Learning to love again.

By _vivianmoraes

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"Você e eu poderíamos aprender a amar de novo depois de todo esse tempo Talvez tenha sido assim que eu soube... More

Dakota Johnson!
Jamie Dornan!
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AVISO!
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BÔNUS - Amber!
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Bônus - AMBER!
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BÔNUS - Henry! (Parte 1)
BÔNUS - Henry! (Parte 2)
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EPÍLOGO!
BÔNUS EXTRA!
AGRADECIMENTOS!
NEWS!

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By _vivianmoraes

Jamie!

Hoje é quinta! Dia sagrado de jogo e cerveja com meus amados irmãos.

Nem mulheres, nem trabalho ou qualquer imprevisto, tira nossa quinta-feira! 

A cada quinta, Henry, Matthias e eu, e as vezes Eddie, meu melhor amigo e advogado da empresa, nos reunimos em um dos nossos apartamentos. E essa semana, era a vez de nos reunirmos no meu. Ontem a noite, eu abasteci a geladeira de bebidas e petiscos e não vejo a hora do expediente terminar.

A semana passou até rápido, visto a quantidade de trabalho que eu tive. Uma papelada sem fim pra analisar, uns clientes chatos pra atender e um par de olhos azuis me assombrando desde segunda-feira.

É, eu acho que estou ficando maluco. Desde segunda, de vez em quando, eu me pego lembrando daquela moça, dona dos olhos azuis mais lindos que eu já vi em toda vida, que por sorte, ou azar, eu não sei, esbarrou em mim na saída do trabalho. 

Eu não sei quem é ela, sei só que é funcionária nova e desde segunda, eu não a vi mais. E confesso que no fundo, no fundo, eu tinha a esperança de vê-la de novo, perdida por esses corredores ou até, esbarrando em mim.

Me pego com um sorriso idiota no rosto e balanço a cabeça negativamente como se aquilo fosse tirar essas coisas da minha cabeça.

- Oi amor! – Me assusto com Amelia entrando na minha sala, me tirando dos meus devaneios. Ela caminha até mim, senta no meu colo e me da um beijo. Eu, instantaneamente, correspondo. –O que vamos fazer hoje a noite? – Ela diz, assim que terminamos o beijo.

- Hoje é quinta. É minha noite com os caras. Nada de outros compromissos. – Ela revira os olhos.

- É sério que você vai me trocar por eles Jamie?

- Eu não estou te trocando. Eles são meus irmãos e você já sabia desde o começo que todas as quintas, são dias nossos, dia de jogo, meu amor.

- É, eu sei... – Ela diz com uma voz nada satisfeita, se levanta e fica atrás de mim. Ela me da um beijo no pescoço e começa a massagear meus ombros. – É que eu pensei, que talvez você pudesse furar uma dessas quintas, pra relaxar, pra gente fazer um programinha de casal, um jantarzinho, uma noite juntos... – Eu fecho os olhos, relaxando com a massagem e pensando no que ela disse. Não seria nada mal, mas eu realmente, não posso furar com os caras. Eles me comeriam vivo.

Escuto uma batida na porta e abro os olhos, enquanto Amelia, para de massagear os meus ombros, mas continua parada ao meu lado.

- Entra. – Eu digo alto e pela minha porta acaba de passar a dona dos olhos azuis que tem permanecido na minha cabeça durante todos esses dias. Eu percebi que ela hesitou quando viu Amelia ao meu lado e a passos lentos, ela se dirigia a minha mesa e eu tive rápidos segundos para observa-la.

Ela era linda. Muito linda. Era magra, mas com o corpo na medida certa. Suas poucas curvas eram acentuadas pela saia lápis que ela usava e a blusa de cetim pérola. O cabelo, cor de mel, nem louro, nem castanho, estava preso em um rabo de cavalo um pouco bagunçado e a deixava com um ar rebelde... sexy. Sem questionar, os olhos azuis. Isso era indiscutível. Ela parecia carregar o mar no olhar e isso me deixou encantado. Ela era simples, não tinha nada de vulgar e não precisava de muita produção para ser linda.

- Desculpe, eu não queria incomodar, mas é que Erika não estava lá fora. – Ela disse apontando para a porta.

- Não tem problema... – Eu olhei para o crachá pendurado em seu pescoço e voltei a olhar para ela, sorrindo. – Dakota! – Esse era o nome dela. Ela olhou para o próprio crachá e olhou de volta para mim, com as bochechas coradas. Além de tudo é tímida, pelo que parece. Eu acho a timidez, um tipo de charme nas mulheres.

- Eu preciso que o senhor assine esses documentos. – Ela colocou os papéis sobre a minha mesa. – São os orçamentos que o senhor Matthias preparou para a próxima reunião.

- Ah claro, ele já tinha me mandado uma cópia por email. – Eu passo rapidamente os olhos pelos papéis e assino as folhas necessárias. – Prontinho! – Eu junto as folhas e devolvo a ela.

- Obrigada! – Ela me da um sorriso, que eu retribuo e ela sai da sala.

- Então Jamie? – Amelia chamou minha atenção, virando minha cadeira na sua direção. – Nós dois ou eles? – Ela perguntou com uma voz nada agradável.

- Eu já disse Amelia, hoje é quinta e não tem discussão. É meu dia, com os meus irmãos e pronto.

- Mas eu sou sua noiva. Eu mereço.

- Sem discussão, eu já disse. Depois eu te recompenso amor. –Eu fiz um carinho no rosto dela e ela finalmente cedeu.

- Tá né, fazer o que. Bom, eu vou indo. – Ela me deu um selinho e saiu da sala.

Eu voltei a me concentrar na tela do computador, analisando um documento de um imóvel, e minutos depois, minha sala novamente é invadida. Dessa vez, pelos meus dois adoráveis irmãos.

- Hoje é o dia das visitas ein! – Eu disse enquanto eles sentavam no sofá da minha sala.

- E aí maninho? Já abasteceu a geladeira? – Henry perguntou.

- O que você acha?

- Ótimo! Não vejo a hora desse expediente acabar e eu me afogar numa loira gelada. –Ele disse enquanto se deitava no meu sofá e Matthias roubava uma garrafa de água da minha pequena geladeira.

- Viado, você tem água na sua sala. – Ele me mostrou o dedo do meio e continuou tomando água numa boa. – Amelia me queria pra ela hoje.

- O que? – Henry quase saltou do sofá quando eu disse e eu comecei a rir. – Eu espero do fundo do meu lindo coração que você tenha dito que hoje é dia dos rapazes. Nada de mulher. Quinta é sagrado.

- E hoje ainda é jogo dos Mariners. Se você furasse, eu te deserdava Jamie. – Matthias dizia enquanto voltava a beber outro gole da garrafa.

- E eu arrancava suas bolas, palhaço. –Eu dei outra gargalhada.

- Nas minhas jóias, você não toca. Claro que eu não vou furar né. Não quero ser deserdado, muito menos perder minhas bolas. Quinta é sagrado! Depois eu a recompenso. – Eu dei um sorriso safado e Henry e Matthias fizeram cara de nojo.

- Poupe-me dos detalhes sórdidos. – Matthias disse enquanto Henry pegava a garrafa vazia da mão dele e jogava em mim.

- Ah, cala a boca que vocês são piores que eu no quesito "detalhes". – Eu disse fazendo aspas com as mãos.

- Eu vou nessa. Ainda tenho um projeto pra finalizar. – Henry se levantou e andou em direção à porta. – Vejo vocês mais tarde. – Ele saiu seguido de Matthias.

***
Finalmente o expediente tinha chegado ao fim. Eu fui pro meu apartamento, tomei um banho, vesti uma calça de moletom e fui pra cozinha preparar uns petiscos, enquanto esperava meus irmãos chegarem.

Não demorou muito pra que eles invadissem o apartamento e fossem direto pra geladeira atrás de cerveja. Henry trouxe três garrafas, as colocou em cima do balcão da cozinha e abriu as três. Quando ele ia dar o primeiro gole, Matthias o interrompeu.

- Calma ai mano. Beber sem brindar, sete anos sem trepar. –Eu comecei a rir.

- Deus me livre. Não aguento nem uma semana, quiçá sete anos. – Henry disse e nós 3 rimos, brindamos e tomamos um gole. Eu coloquei as vasilhas com os petiscos em cima do balcão.

- Peguem isso ai e vamos lá pra sala. O jogo deve estar começando.

Nós deixamos as vasilhas na mesinha de centro e começamos a ver o jogo. Homens, vocês sabem como são. Ainda mais juntos e acompanhados de cerveja. Ficávamos malucos a cada ponto que os Mariners faziam no baseball.

Assim que deu intervalo do jogo, Henry começou a tagarelar, como sempre fazia, sobre suas mulheres.

- Manos, deixa eu contar pra vocês. – Matthias colocou os pés sobre a mesinha e nós dois começamos a prestar atenção nele. – To pegando uma loira de Dezenove anos.

- Você ficou doido Henry? Dezenove anos? –  Matthias o repreendeu.

- Isso é pedofilia. –Eu disse segurando o riso e dando mais um gole na minha cerveja.

- Pedofilia é o caralho. Não tô fazendo nada que ela não queira. E vô falar pra vocês, a loira é uma máquina. Tem uns peitos que eu vou te falar... – Ele disse enquanto gesticulava e fazia as formas dos seios da moça com as mãos. Coitada!

- Escroto! – Eu disse e dei uma risada e Matthias ainda estava inconformado pela idade da menina.

- Dezenove anos mano? O que isso? A que ponto você chegou? – Matthias disse enquanto balançava a cabeça negativamente

- Cala a boca Matthias que você tá ai na seca.

- Ainda bem que eu não sofro com esse problema de seca. – Eu sorri satisfeito e dei outra golada na cerveja.

- Não sofre porque você é um otário que resolveu ficar noivo. Pra que isso irmãozinho? – Henry debochou.

- Fica na sua que até casado você já foi e ainda é apaixonadinho pela Amber. Por falar nisso, a cada vez que eu a vejo, ela parece estar mais linda e mais gostosa. O tempo não passa pra ela, né não Matthias? –Nós sabíamos que tocar no nome de Amber perto dele, era o mesmo que pedir pra morrer. Ele ainda era louco por ela e não admitia e eu e Matthias, e até o nosso pai, fazia questão de falar nela de vez em quando pra ver se Henry acordava pra vida. Mas eu já achava que meu querido irmão, era um caso perdido.

- Ôhh... aquilo sim é um mulherão. – Matthias também não perdia a oportunidade de cutucar.

- Quem deu esse tipo de liberdade pra vocês falarem da minha mulher?

- Sua ex-mulher, você quis dizer né irmãozinho. – Matthias alfinetou.

- Continua sendo minha mulher. É mãe do meu filho. – Ele disse e deu de ombros. – Vamos mudar de assunto? Vamos falar da seca do Matthias... – Eu disse. Ele sempre foge do assunto. É um frouxo. – Então maninho, tá há quanto tempo sem? – Ele riu e Matthias atirou uma almofada nele.

- Só três semanas.

- O que? Três semanas? Porra. – Eu fiquei indignado. Matthias sempre bancava o galanteador e nunca estava sozinho.

- Caralho irmãozinho, três semanas? Você sabe que tem a Leila nas suas mãos né!? –Henry desafiou.

- Eu sei, mas não tô afim.

- E a doutora Liz, nossa advogata? –Henry continuou.

- Ela não quer mais nada comigo. Ela quer coisa séria e eu não estou disponível no momento.

- Estou precisando te apresentar umas amiguinhas minhas então maninho. – Henry apontou a cerveja pro lado dele.

- Na verdade... – Matthias apoiou a cabeça nas costas do sofá e suspirou. – Eu tô com uma estagiária nova. A mulher é simplesmente encantadora. Tô pensando em investir.

- Você e a sua queda pelas mulheres da empresa. – Eu disse e Henry riu.

- O que eu posso fazer? Um terninho ou uma saia lápis me deixam louco. – Foi a vez de nós três rimos.

- Mas fala ai mano, como ela é? –Henry se interessou.

- Ah, é magra, mas na medida certa, é dedicada, atenciosa, ainda não demonstrou algum tipo de interesse em mim, como outras mulheres já fizeram. Ela é na dela, parece um pouco tímida. –Ele deu um sorriso meio idiota. – Ela é toda delicada, bem feminina e tem os olhos azuis mais lindos que eu já vi na vida. – Quando ele disse isso, eu engoli a cerveja que desceu com um gosto amargo, ou poderia ser só impressão minha. Hoje eu revi os olhos azuis mais lindos que eu já vi nada vida. Será que ela dela que ele estava falando?

- Nome? – Henry perguntou.

- Dakota. – Bingo! Era dela mesmo que ele estava falando. Algo dentro de mim se revirou em protesto, não gostando do que ele tinha dito. Então quer dizer que ela era estagiária do meu irmão? Pois ela corria um sério perigo estando tão próxima dele assim.

- Ah, ela esteve na minha sala hoje, levando uns papéis pra eu assinar. Ela realmente é muito linda. – Eu disse tentando mostrar indiferença, como se ela fosse qualquer outra funcionária.

- Você não viu nada ainda irmãozinho. – Matthias continuou com uma voz carregada de emoção. –Ela é um doce de pessoa. Eu venho reparando ela desde que ela começou na segunda. Ela é uma mulher do tipo misteriosa e muito interessante. Dessas que valem a pena insistir.

- Meu Deus, eu preciso conhecer essa mulher. – Henry disse indignado e eu me levantei pra buscar outra cerveja e pude ouvir Matthias dizendo que era pra Henry manter distancia dela.

O jogo voltou a passar, nós bebemos mais cervejas, beliscamos mais algumas coisas e os meninos foram embora satisfeitos porque o Mariners tinha vencido a partida.

Assim que eles saíram, eu recolhi as coisas da sala e levei pra cozinha. Amanhã a Gail cuidaria disso.

Fui para o quarto, tomei outro banho e me deitei, achando eu, que conseguiria pegar no sono logo de cara.

Foi então que olhos azuis visitaram de novo os meus pensamentos e eu sorri involuntariamente.

Lembrei dela na minha sala hoje e de tudo o que Matthias disse sobre ela, tentando entender o meu incômodo por isso. Em outra situação, eu daria o maior apoio do mundo pra que meu irmão investisse na garota, mas dessa vez em não consegui. Não sei porque. Não sei nem o motivo de estar lembrando dela com essa frequência, desde o dia que nos esbarramos.

Ela não tinha o direito de chegar assim do nada e invadir os meus pensamentos e a minha vida da maneira como estava fazendo.

Mas a culpa definitivamente, não era dela. E minha por não conseguir afastá-la da minha mente.

Oi amores! Capitulo quentinho pra vocês!!!

Espero que se divirtam com esse trio rs.

Comentem e mandem estrelinhas pra eu saber o que acharam.

Beijo grande :*


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