Juntos Outra Vez • Jenlisa Tr...

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Jennie tinha uma melhor amiga desde a infância, que no passar do tempo, se descobriu transexual. A garota foi... Więcej

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Autorstwa noahscript

01/05/2024

Point of view: Jennie Kim
Seul - Coreia do Sul
Quarta-feira

06:51 PM

— O que aconteceu, Lo? — escutei Taehyung perguntar, enquanto ajudava o Lohan a se deitar na cama dele.

— Uns caras encapuzados me cercaram quando eu fui jogar o lixo. Eles tavam em seis, eu acho.

Saí do quarto do Lohan e fui até a sala pegar o kit de primeiros socorros. Ao chegar lá, encontrei Jinwoo sentado no sofá, chorando silenciosamente. Suas lágrimas escorriam enquanto o garoto soluçava baixo, e ele tirava as peles mortas de seus dedos, tentando se distrair com isso. Aproximei-me rapidamente da criança, sentando-me ao seu lado e segurando suas pequenas mãos.

Quando nossos olhos se encontraram, meu coração se partiu. Ver meu filho chorar doía mais que uma facada. Suas lágrimas embaçavam seus olhinhos pequenos, seu beicinho triste e sofrido. O puxei para um abraço apertado, tendo seus pequenos braços rodeando meu corpo.

— Mamãe, o que aconteceu com ele? — ele perguntou, meio abafado, pois seu rosto estava enterrado entre meus seios.

— Ele tá bem, filho. A mamãe vai cuidar dele, tudo bem? — afastei-me dele apenas para olhar seus olhos e limpar uma pequena lágrima que trilhava um caminho até sua bochecha.

— Promete que não vai deixar ele morrer?

Ao escutar aquela pergunta, senti um arrepio cercar meu corpo, nervosa com o que ele havia dito.

— Não se preocupe, querido. A mamãe vai cuidar muito bem do Lohan. Ele vai ficar bem, eu prometo. — Tentei tranquilizá-lo, enquanto acariciava suavemente sua bochecha. Mas por dentro, uma preocupação começou a surgir. Por que Jinwoo estava pensando que Lohan poderia morrer?

— Obrigado, mamãe! — ele deu um beijo na minha bochecha. — Vai lá cuidar dele, por favor.

Levantei-me e fui pegar o kit de primeiros socorros, deixando meu filho assistindo a um desenho que passava na TV. Caminhei até o quarto do Lohan, batendo na porta antes de entrar, e reparei que Taehyung media sua temperatura. Os dois conversavam sobre jogos, provavelmente tentando distrair o Lohan.

Aproximei-me lentamente, sentando-me na beirada da cama e observando ambos, que tinham uma linda amizade. Fiquei feliz em ver que, mesmo após anos, eles não haviam mudado um com o outro.

— 36.9 — ele falou, ao verificar a temperatura do Lohan. — Bom, vou deixar vocês dois sozinhos e vou cuidar do meu sobrinho.

Assim que Tae saiu, aproximei-me do corpo do rapaz, meio nervosa e segurando o choro, pois doía muito vê-lo naquele estado novamente. Não é de hoje que cuido das feridas do Lohan; há tempos que faço isso. Portanto, as recordações da época em que tudo era mais rígido, mais diferente e difícil, voltaram a cercar minha mente desde que ele voltou.

Enquanto mexia no kit, à procura das coisas que iria usar em seu rosto, que estava todo machucado, cheio de cortes e hematomas, senti sua pele entrar em contato com a minha. Ao perceber, Lohan havia segurado minha mão, tirando-a de dentro do kit e levando-a até seu peito esquerdo.

— Jennie — ele me chamou, fazendo-me desviar o olhar de nossas mãos para seus olhos, que exalavam dor —, desculpa... Eu sei o quanto isso deve ser traumatizante para você.

— Não se desculpe.

— Prometo que da próxima vez tentarei ser mais forte e lutar contra eles.

— Não terá próxima vez, Lohan.

— Ah, qual é? Eu sou um homem trans que nasceu com um pau e que mora na Coreia do Sul. Acha mesmo que não terá próxima vez?

— Eu não quero que tenha próxima vez. Farei de tudo para que não tenha próxima vez, Lohan. Eu não aguento te ver sofrer e isso não é mais segredo pra ninguém.

— Infelizmente, não há nada que você possa fazer. Polícias não irão me ajudar, já tentei entrar em contato com eles e você sabe que não deu certo.

Assenti, puxando minha mão lentamente, querendo continuar com aquele contato, mas não podendo.

— Eu vou lavar as mãos. Já volto — ele assentiu.

***

Após fazer os curativos no Lohan, ajudei-o a levantar para irmos comer a pizza. Ao chegar na sala, observei Jinwoo desenhando algo, enquanto Taehyung observava.

— Cadê a pizza?

— Não chegou ainda. Eu pedi numa pizzaria longe, já que esse fresco é alérgico a pizza coreana.

— Eu não sou alérgico, só não gosto de pizza meia boca — ele falou, enquanto eu o ajudava a sentar no sofá, ao lado do Jinwoo. — O que é isso, carinha?

— A minha família — ele respondeu, sem olhar para o Lohan.

— Quem são esses ao seu lado?

— Você e a mamãe. Daí do seu lado tem o tio Tae, a tia Chu...

Enquanto Jinwoo falava, caminhei até a cozinha, sendo acompanhada por Taehyung. Assim que chegamos ao local, observamos Lohan e Jin conversando, e até então, o garoto não havia olhado para seu pai.

— Acha que o Jinwoo tá com medo de olhar pro Lohan?

— O jeito que o Lohan chegou deve ter assustado o Jin. Acha que tenho que conversar com ele?

— Com certeza. Ele tá evitando olhar pro Lo. Dá pra perceber isso de longe, Jen — ele encostou seu quadril no balcão e cruzou os braços observando ambos.

— Tae...

— Hum?

— Você acha que algum dia — suspirei, olhando para o rapaz que admirava seu filho desenhar — o Lohan possa viver feliz? Sem ameaças?

— Considerando que vivemos em um mundo onde o preconceito é cada vez mais forte, eu acho que não. Se gay já não tem um dia de paz, quem dirá uma pessoa trans.

— Por que teve que ser assim? Ele deveria viver feliz e sem medo de sair de casa e não voltar mais. Pessoas homossexuais são apenas humanos, humanos que precisam de amor e respeito igual a todos.

— Infelizmente, o mundo se tornou esse lixo que é hoje. Todos nós nos preocupamos com o Lohan, pois o conhecemos há tempos e sabemos que ele é frágil. Portanto, precisamos dar apoio e amor a ele, deixar bem claro que não iremos abandoná-lo.

Fiquei em silêncio, refletindo sobre tudo o que ele passou, todas as palavras e sentimentos que teve que suportar, e ainda assim, está aqui, vivo.

— Posso te contar um segredo? — assenti, olhando para ele. — O Lohan só não tirou a própria vida porque queria construir uma família com você e viver para sempre ao seu lado.

— Como?

— Você não é surda, ouviu o que eu disse. Ah, não fala pra ele que soube disso por mim, ok? Eu tenho que namorar antes de morrer. — O interfone tocou e ele foi atender. — A pizza chegou, vou lá buscar.

Depois que Taehyung saiu, aproximei-me deles lentamente enquanto tinha os braços cruzados, e ao chegar perto, resolvi me sentar ao lado de Lohan. O rapaz estava observando a televisão, esperando Jinwoo terminar o desenho, e, naquele momento, eu só pensava em admirá-lo pelo resto da minha vida.

Seu cabelo estava meio grande, não me permitindo ver seus olhos, portanto, delicadamente, coloquei uma mexa dele atrás da orelha, vendo sua cabeça virar lentamente para mim, encontrando meu olhar por alguns segundos.

Aquilo foi o suficiente para sentir minha barriga tremer, tendo seus lindos olhos castanhos encarando os meus, enquanto eu permanecia imóvel, com meus lábios levemente esticados de forma dócil e apaixonada. O rapaz tinha suas pupilas dilatadas, tenho certeza de que aquilo era recíproco.

— Mamãe, eu tô com sono.

Jinwoo fez-me acordar para realidade, saindo do mundo que eu e Lohan criamos apenas para nós dois. Olhei para o garoto, que mantinha seus olhos no desenho, analisando o papel para verificar algum erro.

— Já vamos embora, filho. Ou você não quer comer a pizza?

— Eu quero.

— O tio Tae já tá voltando com ela, tudo bem? — o garoto assentiu.

Após a minha fala, a porta foi aberta, revelando o corpo do meu irmão com uma caixa de papelão em mãos.

— Cheguei! — ele fechou a porta após entrar. — Quem quer pizza?

— EU! — ele exclamou, sorrindo enquanto olhava para o seu tio, que colocava a pizza na mesa da cozinha.

— Filho, por que não vai ajudar o seu tio? Ele precisa de ajuda — falei, vendo Jinwoo assentir e sair correndo.

— É impressão minha ou ele não quer olhar na minha cara? — Lohan perguntou, olhando para mim com os olhos brilhando de tristeza.

— Ele está assustado, Lo. Não fique triste. Conversarei com ele, prometo — segurei sua mão, começando a acariciar ela lentamente. — Você quer ficar em casa amanhã?

— Não precisa. Irei trabalhar e te ajudar em tudo. Hoje mais cedo recebi uma mensagem do Bambam, ele está voltando pra verificar a empresa. Se tudo der certo, ele passará ela pro meu nome.

— Espero que consiga — sorri positivamente. Eu o encarei, criando coragem para perguntar algo que estava em minha mente desde hoje de manhã. — O nosso encontro ainda tá de pé? — seus olhos surpresos encaram os meus, fazendo-me sorrir timidamente.

— Você quer? — ele gaguejou.

— Óbvio que eu quero. Preciso conhecer esse novo Lohan Manobal. Espero que ele esteja mais maduro e menos safado.

— Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

— Casal, vão vim comer ou vão ficar namorando? — Taehyung perguntou, olhando para gente.

— Não somos um casal — falei.

— Ainda — olhei para Lohan, que afirmou aquilo tranquilamente, enquanto tentava se levantar. Apenas sorri, esperando ansiosamente para o momento em que aconteceria nosso recomeço com um casal.

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