PERDIDA NO CREPÚSCULO - 𝐄𝐝�...

By caarollbrito

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Mary Louise, uma órfã curiosa e sonhadora, vive sua vida monótona em uma pequena cidade. Em uma reviravolta i... More

AVISO
ELENCO
SINOPSE
PREFÁCIL
PRÓLOGO
01. A DESCER, A DESCER, SEMPRE A DESCER.
02. UM SONHO SEM FIM.
03.PELE RELUZENTE E SUA ÁUREA DE SUPERIORIDADE.
04.DESAGRADÁVEL, POR UM BREVE MOMENTO
05. NO LIVRO NÃO FALAVA SOBRE DOR.
06.DR. LINDÃO...NÃO, DR.BONITÃO...NÃO, DR. GOSTOSÃO.
07. EFEITO BORBOLETA.
08. O SONHO SE TORNOU UM PESADELO.
09. VOCÊ ME PEGOU, LOUISE CLARK.
10.TÃO VULNERÁVEL, MERDA DE LÍNGUA ASSASSINA.
11.PERDIDA NO CREPÚSCULO.
12.AINDA NÃO FORAM ESCRITAS.
14.TRÊS CERTEZAS.
15.OLHE PARA A ESQUERDA.
16. SEUS OLHOS, MEU CLARÃO.
17.O CAUSADOR DA MINHA INSÔNIA.
18.EDWARD, ME FAZ FELIZ.
19.EU FAREI MEU MELHOR.
20.ESTOU DO LADO DOS VAMPIROS, É CLARO.
21.ELE NÃO PARECIA ARREPENDIDO.
22.EU PENSO EM VOCÊ, DESDE O AMANHECER.
23. AMOR E LUXÚRIA NEM SEMPRE ANDAM DE MÃOS DADAS.
24.EU PRESUMIR QUE POR ENQUANTO, SÓ POR ENQUANTO.
25.SORTE A MINHA.
26.ESTA É MINHA LOUISE.
27.QUER APOSTAR?
28.DRAMA QUEEN.
29.DIA DE SORTE, MEU AMOR.
30.TE VEJO EM BREVE.
31.TODO MEU.
32.O SORRISO DELE ERA DESLUMBRANTE.
33.PALAVRAS QUE ME ENGAS...!
34.PRA PILOTAR, SÓ SENDO MEU PILOTO.

13.EU PISQUEI , AINDA ATORDOADA.

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By caarollbrito


13.EU PISQUEI , AINDA ATORDOADA.

Eu olhei para o céu, envolto por nuvens. O clima desagradável e úmido se tornou minha nova definição de lar. Era até curioso como eu já me sentia completamente inserido nessa cidade desprovida de atrativos. Forks era agora minha casa, o lugar que eu mais amava.

Minha peculiar cidade chuvosa.

A paisagem montanhosa e os bosques envoltos em neblina tornaram-se meus lugares favoritos. A energia tranquila e misteriosa da cidade começou a fazer parte de quem eu era. As ruas silenciosas e as encantadoras casas se misturavam ao cenário, formando uma espécie de encanto que só quem vive ali pode entender.

— Você está com raiva — foi a primeira coisa que disse a Edward quando o encontrei sentado do lado de fora da cafeteria. — Não devia ter mencionado minha teoria.

Ele olhou nos meus olhos, pela primeira vez naquele dia.

— Não — mas seu tom estava tão rígido quanto seu rosto. — Prefiro saber o que você está pensando, mesmo que seja uma loucura.

— Eu sei que minha teoria não está errada. — eu desafiei. — Não precisa ficar com raiva, não vou contar a ninguém, jamais! — jurei.

— Como você descobriu? — perguntou com raiva.

Por um momento, senti medo.

— Na verdade, se eu te dissesse, você não acreditaria. — falei ainda temendo seu olhar. — E para ser sincera, eu soube quem você era assim que pus meus olhos em você. — minha voz saiu mais fraca do que eu desejava.

— Isso não importa agora, não é? — ele retrucou, apertando os dentes.

— Estou certa — eu ofeguei.

— Isso importa? O que sou? — ele me encarou novamente.

Respirei fundo.

— Na verdade, não — eu parei. — Mas estou curiosa. — pelo menos minha voz estava firme.

De repente, ele parecia resignado.

— Você está curiosa sobre o quê? — ele perguntou, finalmente demonstrando algum interesse em minha curiosidade.

Engoli em seco antes de responder.

— Sobre você, sobre sua história, sobre tudo o que faz de você... diferente. — minha voz estava firme, e eu o encarava com determinação.

Edward suspirou, seus ombros relaxando um pouco.

— Louise, você não sabe no que está se metendo. Não é uma história comum. É um segredo profundo, sombrio e perigoso.

Eu não recuei, mantendo o contato visual.

— Eu não me importo. Eu quero saber, Edward. Eu quero entender. Não tenho medo do que você é.

Ele continuou olhando para mim, como se tentasse avaliar minha sinceridade. Então, finalmente, falou com uma voz carregada de emoção.

— Tudo bem, Louise. — seus lábios se curvaram enquanto ele ainda observava meu sanduíche intocado.

— Certo. — sorri, contente por ele finalmente começar a ser honesto comigo. Ele me olhou com preocupação, da mesma forma como fez quando temia que eu entrasse em choque. Sorri para encorajá-lo, e ele fez uma careta.

— Não ria de mim.

— Não estou rindo. — falei sorrindo.

Ele riu da mesma maneira.

— Você queima no sol?— brinquei.

— Mito. — revirou os olhos. — Ainda não fez a pergunta mais importante. — sua voz endureceu novamente.

Quando ele me encarou, seus olhos estavam gelados.

Eu pisquei, ainda atordoada.

— E qual é?

— Você não está preocupada com a minha dieta? — ele perguntou sarcasticamente.

— Ah. Na verdade, já sei a resposta. — murmurei. — Olhos dourados.

— Você já conheceu outros vampiros? — Sua voz soava oca.

— Tecnicamente, sim.— ocultei a verdade enquanto encarava o tempo.

— O que quer dizer com "tecnicamente", Louise? — ele perguntou de forma monótona. Tive a impressão de seus músculos ficarem mais tensos.

— Bem, conheci alguém que acredita ser um vampiro. — respondi, relutante. A pessoa era ele mesmo. Mas eu não iria dizer isso em voz alta, apesar do meu pesadelo me dizer que esconder não era exatamente uma coisa que eu devia fazer.

Ele arqueou uma sobrancelha, um misto de surpresa e desconfiança pintado em seu semblante.

— E você acredita que essa pessoa é um vampiro? — perguntou cautelosamente, eu podia ver as dúvidas se formando em seus congelados neurônios.

— Não tenho certeza do que acreditar, mas há algo peculiar nela. Não é como nas histórias, mas há... algo incomum. — murmurei, evitando detalhes.

Edward franziu a testa, como se estivesse ponderando minhas palavras.

— Louise, você está se colocando em perigo ao se envolver com criaturas que acredita serem vampiros. Não são o que as lendas descrevem. São muito mais complicados e perigosos do que você imagina.— falou enfurecido, a raiva estava presente em sua voz de uma maneira que eu nunca tinha visto antes. Eu olhei brevemente ao nosso redor, só para confirma que estávamos sozinhos.

— Eu sei que pode parecer loucura, mas estou tentando entender. Afinal, estou falando com alguém que parece se encaixar nesse mundo. — respondi, encarando-o.

Seus olhos se estreitaram, um misto de tristeza e preocupação neles.

— Você não sabe no que está se metendo, Louise. É um território perigoso e obscuro. Por favor, evite seguir por esse caminho.— repetiu, como em um carrossel.

— Eu entendo.— lamentei. Ao mesmo tempo que tirava alguns fios de cabelo que grudaram em meus lábios.

Ele fixou o olhar à frente, mas eu não conseguia discernir se ele estava observando a estrada ou não.

— Geralmente somos bons no que fazemos. Às vezes cometemos erros. Eu, por exemplo, ao permitir-me ficar sozinho contigo.— fraquejou. Ele então voltou a me encarar.

— Isso é um erro? — minha voz carregava tristeza, mas eu não sabia se ele a percebia. Eu por um memento me senti desprotegida, eu me segurei no banco que ele estava só para ter um apoio, caso meus joelhos fraquejassem. 

— Um erro bastante perigoso — ele murmurou novamente, ao mesmo tempo que tirava uma  sujeira invisível de seu casaco cinza claro. Minha atenção ficou quebrada ali por alguns segundos.

Após isso, ambos ficamos em silêncio. O único som era a da minha respiração cortante no frio.

— Você estava caçando com Emmett neste fim de semana? — perguntei quando o silêncio se prolongou.

— Sim — ele fez uma pausa breve, como se estivesse decidindo se compartilharia algo. — Eu não queria ir embora, mas era necessário. É um pouco mais fácil estar perto de você quando não estou sedento.— confessou.

— Por que você não queria ir? — indaguei me sentando no banco, eu sabia que não iria conseguir ficar em pé por mais tempo.

— Ficar longe de você me deixa... inquieto. — Seus olhos eram gentis, mas intensos, e pareciam enfraquecer meus ossos. — Eu não estava brincando quando te disse para evitar o oceano ou sobre o acidente na quinta-feira. Estive distraído o fim de semana inteiro, preocupado contigo. Estou surpreso que tenha passado o fim de semana sem um único arranhão. — Ele balançou a cabeça e, de repente, pareceu se lembrar de algo. — Bem, não exatamente sem um arranhão.

— O quê?— perguntei surpresa, tenho certeza que ele teria rido da minha cara de espanto se fosse outro momento.

— Suas mãos — ele me recordou.

Olhei para minhas palmas, para os arranhões quase cicatrizados, provocados pela areia quando cavei um buraco para esconder o livro. Seus olhos não deixavam passar nada.

— Eu caí — menti.

— Era o que eu temia. — Seus lábios se curvaram levemente. — Imagino que, sendo você, as coisas poderiam ter corrido muito pior, e essa preocupação me atormentou o tempo todo que estive fora. Foram três longos dias. Deixei Emmett à beira da insanidade.— confessou em um segundo.

Ele sorriu para mim, parecendo um pouco culpado.

Refleti sobre isso por um instante.

— Fico aliviada que você tenha voltado. — Expressando um alívio evidente, proferi as palavras.

Edward assentiu, seu olhar carregando uma mescla de gratidão e preocupação.

— Foi um alívio para mim também, Louise.— falou me encarando, e eu quase me perdi naquela piscina de ouro líquido que era seus olhos.

Concordei com um gesto de cabeça.

— Eu entendo. A situação é complexa.— falei desviando o olhar, estava envergonhada de mais para encara-lo por mais um segundo que fosse.

Ele perguntou, com uma expressão preocupada que não conseguia dissimular:

— Você está segura agora?— brincou.

— Sim, estou bem. — revirei os olhos. — Tenho sido muito cautelosa.

Edward parecia um pouco mais sereno, mas a preocupação persistia em seu semblante.

— Prometa que continuará assim. Se algo acontecer, se sentir que está em perigo, avise-me imediatamente.— sua voz  voltou ao tom normal.

Assenti, ciente de quão seriamente ele levava a segurança, especialmente a minha.

— Prometo.

Edward concordou, mas sua expressão ainda denotava uma inquietação persistente. Era evidente que ele estava determinado a zelar por minha proteção, independentemente das circunstâncias.

— No que está pensando? — questionou ele, com sua voz mantendo uma certa rigidez. Apenas balancei a cabeça, incapaz de articular meus pensamentos. Sentia seu olhar sobre meu rosto, mas continuei encarando à frente.

— Você está chorando? — ele parecia surpreso. Eu nem tinha notado que minhas lágrimas começavam a brotar.

Rapidamente, passei a mão na bochecha, confirmando a presença das lágrimas que me traíam.

— Não — afirmei, embora minha voz tremesse.

Vi Edward erguer a mão direita na minha direção com hesitação, mas depois a recuou, colocando-a de volta sobre seu colo.

— Peço desculpas. — Sua voz transbordava de arrependimento. Sabia que ele não estava se desculpando pelas palavras que haviam me atormentado.

O silêncio nos envolveu, mergulhando-nos nas sombras.

Permanecemos imersos no silêncio por um breve momento, ambos perdidos em nossos próprios pensamentos. A tensão no ar era palpável, como se estivéssemos à beira de um abismo emocional. Finalmente, Edward quebrou o silêncio.

— Eu não queria que isso acontecesse, Louise. — Sua voz era suave, repleta de culpa.

Olhei para ele, meus olhos ainda embaçados pelas lágrimas.

— Eu sei que não queria. — Minha voz soava mais firme, mais compreensiva. — Eu também não queria que isso acontecesse, mas estou tão envolvida nisso agora que não posso simplesmente ignorar.— confessei.

Edward suspirou, seus olhos dourados se fixando nos meus.

— Eu entendo que você precisa de respostas, mas quero que entenda o risco envolvido. Você não está lidando com algo trivial, e não quero vê-la machucada.

Minha expressão suavizou, e eu coloquei minha mão sobre a dele na mesa.

— Eu sei que você se preocupa comigo, Edward. E eu também me preocupo com você. Nós dois estamos em um território desconhecido, mas estou disposta a enfrentá-lo, desde que você esteja ao meu lado.— minha voz ainda estava emotiva, eu ainda não sabia se iria mergulhar em lágrimas novamente.

Ele apertou minha mão com ternura. O gelo da sua pele, novamente fazendo um caminho sem fim pela minha nuca. Enviando sensações!

— Eu estarei ao seu lado, Louise. — falou levemente e então sussurrou. — Tão suave e tão frágil quanto uma boneca de porcelana. — sua voz tão macia que chegava ao meu rosto.

— Assim será Edward. — Afirmei. Meu maior sonho.

O sinal indicando o fim do intervalo tocou, finalmente nós quebrando da nossa bolha.

— Te vejo em um segundo. — falou piscando pra mim.

—Até breve, nobre Edward. — fiz uma referência exagerada e seguindo para minha aula.

— Louise? — ele perguntou num tom diferente. Sério, mas hesitante.

— Sim? — eu me virei pra ele ansiosa demais.

— Me promete uma coisa?

— Sim — eu disse e depois me arrependi da minha incondicionalidade. E se ele me pedisse pra ficar longe dele? Isso eu não podia prometer.

— Não vá mais na reserva Quileute.— sua voz soou vazia.

Eu encarei ele confusa.

— Porque?

Ele fez uma carranca, e seus olhos estavam apertados quando ele olhou pela janela da cafeteria.

— Nem sempre eu sou a coisa mais perigosa lá fora.

Eu tremí um pouco pela inexpressão da voz dele, mas eu estava aliviada. Essa, pelo menos, era uma promessa fácil de cumprir.

— Como você quiser.— divaguei surpresa.

— Até — ele suspirou.

— Até , então. — Eu abrí a porta da cafeteria sem vontade.

— Louise? — Eu me virei e ele estava inclinado na minha direção, seu rosto pálido, glorioso, á apenas alguns centímetros de mim. Meu coração parou de bater.

— Tenha uma ótima aula. — ele disse.

Sua respiração soprou em meu rosto, me deixando fascinada. Eu pisquei, totalmente ofuscada. Ele se afastou. 


Oi? Alguém aqui assisti Greys Anatomy? 

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