August P.O.V.
Nauqela noite, eu dormi miseravelmente, acordando a cada hora ou tendo pesadelos turbulentos, meu corpo inteiro suava em ansiedade, e quando meu corpo ficava tenso, ouvindo e lembrando dos últimos dias que repassam em minha mente. Faço perguntas sem respostas sobre a vida e a morte, enquanto olhava para o teto.
Finalmente, eu levanto, não aguentando mais. Tiro minhas pernas do sofá e levanto meu corpo exausto até estar de pé. De repente, sinto os músculos inferiores ao meu estômago dar um aperto, criando uma onda de dor. Penso em ignorar, pensando que era apenas um espasmo.
Calmamente entro no corredor e para em frente ao seu quarto, hesitando por um momento. Respiro pelo nariz e lentamente abro a porta. Ela range e fecho meus olhos, desejando que o barulho pare. Quando havia espaço suficiente para entrar, eu lenta e silenciosamente fecho a porta atrás de mim. Eu me viro e olho para o Harry. Seus cachos estavam espalhados pelo travesseiro e alguns estavam em seu rosto ao ele estar deitado de lado. Seus lábios estavam entreabertos e ouço sua respiração pesada sair entre eles. Os edredons apenas cobriam seus quadris. Mordo meu lábio e olho para seu abdômen. Eu podia olhar para ele sem ser notada. Eu vejo seu tórax, que é relevado pelos seus músculos. Eu saio dos meus pensamentos quando ouço ele deixar escapar um supuro profundo e eu congelo.
Lentamente, eu caminho em direção a ele e vi que estava praticamente ocupando a cama inteira, usando todo espaço que havia.
"Harry? Harry?" Eu sussurro em silêncio e vejo seus olhos lentamente se abrindo. Ele então se vira deitando em suas costas e seus olhos encontram os meus.
"Oi?" Ele diz com sua voz sonolenta e me dá arrepios pelo meu corpo quando ele me olha com seus olhos sonolentos, franzindo suas sobrancelhas.
"Posso dormir aqui?" Eu admito e sinto minhas bochechas corarem em embaraçamento.
"Claro." Ele murmura com sua voz rouca e se move para haver espaço suficiente para mim. Eu rastejo sob os lençóis, mas não encontro qualquer calor.
"Obrigada, durma bem." Eu sussurro para ele e o vejo fechando seus olhos.
"Você também." Ele murmura e rola, suas costas ficando de frente para mim e eu me viro, ficando deitada de lado, ainda de frente para suas costas. Por alguma razão, eu imediatamente me senti segura. Fecho meus olhos e começo a ficar sonolenta. De repente, quando estava quase dormindo, algo frio e macio se encosta em minha testa antes de um segundo depois se afastar, antes de eu adormecer.
***
"August? Acorda, August." Ouço uma voz mas ignoro.
"August, acorda!" Uma voz grita e meus olhos imediatamente se abrem e eu me afasto para longe quando vejo os olhos dourados me olhando na escuridão. Ele estava respirando pesada e irregularmente, e eu podia sentir sua tensão aumentando.
"Você está sangrando?" Harry pergunta quando ele respira pelo nariz. Eu rapidamente verifico meus braços e mãos e puxo os lençóis, mas não vejo nada.
"Não que eu saiba." Eu disse e o encaro novamente, mas me afasto mais, atingindo a borda da cama, quando vejo suas presas saindo de seus lábios que se separam, sua respiração se torna mais pesada.
"Bem, eu sei que você está." Ele diz e vejo seu corpo começar a tremer e suas mãos agarram o lençol com força.
"Saia." Harry diz, mas eu estava congelada olhando seus olhos dourados, o medo assume meu corpo. Sinto minha respiração acelerar e meu coração bate mais rápido do que o normal. Eu sabia que de alguma forma eu precisava sair e ficar segura, mas meus músculos se recusam a se mover.
"Eu disse para sair!" Harry grita com sua voz demoníaca e eu decido mexer meus músculos imediatamente mas Harry decide me empurrar violentamente para fora da cama, me fazendo cair no chão com um baque. Tão rápido quanto eu pudesse imaginar, eu me levanto e corro para fora do quarto, sem me importar em olhar para Harry. Abro a porta do banheiro e entro antes de trancar a porta, indostano minhas costas nela. Ouço minha respiração e sopro meu cabelo para fora do meu rosto. Olho para baixo, vendo meu tórax saltando pela minha respiração e meu coração acelerado. Eu rapidamente tiro minhas roupas, mas paro quando vejo uma mancha no boxer do Harry.
Logo em seguida, ouço um grito rouco e alto, fazendo o cabelo de minha nuca se arrepiar e meu coração parar de bater. Eu escuto seus pés no chão antes de a porta bater como um tiro, fazendo com que todo meu corpo tremesse. Me inclino sobre a pia com minhas mãos na borda e respiro fundo, fechando os olhos. Eu me dou um tapa mentalmente por não saber que a dor em minha barriga significava que eu estava menstruada.
Depois de alguns minutos em total silêncio, abro a porta do banheiro e entro em seu quarto. Pego minhas roupas e procuro no bolso da calça encontrando meu telefone, vejo as horas. Meus olhos se arregalam quando vejo que era segunda-feira e eu precisava estar na escola daqui a um hora, então eu rapidamente pego minhas chaves e corro para fora do apartamento do Harry. Abro a porta da frente do meu apartamento e entro, corro para meu quarto e fecho a porta. Quando estava terminado de colocar minhas roupas limpas, eu corro para o banheiro e limpo o rímel borrado das minhas bochechas e sob meus olhos antes de voltar aplica-lo. Quando estava pronta, eu olho para o relógio e vejo que só tinha 15 minutos para chegar a escola e assim que coloco meu casaco e pego em mina mochila corro para fora do apartamento, indo para a escola.
***
Escola estava realmente estranha. Todos se questionavam onde estava Kenzie e Taylor estavam e ninguém tinha qualquer ideia, além de mim, mas eu mantive isso para mim. Cada vez que eu os ouvia falar, eu pensava na noite em que senti todo meu corpo tremendo, minha respiração acelerar e meus olhos observarem todos os lugares, mas as pessoas continuavam falado disso. Aparentemente, seus corpos não haviam sido encontrados, ainda.
***
"Por que meu dever de casa não está feito?" Kenny questiona puxando meu cabelo, me fazendo soltar um grito silencioso.
"Me responde!" Ele grita no meu ouvido e puxa mais forte meu cabelo.
"E-Eu não tive tempo." Gaguejo, mas era mentira. Eu tive tempo.
"Não teve tempo?" Ele repete. Balanço a cabeça e apertos meus olhos quando ele me vira.
"Olha para mim coisa pequena!" Ele grita e ouço seus amigos rindo do meu apelido. Ele me chamava assim porque eu era uma garota mais pequena da classe e eles eram os mais altos. Eu o ignoro e continuo com meus olhos fechados.
"Eu disse para olhar para mim!" Kenny grita novamente e pressiona meu corpo mais perto do seu. Seus rosto está apenas a alguns centímetros do meu e quando abro meus olhos, seus olhos castanhos escuros eram mais profundo que os meus.
"Quando eu pedir meu dever de casa feito, você tem que fazer meu dever. Entendeu?" Ele pergunta e seu famoso sorriso aparece. Eu balanço minha cabeça, quase não perceptível.
"Bom." Ele rosna e me empurra para trás. Minhas costas são empurradas a uma pia e uma enorme dor passa por mim. Fecho meus olhos e respiro fundo. Ouço a risada mau de Kenny e seus amigos logo se juntam a ele quando começa a caminhar em minha direção. Meus olhos se arregalam e tento fugir, ignorando a dor que passava por mim. Infelizmente, dois braços agarram minha cintura e me levantam do chão. Lágrimas aparecem em meus olhos. O aperto se vai e eu caio em direção ao chão. Eu gemo de dor e uma lágrima escapa de meu olho quando ele começa a se mover, pisando em meus dedos. Depois ele caminham para fora rindo, deixando meu corpo dolorido no banheiro.
Fico ali, deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, eu não tinha nenhuma força para levantar. Lentamente, eu movo meus dedos, mas eles doem. Faço meu melhor para me levantar e, finalmente, consigo ignorando toda a dor que passava por mim. Com minha mão, eu a coloco em minhas costas, pressionando onde dói, e caminho lentamente em direção ao espelho. Quando olho nele, vejo uma meninas com os olhos inchado e vermelhos, seu cabelo loiro todo bagunçado, rímel escorrendo pelo rosto e sua pele sem cor. Honestamente, ela me assustou. Eu rapidamente tiro a máscara de minhas bochechas e sob meus olhos e quando termino, tento pegar minha bolsa, mas minha costas doíam insuportavelmente. Respiro fundo e mordo meu lábio antes de me dobrar para baixo, movendo meus dedos até alcançarem a bolsa e rapidamente, eu saio do banheiro e caminho pelo corredor até meu armário. Tento mexer meu punho, mas a dor nos dedos erra terrível. Inclino minha testa contra o armário e respiro fundo, sentindo um líquido salgado cair no canto de minha boca.
Suspirando, eu vou em direção à saída, chegando a conclusão que não podia abrir o armário com minhas mãos. Quando abro a porta da saída, o ar frio bate em mim e eu imediatamente estremeço, mas me forço a ir para casa. Depois de caminhar lentamente por causa da dor eu chego até o prédio. Em vez de subir a escada, eu pego o elevador. Eu ando pelo corredor até minha porta antes de perceber que eu havia deixado minha chave no meu armário. Mordendo meu lábio, eu olho para aporta do apartamento de Harry e caminho em direção a ela. Eu hesito ao girar a maçaneta, mas a porta abre, para minha surpresa. Quando entro, eu imediatamente jogo minha mochila no chão e entro no banheiro.
Meu corpo tremia e minha mente era um borrão. Eu nem se quer me preocupava em tirar a roupa, já que eu não podia tirar ela com meus dedos. Deixo a água quente me molhar enquanto estava de baixo do chuveiro. De repente solto um grito e caio de joelhos. Eu me movo, agora ficando sentada abraçando meus joelhos. A água continua escorrendo, deixando minha roupa grudar em meu corpo, eu fecho meus olhos, desejando que a água leve tudo de mim, e eu choro.
De repente, sinto dois braços frios me puxando para cima em minhas perna fracas. A força em meu corpo havia desaparecido e eu quase caio de novo, mas um braço envolve minha cintura e me puxa contra um peito duro. Eu ouço o chuveiro ser desligado e outro braço é envolvido em mim. Por alguma razão, eu havia parado de chorar e estava olhando para a frente, não sentindo qualquer emoção que deveria ou não sentir, sem pensar em nada e sem se preocupar com nada.
"Você precisar tirar essas roupas." Suas voz profunda e seus olhos verdes entram em meu olhar quando ele se move.
"Eu não posso." Eu sem emoção na voz. "Meus dedos..." Eu paro, ainda olhando para frente.
"Ok, eu vou te ajudar, mas prometo que não vou olhar." Ele diz e o vejo fechando os olhos quando ele coloca as mãos na barra da minha camisa. Devagar, ele retira o que eu estava vestindo, com cuidado para não tocar na minha pele. Eu estava em transe total, eu não luto e deixo que tudo aconteça. Quando ele termina, ele me senta na tampa do vaso sanitário e sai do banheiro. Logo depois ele volta com minhas roupas e rapidamente fecha os olhos quando volta. Talvez fosse seu instinto de vampiro que permitia ele cheirar meu sangue e saber exatamente onde eu estava, porque ele anda sem esbarrar em nada. Lentamente, ele coloca uma blusa em mim antes de abrir seus olhos e imediatamente encontrar os meus. Ele sorri, mas eu não sinto vontade de sorrir de volta, eu fui agredida, agora ficava claro como eu me sentia afetada, tanto mentalmente como fisicamente. Ele coloca um braço em volta da pele sob meu joelho e um em volta de minha cintura me segurando estilo noiva. Ele sai do banheiro e vai para seu quarto antes de, gentilmente, me colocar sobre a cama.
"Eu já volto." E em um borrão, ele sai do quarto para apenas alguns segundo depois, voltar com um copo de água em suas mãos. Ele se senta na beirada da cama e coloca uma mão nas minhas costas, me levantando e com a outra mão, ele coloca o copo contra minha boca. Eu lentamente abro a boca e ele inclina o vidro, deixando a água entrar pela minha boca e deslizar pela minha garganta como se molhasse minhas entranhas.
"Você precisa dormir." Ele ordena e tira meu cabelo do rosto. Ele pega o travesseiro e coloca sob minha cabeça e se levanta para puxar o edredom sob meu corpo trêmulo e machucado.
"Sinto muito." Ele sussurra e sai do quarto. Tento controlar meu corpo e relaxar meus músculos, mas não consigo. Queria gritar com Harry para que ele ficasse aqui comigo, mas eu mais tinha nenhuma força e quando eu finalmente tive, apenas um som rouco saiu de minha boca. Fecho meus olhos lentamente, enfim adormecendo, esperando que o dia seguinte fosse melhor.
***
Acordo com o som da campainha e espero Harry ir atender, mas ele não faz. Eu suspiro e, lentamente, me levanto, sentindo dor passar por mim novamente, embora sendo menos pior do que antes, vou para o corredor até a porta da frente. Fico na ponta dos pés e olho pelo olho mágico e vejo que era o homem me contou sobre minha mãe. Um nó se forma em minha garganta e com as mãos trêmulas, eu abro a porta ligeiramente. O homem olha para cima e sorri para mim.
"Boa noite, Srta. Moonsky." Ele diz.
"Oi." Respondo e seguro a porta com mais força. "Por que você está aqui?"
"Tenho notícias, sobre sua mãe."
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