Ontem acordei por volta das nove horas e a primeira coisa que me veio à cabeça foi Luke. Revisitei cada detalhe da noite passada e me perguntei em que momento fiquei tão enrolada com esse garoto. Cheguei à conclusão de que ficar pensando nisso só me levaria à loucura. Levantei aos pulos da cama e fui procurar o que fazer pra tirá-lo da cabeça, por algumas horas pelo menos. Depois de tomar meu café da manhã, liguei o som e comecei uma faxina geral na casa. O que mais tinha pelo carpete era pelo de gato, como podem imaginar. Aspirei tudo o que podia e nem as paredes escaparam da minha inspeção. Mamãe ligou me convidando para almoçar, mas acabei recusando e dizendo que passaria por lá à noite. Gastei quase o dia todo na limpeza, mas a casa ficou um brinco. Quem estava um caco era eu. Acabei tirando um cochilinho, na sala mesmo, e depois fui visitar meus pais. Minha mãe disse que eu estava com um brilhinho diferente nos olhos e me perguntou se eu estava de namorado novo. Preferi não comentar nada. Afinal, não existe namorado. Sei que ela não acreditou muito. Se não notou por si própria, a bocuda da Natalie deve ter comentado alguma coisa. Aposto!
Hoje é domingo e tirei o dia pra ser preguiçosa. Nem me dei ao trabalho de tirar o pijama. Só comi alguma coisa e me atirei de volta na cama. Quero só assistir algum filme bobo na TV e dormir de novo. Meu sossego foi perturbado quando meu celular tocou. Depois de penar para encontrá-lo debaixo das cobertas, vi o nome de Luke piscar no visor. Minhas batidas aumentaram exponencialmente e atendi logo, antes que ele desistisse.
-Alô?! -Disse ao colocar o aparelho no ouvido, querendo logo ouvir sua voz.
- Olivia, é o Luke. Tudo bem?
-Tudo e você? -Sua voz pela manhã é mais grave. Adoro isso. -Aconteceu alguma coisa?
- Estou bem, obrigado. Liguei para saber se você está muito ocupada hoje?
Olho meu estado e dou risada.
-Não, não estou. Ainda nem penteei o cabelo...
- E eu ainda nem sai da cama. - Ele sorri. - Liguei para fazer saber se... Você gostaria de passear comigo e a Esther. Leah pediu que eu ficasse com a pequena pra ela e o marido terem alguns minutos de romance.
De repente me bateu uma vontade súbita de desmarcar o dia da preguiça.
-Eu adoraria!
- Ótimo. - Sua animação quando digo sim é adorável. - Vou vestir alguma coisa agora e passo aí pra te pegar. Podemos tomar café juntos, se já não tiver se alimentado.
-Comi uma coisinha, mas posso comer de novo. -Respondo sorrindo. Quando foi que eu virei essa garota atirada? -Pra onde vamos?
- Ainda não sei, mas podemos ver no caminho. Preciso primeiro de um café para saber em que planeta estou. - Ele riu.
-Se quiser podemos comer aqui em casa... Preparo alguma coisa enquanto você vem. -Alguma coisa tem que partir do meu lado, não é mesmo?!
- Tá certo, moça. Você manda! Chego aí em meia hora.
Me despeço dele e vou correndo tomar um banho. No caminho quase piso no coitado do Milk. Não é hora de ficar no caminho, filho. Em dez minutos estou pronta. Coloquei uma calça jeans e uma blusinha, sem esquecer do tênis. Preciso estar confortável se quiser acompanhar o pique de uma criança. Amarro o cabelo e corro pra cozinha. Graças a Deus a casa não está uma zona e tem comida na dispensa. Preparo café e suco e distribuo alguns alimentos sobre a mesa. Preciso ter opções, já que não sei o que ele prefere para o desjejum. Não demora muito e o interfone toca. O porteiro diz que Luke chegou e libero a entrada. Logo a campainha do apartamento toca. Dou uma última olhada no espelho e abro a porta.
- Bom dia! - Digo mais contente do que eu queria aparentar.
- Bom dia moça! - Ele sorri. - Está bonita! Gostei do cabelo preso.
- Ah, obrigada. -Agradeço passando a mão no meu coque mal feito e dou passagem. -Por favor, entra!
Luke passa por mim e me dá um beijo no rosto, assim de surpresa. Isso será um cumprimento frequente? Por que se for, vou ter sérios problemas.
- Vim o mais rápido que pude para poder comer com calma. Depois temos que buscar a pequena na casa da minha irmã.
-Eu acabei de colocar a mesa... Vem! -Ele me segue até a cozinha. -Esse é o Milk. -Aponto o gato esparramado embaixo do banco.
- Oi garoto! - Ele diz abaixando perto dele e pergunta. - Ele é arisco?
-Não, é um doce. Se deixar, já, já ele vai querer subir em você...
- Vou pegar ele um pouco, posso?
-Claro! Mas você vai ficar cheio de pelo... -Aviso, apontando sua camiseta preta.
- Não tem problema. Passei vinte e cinco anos sem ter um bicho porque minha mãe não aprovava animais em casa. Vem cá meninão... - Ele pega Milk com cuidado. O gato mia e aos poucos vai se aninhando quando sente o cafuné na cabeça. Desejar ser um gato nesse momento, talvez seja o meu atestado de insanidade comprovado. - Ela dizia que bichos só trazem doenças. Adoro animais e o seu é uma graça.
-Obrigada! Os animais são uns amores. Ainda fazem companhia, não é bebê?! -Chego perto e dou um beijinho na cabeça peluda do gatinho. -Agora que você mora sozinho, pode ter um... -Sugiro.
- Estou pensando nisso... - Ele sorri de lado. - Quero só escolher o bichinho certo. Embora digam que, eles nos escolhem e não o contrário.
-Isso é verdade. Eu e Milk tivemos um caso sério de amor a primeira vista... -Tiro xícaras e copos do armário e coloco sobre a mesa. -Não sabia direito o que você gosta de comer no café, então coloquei um pouco de tudo... Se estiver faltando alguma coisa, me fala tá?!
- Não se preocupe, eu como qualquer coisa. Comida não é problema pra mim. - Sentou a mesa e colocou Milk no chão. - Agora você pode ir brincar gatinho. - Voltando a mim, diz - Você arrumou uma mesa e tanto, moça. Já me sinto uma celebridade assim..
-Tenho que causar boa impressão, ué... Você é nada mais nada menos que o motivo de eu montar o fã clube que te falei ontem. -Brinco e me sento também.
- Você ainda está pensando nisso? - Ele ri. - Vou acabar acreditando, viu.
-É pra acreditar. -Sorrio. -Posso servir? -Pergunto, apontando o café.
- Por favor. E você o que quer? - Diz pegando minha xícara para servir também.
-Vou acompanhar você! -Sirvo as duas xícaras e espero ele experimentar. -Se estiver muito horrível, pode falar.
- Ok! Vou provar... - Ele bebe um gole e fica em silencio depois de engolir devagar. Ah minha nossa, será que está amargo ou doce demais? Estou aflita.
-Ta ruim, né?! Desculpa, eu acabei nem experimentando...
O danado abre um sorriso largo.
- Estou brincando com você. O café está muito bom. Como acertou que gosto dele forte?
-Ah, que bom. Você fez suspense... -Sorrio. -Deu sorte, também o prefiro assim!
Ele deu outro gole de café e agora não faz careta. Começamos a comer. Milk caminha em volta da mesa por causa do cheiro bom. Digo pra ele comer sua ração, mas ele nem dá bola. Fica de pé e põe as patinhas da frente na minha coxa. Acaricio sua cabeça e ele ronrona.
- Manhoso ele, não é? - Luke comenta.
-É... Fico com dó porque ele passa boa parte do dia sozinho, apesar dos gatos serem bem mais independentes, eles gostam de carinho... -Explico.
- Todos gostam. Por isso penso em ter uma companhia animal em casa. Um cachorro pode suprir o que preciso. Alguma sugestão de raça?
- Hum... Eu gosto de cachorros pequenos, mas homens, geralmente, preferem os maiores. Pug ou labrador é uma boa opção dos dois lados... -Sugiro.
- Sim. Gosto do labrador. Um amigo meu tem. Eles são bem dóceis e companheiros... Acho que já sei onde podemos ir... - Luke sorri de lado.
-Você esqueceu que são bem bagunceiros também...mas são os mais fofos. Você vai comprar um? -Pergunto sentindo os olhos brilhando.
- Vou e quero sua opinião. - Sorriu com o mesmo brilho. - Pensei em chamá-lo de Thor..
-Adorei o nome e adorei o convite. -Vou ajudá-lo a escolher um companheiro pra vida toda. Quão importante é isso? -Esther não tem medo?
- Acho que não. Que criança resiste a um filhote?
-Você vai pegar um filhote? -Gemo imaginando a fofura e devo ter soado patética.
- Vou. É melhor pra se adaptar. Você também curte filhotes?
-Sim...são tão fofos! Quando comprei o Milk, ele cabia na minha mão...
- Que bacana! Agora está enorme. Quero fazer isso com o Thor. Creio que será um bom cachorro.
-Vai sim! Eles acabam ficando igualzinho o dono...
As sobrancelhas dele revezam de um jeito engraçado. Ele ri.
- Isso vai ser uma grande aventura, então.
Balanço a cabeça e sorrio, antes de colocar um pedaço de pão na boca.
-Pobre cachorro... Vai ficar com o ego inflado... - Luke apenas ri e eu entendi tudo. Tal dono, tal cachorro.
Assim que terminamos o café fomos à casa de Leah. A irmã dele nos recebe na mesma empolgação de uma criança. Beija minha bochecha antes mesmo que pergunte como vai. Luke apenas sorri. Sigo atrás dela quando diz que a criança está na cozinha terminando de mamar com o pai. Ela pede que fiquemos a vontade até terminarem de alimentá-la. Então, somos deixados na sala pela dona da casa. Todos nessa família parecem ter um bom gosto para decorar. Sento no sofá macio de tecido azul marinho texturizado. Almofadas coloridas e paredes em tons de verde claro deixam a sala alegre e aconchegante. Os móveis e a lareira cor marfim. Continuo a linha de visão panorâmica quando meus olhos encontram os dele. Ele sempre me olha como se eu fosse uma divindade quando estamos sozinhos. Estou começando a ficar sem graça com essa mania. O pior de tudo é que já me peguei fazendo o mesmo com ele.
- Um dólar por seus pensamentos... - ele diz.
- Só admirando a casa... - Respondo com um sorriso amarelo.
- É bonita mesmo. - Ele diz olhando em volta. - Tem cara de lar feliz.
-Imagino que seja mesmo...
- E são. Andrew e Leah nasceram um pro outro. Sabe... Eu nunca fui de acreditar em amor à primeira vista. Sempre achei que da terceira em diante é que a magia acontecia, mas depois desses dois... - Ele recosta no sofá dobrando uma perna sobre a outra. - Tive de admitir que essa coisa aconteça por aí.
- Devem acontecer sim... - Talvez tenha acontecido comigo. Que bela merda, Olivia.
- Você já se apaixonou à primeira vista, Olivia? - Ouço lançar a pergunta em mim como uma bola de beisebol. Minha nossa! Agora não sei o que fazer, se pego ou corro para longe da base.
-Hum...eu acho que não. Talvez... -Não estou mentindo, só omitindo detalhes. -Você já?
- Já, mas ela não sentia o mesmo por mim. E não estou falando da professora, ok! - Ele ri. - Ela tinha a mesma idade que eu, dezenove. Foi um amor de uma semana e já pensei que ela era a garota... Ledo engano.
-Acho que você não tem muita sorte, Luke... -Comento sorrindo.
- Não mesmo. - Rimos. - E você... O que aconteceu com seu casamento? Bom, se quiser falar sobre isso...
-Prefiro não falar sobre isso... Não agora. -Explico e aponto, com a cabeça, sua irmã voltando à sala.
-Olha quem chegou pra passear com o Tio Luke e a Tia Olívia... -Leah diz enquanto se aproxima com Esther no colo. O esposo vem logo atrás.
- Ela está alimentada e limpa. Vocês não precisam se preocupar. - Disse Andrew. - Basta brincar e o resto vocês levam numa boa.
-Vem com a titia, Esther?! -Estico os braços em sua direção e ela faz o mesmo pra mim. Que gracinha de menina.
-Então, nós vamos indo, papais...divirtam-se! -Luke diz pegando a bolsa com as coisinhas do bebê.
- Nós vamos! E muito obrigado por ficarem com a nossa pequena. Fico te devendo, Luke. - Diz o cunhado.
- Sem problema. Marcamos alguma coisa e fica tudo certo.
- Ingressos resolvem?
- Sempre. - Luke sorriu. - Na primeira fila.
- Ok! Conte com isso.
- Eu vou. Você sabe que tenho uma memória de elefante, cunhadinho.
- Homens... -Leah comenta revirando os olhos. -Tchau, meu docinho, a mamãe vai sentir saudade. -Ela enche a filha de beijos.
-Cuidaremos bem dela, fica tranquila. -Pego a mãozinha de Esther e balanço no ar. -Tchau mamãe!
Leah e Richard nos acompanham até o carro e ajudam a acomodar Esther na cadeirinha no banco de trás. Depois de mais algumas recomendações, partimos rumo ao nosso dia como babás. Durante o percurso, a bebê se distrai com um brinquedinho que reveza entre sua mão e boca. Não demora muito e chegamos até o centro da cidade. Nunca andei muito pra esses lados, mas sei o que fazemos aqui quando paramos na frente de uma vitrine cheia de animaizinhos. Luke falava sério quando disse que viríamos comprar um cãozinho.
- Nossa primeira parada é aqui? -Pergunto a ele, já do lado de fora do carro. Assim que bate o olho nos bichinhos, Esther os aponta com curiosidade em meu colo.
- Sim e você vai ajudar o titio, não vai, Esther? - Diz sorrindo para a pequena em meus braços.
-Vou, titio! -Respondo por ela, com uma voz estridente. -Podemos entrar? -Pergunto animada.
- Por favor, meninas! -Sorri ao entrarmos na loja. Uma moça com cabelos castanhos e luzes alaranjadas vem sorrindo para nos atender.
- Bom dia! Sou Jenna, no que posso ajudá-los?
- Gostaríamos de ver os filhotes de cães. - Luke responde.
- Alguma preferência?
- Não exatamente.
- Okay! Entendi. - Jenna pousa as mãos na cintura olhando para nós como se visse um quadro. - Acho que sei do que vocês precisam. Venham comigo por gentileza.
Acompanhamos a moça. O rabo de cabelo balança de um lado para o outro quando caminha. Seus passos parecem saltitar no porcelanato branco. Passamos por prateleiras de produtos, brinquedos e roupinhas. Os olhos de Esther não conseguem focar numa só coisa. Acho isso fofo e engraçadinho. Ela é bem curiosa assim como meu sobrinho Dylan. Fomos para o lado da vitrine onde os clientes têm acesso aos filhotes. Os pequenos ficam ouriçados quando olham pra nós. Certamente sabem o que isso significa. Latem fino e seus rabinhos se agitam frenéticos. Labradores, yorkieshires e pugs estão separados por divisórias. Sinto a minha menina interior ficar empolgada. Meu Deus, eles são tão lindos!
- Os filhotes que temos são esses na vitrine. Vocês podem ficar a vontade. Qualquer dúvida é só perguntar. - Jenna fica ao nosso lado.
- Tudo bem. Obrigado.
Luke chega perto dos filhotes tocando-os na cabeça. Entre lambidas e fungadas os cães tentam chamar sua atenção. Todos querem um dono. E sinceramente fico tentada a levar um também. Se não fosse por Milk, o gato ciumento, meu apartamento teria um novo membro.
-Eles são tão lindos... Pequenininhos! -Minha voz sai miada. Esther estica o bracinho e me aproximo de um cãozinho com ela. Sua mãozinha pequena toca a cabeça dele e ela sorri. -Acho que ela gostou dele...
- Gostou sim. Repara nos olhos brilhando.
Ficamos ali paparicando os filhotes até que Luke se dirige a vendedora.
- Qual raça se dá melhor em apartamento?
- Todos são companheiros e dóceis. O pug e o yorkie são de pequeno porte. Significa que não crescem muito. O labrador é uma raça que tem um bom crescimento e são atléticos. Se quiser companhia pra correr de manhã, ele é ideal.
- Ah tá. - Ele respira olhando pra mim. Acho que quer uma opinião. - O que você acha?
-Eu e a Esther aprovamos o labrador. -Digo, enquanto ela continua alisando o cachorrinho e balbuciando alguma coisa que não entendemos. -E você, de qual gostou?
- Também gostei dele. Esse aqui de carinha amassada é legal também... - Riu alisando um pug.
-São todos uma graça... Leva um de cada! -Brinco.
- Fazemos um desconto bom, viu?! - Jenna comenta.
- Você quer me encrencar, não é mocinha? - Ele ri.
-Estou dando opções! -Sorrio e mordo o lábio. -E então?
Ficamos em silêncio. Luke pensa e pensa. Esther e eu ficamos brincando com o labrador. Ele lambe minha mão causando cócegas quentinhas. Penso como não me apaixonar por essa fofura?
- Vocês gostaram mais do labrador, não?!
-Sim! -Não quero interferir tanto na escolha dele, mas me apaixonei por esse pequeno peludo.
Com um sorriso leve, cruzou os braços.
- Vamos levar aquele peludo ali...
-O labrador? -Pergunto tão sorridente que parece que o cachorro será meu e não dele.
- Sim, querida. O labrador. - Falou com um sorriso.
Comemoro sacudindo a bebê em meu colo.
- Nós vamos levar ele, meu amor! - Não sei se ela entende o que isso significa, mas abre um sorrisão. Vou até Luke e dou um abraço animado nele. Um pouco animado demais. Me dou conta da reação exagerada e recomponho-me. - Parabéns. Agora você é pai!
- Obrigado. Espero dar conta ou então vou ter que arrumar uma "mãe" pra ajudar. - Sorriu de lado. Ai. Essa me acertou no meio da cara.
- Bom, posso servir de tia, enquanto você não encontra a mãe...
- Acho que tem todos os quesitos de uma ótima mãe, moça. - Tá agora ele me deixou acanhada de verdade. Dou um sorriso sem graça.
- Melhor você ir cuidar da sua compra... - Aponto o cãozinho, desconversando claramente. Luke ri, desconfio que ele faz isso com a intenção de me desconcertar apenas para se divertir.
Ele e a vendedora conversam enquanto o cachorrinho é levado para outra parte da loja. Esther está tão encantada com os cachorrinhos que prefiro esperar por seu tio onde estamos. Sua mãozinha fica lambuzada por tantas lambidas e cada uma traz um sorriso gostoso. Ficamos por ali uns dez minutos até sentir Luke se aproximar.
- Pronto, agora podemos ir pra casa, meninas.
- Agora o cachorrinho é, oficialmente, um Watson? -Pergunto sorrindo.
- Sim! Veja só. - Ele mostra um papel. É o certificado de pedigree e lá está Thor Watson junto a outros dados como peso, tamanho e vacinas que já recebeu. - Ele faz parte da família agora.
- Aaah, que lindo. Agora você é responsável por alguém... -Comento e levanto a sobrancelha. Luke sorri.
- Pois é... Pelo que a Jenna falou vou ter muito com o que me ocupar depois do trabalho. - Ele ergue a caixa transporte para falar com o cãozinho. - Você vai ser obediente, não vai carinha? - O cachorro coloca o nariz entre as frestas para cheirar o novo dono. Que fofura!
- Eu não confiaria nessa carinha fofa! -Sorrio. - Então, vamos? Acho que essa mocinha aqui quer dormir. - Aponto a bebê com a cabeça encostada no meu ombro.
- Vamos lá. Ela já está pedindo a cadeirinha.