Tudo Pela Reportagem

By mariiafada

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PLÁGIO É CRIME - Todos os direitos reservados a Maria Augusta Andrade © Não autorizo qualquer reprodução ou u... More

Prólogo.
Primeira parte.
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Segunda Parte.
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!!!!!100 MIL F*CKING VIEWS!!!!! ❤️
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31 (Pra quem não está conseguindo ler!!)
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42. [Final]
Epílogo.
Agradecimentos.
Capítulo Bônus (1)
Booktrailer <3
Se você gostou de TPR, vai gostar de Morde e Assopra também!
Capítulo Bônus da Gabi! Yey!

8.

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By mariiafada


Abri um dos olhos e me virei, dando de cara com os mesmos sapatos de couro preto do dia anterior. E eles nunca foram de Slender.
Inferno, eu era mesmo a pessoa mais azarada do mundo.

Fui subindo lentamente o olhar, ainda agachada no chão, passando pelas calças que lhe caiam perfeitamente bem, paletó, gravata... E o rosto.

- Ah, maldição. – gemi arregalando os olhos para o Sr. Mal Humorado. O mundo poderia ser mais cruel? Tinha de ser justamente ele? Sem saber o que dizer ou fazer, disparei: – O que você está fazendo aqui?! Esse não é o seu quarto!

Ele apenas inclinou a cabeça para o lado e sorriu.

- A pergunta mais apropriada seria: O que você está fazendo no meu quarto? – ele trocou o peso do corpo de perna e enfiou as mãos no bolso, muito calmo e contido. Cheio de si. Era tão seguro que chegava a ser irritante. – Ah, por que eu não estou surpreso de encontrar justamente você aqui? Eu posso estar errado, porém você parece ter um imã para problemas. Mas, voltando a questão: Por que você está no meu quarto, Cupcake?

Iria pedir que ele parasse de chamar pelo nome de uma sobremesa, além do mais estava ficando com fome, só eu não tinha voz. A surpresa havia roubado minhas palavras. Tudo que conseguir dizer foi:

- Como?

A testa dele encheu-se de sulcos. Seus olhos brilhavam com esperteza.

- A pergunta é muito vaga, seja mais específica.

O Mal Humorado era Homero Smith, isso já havia entendido e aceitado. Mas eu tinha plena certeza de aquele ser o quarto de Slender.

- Este deveria ser o quarto de Marco Slender, não seu. – expliquei. – Eu tinha certeza. Slender pagou pelo quarto com seu American Express Black Centurion e pegou uma das melhore suítes. – fiz um gesto com as mãos que abrangia o quarto: ele era digno de uma boa estadia. Luxuoso e muito espaçoso. – Por que você está aqui?

Homero suspirou e começou andar de um lado para o outro, seu dedo tocando o queixo enquanto ele lançava um olhar ocasional para mim.

- Vou explicar somente porque fiquei com pena do quão perdida você parece estar. Sinceramente, Cupcake, se quer espionar alguém faça o dever de casa. – repreendeu. Eu arquejei. Quem disse que eu estava espionando?! – Slender de fato pagou pelo quarto, mas como um presente para mim.

- E como eu ouvi a voz dele ontem aqui neste quarto, depois da conferência? Eu sei que Marco Slender esteve aqui. – parei um momento, e falei mais para mim mesma do que para Homero: – Oh, isso explica as belas panturrilhas.

Arregalei os olhos e tapei a boca assim ouvi o que eu mesma tinha dito. Homero me fitou por longos segundos, sem entender.

- Espera, como você... Panturrilhas? – balançou a cabeça e riu. – É melhor eu não saber. Quanto a voz de Slender, ele me acompanhou até o quarto, só isso. E agora, está na hora de você me dar algumas respostas. Eu preciso saber, Cupcake, o que está fazendo aqui?

Abri e fechei a boca, tentando pensar em algo para dizer. Empertigue-me e deslizei o gravador junto com a carta para o meu bolso sem que ele percebesse.

- Do que você está falando? Eu trabalho aqui. Estava só limpando o seu quarto. – ri e me levantei ajeitando a passadeira em minha cabeça e ajustando o vestidinho. Sabia que era uma mentira absurda, depois da pequena conversa que tivemos, mas não havia pensando em nada melhor para dizer.

Passei por ele, tentando chegar até a porta, mas estaquei no meio do caminho quando Homero comentou:

- Elizabeth Scott. – disse triunfante. - Não precisa tentar fugir, sei que você é uma jornalista. E tem algo que me pertence no seu bolso, não pense que não vi.

Eu me virei lentamente, respirando fundo.

- Como você sabe o meu nome?

Ele caminhou a passos lentos e precisos na minha direção. Despreocupado e agora muito bem humorado. Ele me irritava.

- Subornei ao garçom do Russia Tea Room para me dar seu nome quando você entregou a ele o cartão de crédito e pagou pelo almoço, mas isso não interessa agora. Tudo que quero saber é o que uma jornalista está fazendo no meu quarto. Ou, melhor ainda: o que você queria no quarto de Slender? - seu tom de voz ficou um pouco mais baixo e perigoso. Ele percebeu que eu continuaria calada, então mudou sua tática. Homero tirou os meus preciosos escutas do bolso da calça e sorriu para mim.

- Eu poderia mandar você para a cadeia por isso.

Mordi o canto da boca e torci as mãos. Não iria contar sobre a minha Reportagem para ele. Homero Smith, vice-presidente da empresa a qual eu investigava era a última pessoa no mundo em que eu podia confiar. Não era?

- Você quer que eu chame a polícia? – balançou os escutas no ar, como que me provocando.

- Não! A polícia não, por favor! – desesperei-me, mas lembrei de manter a compostura. Homero ergueu a sobrancelha, percebendo o meu medo. Fechei os olhos e disse mais calmamente: – Não chame a polícia, por tudo que é mais sagrado. E esses escutas... são meus. - aproximei-me dele e tentei pegá-los, mas Homero os guardou em seu bolso novamente.

- Isso é meu! – insisti.

Ele me ignorou.

- Então, vai me contar quem é você? Estou te dando uma última chance de se redimir.

Eu bufei, irritada, e inventei uma desculpa qualquer:

- Eu não sei do está falando. Só cometi um erro, e isso não tem nada a ver com você. Foi simplesmente um mal entendido. – despejei a história recém inventada em menos de trinta segundos e dei um sorriso amarelo, esperando pela resposta dele. Homero estreitou os olhos e me encarou profundamente. Ele não parecia feliz. Na verdade, parecia desconfiado. Não o culpo, as minhas desculpas daquele dia eram dignas de pena.

- Você é uma grande mentirosa, sabia? Sei que esconde algo importante, e é claro que é da minha conta. Depois que vi você seguindo Marco até o Jojo, pesquisei mais sobre a sua vida e descobri que trabalha no Daily Golden News. Jornal muito conhecido pelos seus astronômicos furos de reportagem. Não é a primeira vez que um jornalista desse jornal tenta investigar Slender...

- Foi você o maldito cavalheiro dos martinis! – retruquei antes de chegar a conclusão de qualquer outra coisa. Depois, repeti a frase dele em minha cabeça, priorizando uma parte: Descobri que você trabalha do Daily Golden News.

E estava tudo acabado, eu fora descoberta. Homero Smith iria me entregar e sabe-se lá deus o que aconteceria comigo quando Slender descobrisse os meus planos.

- Então, Cupcake? – questinou ele. – Vai falar ou não?

- É... – levantei o dedo, pedindo um momento.

Virei-me e saí correndo em disparada até a porta. Ele não poderia me forçar a falar se eu não estivesse ali.

- Ei!

Consegui chegar até a maçaneta e abri-la, mas duas mãos se estatelaram contra a porta e a empurraram de
volta, trancando-a. Senti a respiração dele no meu pescoço e logo em seguida seu sorriso ofegante.

Fiquei de frente para Homero e mirei meu joelho entre suas pernas. Ele foi mais rápido e segurou meu joelho, impedindo-me de acertá-lo. Quando tentei puxá-lo de volta, Homero o segurou, enrolando-o com ambas as mãos. Soltei um grunhido de frustração, tentando de qualquer jeito me desprender, mas o maldito Mal Humorado não permitiu.

- Você estava seguindo Slender e eu quero saber o porquê. – murmurou seriamente.

- Eu não vou compartilhar informações confidenciais com você. Agora me solte.

Aproveitei nossa proximidade para roubar os escutas de volta do seu bolso.

- Informações confidencias? – Homero riu, jogando a cabeça para cima. – E o que vocês são, o FBI, Scotland Yard? Por favor. Ei, devolve isso!

Ele tentou resgatar os escutas, mas eu não permiti.

- Ra, rá! – balancei os escutas no seu rosto e antes que ele pudesse pegar, os afastei para longe. Uma atitude muito adulta da minha parte, convenhamos.

- Devolva. – ele rosnou estreitando os olhos e apertando um pouquinho mais o meu joelho.

- Porque eu deveria? Por acaso aqui tem provas que podem te incriminar?! – dei um sorriso maldoso. – Se isso provar que você está envolvido, eu vou fazer questão de dedicar um parágrafo enorme da minha reportagem só para você e desmerecer completamente sua imagem. Nenhuma modelo vai querer sair com você depois de descobrirem a fraude que você é!

- Envolvido? No que eu estaria envolvido? Não sei de absolutamente nada, Elizabeth, do que está falando?!

Homero tentou pegar os escutas mais uma vez, porém eu me inclinei completamente para trás, quase caindo, e enfiei os escutas no decote do vestido. Ele ergueu as sobrancelhas e me lançou um olhar do tipo: Ah, você acha que não eu teria coragem?

- Você. Não. Ousaria. – disse cada palavra com ódio. A única coisa que me mantinha em pé era mãos de Homero, ainda segurando a minha perna com firmeza. Ficamos naquela posição estranha por torturantes segundos.

- Ah, eu ousaria. – ele devolveu. Com um tranco, Homero me puxou de volta para cima. Suas mãos fizeram o movimento em direção ao meu decote, na intenção de resgatar os escutas, mas ele se conteve, como se soubesse que isso era errado. Sorte a minha.

- Conte o que você sabe. – demandou.

Bufei.

- Sinto muito, Sr. Smith. Se você quer que eu fale, precisa impor mais do que autoridade. Isso não vai funcionar comigo. Agora, eu tenho que ir, obrigada. – puxei a minha perna com força e ele finalmente cedeu enquanto trincava o maxilar. Eu me afastei, ajeitando o vestido, enquanto sentia o olhar de Homero queimando de raiva sobre mim.

- É assim que vai ser, então? – ele deu um sorriso do qual não gostei. – Isso ainda não acabou, Cupcake. Você quer jogar, então vamos jogar. Agora depois não diga que lhe dei uma chance.

Sorri, desconsiderando sua ameaça. Abri a porta e disse sobre os ombros:

- Acho que você acabou de achar uma oponente à altura, Sr. Smith.

Os olhos azuis de Homero brilharam com malícia e algo a mais. Divertimento, talvez. E uma promessa: aquilo ainda não havia acabado.

- É isso que vamos ver.

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