estará em uma boa situação. — Kate estava furiosa, cada palavra sua era jogada com ira aos ventos.

— Ela nunca esteve. Sua ameaça não é uma preocupação a ninguém. — Alcancei a maçã que estava próxima a mim e comecei a comer. — Uma conversa desnecessária, mas que vocês ansiavam muito. Realmente, há pessoas que se alimentam com pouco. — Disse e me escorei na mesa.

Jordan balançou a cabeça, se não fosse pela situação ele estaria rindo dos meus insultos dirigidos a ele e a Kate.

— Agora tenho a garantia de que seu cérebro está em boas condições, com a sua licença. — E ao dizer isso ele se retira.

Arqueio uma sobrancelha para Kate, que estava imóvel na minha frente. Seus olhos pareciam vermelhos de raiva, ela não esperou por mais nada e saiu da sala.

Respirei fundo e deixei a maçã de lado, caminhei para o quarto de Safrina enquanto acalmava meus pensamentos. Cada dia uma fagulha de esperança parecia sumir e a cada discussão que eu comprava para defende-la consumia meu ser.

3ª semana.

Estava acordado desde às sete, tinha tomado café e adiantado meus afazeres pela manhã, quando ouço meu telefone tocar.

— Bom dia, Zac.

— Bom dia, Valentin. — Respondo, massageando as têmporas.

— Zac, gostaria de fazer alguns exames em Safrina, se passaram três semanas e não fui informado da situação dela. — Percebo um tom de repreensão na sua voz e controlei a vontade de bufar. Ele era o médico, ele que deveria correr atrás da informação.

— Desculpe por não ter dado notícias, Doutor, mas não houve mudanças, ela continua do mesmo jeito, parada, sem se mover, e também não tentou se comunicar comigo novamente.

— Entendo, Zac. Mas mesmo assim, quero fazer alguns exames. — Insistiu.

— Certo, que horas o senhor iniciará os exames? Irei acompanhar.

— Depois do almoço, agora tenho que terminar algumas consultas.

— Estarei esperando.

— Até breve, Zac. — Despediu.

— Até. — Repeti e desliguei o telefone, deixando sobre a mesa.

Ficaria por conta desses exames, então teria que adiantar a reunião com os ministros. Levanto da cadeira e saio do meu escritório, vou em direção a sala onde eles estavam.

— Bom dia. — Os cumprimentei, adentrando a sala.

— Bom dia. — Todos responderam em uníssono.

— Estarei ocupado durante a tarde, então quero adiantar a reunião para agora.

— Tudo bem. — Alguns responderam.

Enquanto outros ficaram calados, um ousou dizer.

— Ocupado com Safrina? — Perguntou ele.

— Sim, com ela. Algum problema? — Ergui uma sobrancelha ao questionar.

— Você não percebe que ela já se foi? Ela NUNCA vai acordar! Esqueça aquela inútil! — Gritou o projeto de ministro.

— ELA NÃO SE FOI! — Esbravejei, fazendo com que os mais próximo a mim se encolhessem, em pânico. — Como ela poderia ir se está ao lado do meu quarto? Se eu a sinto? Ela vai acordar! — Caminho em direção a ele, me aproximando e apertando minhas garras contra o seu pescoço. — Inútil é essa discussão, inútil é você, inútil é a sua vida. Se você vive é porque eu permito. — Aperto ainda mais, e uma linha de sangue começa a escorrer e sumir dentro da sua blusa. — Posso acabar com o que você chama de vida sem pestanejar, então pense bem antes de alterar o tom de voz comigo. — Tiro minhas garras do seu pescoço, deixando os pequenos cortes a mostra. — Você me deve respeito, Albert! — Vociferei, usando a minha voz de alfa. Nunca me coloquei acima dos ministros, mas perdi a paciência, agora iria mostrar a eles quem estava no poder e que me deviam respeito.

Todos me encaravam, assustados com a minha atitude, estavam apavorados. Ergo o queixo, e sem que percebesse, estava com o peito estufado. Esbanjava poder a quem me olhasse e intimidava quem quisesse me desafiar.

— Desde que nasci escutei que deveria respeitar vocês, e assim fiz, porém são vocês quem devem respeito a mim. Eu sou o alfa! Vocês são apenas os ministros, eu sei o quão importante são, mas isso não tem relevância se não me respeitarem, eu exijo respeito, não só por ser alfa de vocês, mas por ser um homem como vocês, por dar respeito a vocês, eu exijo reciprocidade. — Todos me olhavam surpresos, era a primeira vez que me alterava na frente daqueles merdas. — A reunião foi cancelada. — Falo e me viro, caminhando para a porta de saída.

— Mas Zac, você não pode fazer isso! — Alguém protestou.

— Pelo contrário, eu posso. — Saio dali, ignorando os resmungos baixos e vou para o meu quarto.

4 horas depois.

Assim que almocei, fui para o quarto de Safrina esperar por Valentin. Cheguei e sentei em uma poltrona que havia perto da cama dela e fiquei encarando o teto, até cochilar.

"Eu estava em uma clareira, era a mesma em que lutei com Safrina. E lá estava ela, em sua forma de lobo, assim como eu.

— Oi, Zac? — Ela me chamou.

— Você acordou? — Eram tantas emoções que se passavam em mim, queria dizer tantas coisas a ela, mas ter certeza de que ela estava ali, se comunicando comigo, fez com que eu fizesse a pergunta mais óbvia.

— Não Zac, isso é um sonho. — Ela ria de mim, não de modo debochado, mas aquele sorriso frouxo que a fazia ficar mais linda.

— Como sabe que é um sonho? — Então, a pergunta que fiz não era óbvia e nem tola como eu julgava, aquilo poderia ser um sonho, como ela disse, tudo fruto da minha cabeça.

— Pois eu que estou criando esse sonho! — Ela deu de ombros, tentando ocultar a empolgação.

— Por que? — Perguntei. Por que ela me fazia sofrer daquele jeito? Me fazer esperar enquanto a via se degradar. Por que ela simplesmente não acordava?

— Eu quero te avisar que já achei a resposta, e que não foi nada fácil! — Sua empolgação poderia contagiar uma multidão, mas não eu. Me sentia cada vez minúsculo diante a tanta animação, como ela poderia guardar tanta felicidade naquele momento? Não percebia o que estava acontecendo?

— Qual resposta? — Claramente, eu estava confuso. Não conseguia entender onde ela queria chegar, minha mente não colaborava comigo.

— Quantos gritos cabem em um silêncio? — Perguntou, e um pequeno sorriso surgiu em meus lábios. Ela iria acordar, já havia encontrado a resposta. Finalmente eu havia entendido o que ela me dizia.

— É você quem vai responder. — Mantive o sorriso nos lábios."

Acordo em um pulo, ao ouvir batidas na porta. Olho para Safrina, tudo estava igual, os batimentos sendo marcados pelo aparelho, os fios ligados a ela, mas seus lábios faziam uma pequena curvatura para cima, ela sorria, um pequeno mas lindo sorriso. Sou tirado de meus devaneios quando escuto alguém falar ao meu lado.

— Desculpe entrar assim, mas quando bati e ninguém veio abrir, achei que ela estaria sozinha. — Falou Valentin, com uma maleta nas mãos e os olhos cravados nos monitores.

— Ela entrou no meu sonho! — Disse sem desviar os olhos da mulher a minha frente

— Ela está voltando. — Concluiu. — Foi uma boa hora para poder fazer os exames! — Ele diz, sorrindo e se aproximou dos aparelhos.

— Como tem certeza? — Evitei olhar para Safrina, vê-la naquele estado só iria diminuir minhas esperanças.

— Sonhos são avisos, Zac. Ela deixou um aviso, certo? — Ele olhou para mim, e não pude evitar sorrir, ela procurou por respostas e voltaria para me responder. — Percebo que sim. — Disse e se voltou para Safrina. — Ainda bem que ela está voltando, já estava ficando desnutrida. — Comentou.

O sorriso que estava em meu rosto se desfaz rapidamente.

— Como assim? E o soro? Esses tubos? Qual o motivo disto tudo se não tem resultado? — Vociferei.

— Não se esqueça que tem uma loba dentro dela, uma loba faminta! — Ele alertou.

Era um detalhe no qual eu havia me esquecido. Desde que Safrina veio para o Palácio não permiti que ela saísse para nada, sua loba estava louca de fome.

— Enquanto tempo acha que ela pode acordar? — Perguntei.

— Creio que em dois dias.

Então meu cérebro acordou, fazendo todas as ligações, tudo o que eu estava esquecendo surgiu na minha mente, em dois dias iria fazer um mês que Safrina estava aqui. Eu deveria falar com os ministros e modificar o acordo! Saio o mais rápido possível do quarto sem ao menos dar explicações para o médico.

Chego na sala dos ministros e todos ainda estavam lá, por que não haviam ido embora? Ignorei as perguntas que invadiam a minha mente para que eu não perdesse o foco.

— Vamos fazer a reunião? — Sentei na minha cadeira, podendo ver todos os presentes.

— Você tinha cancelado! — Alguns protestaram.

— Mudei de ideia. — Olhei no rosto de cada um.

Alguns deveriam estar me xingando por dentro, e eu estava me fodendo para eles, escreveria em um papel e colocaria na testa um grande e legível FODA-SE.

— Qual será o assunto abordado? — Perguntei, encostando as costas na cadeira.

— Sabe que dentro de dois dias irá fazer um mês que Safrina entrou neste Palácio. — Um dos ministros se pronunciou.

— Que bom que é sobre isso. — Sorri de forma debochada.

— Estamos ouvindo.

— Preciso renovar o acordo, Safrina entrou em coma. — Joguei as palavras, não precisa dar detalhes.

— Você acha que estamos brincando? Isso é sério.

— Acalma-se, Ministro Simon. — Diz Aaron. — Podemos renovar o acordo sim, porém não durará um mês.

Finalmente um ser com cérebro funcional dentro desta sala.

— Aceito.

— Vamos esperar Safrina melhorar, e depois disto ela terá dois dias para se apresentar para nós, e no terceiro será o casamento se tudo ocorrer bem, caso contrário... — Ele para e olha para todos.

— Ela morrerá. — Diz Albert e todos concordam. Ignoro a vontade de mata-lo e o ódio que tinha por ele e continuo focado em Aaron.

— Dois dias? — Pergunto, incrédulo.

— Nada mais. Acordo fechado? — Ele perguntou.

— Fechado. Querem ter informações sobre o estado dela? — Perguntei para ele.

— Todos os dias, quais são as de hoje? — Perguntou.

— Está previsto para ela acordar dentro de dois dias. — Disse, esbanjando felicidade.

— Quando isso acontecer, queremos ser avisados o mais rápido possível e se puder queremos ser os primeiros. — Ele disse, calmamente.

— Certo, então a reunião está encerrada. — Levantei e sai da sala.

Caminhei até o quarto se Safrina e encontrei Valentin no corredor. A rota do quarto de Safrina até a sala dos ministros já me era tão familiar que fazia em segundos.

— Alguma alteração nos exames? — Perguntei.

— Não, está tudo certo, mas como disse ela está ficando desnutrida, vamos esperar que acorde logo.

— Obrigado. — Sorri.

— Esse é o meu trabalho, Zac. — Ele disse gentilmente e sorriu, voltou a caminhar e sumiu pelo corredor.

Entrei no quarto, sentei na poltrona ao lado da cama de Safrina e segurei a sua mão. Contei como havia sido meu dia a ela e abaixei a cabeça, descansado sobre seu braço. Era um hábito que eu havia adquirido, entretanto, desta vez fui surpreendido ao sentir um leve aperto na minha mão.


Hey, pessoal! Como estão?

Sobre a meta de engajamento, eu peço pois isso me motiva a escrever e postar. O que estão achando dos capítulos? Divulguem o livro para todo mundo :)

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