Juntos Outra Vez • Jenlisa Tr...

By noahscript

52K 6.2K 3.8K

Jennie tinha uma melhor amiga desde a infância, que no passar do tempo, se descobriu transexual. A garota foi... More

|Avisos|
|1|
|2|
|3|
|4|
|5|
|6|
|7|
|8|
|9|
|10|
|11|
|12|
|14|
|15|
|16|
|17|
|18|
|19|
|20|
|21|
|22|
|23|
|24|
[25]
|26|
|27|
|28|
|29|
|30|
|31|
|32|
|33|
|34|
|35|
|36|
|37|
|38|
|39|
|40|
|41|
|42|
|43|
|44|
|45|
|46|
|47|
|48|
|49|
|50|
|Epílogo|

|13|

1K 129 118
By noahscript

15/04/2024

Point of view: Jennie Kim
Seul - Coreia do Sul
Segunda-feira

06:25 AM

O dia está chuvoso hoje, perfeito para ficar dormindo até tarde, porém eu estou dentro do carro, dirigindo até a escolinha do Jinwoo, e depois, vou dirigir em direção ao meu trabalho.

Eu e Lohan não tocamos em nenhum assunto fora do serviço... Depois daquele dia em que quase nos beijamos, o clima ficou mais desconfortável do que já estava.

Enquanto eu estava concentrada na estrada, a melodia de "Perfect" do Ed Sheeran preencheu o carro, trazendo-me recordações maravilhosas de alguns anos atrás. Nem percebi quando meus lábios se esticaram dócilmente, junto aos meus olhos, que adquiriram um brilho forte e bonito. Minhas bochechas arderam ao relembrar um momento tão brega em que vivi.

***

16/01/2019

Point of view: Jennie Kim
Seul - Coreia do Sul
Quarta-feira

06:05 PM

— Lohan, aonde você tá me levando? Se eu cair, você morre, ouviu? — falei, enquanto tinha meus olhos vendados e as mãos do garoto em minha cintura, guiando-me para algum lugar.

Escutei sua risada doce e baixa, sendo acompanhada pela sua voz meio grossa e satisfatória, dizendo:

— Calma, Nini. Parece que a todo momento você quer me matar. Tô começando a desconfiar que você não gosta de mim.

— Deve ser porque eu realmente quero te matar a todo momento. Sua voz me irrita, sabia?

É óbvio que aquilo era mentira. Eu amo escutar a voz dele, e se eu pudesse, obrigaria ele a gravar todas as músicas do meu celular, só para eu ficar escutando-o sem parar. Nunca me enjoo.

— Então acho que você não vai gostar da supresa que eu preparei.

— O que você preparou?

Ele me desvendou, permitindo-me apreciar a vista de um lago congelado, junto com um pouco de neve espalhada no local; algumas árvores com folhas brancas ou até mesmo sem folhas. O céu escuro, com alguns tons claros, já que o sol havia se posto há pouco tempo; tinha um banco de madeira, e lá estava o violão que dei de presente para o Lohan no aniversário de 15 anos dele.

Estava tudo tão perfeito.

Aproximei-me do local, sentando-me no banco e aguardando que o moreno se sentasse ao meu lado. Surpreendi-me quando ele ficou atrás de mim e trouxe uma caixinha até a frente do meu rosto, entregando-a antes de se posicionar ao meu lado.

Ele usava um suéter preto com pequenos detalhes de ondulações horizontais. Um cinto de couro preto segurava sua calça da mesma cor. Complementando o visual, ele colocou um sobretudo branco, adicionando um charme extra e realçando sua elegância casual. Nos pés, uma pequena bota preta completava o conjunto.

Eu vestia um suéter semelhante ao dele, com a diferença de que o meu tinha gola alta. Usei o suéter por dentro da minha calça jeans azul-clara de cintura alta e meio larga; nos pés, um tênis preto com a sola ligeiramente mais alta, proporcionando-me mais alguns centímetros de altura. Para finalizar, roubei o sobretudo preto do Lohan, que, sendo mais alto que eu, fez com a peça ficasse a centímetros do chão, trazendo um toque mais elegante, exatamente o que eu buscava.

— O que é isso? — perguntei, olhando para o objeto em minhas mãos.

— Abra!

Seu sorriso me contagiou, e em questão de segundos, meus dentes apareceram. Ao abrir a caixinha preta, deparei-me com um colar lindo, exatamente o que eu desejava, embora fosse bastante caro. Um sorriso gengival iluminou meu rosto, meus olhos se encheram de lágrimas, e meu olhar surpreso e emocionado encontrou o rapaz ao meu lado.

— Você é idiota ou o quê? — perguntei, deixando uma lágrima escapar, acompanhada de minha risada baixa.

— Que belo jeito de me agradecer — ele simulou estar abatido, porém logo foi para trás de mim e pegou o colar da minha mão. — Deixa que eu te ajudo.

Ele envolveu delicadamente o colar ao redor do meu pescoço, seus dedos habilidosos cuidadosamente prendendo o fecho. Enquanto o colar repousava contra minha blusa, ele sussurrou palavras suaves, dissipando qualquer tensão no ar.

— Isso é muito caro, Lohan! — disse, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo para que ele pudesse fixar o objeto no meu pescoço.

— Eu sei, meu amor, mas faço de tudo pra ver esse seu lindo sorriso gengival — surpreendi-me quando ele se inclinou, deixando um beijo demorado e forte na minha bochecha. Inclinei um pouco o meu tronco para o lado, e ele logo estalou os lábios quando se afastou.

Observei-o caminhar até o outro lado do banco, pegando seu violão e sentando-se ao meu lado. Ele posicionou o violão em sua coxa, abraçando o instrumento com um braço.

— O que vai fazer? — perguntei, e ele abriu um sorriso pervertido. — Não se atreva a responder, seu mente poluída.

— Uai, falei nada. Eu ia dizer que iria tocar uma bela canção para uma bela moça, você que pensou coisa errada, amor.

— Hum, sei — semicerrei os olhos. — O que vai tocar?

Ele posicionou seus dedos, fazendo algum acorde que eu não reconhecia, e logo colocou sua mão esquerda na boca do violão, usando uma palheta para produzir uma melodia suave e familiar.

— I found a love, for me
Darling, just dive right in and follow my lead
Well, I found a girl, beautiful and sweet
Oh, I never knew you were the someone waiting for me — sua voz calma, suave e meio rouca ecoou pelos meus ouvidos, causando-me uma sensação de aconchego.

Lohan começou o tratamento hormonal não faz muito tempo, e sua voz está passando por mudanças, mas ainda assim, continua linda e confortável de escutar.

Escutar o amor da sua vida cantando e tocando uma música brega e romântica ao mesmo tempo, é como ser envolvido por uma doce melodia que transcende as notas musicais.

— Amor? Tá aí? Suas lágrimas vão congelar daqui a pouco — ele disse, e eu ri, só então percebendo que ele já havia terminado de cantar.

Inclinei-me lentamente, levei minha mão à sua bochecha e acariciei o local. Ele colocou o violão na capa, que estava no chão, sem se preocupar em guardá-lo direito. Em um ato repentino, ele levou a mão à minha cintura, puxando-me e aproximando seu braço livre sobre o encosto do banco. Nossos corpos se encostaram, e, com isso, levei minha outra mão à sua bochecha, apertando ambas. Vi-o sorrir, suas pupilas dilatadas e olhos brilhando enquanto me encarava, concentrada em seu sorriso.

Quando menos esperei, ele selou nossos lábios, apertando minha cintura levemente e puxando um pouco o meu corpo. O beijo foi suave, como se cada movimento fosse coreografado pela melodia que ainda ecoava no ambiente. Podíamos sentir o calor um do outro, uma troca de emoções que ultrapassava as palavras. Envolvidos naquela ternura, o tempo parecia desacelerar.

Toquei suavemente seus lábios fechados, sentindo-os se separarem lentamente, permitindo-me explorar o interior de sua boca em busca de sua língua, iniciando uma dança lenta e sincronizada. Em poucos segundos, nossas cabeças se moviam para lados opostos, criando um beijo perfeito, como se fosse meticulosamente roteirizado. Movimentei meus polegares em suas bochechas, realizando movimentos lentos e circulares pelas regiões macias e lisas. Senti sua mão subir até a lateral do meu peitoral, repousando ali. Automaticamente, cruzei minhas pernas, deixando metade de uma sobre a perna de Lohan. Senti a intimidade do gesto, criando um elo físico que ecoava a harmonia dos nossos corações entrelaçados. O ambiente ao redor desaparecia, deixando apenas o pulsar dos nossos sentimentos compartilhados.

À medida que nos afastamos suavemente, nossos olhares se encontraram, comunicando mais do que qualquer discurso poderia expressar. Era como se nossas almas estivessem dançando em sintonia, compartilhando um elo que se fortalecia com cada respiração compartilhada.

Ele passou o braço por trás do meu corpo, apoiando-o no encosto, começando a acariciar meu bíceps suavemente. Assim que tive acesso livre, deitei minha cabeça em seu ombro, permitindo-me relaxar suavemente e confortavelmente nos braços do meu namorado.

***

15/04/2024

Point of view: Jennie Kim
Seul - Coreia do Sul
Segunda-feira

06:49 AM

— Mamãe, eu realmente preciso ir pra escola? — perguntou Jinwoo assim que estacionei em frente à sua creche.

A chuva havia parado, deixando apenas o asfalto molhado e vestígios de água no meu carro.

— Sim, filho, você precisa estudar pra ficar inteligente.

— Mas os meninos maus vão falar do meu papai de novo — ele fez beicinho e baixou a cabeça, brincando com seus dedinhos enquanto balançava as suas pequenas perninhas.

Meu coração se partiu ao vê-lo assim. Tentei pensar em alguém que pudesse ficar com ele, mas não me veio ninguém à mente.

— Quem fica falando do seu papai, filho? — perguntei, olhando para ele.

— A Park Minji, o Kim Jihoon, a Shin Soojin e o Han Joonwoo — sua voz saiu baixa e embargada. Estiquei-me para tocar sua perna, fazendo-o me olhar.

— Eu vou resolver isso, ok?

— Não, mamãe! Eles vão me bater de novo se souberem que eu falei pra você — ele implorou, com lágrimas nos olhos.

— De novo? — tirei meu cinto e virei meu corpo. — Jinwoo, eles já te bateram e você não me falou nada? — ele não respondeu. — Agora já chega. Eu deveria ter feito isso na sua primeira reclamação.

Saí do carro, indo até a porta onde ele estava, abrindo-a e tirando-o da cadeirinha. Peguei ele no colo e deixei a mochila no carro. Após fazer isso, afastei-me do veículo, trancando-o após alguns metros de distância.

Na entrada, deparei-me com o Minho e seus pais, que me encararam com os cenhos franzidos, provavelmente questionando sobre eu estar ali. Não os cumprimentei, apenas continuei meu caminho até a sala da diretora, sentindo os três me seguindo.

Cheguei na secretaria e perguntei pela diretora, mostrando minha impaciência. Assim que permitiram minha entrada, caminhei em passos rápidos e barulhentos por conta dos meus saltos até a diretoria. Bati na porta assim que cheguei e entrei, vendo a diretora.

— Senhorita Kim, como vai? Sente-se! — ela pediu, apontando para duas cadeiras em frente à sua mesa. Coloquei Jinwoo em uma e sentei-me na outra. — Aconteceu algo com o Jinwoo?

— Sim. Meu filho vem sofrendo bullying frequentemente, e seus amiguinhos até chegaram a bater nele e proibiram ele de me falar.

— Quais são os alunos e os motivos? Irei entrar em contato com os pais deles e tomar as devidas providências.

— A senhora não está entendendo — sorri falsamente. — O meu filho está com MEDO de vir pra escola e apanhar ou sofrer bullying daquelas crianças. Eu quero que você marque uma reunião com os pais deles.

— Ok, senhorita Kim. Marcarei. Quais são os motivos?

— Eles estão fazendo bullying e comentários maldosos porque ele só tem uma mãe, e não tem um pai.

— Quem são os alunos? — ela anotou algo em seu caderno.

— A Park Minji, o Kim Jihoon, a Shin Soojin e o Han Joonwoo.

— Ok, pra qual dia você tem horário?

— Qualquer dia, e por favor, tome as devidas providências o mais rápido possível, caso contrário, tirarei meu filho desta escola.

Levantei-me, pegando Jinwoo no colo, vendo suas lágrimas silenciosas escorrerem pelo seu rosto. Limpei-as, contendo o meu choro e encarando sua face inchada.

— Calma, meu filho, irei resolver isso, ok? — ele assentiu, engolindo seco e agarrando o meu pescoço. — Ele não vai ficar aqui até eu conversar com os pais dos alunos.

— Mas...

— "Mas" nada. O filho é meu e eu mando nele, tenho o total direito de fazer isso — ela assentiu, não querendo discutir comigo. — Passar bem.

Saí da sala, dando de cara com Jungkook e Jimin, o Minho já não estava com eles, o garoto deve ter ido para a sala.

— A gente escutou... Você fez o certo, Jen — Jimin disse, acompanhando-me até a saída da escola, junto ao seu esposo.

— Se fosse com o Minho, eu arrebentaria a cara dos pais das crianças. Educação vem de casa, não da escola.

— Dependendo da pessoa, eu vou fazer pior, Kookie. Vocês sabem que eu não levo desaforo pra casa, né? — parei de nadar assim que cheguei no meu carro.

— Sim, Jen, nós sabemos. E também sabemos que a Jennie Ruby Kim ainda habita em você — Jimin disse, e eu ri.

— Por mais que você tente esconder, você ainda é uma baita barraqueira, Jen.

— Eu só defendo quem eu amo. Se alguém chegar aqui e começar a xingar vocês, eu humilho até a quinta geração da pessoa e depois taco ela na frente de um carro — rimos, porém eu me lembrei que estava com uma criança no colo. — Filho, nunca faça o que a mamãe falou, ok?

— Tá bom, mamãe.

— Enfim, loirinho, você tem compromisso hoje?

— Tenho. Eu vou ir tomar vacina e depois ir no dentista, senão fosse por isso, eu ficaria com esse bochechudo aí — ele apertou a bochecha do Jinwoo, arrancando gargalhadas do garoto.

— Seu irmão não faz nada, liga pra ele, ele deve estar correndo agora.

— Ok. Obrigada, meninos — curvei-me levemente, sorrindo para ambos.

Continue Reading

You'll Also Like

52.4K 5.2K 41
Jisoo, uma mulher de 39 anos e bem sucedida. É uma mulher humilde e extremamente apaixonada pela sua namorada de 29 anos... Bom, é isso que ela acha...
62.6K 4.3K 27
Apenas um clichê. Onde Lisa é a popular e a Jennie a novata. ⇾Adaptação⇽ ✫✫✫ ⇢Todos os direitos são reservados para: SiyoonShipperSH⇠
876 94 10
A população dos Sul coreanos entram em estado de pânico depois de casos de sequestro aumentarem em uma das maiores cidades do país, Busan. Uma cidade...
297K 21.7K 25
NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA Jeon Jungkook primeiro Alfa lúpus puro criado pelo deus Amon ,mais temido Don da Máfia Italiana ,lobo incontrolável...