𝟗𝟎'𝐬 𝐋𝐎𝐕𝐄 | markhyuck

By urmoonbear

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Hyuck se muda para Seul no início dos anos 90, para uma escola melhor, e também para encontrar um time de hóq... More

Avisos Iniciais!
Start! (The Jam)
Push (The Cure)
Burning Down The House (Talking Heads)
Underground (David Bowie)
Demon Fire (AC/DC)
In The City (The Jam)
Wind Of Change (Scorpions)
The Kiss (The Cure)
Fever (The Jam)
Hot Hot Hot! (The Cure)
Carnation (The Jam)
This Charming Man (The Smiths)
Bubble Pop Electric (Gwen Stefani)
Cherry Bomb (The Runaways)
Private Eyes (Daryl Hall & John Oates)
Just Like Heaven (The Cure)
Please, Please, Please, Let Me Get What I Want (The Smiths)
Apart (The Cure)
A Night To Remember (Cyndi Lauper)
Pity Poor Alfie (The Jam)
Since You Been Gone (Rainbow)
Time After Time (Cyndi Lauper)
Asleep (The Smiths)
Lovesong (The Cure)
Monday (The Jam)
I Surrender (Rainbow)
What Difference Does It Make? (The Smiths)

Heroes (David Bowie)

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By urmoonbear

~ nem vou me desculpar pela demora🫠

Não esqueça de votar e comentar muito!!! Boa leitura🩷

    [⛸]

    Clima. Uma palavra tão pequena, mas que pode significar tanto.

    Entre Donghyuck e Sungchan, o clima era péssimo. Tenebroso, tempestuoso, sombrio.

    Os meninos não entendiam o que estava acontecendo. Sempre que Sungchan chegava, Donghyuck saía, e vice-versa. Pareciam fugir um do outro. O time podia imaginar o que era, mas ninguém realmente sabia o que acontecia.

    Enquanto isso, o sol parecia surgir novamente para Mark e Hyuck. O tempo se abria, com flores desabrochando e raios solares iluminando o caminho. O clima entre eles ia cada vez melhor, mesmo que ainda fosse um pouco estranho.

    Mark andava mais calado, mas ele e Donghyuck passaram a conversar um pouco. Nada muito sério, só jogar conversa fora vez ou outra antes do treino. Para eles aquilo significava demais. Era como finalmente conseguir voltar ao normal mesmo que tão lentamente. O clima era favorável.

    E naquele momento, um engano juntou os dois.

    Mark estava esperando os meninos há algum tempo no ringue, pela demora do time ele pensou ter se adiantado demais. O pensamento se dissipou ao que Donghyuck adentrou o local com a mochila nas costas. Ambos trocaram um olhar gentil, Donghyuck sorriu e caminhou mais rapidamente na direção dele.

    — Boa noite. — Mark cumprimentou, afastando um pouco para dar espaço ao outro sentar do seu lado.

    — Oi. — Donghyuck respondeu. — Ah, os meninos ainda não chegaram? Achei que eu estava atrasado.

    — Já faz muito tempo que estou aqui e nada.

    O coreano tombou a cabeça para o lado, olhou o ringue e passou a se perguntar mentalmente por que os meninos ainda não haviam chegado. Foi quando lembrou que Sicheng avisou no dia anterior que estaria em uma reunião de trabalho, e que não poderia comparecer. Desse modo, os Dinosaurs concordaram em não haver treino naquela noite. Ao lembrar disso, Hyuck bateu com a mão no rosto e suspirou.

    — Droga, não tem treino hoje.

    — Não?

    — Não. Sicheng está em uma reunião ou sei lá, e não pode vir... Ah, nem acredito que andei tanto pra não ter treino.

    Mark sorriu com o biquinho que ele fez, sentiu vontade de beijá-lo. Ele ficou de pé e fez um sinal com a cabeça.

    — Vamos. Eu te levo pra casa.

    Aquilo causou tanta inquietação dentro de Donghyuck que talvez ele fosse explodir. Levantou rapidamente e seguiu ao seu lado para fora do lugar.

    — Não tem problema?

    — Claro que não, é caminho.

    Não era caminho, mas Mark queria passar mais tempo com ele.

    Dentro do carro, naquele caminho que parecia tão longo, havia um silêncio estranho. Ainda era tão esquisito estarem juntos no mesmo lugar. Depois de tanto tempo separados, não haviam se acostumado de novo a ficar próximos um do outro. Hyuck queria recuperar isso. Assim, segurou na ponta da jaqueta de Mark e puxou levemente para chamar sua atenção.

    — Hum? — o canadense questionou, com o coração começando a pular no peito.

    — Podemos... Não ir para casa? — pediu baixinho. — Podemos ir... Bem, você sabe onde eu quero ir.

    Nem precisou responder, apenas acionou o sinal para a esquerda, pronto para seguir outro caminho. Donghyuck não soltou a jaqueta dele, permaneceu quieto a segurando com a ponta dos dedos. Até o mínimo dos toques era significante, era como recuperar os segundos que sentiram falta de encostar um no outro. Mark nem reclamou, pelo contrário, afastou o braço para que ele pudesse segurar melhor. O coreano deslizou os dedos e segurou nos bíceps alheios, aconchegando um pouco melhor seu corpo no banco, querendo chegar ainda mais perto.

    A escuridão do cemitério de automóveis era como um elemento que ajudava a deixar o cenário ainda melhor para ambos. Mark estacionou, desligou as luzes e virou seu rosto para o lado, procurando em Hyuck as respostas das perguntas que silenciosamente fazia.

    — Eu só quero conversar. — e aquela resposta dizia que Donghyuck o conhecia o suficiente para o ler perfeitamente. — E, dessa vez, quero que você me escute até o fim.

    O outro nada questionou, permaneceu em silêncio, acatando o pedido com um aceno sutil. Hyuck ajeitou-se no banco para ficar um pouco melhor de frente para ele. Nenhum dos dois se atreveu a desviar o olhar, e assim o coreano começou a falar após um longo suspiro nervoso.

    — Pouco depois que você foi embora... Eu fui na casa de Sungchan. Eu perguntei se ele gostava de mim, se queria ficar comigo. Deixei claro que estaria usando ele... E ele aceitou e... E, bem, nós ficamos juntos naquela noite.

    Mark preferia não ouvir, aquilo fez seu coração quebrar um pouquinho mais. Mas, indo contra isso, apenas concordou com a cabeça.

    — Fazia pouco tempo desde nossa briga, eu estava me sentindo um lixo completo. Me sentia usado, abusado, cansado, e traído. Foi difícil pensar em você todos os dias e lembrar das coisas que me disse. Estava machucado demais para pensar se era egoísta ou não... Então eu apenas entrei de cabeça nisso. — comprimiu os lábios, sentindo vergonha do que estava prestes a dizer. — Eu e Sungchan fizemos sexo naquela noite. Eu me sentia vazio, achei que transar com alguém iria me ajudar a preencher isso. — riu fraco. — Mas foi totalmente o contrário, eu só me senti pior. Eu tentei sentir ele, entrar no clima, gostar, mas não consegui. Fiquei imaginando e pedindo inconscientemente para que fosse você ali no lugar dele. Em algum momento eu comecei a chorar... De vergonha e tristeza. Vergonha por ter me entregue a alguém que não era você, e triste por ainda te desejar como sempre. Na minha cabeça você tinha sido sincero, você realmente não tinha sentido nada, eu me senti patético por ainda te querer. Sungchan me abraçou, e eu não consegui fazer nada além de chorar até dormir. Eu não sentia nada além de um vazio imenso deixado por ti. E, para tentar resolver isso, decidi dar uma chance a Sungchan, imaginando que com o tempo eu o amaria também e iria te esquecer. Mas eu estava errado.

    As palavras cortavam o coração de Mark, ouvir da boca do primeiro homem que amou que ele se entregou a outro era um suplício. Sabia que tinha que ouvir até o fim, mas só de pensar em Sungchan e Donghyuck transando... Isso o fazia querer sair correndo dali.

    — Eu me senti sujo. Vazio. Tudo foi... Ruim. Eu não gostei de nada. Eu só queria você. Eu só pensava em você, Mark... Eu imaginava que era você ali, buscava sempre ficar de costas para ele e de olhos fechados durante os beijos, por ser mais fácil de imaginar você assim... Que estúpido, não é? — riu sem graça. — Eu só... Queria de alguma forma te sentir perto.

    Naquele momento, Donghyuck já estava chorando. Só de lembrar de tudo seu estômago já embrulhava. Se sentia um lixo por Sungchan na época, mas naquela hora ele não sentia nada além de desprezo.

    — O tempo que passamos juntos foi divertido, apesar de muitas vezes me sentir triste por só estar o enganando. Ele... Bem, ele me pediu em namoro um tempo depois. Eu não aceitei, nós brigamos, nos distanciamos... Tudo ficou frio. Mas eu não podia fazer aquilo, eu não queria namorar ninguém além de você, mesmo que eu soubesse que nós dois... Não ia mais rolar. — suspirou. — Então, depois eu descobri a carta que você deixou.

    Mark baixou os ombros, suspirando também. Ao mesmo tempo que era uma vergonha, ele sentia alívio por ele ter descoberto. Donghyuck era esperto.

    — Ouvi as músicas, senti as letras... Mesmo que fosse uma mensagem aparentemente sem sentido... Eu sabia que você queria dizer algo. — comprimiu os lábios, aproximando a mão da perna alheia, a repousando ali. — E... Quando eu descobri... Ah, eu... Eu fiquei apavorado, arrasado. Me culpei por ter acreditado no que você disse, por não ter te segurado aqui. Eu me odiei por te deixar ir.

    — Isso não foi culpa sua.

    — Eu sei, nem sua. Mas não adiantou, eu só me culpei mesmo. Sofri, chorei... Jeno me contou toda a verdade, e nós dois sofremos juntos de saudades suas. — sorriu fraco. — Apesar de ser por algo ruim, sua ausência nos aproximou.

    Mark encarou a mão de Donghyuck, segurando a vontade de a segurar.

    — Quando descobri isso... Me recusei a ficar com Sungchan outra vez. E continuamos nessa frieza por um longo tempo, eu não queria mais nada com ele. Mesmo que você não fosse voltar, eu só queria ficar com você. Mais ninguém importava. Eu aceitei meus sentimentos e... E aceitei que você não voltaria. Deixei que o tempo fosse resolver tudo... E ele te trouxe de volta pra mim.

    Soltou tudo aquilo com total sinceridade, ele era bom em dizer o que sentia. Seus olhos confirmavam a veracidade, intensos e claros, sem nem um mísero resquício de mentira.

    — Então, é, estávamos juntos. Eu só queria te esquecer, e usei ele. Eu fui cruel, eu sei, mas... Eu só estava vulnerável. Não justifica, também sei disso, mas já está feito. Não posso me arrepender pelo resto da vida, e agora, bem, não me arrependo. Ele também me fez sofrer. — abaixou um pouco a cabeça. — Vou tentar ser uma pessoa melhor daqui pra frente, juro. Todos cometemos erros, não é?

    Um riso escapou dos seus lábios, não era nada engraçado mas ele riu. Um silêncio tomou conta do carro, e os segundos se tornaram horas naquela tensão. Donghyuck já estava pronto para perguntar o que Mark achava de tudo aquilo, foi quando o canadense o respondeu sem dizer nada. Ele segurou a mão do coreano com delicadeza e a ergueu até seu rosto, beijando suavemente os dedos. Donghyuck o encarou, o outro fechou os olhos e esfregou a ponta do nariz na pele bronzeada dele.

    — Está sendo sincero? Vocês dois... Não têm mais nada?

    — Mais que qualquer outra vez na vida. Eu juro.

    Mark abriu seus olhos, mirou as orbes do mais novo e acenou com a cabeça.

    — A minha verdade... Você quer ouvir?

    Hyuck acenou.

    — Quando você falou sobre Sungchan pela primeira vez... Eu apenas senti ciúmes, mas os segurei para não brigarmos. Óbvio que não gostei dele ter te beijado, mas... Contanto que você não o quisesse, não teria problema. Só que... Quando você falou sobre Minseok... Aquilo me destruiu. Mas agora eu te entendo, você tem toda razão em não confiar em mim. Eu nunca passei uma imagem de confiança, então não deveria ter esperado nada. Está tudo bem, de verdade. Você não precisa confiar em mim, eu só... Ficaria feliz em ao menos poder te observar de longe. — sorriu um pouco. — Talvez você não acredite, mas eu não traí o Minseok nem nada do que Sungchan te disse.

    Donghyuck sentiu-se péssimo pelas palavras magoadas de Mark, mas não podia evitar, no momento de raiva ele só conseguiu desconfiar dele.

    — Nós ficamos por alguns meses, mas nunca foi algo sério. Eu não gostava tanto dele assim. Um dia fomos juntos para uma festa, ele bebeu bastante e começou a dançar com várias garotas... Ele beijou duas delas bem na minha frente. Eu fiquei chateado na hora e fui embora. No outro dia disse que deveríamos parar de nos ver. Não estava triste por isso, não éramos um casal, mas me senti traído mesmo assim. Eu não queria continuar com alguém assim. Mas, bem, ele surtou, me bateu e tentou se reconciliar comigo. Eu fui embora com muita raiva, me senti injustiçado. E eu era muito mais idiota naquela época, então, para não me sentir inferior, acabei dizendo que eu que o tinha traído. Essa foi a única verdade que Sungchan contou.

    Mark deitou a bochecha nas costas da mão de Hyuck, suspirou e o olhou nos olhos.

    — Não tem que acreditar em mim, mas essa é a verdade. E sobre o Canadá... Meu pai queria me isolar de você, alegando que estava morto de vergonha por ter sido um amigo seu que nos viu juntos. Voltamos pra lá e eu vivi os piores dias da minha vida.

    As lembranças dolorosas invadiram sua mente, sentindo vontade de poder esquecer aquilo, mas ele sabia que eternamente elas estariam gravadas em sua memória.

    — Eu vivia a base de cigarros, drogas, saídas noturnas e dormir o dia todo... Virei um vegetal, me afastei da minha mãe, odiei cada vez mais o meu pai, comecei a me odiar e... E... — um bolo formou-se em sua garganta. — Ah, bem... Eu quis me matar.

    A frase congelou Donghyuck. Não. Não, não, não.

    — Eu fui para uma festa, misturei bebida com droga e me meti na frente de um carro. Não foi intencional, eu não estava pensando direito, mas... Eu senti um alívio tão grande.

    Mark sorriu fraco, acariciou a mão de Hyuck e observou aquele garoto tão estático e chocado. Não queria ter o deixado assim, mas não iria esconder nada dele. Nunca mais.

    — Fraturei o joelho, quebrei uns ossos... Está tudo bem agora, mas na hora foi terrível. — riu, tentando cortar a tensão daquele clima. — Minha recuperação durou dois ou três meses e... Durante esse tempo eu e minha mãe começamos a planejar uma "fuga pra cá". Ela não queria mais meu pai, eu não queria o Canadá... Então... Voltamos depois de ela guardar dinheiro o suficiente. E... Foi isso.

    O coreano só ouviu tudo sem dizer nada. Tudo o que conseguiu fazer foi pular em seus braços e o agarrar com força. Só a ideia de Mark morto foi suficiente para o deixar aflito e desesperado.

    Imaginar não o ter mais em sua vida, não o ver nunca mais, não poder o tocar... Pensar na ideia de Mark não mais existir... Aquilo bastava para quebrar seu coração em inúmeros pedaços.

    Nunca havia sentido dor tão grande ao ponto de pensar em tirar a própria vida, mas tinha uma ideia aproximada do vazio que fazia alguém querer isso. Ele sentia doer só de pensar em Mark sentindo aquilo. A depressão não era algo divulgado ou falado por muitos, mas ele tinha noção de que seu país tinha muitos casos de suicídio, principalmente entre jovens. Se aquilo acontecesse com Mark ele não sabia o que iria fazer.

    — Por favor, nunca pense nisso... Você não pode me abandonar! Não pode me deixar aqui sozinho! Eu preciso de você. Eu preciso que fique comigo. Por favor, nunca mais pense sobre uma bobagem assim de novo! Eu te proibo!

    As lágrimas já caíam outra vez. Mark o abraçou receoso, mas em segundos se permitiu o aconchegar em seus braços e o acariciar com ternura.

    — Está tudo bem. Se acalme, por favor. Já passou, Hyuck.

    Repentinamente o outro se afastou, olhando espantado para ele.

    — Me desculpa! Sua perna... Qual das duas é? Eu te machuquei com o abraço? Você está bem? Está doendo? Desculpa... — disse tudo rapidamente, respirando pesado.

    Mark segurou seu rosto e negou com a cabeça.

    — Se acalme, já não dói mais, só se eu andar muito ou fizer algo que demande esforço demais. Eu estou bem, eu juro. Por favor, fique tranquilo.

    Os ombros do coreano foram baixando na medida que se acalmava, e outra vez ele se jogou nos braços de Mark, procurando conforto e tentando passar o mesmo também.

    — Eu quero te bater agora... Como pôde pensar em uma merda dessas? Ficou louco? Você tem que viver... Você, mais que ninguém, merece viver...

    O canadense sorriu e suspirou apaixonado, levando a mão até os cabelos alheios e os bagunçando com leveza.

    — Você está falando como a minha mãe...

    Donghyuck afastou-se um pouco, ainda no abraço, fitou seus olhos e aos poucos desceu o olhar para a boca de Mark.

    — O que foi?

    — Eu quero te beijar.

    A frase foi como uma onda de nostalgia envolvendo Mark e o afogando completamente. Foi pego de surpresa, ele era o responsável por dizer aquilo no passado. Ter Donghyuck na sua frente falando tais palavras tão sinceras era novo e admirável. Seu corpo ferveu em emoção e saudade, ansiando o puxar para mais perto e fazer o que ele queria.

    Os corpos de ambos foram se aproximando com muita lentidão, a mão do coreano escorregou até chegar no ombro alheio, o puxando ainda mais para perto. Pararam rente aos lábios um do outro, intercalando olhares entre as bocas e seus olhos. O ar da respiração de cada um batia contra seus rostos, causando um calor em meio ao frio daquela noite. A respiração de Mark ficou mais pesada, a de Hyuck mais eufórica. A espera estava matando os dois.

    — Por favor... — suplicou Hyuck em um fio de voz. — Eu preciso te beijar... Eu... Não aguento mais...

    Foram cerca de cinco segundos de silêncio, o mais novo já estava aceitando a rejeição, quando Mark resolveu agir. Ele subiu as mãos para o pescoço alheio e puxou sua cabeça, juntando finalmente seus lábios.

    No começo era só um selinho, nada mais que os lábios juntos em um choque cheio de emoções. Era como se sentir em casa outra vez. Aquilo era tudo o que mais necessitavam no momento. Donghyuck sentiu que morreria de tanta alegria, era uma emoção forte demais para o seu coração.

    Os dedos de Mark se emaranharam nos fios castanhos de Hyuck, acariciando com gentileza e suavidade. Estava tão animado quanto, mas tentava se controlar para aproveitar cada segundo. Depois de tanto tempo sem se beijar, eles não queriam deixar nada passar despercebido. Até o ritmo da respiração um do outro queriam aprender.

    Mark avançou de novo, sugando delicadamente o lábio inferior do outro, beijando de forma lenta. Donghyuck retribuiu, esfregando seus lábios naquele mesmo ritmo, buscando sentir a textura e o gosto com muita precisão. Ele envolveu os braços no pescoço de Mark, grudou seu peito com o dele e se entregou profundamente àquele beijo. Sentiu os pelos eriçarem, o sangue ferver, a cabeça girar e o baixo ventre formigar. Como ele sentiu falta de Mark, que era o único a despertar tantas sensações diferentes em um mesmo momento. Sentia que não precisava de mais nada na hora. Ou melhor, precisava.

    Mais, mais, mais e mais de Mark. Queria sugar tudo o que pudesse dele para matar toda a saudade que sentiu naquele tempo.

    Ambos gemeram entre o beijo, os olhos fechados e as bocas se abrindo mais e mais, permitindo que suas línguas entrassem em contato. O ar fez-se necessário, interrompendo o beijo e fazendo com que se afastassem minimamente. Eles respiraram fundo, abrindo os olhos devagar e podendo perceber que aquilo era real. Eles realmente estavam se beijando, não era ilusão, nem sonho, nem apenas desejo. Era a realidade nua e crua. Finalmente estavam juntos outra vez.

    — Haa... — suspirou Mark, sendo puxado por Hyuck e afundando em um novo beijo. Nenhum dos dois queria perder tempo.

    No carro tocava Heroes, do cantor favorito de Jeno, David Bowie. Mark levou a mão à cintura do outro Lee, pressionando-a para que Hyuck viesse para mais perto. Fez o movimento até tê-lo em seu colo, sentado nas suas coxas, completamente encaixado em seu corpo. Hyuck se afastou em alerta.

    — E sua perna?

    — Está tudo bem.

    — Tem certeza?

    — Tenho.

    E novamente se beijaram, Mark puxou a alavanca e baixou o banco, deixando mais espaço para Hyuck.

    Os beijos foram se tornando mais intensos com o passar dos minutos. As mãos bobas começaram a explorar os corpos que tanto ansiaram por meses. Hyuck enfiou os dedos por baixo da camisa de Mark, explorando seu abdômen, enquanto o outro fazia questão de dedilhar suas costas.

    Hyuck se afastou para respirar outra vez, ele olhou Mark e puxou o ar três vezes.

    — Posso te pedir uma coisa?

    — O que quiser.

    Ele hesitou antes se se curvar sobre Mark, o abraçar e sussurrar bem baixinho em seu ouvido, corando de vergonha:

    — Vamos para o banco de trás, por favor...?

    [⛸]

Perguntinha: vcs acham que no próximo vai ter sexo ou muito sexo?👀

O que acharam? Gostaram? A depressão acabando, as coisas vão voltar para o lugar agora uwu pelo menos entre eles dois kkkkkk o resto não prometo nada...👀

Até mais!🩷

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