RED: uma história de harém re...

By opssafi

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đŸš«DARK ROMANCE - HARÉM REVERSOđŸš« â–Ș Se vocĂȘ Ă© sensĂ­vel a esse conteĂșdo NÃO LEIA! Eu fugi dos meus companhe... More

START
CapĂ­tulo II: o conselheiro
CapĂ­tulo III: ResidĂȘncia Hill
CapĂ­tulo IV: sorvete de flocos
CapĂ­tulo V: descontando em Theodoro
Capitulo VI: a amante
CapĂ­tulo VII: primeiro dia de aula
CapĂ­tulo VIII: Centro de treinamento
CapĂ­tulo IX: memĂłrias
CapĂ­tulo X: o evento
CapĂ­tulo XI: o rastreador
CapĂ­tulo XII: prisioneira
× Personagens ×
CapĂ­tulo XIII: o neuro
CapĂ­tulo XIV: mantenha as aparĂȘncias
CapĂ­tulo XV: a arena
CapĂ­tulo XVI: a resistĂȘncia
CapĂ­tulo XVII: o lobo
CapĂ­tulo XVIII: o manĂ­aco
CapĂ­tulo XIX: manipuladora de almas
CapĂ­tulo XX: amizades
CapĂ­tulo XXI: vĂ­nculo quebrado
Capítulo XXII: distração prazerosa
CapĂ­tulo XXIII: vĂ­nculos imperfeitos
CapĂ­tulo XXIV: submetendo-se ao desejo
CapĂ­tulo XXV: vĂ­nculo selvagem
CapĂ­tulo XXVI: bĂȘnção ou maldição
CapĂ­tulo XXVII: azar no jogo e no amor?
CapĂ­tulo XXVIII: o Conselho
CapĂ­tulo XXIX: o resgate
CapĂ­tulo XXX: a descoberta
CapĂ­tulo XXXI: a descoberta part.2
CapĂ­tulo XXXII: o carrasco
CapĂ­tulo XXXIII: a cabana
CapĂ­tulo XXXIV: famĂ­lia Redwood
CapĂ­tulo XXXV: reuniĂŁo de famĂ­lia
CapĂ­tulo XXXVI: jantar em famĂ­lia
CapĂ­tulo XXXVII: encontrando o lobo
Nota da autora
CapĂ­tulo XXXVIII: o plano
CapĂ­tulos XXXVIV: despertando Noah
CapĂ­tulo XL: obsessĂŁo de Ace
CapĂ­tulo XLI: o domĂ­nio de Shade
CapĂ­tulo XLII: a responsabilidade de Nate
CapĂ­tulo XLIII: a rebeldia de Tristan
CapĂ­tulo XLIV: memĂłrias de Noah
CapĂ­tulo XLVI: sem assistentes
CapĂ­tulo XLVII: os poderes de Tristan
CapĂ­tulo XLVIII: os irmĂŁos Petrov
CapĂ­tulo XLVIX: a "festa"
L
LI
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LV 🎁
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LXVII
LXVIII
LXIX
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LXXII
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LXXVI
NOTA DA AUTORA
LXXVII
LXXVIII
LXXIX
LXXX
LXXXI

CapĂ­tulo XLV: dividindo a cama

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By opssafi


Megan

Tentei me concentrar no filme, mas a presença de Tristan é muito marcante. Talvez essa tensão toda seja por sempre esperar o pior quando ele está por perto.

Ou sejam as lembranças do que fizemos no corredor...

De todos meus companheiros, ele com certeza é o mais intenso.

Ele possui essa aura em sua volta, que me atrai e ao mesmo tempo expuga.

Fui pega de surpresa com sua declaração de paz. E mesmo que, por muito tempo tenha dispensado sua presença, fico feliz em saber que ele está se esforçando para me distrair.

Tristan, usando roupas velhas e comendo sorvete extremamente calórico, me fez pensar de maneira diferente.

Ele tem razão. Eu me acostumei com o conforto que Noah trazia, e me esquivei de todos eles.

Não tenho dúvidas que meu corpo corresponde a cada um deles, mas nunca parei para pensar em como eles são, o que gostam de fazer, o que os deixa feliz, suas atividades de lazer, comidas favoritas. Creio que apenas um café da manhã e jantares aleatórios, não são o suficiente para conhecer meus companheiros.

Eu mal os vi usando seus poderes...

Será que fiquei tão cega pela mágoa, que não consegui enxergar eles além de seus papéis como companheiros escolhidos pelo vínculo?

Eles disseram tantas vezes que sofreram com a minha ausência, eles são tão rancorosos quanto eu. Mas por que consigo perdoar Noah, mal consigo passar cinco minutos com Tristan?

Ele é um idiota, mas é um idiota com todos, não é como se fosse especialmente comigo. Me intriga saber que o mesmo cara que quase matou um homem espancado na minha frente, conseguiu neutralizar os meus poderes e sorriu quando viu seu pai morto, é o mesmo que come sorvete ao meu lado agora e fala sobre coisas banais.

" Você..." eu limpo a garganta e tento manter minha voz firme. " Você se dava bem com o seu pai?"

Eu não sei nada sobre sua vida antes de mim, apenas o que todo mundo fala.

Festas. Garotas. Brigas. Festas. Festas.

Tristan desvia seus olhos do massacre que passa na TV e me encara. Sua língua lambe uma gota de sorvete que estava no canto da sua boca, ele parece estar pensando em uma resposta.

Talvez não tenha sido uma boa ideia.

" Se não quiser falar sobre isso..."

" Não, tudo bem." Ele levanta uma mão para me aclamar. " Aquele homem foi muita coisa para mim, menos um pai."

" Então você não sofre por conta do que aconteceu?" A insegurança na minha voz é ridícula, mas aceitável. Nós nunca ficamos tanto tempo perto, sem Tristan ofender pelo menos cinco minorias.

" Se você está preocupada com o meu sono por conta da morte do meu pai, saiba que se Ace não tivesse arrancado a cabeça dele, eu mesmo teria feito."

" Ele foi muito cruel com você?" Uma certa empatia toca meu coração, e meu vínculo queima dentro de mim.

O sorriso sem humor que ele dá já responderia, mas ele decide colocar em palavras.

" Ele foi com todo mundo, mas não é por isso que eu queria ter arrancado a cabeça dele. Ele me usou contra você, e odeio o fato de não ter evitado isso."

A intensidade do seu olhar até me faz esquecer o quanto ele consegue ser insuportável.

" Falou o cara que me deixou sozinha para ser sequestrada, em troca de um rabo de saia..." As palavras simplesmente saem, sem que eu me dê conta do quanto pareço rancorosa.

" Você ficou com ciúmes?" Seu sorriso nojento que me faz querer sorrir também, reaparece para me dar trabalho.

" Nah! Só estou dizendo que você não foi o primeiro da fila para contribuir com a minha segurança, então não faz sentido o que você disse..."

Um embrulho sobe pelo meu estômago ao lembrar a forma como ele se agarrou em mulheres, sem nem pestanejar, as exibindo perante meus olhos.

" Sim, você sentiu ciúmes." Tristan simplesmente invade meu espaço, me puxando pela cintura para que fique de frente para ele. A proximidade do seu corpo me desperta memórias que eu não deveria gostar.

Suas mãos me tocando faz o meu corpo arder, mas são seus olhos encarando os meus que me faz suspirar.

É como se ele estivesse tentando me mostrar sua alma.

E se tem alguma coisa que eu entendo muito sobre, é exatamente isso.

Almas.

" O destino foi bem desgraçado com a gente, borboleta." A suavidade das suas feições me faz querer acariciar o seu rosto, que é mais bonito do que deveria ser. " Eu tento achar o humor em cada situação que ele me trás, mas sabe o que não tem graça?" Eu nego fazendo movimentos com a cabeça. " Não consigo rir de como você sempre me procurou no meio da multidão, mesmo que eu fizesse coisas terríveis para espantar você. Sua alma está conectada a minha, seus olhos são meus, você me pertence, mesmo que eu tenha feito de tudo para que isso não acontecesse."

Por alguns segundos penso que ele vai me beijar, mas seus lábios sobem até a minha testa. O movimento é breve, mas aquece meu corpo inteiro.

" E se tem algo que não tem graça nenhuma, é como eu precisei nos machucar." Ele se afasta tão rápido quanto se aproximou.

Me ajeito na cama e percebo que estou tremendo. Não entendo claramente o que ele quis dizer, mas não quero que esse momento termine, então decido mudar de assunto.

" O que você faz quando não está me atormentando?"

Tristan sorri exibindo seus dentes brancos e eu já aprendi que isso é uma prévia de algo que não gostaria de ouvir.

Os segundos se suavidade se foram...

" Você sabe o que eu faço." ele pisca. " Festas, lutas, drogas, álcool, minha vida é um livro aberto. Quando você quiser se divertir..." levanta um dedo que carrega um anel de prata. "Eu sou o cara."

Eu reviro os olhos. Ele ama seu estilo de vida, isso fica claro.

" E também faço pinturas."

Isso me pega desprevenida.
O

lho Tristan dos pés a cabeça e tento imaginar da onde esse diabo é um artista.

" É sério! A casa inteira tem minhas obras, Nate e Ace são meus maiores e únicos fãs."

Penso nos quadros espalhados pela casa. Tão cheios de sentimentos, alguns com pinceladas mais agressivas e obscuras, outros com paisagens mais tranquilas, com cores vivas .

É impossível associar Tristan a qualquer uma delas.

" Você tem talento." De alguma forma, me sinto envergonhada por elogiá-lo.

Estou pronta para um comentário ácido, mas ele apenas sorri e agradece.

Voltamos nossa atenção para a TV. Eu não estou entendendo nada do filme, espero estar fingindo bem.

" Se você quiser eu posso arranjar para você..." ele fala casualmente, enquanto assiste a fuga de uma menina siloconada no meio de uma floresta.

" O-que? Uma pintura?" Gaguejo sem querer.

" Não, boba. Uma festa! Você iria gostar de conhecer a galera de verdade. Somos jovens, borboleta, precisamos nos divertir." A excitação em sua voz prova o quanto ele está falando sério.

" Eu não sei se seria uma boa ideia, Noah acabou..."

" Foda-se as situações. Viva o momento!" Tristan me interrompe. " Sério, hoje a noite, eu e você, depois de uma soneca, vamos celebrar."

" Celebrar o que exatamente?"

Meu companheiro esqueceu da minha existência e Tristan quer que eu comemore! Tá de brincadeira.

" A vida! O lobinho perdeu a memória, não a vida. Poderia ter sido pior..."

" Não acho que..."

Tristan revira os olhos e faz um estalo com a boca.

" Besteira. Você vai fazer o que? Ficar dentro desse quarto vendo animes até ele se lembrar? Serei seu antidepressivo, borboleta."

Quase desmaio quando ele pisca e morde o lábio inferior.

Desisto de discutir sobre isso, pois ele nunca irá entender a dor que é ficar longe de um companheiro.

Um grito na TV chama minha atenção e eu decido fingir que estou assistindo o filme novamente. Não demora para meus olhos ficarem pesados e eu cochilar ao lado do inimigo.

Não sei se foi um sonho, mas sinto um beijo em minha testa e uma voz sussurra " Desculpe" contra o meu rosto.

♡♡

Acordo sentindo meu corpo mais quente do que o normal. Mantenho meus olhos fechados, aproveitando o ninho quente da cama, já que o quarto está extremamente frio. Talvez eu devesse falar sobre as temperaturas dos ambientes da casa.

Um resmungo ressoa no quarto e por um momento achei que fosse meu, mas o som de uma respiração pesada está em meus ouvidos.

O peso de uma mão sobre minha barriga e pernas enroladas nas minhas me faz abrir os olhos.

O quarto está escuro, muito escuro, mas consigo identificar dois corpos na cama, além do meu.

Tento me mover, mas desisto quando o braço que está sobre mim me aperta para me manter no lugar.

Movo minha cabeça, seguindo a direção do braço, quando vejo as tatuagens que reconheceria em qualquer lugar.

Tristan dorme tranquilamente, com o rosto enterrado em meu pescoço.

O outro corpo se mexe, e olho para o outros lado, me deparando com Ace tão sereno quanto.

Suas pernas se enrolam nas minhas, isso me lembra dos momentos em que acordamos enrolados na cabana.

Só agora me dou conta do quanto senti falta disso.

Eu me sinto tão segura, a ponto de não querer me mover para aproveitar cada segundo, antes que os dois demônios despertem, mas minha bexiga não parece concordar e eu preciso desesperadamente ir ao banheiro.

Com muito cuidado me movo entre os dois, tentando sair pelos pés da cama, me arrasto até lá e com muito esforço consigo me por de pé.

" Você pode acordá-los, o relógio irá despertar de qualquer maneira." Uma voz me surpreende na escuridão do quarto.

Seguro minha boca com as duas mãos para não gritar de susto.

A figura de Nate esta sentada em uma das poltronas rosadas que ficam perto da janela. Ele pega seu celular e o brilho da tela ilumina seu corpo meio deitado, com os pés descansando em um puff do mesmo tom das poltronas.

O paletó está perfeitamente esticado ao seu lado, sua camisa branca está aberta e não vejo o sinal da gravata.

Claramente ele chegou de onde quer que ele estivesse estado e veio dormir aqui.

" Você está aí há muito tempo?" Faço uma careta pensando no quanto deve ser desconfortável dormir assim.

" Eu cheguei há algumas horas." Ele começa a digitar no celular, e me pergunto que horas são.

Não preciso da claridade para saber que Nate não dormiu direito, e já está trabalhando.

Penso em perguntar se ele tem notícias de Noah, mas não quero deixá-lo aborrecido logo cedo.

Minha bexiga aperta mais uma vez e acelero para o banheiro morrendo de vergonha.

Algo sobre urinar com Nathan Hill ao lado é... constrangedor.

As palavras de Tristan retornam quando eu penso na presença imponente de Nate.

Eu realmente não sei quase nada do que ele faz, na verdade nós mal conversamos sem ele estar olhando para seu celular ou atendendo uma ligação.

A única coisa que sei, é que meu coração vibra toda vez que ele fala com alguma mulher. Não o vejo sorrir, nem parecer íntimo delas, sua postura é totalmente profissional, mas ainda assim, sinto como se elas fossem privilegiadas por terem a sua atenção.

Os sorrisos de Nate são quase inexistentes, e quase nunca o vejo sem o terno impecável. Seus cabelos estão sempre arrumados, até mesmo agora pude notar que os fios não saíram do lugar.

Enquanto escovo os dentes, me lembro de todas as vezes que chamamos Nate para resolver alguma coisa, ou pedir para que ele conseguisse algo que parecia impossível.

Até mesmo Ari e Philip que ele nem conhece, obtiveram favores dele, tudo porque nós pedimos.

Nathan pode ser um pé no saco quando nos dá ordens, mas sempre está de prontidão para fazer qualquer coisa por nós.

Ele não precisava livrar Tristan das encrencas, nem incentivá-lo com suas pinturas, mas ele as espalhou pela casa e o lugar onde cada uma delas está, mostra o quanto ele se orgulha dele.

O interesse que ele demonstra quando estamos à mesa de jantar, em escutar sobre como Noah está com os estudos e o futebol, a forma como aconselha Ace sem parecer arrogante, e mantém as missões de Shade supervisionadas, mostrando que está pronto para ir resgatá-lo de qualquer problema.

Ele não recebe nada por isso.

Ainda assim, fez essa casa enorme e confortável, para que vivêssemos todos juntos. Eu sei que Ace tem o seu lugar, desconfio que Shade também, mas todos param aqui.

Esse é o nosso lar.

Suspiro em frente ao espelho e encaro minha figura recém acordada. Não me sinto nada atraente.

Meu rosto está inchado, estou com olheiras, meus cabelos precisam de uma hidratação, e pareço muito mais velha do que realmente sou.

Espero que o quarto esteja vazio quando sair, não quero que eles me vejam assim.

Respiro fundo e abri a porta, entro no quarto ainda escuro e me bate uma vontade de voltar para a cama quentinha.

Só então me dou conta de que Nate está nesse frio, com a camisa aberta.

A cama é espaçosa, facilmente ele caberia nela. Percebo o quanto eu queria isso, todos eles deitados na mesma cama, me envolvendo na segurança dos seus poderes...

Isso é o vínculo.

" Você nunca tira folga?" Pergunto curiosa, sem saber se ele vai me responder, já que continua digitando terrivelmente rápido.

Nate levanta a cabeça e me olha, ele trava a tela e se move na poltrona.

" Vamos dizer que a minha função não permite descanso. Pessoas morrem o tempo todo, e eu tento salvar o máximo de vidas que eu posso." Ele suspira pesadamente. " Cresci sabendo que essa responsabilidade cairia sobre mim. Então, não, não tiro folgas."

" Você não sente vontade de fazer algo diferente? Sei lá, você é um dos homens mais ricos que conheço, não deseja viajar e aproveitar um pouco?"

Esquecendo completamente como estou parecendo um zumbi, caminho até a poltrona ao seu lado e descanso sobre ela percebendo que é mais confortável do que parece.

Com o olhar cansado, Nate sorri de canto. Sua barba está aparecendo, ele parece muito atraente para se ignorar.

" Ah eu desejo muitas coisas..." Há malícia em suas palavras.

Agradeço a falta de iluminação, pois estou com o rosto ardendo.

" Coisas... tipo?" Pergunto e logo me arrependo.

" Ir para uma ilha deserta, onde não haja nada além do mar, vegetação e você nua."

O choque paralisa meu corpo, eu acho que esqueci até como faço para piscar.

Lembrando que eles sabem que eu gaguejo quando fico nervosa, mantenho a boca bem fechada.

Nathan Hill está flertando comigo?

Talvez se eu me beliscar eu desperte.

Mordo meus lábios e sinto uma pontada de dor.

Merda, não é um sonho.

O som do relógio toca e as cortinas automaticamente se abrem, uma voz soa pelos alto-falantes dizendo as horas, a temperatura e anuncia que irá chover em breve.

A

ce se espreguiça na cama e levanta exibindo seu corpo enorme e tonificado. O desgraçado dormiu ao meu lado usando apenas uma cueca preta.

Nate e eu observamos quando ele se aproxima preguiçosamente, caminhando como uma puma prestes a atacar sua presa. Ele coça a parte de trás da sua cabeça e se alonga um pouco, antes de silenciosamente caminhar até onde estou sentada, envolver minha mandíbula com uma mão e beijar minha bochecha de uma forma demorada. Eu tenho quase certeza de que ele me cheirou no processo.

Ele parece sonolento ainda, mas resmunga um " Bom dia" e caminha até o banheiro.

A naturalidade dos seus movimentos me deixa um tanto quanto... estranha.

" Você tem que se arrumar, sua aula começa às 8h." Nate avisa. " Tristan irá com você."

Ele cita o herdeiro de Satanás, mas não vejo movimento nenhum na cama.

" Ele tem um sono pesado, você irá se acostumar." Nate parece ler meus pensamentos.

Me acostumar? Eu conseguiria me acostumar a isso, a eles?

Decido começar a me arrumar para a aula, e não pensar sobre o assunto.

Eu me levanto mas Nate segura meu pulso, me impedindo de sair do lugar.

" Noah está bem, você não precisa se preocupar com ele. Faça o que você precisa fazer, e deixe-me cuidar do resto, ok?"

Uma onda de alívio me toma. Eu não precisei perguntar, ele simplesmente sabe exatamente o que quero, o que preciso...

Nunca tive ninguém, além dos meus pais e Noah, que cuidasse das minhas necessidades, mas Nate parece se sentir na obrigação de fazer isso.

Antes que eu perceba minhas ações, me vejo caída sobre seu colo.

Não sei se por me sentir grata, ou por estar sensível sem Noah, apenas preciso sentir o calor, o cheiro e seu toque.

Nate parece ter sido pego de surpresa tanto quanto eu, pois trava por alguns segundos, mas logo envolve seus braços em meu corpo.

O corpo dele é tão rígido e quente, me sinto pequena em seu colo. Na verdade me sinto pequena perto de todos eles.

Eu abraço o corpo firme e cheiroso de Nate, sem me importar com a presença de Tristan e Ace, que pode retornar a qualquer momento.

Enfio minha cabeça em seu pescoço e me sinto confortável para derramar as lágrimas que tanto segurei. Devo parecer patética, primeiro chorei na frente de Shade, que claramente não sabia o que fazer comigo, e agora estou chorando sentada no colo do Conselheiro mais poderoso da sociedade dotada.

Eu sou uma bagunça.

Nate não faz nada além de me consolar, não com palavras, mas acariciando meus cabelos com uma mão, e usando a outra para subir e descer em minhas costas.

Ele me embala em seu colo, paciente, acolhedor, firme e seguro. O que me deixa mais a vontade é saber que o dono dessas mesmas mãos que me consolam, matariam facilmente qualquer pessoa que se aproximasse para me fazer mal.

Minhas lágrimas molham seu pescoço e descem até sua camisa, mas ele não parece se importar.

A saudade que eu sinto de Noah não desaparece, mas me sinto muito mais relaxada do que antes.

É um absurdo aceitar, mas Tristan estava certo. Eu não posso viver minha miséria dentro desse quarto, eu preciso viver a minha vida, mesmo que tenha que fazer isso longe de Noah.

" Você já sofreu o suficiente sozinha, Red, mas não precisa mais ser assim. Nós estamos aqui e não vamos deixá-la."

Quando Nate sussurra essas palavras em meu ouvido e roça seus lábios sobre minhas têmporas, eu choro ainda mais.

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