Tudo Pela Reportagem

By mariiafada

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PLÁGIO É CRIME - Todos os direitos reservados a Maria Augusta Andrade © Não autorizo qualquer reprodução ou u... More

Prólogo.
Primeira parte.
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Segunda Parte.
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!!!!!100 MIL F*CKING VIEWS!!!!! ❤️
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31 (Pra quem não está conseguindo ler!!)
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42. [Final]
Epílogo.
Agradecimentos.
Capítulo Bônus (1)
Booktrailer <3
Se você gostou de TPR, vai gostar de Morde e Assopra também!
Capítulo Bônus da Gabi! Yey!

6.

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By mariiafada

    Amores, como sempre o capítulo demorou, porém já tenho mais dois para publicar aqui prontinhos! Yeyyyy!
Gente, o Wattpad ás vezes buga e começa a juntar as palavras do livro! Eu tentei corrigir mas posso ter deixado passar alguma, então me perdoem se encontrarem palavras juntas no texto é culpa do Wattpad (kkkkk)! Okay, era só isso um beijo enorme <3

***

Voltei para o meu reservado tentando ignorar ao máximo o olhar desconfiado que Dave me lançava por cima da divisória de metal. Suas sobrancelhas loiras estavam erguidas, os olhos castanhos me fitando como se eu tivesse cometido um crime.

- Qual o problema? – perguntei, quando se passaram vinte minutos e ele ainda estava ali parado, me olhando.

- Eu acho que você está aprontando algo. – murmurou, com aquela voz de que sabia de tudo.

Eu me permiti ri.

- Dave...

- Está livre na Sexta? A minha mãe não vai estar em casa, nós podemos assistir a um filme.

Eu não sabia se ria ou se ficava com raiva da sua persistência cega em sair comigo. Respirei fundo e optei pela primeira opção.

- David, eu já disse... Espera, você mora com a sua mãe? – balancei a cabeça, deixando isso para lá. – Não, Dave. Pela milionésima vez, eu tenho namorado.

- Está mentindo! É claro que não tem namorado.– acusou ele, e me perguntei por diabos eu não poderia ter um. David estava começando a me ofender. Ele estalou a língua e apontou o dedo para mim. – Só está inventando uma desculpa para não sair comigo.  – deu um sorriso lascivo. – Afinal, está com medo.

- Medo?

- É. Medo de não conseguir se controlar depois provar da fruta proibida.

Precisei me segurar ao máximo para não cair na gargalhada.

- Ah, você é a fruta proibida? – revirei os olhos novamente.

Subitamente rolei a minha cadeira para perto da divisória, aproximando-me até o meu rosto estar perto do dele. Dave ficou pálido e surpreso, mas não recuou.

- É, você tem razão. Eu não quero provar da fruta proibida, mas não é por medo. – sussurrei, fazendo o meu colega de trabalho suar frio.

- Hum... - Dave emitiu, parecendo bem abalado. - Então, por quê?

Cheguei mais perto, e falei em seu ouvido:

- É porque... A fruta está podre. – disse e comecei a rir quando Dave se afastou, as bochechas em brasa e o olhar furioso.

- Isso não se faz. – retrucou, dando as costas para mim e começando a digitar no computador. Bom, ele tinha pedido por aquilo.

Chequei o relógio, começando a me concentrar no trabalho. Tinha algumas horas úteis até o horário do almoço, quando faria a minha primeira sondagem pelo NoMad Hotel.

Sabendo que precisava pesquisar sobre Homero Smith e sua ligação com Slender, liguei a tela do computador e fui até a minha crucial ferramenta de investigação: Google.

A primeira página que achei trazia uma relação de empresas multinacionais que haviam sido compradas e que a partir disso fizeram seu nome internacionalmente. Rolei a página até achar o que me interessava: um pequeno texto explicando como havia surgido a Wolrd Slender Produtos & Negócios.

" A empresa antigamente pertencia a um empresário chamado George Smith, e era basicamente uma construtora. Quando George ficou doente por causa do câncer de próstata, seu Vice-Presidente Marco Slender comprou a empresa do amigo e expandiu o negócio para as áreas de telefonia, transporte e alimentação. Porém, apesar de ser o Presidente da World Slender P&N, Marco tem apenas 30% da empresa consigo. Homero Smith, filho de George, ficou com uma grande porcentagem do antigo império de seu pai.
Há rumores que a relação entre os dois maiores acionistas da empresa é conturbada, tendo visões divergentes sobre o modo como comandar uma empresa. "

- Isso explica o discurso de Slender na noite passada. – murmurei, lendo o restante do texto.

Depois fiz uma busca com afinco especialmente em Homero Smith. Ignorei as fotos de tabloides de fofoca onde sabia que encontraria apenas notícias sobre o Sr. Smith e suas diversas namoradas. Eu queria algo mais íntimo.

Descobri que ele tinha 23 anos, havia largado a faculdade de arquitetura para assumir os negócios do pai. Depois do falecimento de George, sua mulher havia se mudado para Portugal. As duas irmãs mais velhas de Homero estavam espalhadas em lugares distintos: Uma morava em Londres, e a outra havia se casado e atualmente residia no sul dos Estados Unidos, na Geórgia.

Achei uma foto do jovem Homero no enterro de seu pai, há alguns anos atrás. Ele estava de cabeça baixa, o cabelo castanho escuro penteado para trás com alguns cachos rebeldes nas laterais. Do seu lado direito estava uma mulher altiva e magra, de óculos escuros e loira, encolhida e desolada. No esquerdo, Slender passava os braços ao redor de Homero, compartilhando de sua dor.

Aproximei a foto no rosto do jovem garoto, e senti um arrepio. Era impressão minha, ou já tinha visto aquele garoto em algum lugar?

*

O tempo passou rápido, e só percebi que havia chegado a hora do almoço quando meu estômago roncou e protestou por comida. Peguei a minha bolsa e fui atrás de um almoço descente.

Ignorei completamente a carrocinha de cachorro quente quando passei por ela, indo na direção da Broadway.  Com o GPS do celular, não demorou muito para que encontrasse o hotel onde aconteceria a conferência da World Slender P&N.

O hall do hotel era simplesmente impecável. Bem iluminado, mobilhado com móveis de cores neutras, em contraste com o dourado que vinha logo na sala a seguir.

Aproximei-me do balcão de granito preto e coloquei minhas mãos sobre o material frio. A funcionária do hotel ergueu os olhos e me investigou de cima a baixo.

Eu estava prestes a falar e entrar no personagem, porém a mulher foi mais rápida que eu:

- É uma das novas arrumadeiras, não é?

Preciso admitir que ela tirou toda a graça da coisa. Nem ao menos me deixou enganá-la. Simplesmente desvendou minha brilhante história. Ergui a sobrancelha, pensando: Porque ela olhou para as minhas roupas e simplesmente deduziu isso?!

- Sim, eu sou. – respondi, dando um sorriso educado.

- Certo. As faxineiras novas devem se apresentar a Chefe do setor de limpeza. Siga até uma porta na próxima sala, e ela te levará a um corredor, onde fica a ala dos funcionários. A porta de madeira é o escritório dela.

Agradeci e segui suas indicações, gravando mentalmente cada espaço daquele hotel. Era simplesmente maravilhoso. Talvez, depois que eu ganhasse um Pulitzer pela minha matéria e sua denúncia, poderia me hospedar ali por um ou dois dias.

O corredor estava um verdadeiro terror. Arrumadeiras, concierge, garçons, homens da limpeza e segurança, corriam de uma porta para outra, falando, gritando e conversando.

Bati desesperadamente na porta de madeira, tentando me ver livre do mar de pessoas. Quando respirei fundo minhas narinas foram preenchidas por um cheiro que eu conhecia muito bem desde a minha infância.

Bolo de laranja da Tanya.

A nostalgia nem teve tempo de me deixar deprimida, por que a porta se abriu e ali estava ela, minha antiga babá, Tanya.

- Santo Deus! É a minha Betsy! – ela gritou, e me agarrou para um abraço que poderia ter quebrado a minha coluna em duas partes. Ou talvez três.

Tanya era a única pessoa que podia me chamar de Betsy – vindo de qualquer pessoa eu odiaria o apelido.
E Tanya me conhecia melhor do que ninguém. Eu estava feliz e igualmente confusa por encontra-la ali. Precisei de um tempo para me situar: É claro, Tanya deixou Washington quando eu tinha 16 anos para morar em Nova York; havia me esquecido completamente disso.

- Tanya, senti tanta sua falta. – disse num suspiro.

- Eu estou tão feliz em ver você! – ela me apertou mais um pouco, e abri um sorriso deliciado, aproveitando o abraço vigoroso que só ela tinha. – Ah, deixei-me ver você. – afastou-me pelos ombros para poder ter uma visão completa, e sorriu orgulhosa. – Está tão bonita! Betsy, como você me achou?

Eu eu abri a boca para dizer algo, mas não consegui.

Assim que Tanya aparecera, vi meu plano ir por água abaixo. Eu conseguiria muito bem mentir e enganar um desconhecido com desenvoltura. Mas a mulher que fora a minha babá por sete anos? Mesmo que tentasse, ela não acreditaria.

- Venha, entre! – ela me puxou pelas mãos e fechou a porta, abafando o burburinho. – Quero saber de tudo. Como sabia que eu estava aqui?

Tentei novamente formar uma frase compreensível para se dizer, só que desisti quando vi uma foto minha idêntica a que meu pai tinha em seu escritório pendurada na parede. Uma foto enorme.

- Ei! – apontei para a fotografia indignada. Eu não precisava de mais um lugar onde toda vez que eu entrasse lembrasse da minha adolescência cruel. Sério, qual era o problema do meu cabelo naquela época?

- O seu pai me mandou – explicou Tanya dando um sorriso orgulhoso. – Não ficou lindo?

Suspirei e deixei para lá, anotando mentalmente para nunca deixar os negativos das fotos com o papai.

- Então, Betsy... Quero saber tudo. – insistiu Tanya, fazendo-me sentar numa poltrona rosa acolchoada.

Passei uns bons minutos falando sobre o meu novo trabalho no jornal, minha recente mudança para Nova York e a total coincidência do nosso encontro.

- Se você não veio aqui para me ver, o que veio fazer em um hotel, Elizabeth? – perguntou, suas sobrancelhas se erguendo. Tanya tinha origens hispânicas e africanas. Sua pela era dourada e seu cabelo era uma massa de belos cachos castanhos. Ela deveria ter em média uns quarenta anos.

Encolhi os ombros e dei um sorriso amarelo.

- Eu vim aqui a trabalho. – argumentei, baixinho.

Ela cruzou os braços, fazendo a mesma cara que fazia quando eu tinha onze anos e estava tentando convencê-la que não tinha nenhuma culpa com o pequeno incêndio no jardim do vizinho, ou a janela quebrada, ou o vaso chinês da vovó, ou o quadro antigo da minha mãe, ou o olho roxo de Toby, o meu primo.

A verdade é que aquela mulher me conhecia. Todo o meu lado "catástrofe" de ser, Tanya já havia presenciado. E por ter experiência, tinha um faro muito bom para saber quando eu estava aprontando.

- Meu Deus, você está aprontando algo. – replicou ela, balançando a cabeça. – Não aqui no meu hotel, Betsy! Não! – decretou, apontando o dedo para mim.

- Eu vim aqui a trabalho! – insisti. – Estou trabalhando em uma reportagem investigativa.

Deixei Tanya a par de tudo sobre A Reportagem, até mesmo do incidente que quase custara o meu emprego. Expliquei porque estava no NoMad hotel e o meu plano para entrar no quarto de Slender.

- Por favor. – pedi, juntando as mãos. – Isso é muito importante para mim. Foi uma sorte ter encontrado justamente você aqui... Tanya, preciso da sua ajuda.

Ela me fitou por longos e torturantes segundos, séria. Por fim, estalou a língua e respirou pesadamente.

- Só porque está custando o seu emprego. – concedeu a minha antiga babá, e eu saltei da minha cadeira e a abracei.

- Obrigada, obrigada! Você é maravilhosa! – ela riu quando pulei em seu colo e a enchi de beijos, exatamente como fazia quando eu era mais nova. Ficamos agarradas por alguns segundos até que o meu estômago roncou novamente.

- Ah, continua a mesma garota esfomeada de sempre! – exclamou Tanya, levantando-se.– Venha, tenho um forno aqui e acabei de assar um bolo. Laranja, o seu preferido.

Abri um sorriso satisfeito, pensando que talvez a sorte houvesse finalmente ao meu favor. Até aquele momento, o plano corria bem.  Rezei para que assim continuasse no próximo dia.

*

Brad, sinto muito por ter saído tão cedo do seu apartamento. Podemos deixar o jantar para amanhã? Hoje vai ser difícil, tenho um trabalho importante para cumprir.
- E.

Apertei enviar logo depois de digitar uma rápida mensagem para o meu namorado, no dia seguinte. Quando chegara em casa do trabalho na noite anterior, Brad estava me esperando com um jantar completo e uma sacola com três caixas de Froot Loops – aquele garoto sabia como me conquistar.  Passamos a noite juntos, e ele acabara esquecendo mais uma vez de conversar comigo sobre o tão urgente assunto que queria.

A mensagem fora uma forma de me desculpar por sair de fininho mais cedo para chegar ao The NoMad hotel na hora que Tanya e eu marcáramos.

*

Alguns minutos mais cedo, eu tinha passado no Daily Golden News para buscar os escutas que Joey havia providenciado. Depois, caminhei até o The NoMad hotel, às sete e meia.

Cheguei ao escritório de Tanya bocejando. Aconcheguei-me no pequeno sofá rosa e tirei um cochilo até a minha antiga minha babá me acordar quinze minutos depois.

- Betsy? Tenho algo para lhe mostrar. – sussurrou ela. Pisquei os olhos para me livrar do sono e sentei-me ereta, seguindo Tanya com o olhar até o canto da sala. Com um floreio, ela me apresentou a um manequim sem cabeça, que estava vestido com uma genérica roupa de arrumadeira.

Era um vestidinho azul marinho com babados brancos na cintura, decote e mangas. Ainda sonolenta, perguntei-me vagamente porque Tanya estava me mostrando aquilo. O sono foi completamente embora quando finalmente percebi o que ela queria.

- Não! Absolutamente não! Sem chance! – disse, levantando-me e afastando-me do manequim.

O sorriso de Tanya se foi.

- O quê? Não gostou? Era meu, quando ainda trabalhava como arrumadeira aqui.Vai ficar um pouco justo em você, por ser mais alta que eu, no entanto servirá para o nosso propósito.

- Tanya, este não era o plano. O combinado foi eu entrar em uma daqueles carrinhos de limpeza, me esconder lá dentro e ser levada por alguém até o quarto de Slender.

- Sinto muito, Betsy! O hotel está lotado hoje, e não há arrumadeiras extras para fazer isso. Vai ter que usar a roupa. Não deixarei que transite pelo hotel sem ter um disfarce, afinal este homem do qual falou pode ser perigoso e não quero que se machuque. Então você vai usar a roupa, mocinha. Ou nada feito.

Senti-me uma criança levando bronca, e cruzei os braços, bufando. Lancei um olhar enviesado para o uniforme.

- Se não há outro jeito. – concordei, esquecendo aquela ideia de que a sorte estaria do meu lado.

*

Tanya me entregou um rádio, por onde nos comunicaríamos, e um carrinho de limpeza. Indicou o andar onde eu ficaria – sim, eu teria de limpar vários quartos para consolidar o disfarce -, e me levou até o elevador.

- Fique de olho no rádio. Quando a luz estiver vermelha, é porque estou falando com você. Slender ainda não fez o check-in mas o andar para o qual estou te mandando é onde ficam as suítes mais caras. Ele provavelmente estará neste andar. – instruiu Tanya, e me deu dois beijinhos no rosto. – Cuidado e bom trabalho!

Entrei em um dos elevadores de serviço, forçando-me a sorrir e acenar para ela. Olhei para mim mesma, naquela roupa cômica. Se Ray ou Scarlet pudessem me ver naquele momento, ririam até a barriga doer.

Equilibrei uma vassoura e esfregão nos braços, dando os ombros. Tudo pela minha reportagem, tudo pelo Pulitzer.

*

Depois de limpar cinco quartos, eu já estava exausta. Respeito muito mais as faxineiras agora que sei como um ser humano é ser capaz de fazer tanta bagunça. Nem vou comentar os banheiros... Eca.

Empurrei o carrinho de limpeza para o corredor e fiquei ali por alguns minutos, descansando. Pelo canto de olho vi a luz do rádio se acender.

- Sim? – apertei o botão para fazer responder.

- Betsy? Marco Slender acaba de chegar. – comunicou Tanya. – Estou na sala de segurança, vendo pelas câmeras. Ele está fazendo o check-in... Aproxima a câmera, Carl. Oh, ele está pagando com um America Express Black Centurion. – Tanya assobiou impressionada. – O filho da mãe tem mesmo dinheiro. Ele no quarto 505, acabei de verificar no sistema!

- Slender está indo para o quarto agora?– perguntei preocupada enquanto verificava as portas. Eu iria começar a limpar o 504. Mais um pouco, eu estaria dentro do quarto de Slender.

- Não... Estranho, ele está indo direto para a conferência.

- Ótimo, avise-me quando ele estiver voltando! – depois de garantir que avisaria, Tanya desligou e eu fui para o 504.

- Serviço de quarto! – gritei, mas ninguém respondeu. Entrei e me deparei com o cômodo inteiramente revirado. Estava começando a arrumar quando um homem entrou.

Eu gelei, ficando sem reação por meio segundo, antes de virar de costas para não ser reconhecida. Era o ruivo! O maldito ruivo tarado o qual eu havia chutado no restaurante algumas noites atrás.

- Oh, desculpe, não sabia que já haviam começado a arrumar. – murmurou ele. –Só esqueci uma coisa, saio em um instante.

- Claro. – disse num fiapo de voz esganiçada e continuei o meu trabalho sempre de costas, para assim não ser reconhecida. Talvez essa não tenha sido uma boa ideia, porque o ruivo se demorou mais no quarto e eu sabia bem qual era o motivo: seus olhos não conseguiam desgrudar do limite onde acabava o meu justo vestidinho. Tinha certeza que aquele uniforme me traria problemas!

- Querida, você esqueceu aquela almofada bem ali. – ele apontou para uma almofada no chão, perto do guarda-roupa.

Rangendo os dentes de raiva, inclinei-me e a peguei do chão. Nesse exato momento, não pela primeira vez fui atacada pelo sócio de Slender. Ele me abraçou por trás e tentou suspender o meu vestido para cima.

Agradeci aos céus por ter um primo fissurado em defesa pessoal que me ensinara a como reagir em situações daquele tipo. Rapidamente, consegui me livrar de suas mãos pegajosas, torcendo-as de um jeito especialmente doloroso. O ruivo ajoelhou-se no chão.

- O que eu disse sobre investir contra mulheres sem o consentimento delas? – questionei, sorrindo.

O sócio de Slender, que estava gemendo e implorando para ser solto, abriu os olhos sem acreditar.

- Você? Mas o que... – apertei seu dedão para o lado, sabendo que lhe causaria uma dor tremenda. – Ai! Ai! Sua maluca, me larga!

- Isso se chama assédio, sabia? Você deveria ser preso. – torci seu braço e o levantei para cima, sentindo prazer em vê-lo gritar.

- Por favor! Eu estou implorando! Isso dói... E-eu prometo, não vou mais fazer isso. – seus olhos encheram-se de lágrimas.

Com cuidado, eu soltei seu braço. Ele ficouno chão por alguns segundos, recuperando o fôlego e certificando-se de que o braço estava inteiro.

- Eu poderia ter quebrado seu braço. Da próxima vez...

Não tive como responder. Fora de pega surpresa ao receber uma rasteira do ruivo. Minha cabeça foi de encontro ao chão, e senti uma dor explodir na testa assim que meu corpo colidiu com o chão.

Ele subiu em cima de mim, prendendo-me embaixo dele. Tentei gritar mas o ruivo tampou minha boca e deu um beijo no meu pescoço. Senti o cheiro forte de bebida que estava impregnado em sua roupa e hálito. Uísque.

- Agora você vai ter o que merece. – sussurrou. Estava começando a desabotoar a calça quando consegui desprender as minhas mãos. Como estava bêbado, fora mais fácil me livrar do seu aperto.

Agarrei a cabeça dele a empurrei com força na direção do guarda-roupa. O ruivo tombou para o lado e desmaiou. Arrastei-me para longe dele, e sai correndo do quarto, levando meu carrinho de limpeza junto. Com o coração disparando, entrei no 505 e tranquei a porta.

Precisei de alguns minutos para voltar a mim. Estava tremendo, repassando o medo que sentira quando o ruivo havia tampado a minha boca... Abracei a mim mesma, inspirando e expirando até a pulsação regularizar.

Dei tapinhas apaziguadores do meu rosto e balancei a cabeça. Eu tinha uma missão a cumprir e nada poderia me atrapalhar, nem mesmo o maldito ruivo assediador.

O quarto estava completamente arrumado. Então não demorou muito para instalar os escutas em cada possível canto escondido, esperando pegar alguma conversa incriminadora de Slender.

Como não confiava inteiramente nesses apetrechos tecnológicos, trouxera também um velho, porém útil gravador. Antes de sair do quarto eu daria play nele.

O luz vermelha do rádio começou a piscar. Apertei o botão e deixei que Tanya falasse.

- Betsy... Está aí? – um chiado horrível tornava impossível de escutá-la com clareza. – Você. Sair daí! – consegui entender algumas partes. – Slender...Quarto. Agora.

Ah, droga. Slender estava voltando para oquarto!

***
Ahhh, não se esqueçam da estrelinha que me deixa ultra mega hiper intergalaticamente feliz ( nossa kkkk). E me conta o que acha a Lizzie vai fazer para não encontrar o Slender! Hahaha
Um beijo, até o próximo capítulo!

Maria ❤️

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