Tudo Pela Reportagem

Oleh mariiafada

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PLÁGIO É CRIME - Todos os direitos reservados a Maria Augusta Andrade © Não autorizo qualquer reprodução ou u... Lebih Banyak

Prólogo.
Primeira parte.
1.
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Segunda Parte.
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!!!!!100 MIL F*CKING VIEWS!!!!! ❤️
31.
31 (Pra quem não está conseguindo ler!!)
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40.
41.
42. [Final]
Epílogo.
Agradecimentos.
Capítulo Bônus (1)
Booktrailer <3
Se você gostou de TPR, vai gostar de Morde e Assopra também!
Capítulo Bônus da Gabi! Yey!

2.

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Oleh mariiafada


*

Bati duas vezes na porta do escritório de Joey e o meu chefe logo respondeu:

Entre.

Com um sorriso amarelo adentrei na sala endireitando a coluna e me dirigindo a cadeira em frente à mesa dele. O meu chefe estava com sua poltrona de couro virada de costas para mim, observando a parede de prêmios que o nosso Jornal já ganhara. Havia até mesmo o prêmio dos meus sonhos, o Pulitzer*.

– Sabe Eliza, eu me esforcei muito para transformar este jornal num dos mais lidos de Manhattan.

Concordei como a cabeça sem interrompê-lo; sabia que Joey adorava fazer esse tipo de discurso.

– Eu trouxe o Daily Golden News do nada, e estou no ramo há muito tempo. – Prosseguiu ele. – E sei reconhecer um bom jornalista quando vejo um. E reconheço o espírito do verdadeiro jornalista em você, Eliza.

Ergui as sobrancelhas em surpresa.
Jesus, será que Joey vai me dar uma promoção?! As chances de isso acontecer eram bem remotas, mas mesmo assim não posso negar que uma pequena chama de esperança se acendeu dentro de mim. Dei um sorriso e me inclinei para frente, interessada.

– E sim, você possivelmente tinha um futuro brilhante aqui no DGN.

Tinha?, meu sorriso desmanchou aos poucos.

Ele vai me demitir! É isso, eu terei que vestir uma daquelas fantasias ridículas de cachorro quente e entregar panfletos pela rua, ou talvez virar assistente de dentista, e segurar o aquele objeto que suga e faz um barulho horrível enquanto um doutor chamado Perkins tortura uma criança.

Senti uma vontade de começar a chorar copiosamente, pensando como aquele emprego era importante para mim. Olhei novamente para o Pulitzer; nunca ganharia aquele prêmio.

– Joey, diga de uma vez! – pedi interrompendo o discurso que havia deixado de ouvir há vários e desesperadores minutos. – Vai me demitir, não vai?

O meu chefe finalmente virou a cadeira e me encarou. Joey era um homem de um metro e cinquenta, irlandês de cabelos vermelhos ralos e oleosos. A maioria das pessoas dizia que se parecia com um duende, pela sua raiz irlandesa e seu tamanho. Para completar, o meu editor chefe estava usando uma camisa verde. Ele realmente não fazia ideia de como aquilo podia atiçar a minha perversa imaginação, e de toda a Redação, a qual secreta e carinhosamente o apelidara de duende. Subitamente ele começou a rir. Passou aos mãos pequeninas pela cabeça calva e olhou para mim, sua expressão suavizando diante do meu desespero.

– Querida, não vou demitir você, pelo menos não agora. Como estava dizendo, antes de me interromper, você tem potencial. Mas há um problema.

– Qual?

Joey suspirou e me olhou de maneira cansada.

– Eu nunca vi alguém com tanto talento para problemas como você, Elizabeth. Desde que chegou aqui, tivemos aquele acidente com a máquina de café...

– Ela explodiu do nada! – a defesa saiu involuntariamente. Ele prosseguiu:

– E o carrinho de correspondência...

– Eu juro que não o vi parado perto da minha mesa. Estava apertada para ir ao banheiro, sinto muito por ter derrubado ele em cima do Gary. E eu mandei flores quando ele foi para o hospital. - Na minha sincera opinião, aquele carrinho não deveria ser tão pesado, e nem estar estacionado na entrada do meu reservado.

– O óculos de Ray? Você quebrou os óculos do nosso funcionário dando um golpe de Jiu-jítsu nele.

– Em minha defesa, foi um golpe de krav maga. E estava escuro, eu não vi que era o Ray, simplesmente me defendi. Pensei que era alguém invadindo a Redação!

Joey me fitou em silêncio.

– Por fim, o incidente com o polícia.

Deixei os meus ombros caírem, aceitando o fato de que eu era um desastre e qualquer pessoa que ficasse muito tempo perto de mim tinhas grandes chances de ser preso, ou acabar com um membro do corpo engessado. Gary, o pobre copidesque, sentiu isso na pele. Literalmente.

– Sinto muito, Joe. Eu vou tentar melhorar e tomar mais cuidado...

Ele dispensou minhas desculpas com um aceno como se já houvesse aceitado o fato de que sou um furacão ambulante e não tenho conserto.

– Gosto de você, Elizabeth. E por isso lhe darei mais uma chance. Uma chance. – enfatizou levantando o dedo indicador. – Se falhar, está fora.

Senti um arrepio atravessar a minha espinha com tamanha a responsabilidade do meu futuro em uma única chance, na qual eu provavelmente estragaria tudo.

– Você não desiste fácil, é engajada, esperta... Acho que tenho a matéria perfeita para você. – introduziu o meu chefe. – Já ouviu falar na Reportagem, não é mesmo?

Engasguei, surpresa demais para dar uma resposta coerente.
A Reportagem! A famosa matéria que todos diziam ser o sonho de qualquer jornalista do Daily Golden News. Joey só confiou aos seus melhores funcionários e todos eles falharam.
Tirando da gaveta uma pasta laranja, Joe a sacodiu na mão.

– Aqui dentro há tudo que você precisa saber sobre a Reportagem. Tem as anotações antigas das pessoas que um dia trabalharam com ela, mas nunca conseguiram muita coisa.

Ele realmente estava falando sério? Queria que eu fizesse a matéria?

Sobre o que é, exatamente? – perguntei ainda incerta.

Joey tirou da pasta um exemplar da revista Forbes. A capa era um homem de meia idade, magro e sorriso branco perfeito, olhos claros que não acompanham a expressão de gentileza do rosto. Na capa, lia-se: Marco Slender, Milionário ou Filantropo? Ambos.

– Slender. Um empresário que cresceu no ramo industrial há alguns anos e hoje é considerado uma das pessoas mais influentes e ricas de Nova York. – disse o meu chefe, apontando para a revista. Ele sorriu, excitado, como se a ideia de um furo de reportagem com este homem o deixasse animado. É claro que deixava. – Devido a sua grande influência e descrição nunca consegui nada concreto para poder publicar como uma notícia. Todos os jornalistas... Ah, eles falharam terrivelmente. Ugrh. –  enrugou o nariz como se a lembrança fosse ruim e preferisse esquecer. Joey fez uma pausa e tirou um cigarro do bolso, ficando de pé e indo até a janela. Lembrei-me de tê-lo ouvido resmungar que pararia de fumar; a promessa não me pareceu promissora. Depois de uma tragada profunda em seu cigarro ele continuou:

- Você sabe que não somos um jornal sensacionalista, Lizzie. Eu sempre me atenho a verdade, propagar mentiras não é a minha intenção. – Senti um orgulho imenso do meu chefe quando ele disse isso e sorri. – Este homem conseguiu enganar muitas pessoas com suas festas de caridade e gordas doações para instituições carentes. Mas eu sei que não é verdade, há tanta sujeira que Slender esconde... Só me falta as provas! – exclamou frustrado. - Preciso de fotos, gravações de voz, documentos... Qualquer coisa provando atividades ilegais por parte de Marco Slender. As pessoas merecem saber a verdade sobre este homem.

- Por que tem tanto medo de que ninguém nunca descubra os crimes de Slender?

A pergunta pareceu afetar o meu chefe. Ele começou a dar voltas pela sala, suas pernas curtas e um pouco desengonçadas, os pés arrastando pelo carpete marrom e puído.

- Muito provavelmente ele vai concorrer a prefeito nas próximas eleições; e sem Bloomberg** na jogada, é muito provável que ganhe. – Joey admitiu.

Assenti, compreendendo a sua preocupação. Sem ao menos me dar conta do que estava fazendo, comecei a bolar uma estratégia de como conseguir provas de um homem poderoso, influente e discreto.

- Acha que consegue fazer isso, Lizzie?

Não respondi imediatamente. Parecia ser um trabalho especialmente árduo e eu teria que dar tudo de mim. Joey tinha razão: se eu aceitasse, não desistiria até conseguir alguma prova da verdade

Diante do meu silêncio, o editor-chefe desistiu:

- Quer saber, esqueça. Você ainda não está preparada, é muito nova. Talvez eu precise de alguém mais experiente...

Aquilo foi o clique perfeito. Uma vontade irracional de ter a Reportagem sobre a minha responsabilidade floresceu dentro de mim.

- Não! – protestei sem ao menos pensar racionalmente. – Eu quero fazer isso, Joey. Eu consigo.

Ele balançou a cabeça, negando.

- Não, querida; isso seria exigir demais de você. Eu vou pensar em outra coisa...

- Joey O'neill , acha que não consigo? – deixei transparecer na minha voz o quão ofendida estava. O meu chefe deu um sorriso sem graça, balbuciando uma desculpa:

- Lizzie...

- Eu consigo. – afirmei mais certa do que estava antes.

Ele ficou em silêncio, então começou a rir, ridicularizando a ideia. Aquilo me deixou furiosa; cerrei os punhos e me empertiguei.

- Você quer apostar?!

Ele levantou os olhos preguiçosamente, um sorriso de escárnio estampado no seu rosto de duende.

- Agora você está falando a língua dos irlandeses.

Sorri triunfante sabendo que Joey que não conseguia resistir a uma aposta. E, bem, nem eu!

- Então, o que nós vamos...

- Se eu ganhar e você não conseguir a matéria será demitida. Definitivamente. – propôs ele de bate pronto. Prendi o ar, querendo voltar atrás. Era uma aposta alta demais...

- E se eu ganhar? – perguntei erguendo a sobrancelha.

- Então te darei um aumento, assim como uma sala só sua.

Golpe baixo, gemi internamente. Uma sala só minha!

Percebendo minha hesitação ele adicionou:

- Que tal uma coluna unicamente sua, onde você pudesse escrever sobre o que quisesse, assim como redigir matérias da sua preferência? - ele me ganhou exatamente nas últimas palavras: - Nada mais de Coluna Teen na quinta página. Você estará na página 2.

Suspirei e passei as mãos pelos cabelos, sentindo os olhos do meu chefe em mim. Ele estava esperando uma resposta e tudo que eu queria era gritar "SIM!", sonhando com a minha foto na página 2.

- Então, Lizzie? Temos uma aposta?
Joey ainda me olhava como se não acreditasse que eu conseguiria ou aceitaria a aposta.vE eu simplesmente não conseguia fazer o que as pessoas esperavam de mim; era maior que eu. Mesmo que fosse algo tão arriscado como o meu próprio emprego não poderia dar para trás e desistir, exatamente o que meu editor-chefe estava esperando de mim.

- Sim. – anunciei fazendo um sorriso perverso se abrir no rosto de Joey. Estranhei a reação dele e a minha mente começou a entender o que tinha acabado de acontecer ali. Mas era tarde de mais para voltar atrás; quando Joey estendeu a mão pequena e sardenta na minha direção, eu selei meu destino.

Não só meu destino profissional, assim como pessoal. Meus dedos longos cobriram os dele. Nossos olhos não piscaram durante nenhum momento do aperto de mãos.

– Nós temos uma aposta.

*

Joey me enganara.

E só percebi isso depois que aceitei a maldita aposta. O que aquele homenzinho perverso não tinha de altura, ele tinha sagacidade!
Toda aquela história de não acreditar que eu não conseguiria fora proposital. O sorriso vitorioso dele quando me entregou a pasta laranja  e disse "Boa sorte, você tem um mês", fora a minha certeza disso. O duende me manipulara, e conhecia-me tão bem ao ponto de saber que eu proporia a aposta! Estava presa ao nosso trato e teria de cumpri-lo, se não perderia o meu emprego, o qual Joey sabia que muito precioso para mim. Ou seja, iria fazer tudo pela reportagem.

Ainda sem acreditar que havia caído no papo do meu chefe, despenquei sobre a minha cadeira e joguei a pasta grossa e laranja por cima dos outros papéis, ainda repassando alguns pontos importantes da minha reunião com Joey.No final, quando o havia questionado sobre o que acontecera com os outros jornalistas que falharam ele desconversou, ficando claramente desconfortável e irritadiço com o assunto.

O que será que acontecera?, especulei em minha mente ficando ligeiramente preocupada. Joey me alertara que eu não deveria em hipótese alguma deixar Slender saber que estava sendo "investigado". Obviamente, ele não quis me contar o porquê.

O que Slender poderia fazer se descobrisse? Ou o que ele fizera, para deixar Joey não alarmado?!

Sabendo que tinha muito trabalho pela frente, deixei as divagações para trás e me concentrei em descobrir o máximo sobre Marco Slender que poderia, pelo menos no momento. Eu joguei o nome dele no Google, é claro. A principal ferramenta inicial de uma boa investigação no mundo moderno.

Simples, direto, rápido. Claramente eu havia lido muito Sherlock Holmes e Poirot na adolescência e estava romantizando a Reportagem, tratando-a como uma investigação com direito a teorias detetivescas e tudo o mais.

- Coloque suas células cinzentas para trabalhar, Elizabeth! – murmurei com um sorriso.

Estava digitando o nome do empresário quando senti uma presença atrás de mim. Girei a cadeira trombando no meu vizinho de divisória, Dave.

- Ai! – ele gritou quando sem querer meu cotovelo atingiu sua barriga.

- O que você está fazendo aqui, David? – retruquei, afastando-me o máximo que podia dele, o que não foi muita coisa, considerando o tamanho minúsculo do meu espaço de trabalho.

- Bom-dia, Eliza. – desejou ainda massageando o lugar onde eu o acertara. – Como está?

- Ocupada.

Ele riu, debochado.

- Com a Coluna Teen?

David tem a péssima mania de menosprezar os colegas de trabalho – em especial essa que vos fala –, porque se acha muito importante sendo o responsável pela Coluna de Esportes.

Grande coisa.

Precisei controlar o impulso de esfregar na cara dele que tinha a matéria mais importante do Jornal para lidar; Joey fizera duas recomendações expressas: Tente evitar a polícia dessa vez, Elizabeth. E sigilo. Quanto menos pessoas souberem, melhor.

Virei a minha cadeira para o computador e discretamente deslizei a pasta laranja para uma gaveta.

- Sim, David. Estou ocupada trabalhando na Coluna. Muito ocupada, você se importa?

Ele piscou, aparentando ignorar a mensagem clara de que não o queria por perto.

- Na verdade, me importo. Ei, Elizabeth, você está livre na sexta?

Inacreditável.

- Eu tenho namorado, Dave. E tenho certeza já ter dito isso umas quinze vezes...

Subitamente minha cadeira foi puxada e virada. Vi-me encarando David, que havia inclinado seu rosto para baixo, desconfortavelmente perto do meu.

- Dane-se o seu namorado, querida. – sussurrou ele lançando-me um olhar estranho (ele estava tentando ser sexy?!) Fora preciso muita concentração para não derrubá-lo no chão ali mesmo; estava tentando evitar acertar meus colegas de trabalho depois de Ray e Gary.

– Você está sentindo isso entre nós, Elizabeth? Eu chamo de tensão.

Quase tive vontade de rir da voz baixa de David, uma tentativa falha de ser sensual.

- Tensão? – perguntei segurando a risada.

- Tensão sexual, Lizzie. – complementou e estapeei sua mão quando ele tentou tocar no meu cabelo. Dave entendeu isso como um sinal para se aproximar mais. – Vai dizer que não sente isso? Sei que sim...

- David, eu realmente preciso trabalhar.

Ele segurou meu rosto com uma das mãos apertando minhas bochechas.
Por alguns segundos não tive nenhuma reação, incapaz de acreditar que David realmente estava fazendo aquilo.

- Eliza! Seja sincera comigo. Eu vejo o jeito como você me olha.

- Com desprezo?

Ele riu.

- Não bobinha, com desejo. Nós poderíamos fazer isso dar certo. Garanto que você iria adorar, esqueça o seu "namorado" e... - eu não deixei as aspas explícitas escaparem da sua fala. E isso me deixou mais enfurecida ainda.

- Escuta aqui, seu babaca. – disse perdendo a paciência e afastando as mãos dele de mim. – Não há tensão sexual nenhuma aqui, nós nem ao menos nos conhecemos direito. Você é só o cara que tem a mesa vizinha a minha e vem fazendo da minha vida um inferno desde que comecei a trabalhar aqui com suas cantadas baratas. Vamos esclarecer uma coisa, David: Se você tentar tocar em mim novamente, eu vou quebrar seu braço em tantas posições diferentes que os médicos não conseguirão consertar. E mulheres não apreciam cantadas depreciativas ou homens territorialistas como você. Agora saia do meu reservado antes que eu perca a compostura e quebre sua cara de pateta aqui mesmo.

O vizinho da direita, Ray, estava de queixo caído e aplaudindo as minhas palavras enquanto o restante das pessoas observava o desenrolar da cena. David pareceu genuinamente surpreso por alguns segundos.

Depois, sorriu.

- Está bancando a difícil, não é mesmo? – concluiu.

Revirei os olhos e apontei para fora.

- Saia. Daqui.

Ele levantou as mãos em desistência, assentindo.

- Tudo bem, tudo bem. Já entendi. – garantiu dando aquele sorriso insuportável e desaparecendo da minha vista.

Respirei fundo e virei a cadeira, a janela do Google ainda aberta. Era hora de me concentrar no trabalho.

Uma bolinha de papel estacionou diante do meu teclado. Desamassei-a com um sorriso, sabendo de onde vinha.

Você é a minha heroína!, estava escrito, junto com desenho rabiscado do que seria eu, chutando o traseiro de um cara que supus ser Dave.

Inclinei-me um pouco para frente, olhando pela fresta que separava nossas divisórias. Ray estava sorrindo para mim. Imitei seu gesto e lancei um beijinho para o meu amigo, em seguida balançando a cabeça.

Finalmente, concentrei-me em descobrir tudo que podia sobre MarcoSlender.

*
Depois de uma hora, eu tinha informações de mais e ideias de menos. Conferi as minhas anotações novamente, esperando por uma inspiração divina.

Marco Slender, 55 anos. Viúvo há dez.
Dono da empresa Slender Produtos & Negócios, considerado várias vezes um dos homens mais ricos de Nova York. E do país também.
(Pesquisar sobre a Slender Produtos & Negócios)

* Notícia recente da nova aquisição do empresário: Um helicóptero para transitar pela cidade e  país.
*Notícia sobre indicação de Marco Slender para empresário do ano pela quarta vez seguida.

+ Slender dará uma festa beneficente em sua mansão na próxima Sexta.
+Na Quinta-feira a empresa dele participará de um congresso no The NormanHotel, na Brodway, onde o presidente marcará presença.

Deixei com um suspiro as anotações de lado, abrindo a pasta laranja. Havia diversas fotos de Slender e notícias recortadas de jornais sobre ele; achei uma anotação feita no papel interessante, intitulada Restaurantes preferidos de Marco Slender.

Muitos dos restaurantes da lista eu já ouvira falar. Eram todos conhecidos e renomados, onde eu nunca colocara os pés. Três deles não ficavam longe do meu trabalho... E isso me dera uma ideia. Qualquer uma delas eram bem-vinda naquele momento.

Chequei o relógio. Estava quase na hora do almoço; não faria mal algum tentar a sorte e ver se por acaso Slender não aparecia em um deles, não é mesmo?

Sorri agradecida por finalmente ter algo para fazer. Guardei aquela útil anotação na minha agenda enfiando tudo na bolsa. Olhei para a minha mesa abarrotada de papeis. Despejei todos na primeira gaveta, dizendo a mim mesma que me preocuparia com organização depois que ganhasse um Pulitizer.

- Ei, Ray. – chamei fazendo o homem de cabelos platinados e óculos cor de rosa surgir na extremidade da divisória. – O que acha de irmos almoçar em um restaurante caro hoje?

***




* Pulitzer: O Prêmio Pulitzer é um prêmio norte-americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical.

** Boomberg: "Mike" Bloomberg  é um magnata empresário e político norte-americano. É o fundador da empresa de comunicações e ex-chefe do governo municipal (prefeito) da cidade de Nova Iorque.

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