Diário de uma Virgem - Livro 1

By coeurReis

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Christine Pascualle, 20 anos,Carioca, estudante de fisioterapia e VIRGEM. Sim virgem, não por que não aparece... More

sinopse
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Bônus -Fotos Proibidas
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Bônus-Casamento
capítulo 19
Capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
Capítulo 23
capítulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo-Bônus Nina
capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
FINAL 01
FINAL 02
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

Capítulo 16

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By coeurReis

Christine...

Saí da casa do Ian determinada a não olhar mais em sua cara. Por fora poderia está calma e tranquila, porém só Deus sabe como estou por dentro. Não sei de onde tirei tanto autocontrole, quando cheguei perto dos cristais me descontrolei e comecei a arremessar os mesmo, sorte dele não ter mirado em sua cabeça, todavia não teria compaixão dele, se ele se machucasse gravemente.

Ah mais não teria mesmo! sou um amor para com todos mas posso ser um demônio quando me enganam. Estou tão enfurecida que saio atropelando todas as pessoas que estão em meu caminho. Parece que todos resolveram sair de suas casas e dar uma caminhada na praia. Por fim paro de andar que nem louca varrida e, me assento embaixo de um coqueiro e, respiro fundo. Repasso tudo em minha mente, desde a hora que Vick leu até a hora que saí de sua casa.

Agora com a respiração mais controlada e um pouco mais calma. Aproximo meus joelhos do meu corpo e descanso minha cabeça neles e fecho os olhos com força, os forçando a não derramar nenhuma lágrima por ele, todavia é inútil. Sinto eles arderam mais e já não consigo segurar as malditas lágrimas que parecesse goteiras que vem uma atrás da outra.

Choro muito, até mais do que devia na praia. Levanto de uma só vez fazendo minha cabeça doer. Minha vontade é ir até lá de novo e descontar toda minha raiva naquele cretino. Sinto meu celular vibrar, e já tem mais de 20 ligações dele e 5 de Vick. Desligo o celular e tento mover meus pés em direção a República, mais ele me desobedecem, cambaleio um pouco mais consigo firmar meus pés. Obrigo meu sistema nervoso a mandar impulsos até meus pés que obedecem lentamente. Enxugo a última lágrima e viro dando de frente com meu irmão, me assusto e ele também. Fico estática e sem reação, -é hoje que o circo pega fogo!- Penso quando vejo o vindo em minha direção com o cenho franzido.

_O que aconteceu Christine, por que está  chorando? -pergunta se aproximando.

Pensa rápido Christine, pensa.

_Apenas um cisco Didi! -Que resposta mais idiota foi essa Christine, me repreendo.

_Conta outra Chris, vamos pra casa e lá me contará o que houve! -Me abraça de lado.

Tenho que mencionar que ele estava correndo e obviamente que estar suado, odeio homem cheirando a suor, mais meu irmão cheira até bem depois do treino. São poucos os homens que conheço que cheira bem. Mais mesmo assim tento me desvincular dele que me aperta mais.

_Ah, você está suado, me solta! -Peço inutilmente.

_Castigo por chorar na rua, que feio Christine Pascualle, uma moça tão bela chorando na rua, se for por homem deixo você de castigo e dou uma surra nele. -Diz em um tom brincalhão, mas sei que no fundo diz quera verdade.

_Já não tenho mais 12 anos Didi, não pode me deixar de castigo. -Digo sorrindo me lembrando dessa história.

Quando tinha 12 anos me "apaixonei" pelo primeiro menino que beijei, contei a Diogo o que ele tinha feito comigo. Resultou que, fiquei de castigo e ele levou uma surra do meu irmão. Eu nem sei se chorava ou ria da cena. E sei que Diogo é capaz de fazer isso novamente, quero mais que Ian se exploda isso sim e, leve uma bela de uma surra.

_Posso sim, e se for o que estou pensando, vai ficar de castigo por uma semana irmãzinha! -Gargalho alto, chamando atenção de algumas pessoas, pouco me importa. Abraço mais forte Diogo, que retribui.

_Você não existe maninho, te amo muito Didi! -Digo com toda sinceridade.

_Eu também te amo pequena! -Dou um soco de leve nele e começa a sorrir. E assim vamos caminhando até chegar em casa, brincando um com outro.

Por um momento chego até esquecer o que aconteceu, até ver o semblante preocupado de Vick, e quando me ver suspira aliviada.

_Nossa até que enfim, estava preocupada. O que você fez com ele ? Percebo que andou chorando! -Ela não dá tempo de falar.

_Sabia que tinha homem nesse meio ! Vou tomar um banho e você - aponta um dedo para mim. -Vai me contar essa história direitinho. -Sai me deixando com Vick, que me leva para a sala.

Começo a andar em círculos, nervosa e furiosa. Vick permaneceu calada, sabe que odeio ter que contar a mesma história diversas vezes então, esperamos meu irmão vir ao nosso encontro. Passou alguns minutos e ele ja estava de frente para mim. Suspirei fundo e comecei a contar desde o começo, os dois permaneceram calados, hora ou outra via Didi cerrar os punhos e ficar vermelho, mas nada falou até terminar.

_É isso, fui enganada esse tempo todo. -Digo por fim.

_Ah ! Mais isso não vai ficar assim, ninguém engana minha irmã e fica por isso mesmo. -Diz se levantando do sofá.

_Diogo, não é com briga que se resolve, e Chris ja deixou marcas nele, por favor se acalme! -Vick, pede segurando seu braço.

_Mais... -Ela o interrompe de modo carinhoso.

_Meu amor, deixa como está por favor ! -Desse jeito até eu deixaria.

Deixei os dois se resolvendo e, fui para o quarto. Estava precisando de um banho relaxante. Só saí debaixo do chuveiro depois que sentir meus pés e mãos enrugadas. Cheguei em frente ao espelho e vi meu reflexo, eu estava um caco. Resolvi que, amanhã eu daria um tapa no visual, e que hoje o dia já havia extrapolado então, fui dormir, era o melhor a se fazer.

Como havia mencionado no dia anterior, fui dá um tapa no visual com Victória e Isabela. Acordei cedo, fiz minha caminhada, tomei banho e fomos ao shopping, já me arrependendo de trazer essas duas. Fomos primeiro ao salão, apenas cortei um pouco e fiz uma hidratação de alguma coisa, não queria pintar pra não mudar muito, apenas um bom corte estaria bom.

Depois elas me arrastaram para várias lojas tanto de roupas, sapatos e lingerie até aí tudo bem. Almoçamos e voltamos as compras, mais infelizmente passamos em frente ao sex shop e elas me arrastaram pra lá. Fiquei vermelha, minhas bochechas estavam pegando fogo com cada coisa que eu via. E o pior que elas se divertiam com a situação. Me surpreendi quando Bela mencionou que iria comprar uma calcinha comestível e iria usar com Lorenzo. Fiquei de boca aberta, depois contou que já não era mais virgem e, Victória me cutucando o tempo todo.

Enfim, chegamos em casa,  elas animadas e eu cansada.
Por volta das sete horas, Benjamin deu as caras, com o semblante abatido e com profundos círculos em volta dos olhos. Passou direto sem falar conosco, Isabela foi atrás dele e nós permanecemos no mesmo lugar.

_Estou preocupada com ele ! -Digo ainda olhando em direção a que foi.

_Ele não está em seus melhores dias. -Diogo se pronuncia e vai para dentro.

Percebo o olhar de Vick para mim e a encaro. Já sei mais ou menos o que pensa.

_Não me olhe assim. -Peço.

_Assim como? -Rebate.

_Como se soubesse algo ! -Digo.

_Não estou dizendo nada e sim você. -Gesticula, com a sobrancelha arqueada.

_Não ponha palavras em minha boca Victória Lima ! -Protesto.

Ela não fala nada apenas me encara, como se dissesse " você não me engana" estreita um pouco os olhos, suspira e dispara o que tanto quer perguntar.

_Acho que nos conhecemos muito bem, para que a gente fique nesse joguinho, vamos ser sinceras umas com as outras, como sempre somos. -Diz suspirando no fim.

Eu apenas assinto, deixo que prossiga com um balançar de cabeça.

_O que você sente pelo Ian ? -Isso pode parecer apenas uma pergunta simples, mas vida de Vick, sempre tem um "quê" a mais.

_No começo eu cheguei a gostar dele de verdade, porém depois de certas atitudes dele, me mostrava que eu não o conhecia, acabei deixando o sentimento esfriar dentro de mim. -Digo.

_Certo, confesso que eu nunca fui muito com a cara dele, só o cumprimentava por consideração a você. -Deixa claro.

_O que mais quer saber ?

Ela me analisa, olha pra ver se não vamos ser interrompidas e sei que vem bomba por aí.

_Hum ok, não sei como começar. Juro que não queria perguntar mas... -a interrompo.

_Pergunte de uma vez! -Digo exasperada.

_O que.. o que sente pelo Benjamin? -Diz um pouco envergonhada.

Eu sei que um dia iria me perguntar, contudo não achei que fosse hoje. Até eu não sei o que sinto por ele, eu.. eu estou confusa.

_Eu... não sei, não sei. -Digo em um fio de voz.

_Como assim não sabe ? Alguma coisa você deve sentir por ele?

_Eu não sei, juro que já me fiz essa pergunta quando ainda estava com Ian.

_Ok, vamos do início! O que você sentiu quando viu ele pela primeira vez? -Agora lascou, não posso dizer que sentir coisas pulsantes lá embaixo.

_Quer mesmo saber? -Indago.

_Sim e não me esconda nada Christine! -Diz séria.

Respira, respira, respira.
É simples só fale o que ja sentiu ou... o que sente por ele.

_Quando eu o vi pela primeira vez, meu coração saltou, sentir coisas estranhas pelo meu corpo e pensei que não dando atenção à ele eu seria imune, mas estava enganada. Tudo piorou quando passou a me cortejar, a me beijar... e quando pediu que deixasse Ian por ele. -Tento dizer sem pausas.

_Quando isso começou? -Ainda séria pergunta.

_Começou antes do meu namoro, muitas das vezes eu me sentia confusa com algumas das suas atitudes para comigo. -Lembro de cada coisa que passei ao lado dele.

_Que atitudes? -Victória deveria ser jornalista ao invés de dentista.

_A primeira ele queria me levar pra cama, depois a atitude em relação ao meu namoro, depois as fotos. Onde se mostrou mais carinhoso e agora o seu jeito meio frio comigo. -Desabafo.

_Hum, compreendo. Chris, se tivesse que escolher entre os dois, qual escolheria? -Continua com o ar sério.

Eu permaneci calada, nem eu sei a resposta ou caminho a seguir.

_Já que não me respondeu, eu tomo a liberdade de dizer.
Se você acha que ama duas pessoas ao mesmo tempo, escolha a segunda, porque se amasse a primeira de verdade não existiria uma outra! Esse é o meu Conselho a você minha amiga, reflita e dê a resposta a voce mesma. -saí e me deixa com meus pensamentos mais confusos ainda.

Decido ir caminhar, pra ver se clareia um pouco. Mais me deixa mais confusa ainda. Volto pra casa e fico pensando em tudo que já aconteceu até agora. Minha razão diz uma coisa, já o coração diz outra.

Rolei a noite toda, apenas dava pequenos cochichos. Por volta das 05:30 me levantei e fui para o banheiro, vi as enormes olheiras, culpa da Victória que veio encher minha cabeça. Tomei um banho rápido e voltei a frente do espelho com a bolsa de maquiagens em mãos, comecei a fazer o meu melhor e até que ficou bom só não passei o batom pois estava morrendo de fome e não queria borrar o mesmo, decido passar depois.

Vou para o guarda-roupa e escolho uma calça estilo moletom na cor cinza como meu humor e uma blusa preta colada ao corpo que mostrar minhas curvas e por último uma sapatilha vermelha. Vou para a cozinha e sei que todos dormem por isso vou evitar de fazer muito barulho.

Chegando lá me assusto com Benjamin apenas de cueca que por sinal é da Calvin Klein, fazendo café, acho que estou dormindo ainda pra ter esses sonhos com ele. Não, não estou, estou acordada e tento essa visão logo pela manhã. Pigarreio e ele olha para mim com uma expressão confusa, depois olha para si e percebe que está seminu. Achei que iria brotar um sorriso safado,mas não, ele não esboçou nada, estranhei muito.

_Bom dia Christine, e desculpas por esses trajes, as vezes durmo de cueca. -Se explica.

_Bom dia, ah não tem problema eu acho, o que está fazendo? -Tenho que me concentrar em outra coisa ao invés do seu peitoral. E puta que pariu ele está de costas agora e me dando uma bela de uma visão da sua bunda e costas definidas. Isso é demais para minha sanidade.

_Café ! -Em nenhum momento virou pra falar comigo direito.

_Quer ajuda ? -Digo já indo em direção aos armários e retirando duas canecas.

_Acho que sim, pode arrumar a mesa? -Pede.

_Claro!

E assim se encerra a nossa conversa. Termino de arrumar a mesa e ele coloca a garrafa de café em cima da mesa. Ele vai para o quarto e demora um pouco. Espero por ele, odeio tomar café sozinha. Quando dou por mim ja está de frente para mim, percebo seus cabelos molhados, seus olhos estão inexpressivo e sem o brilho habitual. Fico incomodada com o silêncio insuportável que se instala entre nós ou melhor essa distância maldita que se instalou.

_Benjamin? -Ele levanta sua cabeça. -Está tudo bem? -Ele assente.

Queria que falasse mais, mas não quero parecer intrometida.

_Ben, por favor fale comigo! Estou preocupada com você! -Digo não, choramingo.

_Não fique ! - Diz com a cabeça baixa.

_Olha pra mim Benjamin! -Digo em tom forte.
Ele levanta e arqueia a sobrancelha.

_Caramba, o que você tá sentindo ou o que está acontecendo? -Indago.

Ele me encara, afasta a xícara e se apoia na mesa e me olha tão intensamente que por um minuto me perco em seus olhos que agora está em cor opaca. Suspira pesadamente e solta devagar.

_Quer mesmo saber o que está acontecendo? -Indaga.

Apenas assinto, se remexe inquieto na cadeira, passa as mãos no cabelo em um gesto nervoso o que me distraí bastante, já que o seu cabelo sempre está bagunçando, com aquele cabelo pós-foda.

_Temos tempo, ninguém vai acordar agora! -Digo o apressando. Ele assente.

_Acho melhor terminarmos nosso café e, depois darmos uma volta se quiser, contarei o que quiser! -Fala.

Assinto, melhor do que nada. Tormei meu café devagar e ele também. Não havia sinal de nenhum deles, permanecemos calados. Ora ou outra percebia seus olhos em mim, as vezes eu também o olhava parecia que estava em conflito interno e era doloroso em sua feição cada pensamento. E assim continuamos com o nosso café cada um em seus pensamentos.

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